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Autor Tópico: Noites de Primavera/Verão  (Lida 309430 vezes)

Automek

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Re: Noites de Inverno
« Responder #1340 em: 2017-04-01 10:54:48 »
Eu acho que muita gente que teme a morte não é a morte, propriamente dita, que os preocupa. É mais o sofrimento que se pode passar até lá  chegar. E escusam de me falar dos avanços nos medicamentos para alivio da dor e dos cuidados paliativos porque não vejo a vantagem de cá andar só porque tenho quem me mude a fralda, mesmo que já não conheça ninguém à minha volta ou tenha de passar anos deitado numa cama.

E mesmo dentro do sofrimento é muito diferente ter uma doença degenerativa, em que a pessoa tem tempo para reflectir e, se assim entender, meter-se num avião e ir abreviar o assunto na Suiça ou na Bélgica, do que ter algo súbito (um avc, um acidente de viação, etc.) que a deixa completamente incapacitada de comunicar. Eu pessoalmente só desta última parte é que tenho receio (fiz o testamento vital mas aquilo em termos práticos deve valer de nada). Nas outras situações está nas minhas mãos decidir, o que é óptimo. Não há que ter receio nenhum.

vbm

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Re: Noites de Inverno
« Responder #1341 em: 2017-04-01 12:52:00 »
O problema de morrer é que... se deixa de viver...
Bem sei que nascer, pensar e morrer faz parte do viver.
Mas nem nascer nem morrer fazem parte do pensar.
A morte está fora do pensamento.
O nascimento, também.

Só o viver se  conluia com o pensar.
Logo, morrer sendo em tudo igual ao não nascer,
ambos se excluem do pensar.

Ressalve-se que matar, faz parte do viver
e até do pensar, do pensar esforçado,
antecâmara do agir.

As pessoas comuns - analfabetas, realmente! -,
assim como alguns economistas têm a mania dos números,
das estatísticas, das análises quantitativas...

Não acho mal, desde que não
se estiquem com as estatísticas!

Ou seja, está bem, desde que percebam
do que estão a  falar!

Assim tipo, alunos de dezassete a matemática
e dezoito a  filosofia! -:)

De modo que, o mais chato de morrer,
é que já não se vive, nem pensa...

Presto a minha emocionada homenagem
aos que nos deixaram livros verdadeiros
com mil, dois mil, mais de dois mil anos de idade,
e ainda hoje nos comunicam o seu sábio espírito vivente o que
sempre me deixa comovido e irmanado neste nosso comum género humano.
« Última modificação: 2017-04-01 13:07:48 por vbm »

vbm

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Re: Noites de Inverno
« Responder #1342 em: 2017-04-01 12:58:53 »
Evoco sempre este comovente adeus dos editores
holandeses de Espinosa do seu incompleto
Tratado da reforma do entendimento



«O Tratado da Reforma do Entendimento que aqui te oferecemos inacabado,
benévolo leitor, foi escrito pelo autor, já lá vão muitos anos. Sempre esteve
na sua tenção terminá-lo: porém, impedido por outras ocupações e,
por fim, arrebatado pela morte, não o pode levar ao fim desejado.

Todavia, porque contém muitas coisas belas e úteis, que serão
— não duvidamos — de grande interesse para quem
perscruta a verdade não quisemos privar-te delas.

Além disso, para não te ser difícil desculpar o muito
de obscuro, mal acabado e deselegante que aqui
e acolá se encontra, e para não o ignorares,
quisemos deixar-te esta Advertência.

Adeus.»
« Última modificação: 2017-04-01 13:02:53 por vbm »

Smog

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Re: Noites de Inverno
« Responder #1343 em: 2017-04-01 18:39:58 »
Pelo que li parece-me que há quem tenha/teve problemas com drogas pesadas. Posso dar umas sugestões para ultrapassar o problema que se baseiam no testemunho de alguém da minha família ( é pessoal, não sou médica nem psicóloga):
- Aceitar que se tem um problema e procurar um médico para a desintoxicação física;- muleta física
- Procurar alguém especial, próximo, que nos ame e em quem confiemos cegamente;- muleta psicológica
-Ter planos de futuro, querer viver, acima de tudo.

Estes 3 pontos resultaram no caso da minha família.

Acrescento que os anti psicóticos que eu tomo têm um efeito semelhante às drogas pesadas (mas são legais...) e a ausência da sua tomada provoca sintomas idênticos à ressaca de qq dessas drogas. Como passei por isso (parte da crise última que tive...) sei que é extremamente doloroso: tremuras, incapacidade cognitiva, confusão/descontrolo mental, alucinações (algumas foram catitas... 8) ); por isso, se são saudáveis, não queiram entrar no inferno! Limpem-se! ;)
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Smog

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Re: Noites de Inverno
« Responder #1344 em: 2017-04-01 18:45:06 »
Evoco sempre este comovente adeus dos editores
holandeses de Espinosa do seu incompleto
Tratado da reforma do entendimento



«O Tratado da Reforma do Entendimento que aqui te oferecemos inacabado,
benévolo leitor, foi escrito pelo autor, já lá vão muitos anos. Sempre esteve
na sua tenção terminá-lo: porém, impedido por outras ocupações e,
por fim, arrebatado pela morte, não o pode levar ao fim desejado.

Todavia, porque contém muitas coisas belas e úteis, que serão
— não duvidamos — de grande interesse para quem
perscruta a verdade não quisemos privar-te delas.

Além disso, para não te ser difícil desculpar o muito
de obscuro, mal acabado e deselegante que aqui
e acolá se encontra, e para não o ignorares,
quisemos deixar-te esta Advertência.

Adeus.»


Lembro-me de uma mesa de ping-pong que se transformou em "Ensaio sobre o Entendimento" em homenagem a "Ensaio sobre a Morte". Foi muito giro.
Mas,
fisicamente estamos vivos e novos caminhos foram desbravados. Novos Ensaios estão sendo escritos: rosas azuis e rosas verdes.  ;D
Bom, não esquecer que as minhas são azul claro... ;D
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Smog

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Re: Noites de Inverno
« Responder #1345 em: 2017-04-04 22:29:42 »
Vasco,
estás bem?
Lembrei-me que tens dois posts teus (de Espinosa e Byol Casares) no meu blog que ficaram assinados por mim. Se eu ainda me lembrasse das password ia lá compor aquilo. Como queres fazer? São citações de livros.
Bom, estou quase de férias... só faltam as reuniões.
 ;D
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I. I. Kaspov

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Re: Noites de Inverno
« Responder #1346 em: 2017-04-05 01:22:28 »
Piero Piccioni (Italia, 1974) - IL Dio Sotto Pelle

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Gloria in excelsis Deo; Jai guru dev; There's more than meets the eye; I don't know where but she sends me there; Let's Make Rome Great Again!

vbm

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Re: Noites de Inverno
« Responder #1347 em: 2017-04-05 13:02:22 »
Vasco,
estás bem?
Lembrei-me que tens dois posts teus (de Espinosa e Byol Casares) no meu blog que ficaram assinados por mim. Se eu ainda me lembrasse das password ia lá compor aquilo. Como queres fazer? São citações de livros.
Bom, estou quase de férias... só faltam as reuniões.
 ;D

Lol. Espinosa, Jorge Luís Borges e o Casares,
podemos citá-los por todo o lado! Não digo
«devemos» porque o proselitismo,
há milhões d'anos não o pratico,
mas subscrevo tudo o que
admiro! -:)

Vou buscar algo do Borges!

«Estar contigo ou não estar contigo
é a medida do meu tempo.»


in  "O Ouro dos Tigres"

I. I. Kaspov

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Re: Noites de Inverno
« Responder #1348 em: 2017-04-06 01:38:37 »
Wah! - The Story Of The Blues (Part 1) (1982) (HD)

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Smog

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Re: Noites de Inverno
« Responder #1349 em: 2017-04-08 22:18:19 »
Vasco,
estás bem?
Lembrei-me que tens dois posts teus (de Espinosa e Byol Casares) no meu blog que ficaram assinados por mim. Se eu ainda me lembrasse das password ia lá compor aquilo. Como queres fazer? São citações de livros.
Bom, estou quase de férias... só faltam as reuniões.
 ;D

Lol. Espinosa, Jorge Luís Borges e o Casares,
podemos citá-los por todo o lado! Não digo
«devemos» porque o proselitismo,
há milhões d'anos não o pratico,
mas subscrevo tudo o que
admiro! -:)

Vou buscar algo do Borges!

«Estar contigo ou não estar contigo
é a medida do meu tempo.»


in  "O Ouro dos Tigres"

Borges? Desse eu tenho livros. Não sei se  foste tu ou eu a citar esse. Adiante.
bom, espero que estejas melhor. Eu estou de férias mas muito cansada. e só tenho uma semana para recuperar... :(
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vbm

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Re: Noites de Inverno
« Responder #1350 em: 2017-04-08 22:42:49 »
-:) Pra semana já descansas! -:)

O meu incómodo visual
é o de ter passado a ver
bem do olho operado
e ainda ter miopia
do ainda não
operado!

De modo que,
para ver ao longe,
fecho o esquerdo,
para ver ao pé,
abro-o e fecho
o direito!

Resolvi dedicar
uma a duas horas
diárias ao mezzo.
Mahler é impressionante!
Mas também, Brahms, Bach,
Beethoven, e toda a música clássica.

Sempre gostei! Desde os tempos do Rivoli,
lá no Porto, o Rivoli dos concertos da orchestra
sinfónica do Porto, a Sala da música d'antigamente
de que fala o Rui Veloso! -:)



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Re: Noites de Inverno
« Responder #1351 em: 2017-04-11 23:30:17 »
-:) Pra semana já descansas! -:)

O meu incómodo visual
é o de ter passado a ver
bem do olho operado
e ainda ter miopia
do ainda não
operado!

De modo que,
para ver ao longe,
fecho o esquerdo,
para ver ao pé,
abro-o e fecho
o direito!

Resolvi dedicar
uma a duas horas
diárias ao mezzo.
Mahler é impressionante!
Mas também, Brahms, Bach,
Beethoven, e toda a música clássica.

Sempre gostei! Desde os tempos do Rivoli,
lá no Porto, o Rivoli dos concertos da orchestra
sinfónica do Porto, a Sala da música d'antigamente
de que fala o Rui Veloso! -:)


http://youtu.be/E9D1svZ9Y0s?t=1582


Bom, sugiro que uses uma pala no olho. Os piratas ficam muito catitas! ;)

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Temos o anel de Rubi e o anel do sapo... (lembras-te dessa história? Já não me lembro muito bem...uma espécie de votos dos cavaleiros da távola redonda). ???
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vbm

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Re: Noites de Inverno
« Responder #1352 em: 2017-04-12 16:57:23 »
Uso um arremedo de pala, para ler. Cansa mais. Compreendo melhor Camões! -:))Não me lembro de nenhuma alegoria de tributos à cavalaria de Távola Redonda, nem me estou a imaginar em tal coisa participar... lol Lembro-me sim da metáfora de Espinosa sobre a «pedra pensante»!

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Re: Noites de Inverno
« Responder #1353 em: 2017-04-12 23:35:55 »
Vá, conta lá a metáfora...! ;)
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Re: Noites de Inverno
« Responder #1354 em: 2017-04-13 10:54:01 »
Já que «insistes», aqui vai ela LOL:

Nota: - O texto em letra miniaturizada,
encontrava-se em cor invisível, branca,
só passando o cursor por cima,
a mensagem seria lida.
Ignoro quem a leu.

Omiti alguns nicks específicos
a quem me dirigi, naquela altura.


Eis o que postei:


parábola da pedra que sente
(«Um gajo com pinta»)

Não sou nenhum objecto que se trespasse;
quem decide da minha vida, sou eu!

Um conselho dou,
a todas as almas masculinas que me lerem:
«vejam e revejam Casablanca e The Maltese Falcon,
do Humphrey Bogart»: só para aprenderem a lidar com as mulheres!

Porque mais digo:
se tivermos de chorar,
choremos, sim,
«mas, por nós próprios, apenas!»,
mais ninguém merece as nossas lágrimas.

E digo isto, digo isto…
para me rebelar contra qualquer conceito de «homem-objecto»,
e afirmar a minha própria força,
mas…

Spinoza, meu mestre,
quase me tapa a boca com a mão,
e me recita a sua “parábola da pedra que sente”.

Ouçamo-lo:

«… conceba-se uma coisa muito simples:
p. ex., uma pedra recebe de uma causa externa que a impele
uma certa quantidade de movimento,
e cessando a impulsão da causa externa
ela continuará a mover-se necessariamente.

… Conceba-se agora, se o quiserdes,
que a pedra enquanto continua a mover-se,
pensa e sabe que se esforça,
tanto quanto pode,
para se mover.

Esta pedra seguramente,
uma vez que tem consciência do seu esforço somente,
o que não lhe é de modo algum indiferente,

julgar-se-á ser muito livre e
que não se preserva no seu movimento senão
porque o quer

«Tal é a liberdade humana que todos se gabam de possuir
e que consiste nisso só
que os homens têm consciência dos seus desejos e
ignoram as causas que os determinam
»


Bom, … «esquece»,
e esquece também o Diderot e o seu Jacques, le Fataliste,
e da variedade das interpretações …,
perspectiva a que regula a tua própria singularidade
na estória que é a tua,
e que te fez crescer,
sair de ti e
querer mais.

E, assim, me remeto
para a minha verdade,
a das minhas escolhas,
a da minha vida.

Foi [então] que conheci Saint-Exupéry ( ).
Talvez não haja ( ) poesia que se lhe compare,
e se algum receio eu ainda tinha ( ),
dissolvi-o na simplicidade emocionante ( ) daquelas estórias,
e confiei a minha vida à sorte do porvir,
nele forjando o meu destino.

---------- //---------

Desculpem-me... a parva — i.é., do lat., «pequena» — simbiose vbm & spinoza;

e, [ ], esta ideia de determinismo, — co-possível com o máximo de liberdade e perfeição, sob o poder da natureza de cada ser —, talvez de algum modo corresponda à Tua expectativa de alguma consonância com o absurdo de Camus: «Não há amanhã», razão da mais generosa liberdade, pela disponibilidade que instaura de aceitar o universo, tal qual é.


Bom!, [                       ], -:)))
está entregue a «parábola» prometida.
Um abraço,
V.



Smog

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Re: Noites de Inverno
« Responder #1355 em: 2017-04-13 14:09:40 »
Hum, que giro. Vale por si mas poderia encaixar em algumas histórias. ;D (por cusquice gostaria de saber a quem a dirigiste mas pronto... 8) )
Recordar é bom. ;)
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Re: Noites de Inverno
« Responder #1356 em: 2017-04-13 14:21:29 »
[i]Ora bem,
Gosto de ir construindo estórias lentamente, reflexivamente e, este inverno está tão frio que apetece ficar por aqui a teclar e a pensar..... por isso convido todos os que queiram a acompanhar-me na construção deste enredo. Não sei que caminhos iremos desvendar, por onde iremos sair mas podemos, calmamente, construir um livro. Todas as contribuições serão bem vidas...

Inicio

“(...) os símbolos formularam nas palavras e nas operações o duplo sentimento do temor e de domínio que marca a consciência religiosa.” diz  André Leroi-Gourhan, no seu livro “As religiões da Pré-história”, tendo o Magoo acrescentado “aí tens a magia” 

Assim sendo a magia inspira um duplo sentimento de temor e de domínio. Tal como a Natureza- tanto na antiguidade como hoje. Numa primeira fase, o homem  apropria-se da natureza estabelecendo com ela uma relação divinizada. Aparecem os mitos, os deuses e, aqui, podemos recordar os gregos: criando explicações para a realidade que observa, o homem encontra uma forma de dominar o que não controla, construindo todo um enredo em que homens e deuses governam o destino da humanidade. O que caracteriza um mito é essa incapacidade de distinguir o significante do significado, essa mistura entre símbolo e objecto. O mito é um construção simbólica em que há coincidência entre estória e história. Entre ficção e realidade.

Seria interessante recordar aqui um desses mitos e dissecá-lo tentando compreender a realidade por detrás da ficção. Quem se candidata?[/i]


Lembras-te disto? ;)
« Última modificação: 2017-04-13 14:23:54 por smog »
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Re: Noites de Inverno
« Responder #1357 em: 2017-04-13 16:41:18 »
Lembro-me disso, sim! Não transcrevi essa noção explicativa do mito,
e da ciência, como explicação congeminável do  meio que nos envolve
mas lembro-me bem dessa ideia, Há um livro que li, espantoso,
sobre as grandes religiões, chamado Les Grands Initiés
de Édouard Schuré, que mostra como essas narrativas
contribuíram para desligar o homem da animalidade
que o compõe e votá-lo a finalidades convenientes
de interesse comum da sociedade.

O "Magoo" era muito giro, cheguei
a conhecê-lo com o grupo de participantes
do sapo, pouco depois da viragem do milénio,
incluindo a "Leonor Tui" e outros. Mas lá da
Távola Redonda, não me lembro nada!

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Re: Noites de Inverno
« Responder #1358 em: 2017-04-13 17:05:21 »
Lembro-me disso, sim! Não transcrevi essa noção explicativa do mito,
e da ciência, como explicação congeminável do  meio que nos envolve
mas lembro-me bem dessa ideia, Há um livro que li, espantoso,
sobre as grandes religiões, chamado Les Grands Initiés
de Édouard Schuré, que mostra como essas narrativas
contribuíram para desligar o homem da animalidade
que o compõe e votá-lo a finalidades convenientes
de interesse comum da sociedade.

O "Magoo" era muito giro, cheguei
a conhecê-lo com o grupo de participantes
do sapo, pouco depois da viragem do milénio,
incluindo a "Leonor Tui" e outros. Mas lá da
Távola Redonda, não me lembro nada!

Fui eu que escrevi. ;D vai ao meu face ler as notas. Tens lá a introdução do meu projecto de dissertação. ;D :P

EDIT: aqui fica a contribuição do público a título póstumo: 8)

https://www.publico.pt/2017/04/16/sociedade/noticia/ciencia-e-fe-caminhos-paralelos-que-se-encontram-no-infinito-1766811
« Última modificação: 2017-04-18 12:20:31 por smog »
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Re: Noites de Inverno
« Responder #1359 em: 2017-04-15 01:34:44 »
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De regresso ao presente. É sexta-feira santa e estes são os dias atuais. Quando observo guerras e possibilidades de guerra não consigo impedir um sentimento de alerta. A morte, o torpor das mentes, a indiferença, a frieza de uns e o fogo de outros. Quantos cristos teremos de crucificar até aprender que a vida para valer a pena se traduz num sorriso, num toque delicado, numa alma de luz?

Acreditem na Páscoa. ;)
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