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Autor Tópico: Raça, Genética e QI  (Lida 87916 vezes)

D. Antunes

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Re:Raça, Genética e QI
« Responder #340 em: 2015-03-08 22:23:59 »
África, e mesmo a Índia, estão certamente mais longe do seu potencial do que muitos outros países devido a razões ambientais.
 
Não significa isso que não existam diferenças. Significa apenas que as diferenças são inferiores às medidas directamente.
 
E nunca ninguém disse que os QIs eram imutáveis - até porque todos concordam que as condições ambientais também os afectam (aqui possivelmente até a China tem espaço para progredir).

A China provavelmente terá em poucas décadas maior peso económico do que os EUA e a Europa juntos.
Vamos trabalhar para eles (em Portugal já estão a comprar muitas empresas).
O principal problema deles é o demográfico. Estão a reduzir a natalidade num nível de desenvolvimento ainda baixo. Mas lá está o problema: país com maior inteligência, menor natalidade.
Contudo, nas últimas décadas, com a política do filho único, a natalidade dos mais inteligentes na China deve ter sido similar à dos mais limitados, ao contrário do que aconteceu no ocidente. Nisso estão melhor.
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

D. Antunes

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Re:Raça, Genética e QI
« Responder #341 em: 2015-03-08 22:28:48 »
estou aqui a escrever um paper cientifico: "A extincao da auto-proclamada classe media de QI elevado mas sem  nenhum pensamento independente: o extincao genetica inevitavel dos marias-vai-com-as-outras e a sua burrice gigantesca sobre o custo de vida e nao conseguirem ter filhos"

vou publicar na Nature, vao ver

Uma ajuda para o artigo: o factor que mais se correlaciona com a natalidade é a escolaridade das mulheres. A correlação é inversa: quanto mais estudam, menos filhos têm (com os homens a correlação é mais fraca).

Quando publicares, mete-me como co-autor.  ;) Já publiquei em várias revistas boas, mas nunca na Nature.

QI = educacao feminina = exterminio

felizmente que a seleccao natural vai limpar da face da terra esses maus genes da classe media do QI elevado e dos bons niveis de vidinha e que tanto ameacam a humanidade - antes que seja tarde demais para todos nos...

O que a seleção natural vai é alterar os impulsos. Com o controlo da natalidade, querer ter sexo não chega. As pessoas têm que nascer a querer ter filhos. Nessa altura a população voltará a crescer e os mais inteligentes voltarão a ter vantagem.
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Zel

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Re:Raça, Genética e QI
« Responder #342 em: 2015-03-08 22:30:29 »
estou aqui a escrever um paper cientifico: "A extincao da auto-proclamada classe media de QI elevado mas sem  nenhum pensamento independente: o extincao genetica inevitavel dos marias-vai-com-as-outras e a sua burrice gigantesca sobre o custo de vida e nao conseguirem ter filhos"

vou publicar na Nature, vao ver

Uma ajuda para o artigo: o factor que mais se correlaciona com a natalidade é a escolaridade das mulheres. A correlação é inversa: quanto mais estudam, menos filhos têm (com os homens a correlação é mais fraca).

Quando publicares, mete-me como co-autor.  ;) Já publiquei em várias revistas boas, mas nunca na Nature.

QI = educacao feminina = exterminio

felizmente que a seleccao natural vai limpar da face da terra esses maus genes da classe media do QI elevado e dos bons niveis de vidinha e que tanto ameacam a humanidade - antes que seja tarde demais para todos nos...

O que a seleção natural vai é alterar os impulsos. Com o controlo da natalidade, querer ter sexo não chega. As pessoas têm que nascer a querer ter filhos. Nessa altura a população voltará a crescer e os mais inteligentes voltarão a ter vantagem.

exacto... mas primeiro precisamos de eliminar os genes maus dessa classe media alta
« Última modificação: 2015-03-08 22:34:27 por Neo-Liberal »

D. Antunes

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Re:Raça, Genética e QI
« Responder #343 em: 2015-03-08 22:32:44 »
ha um certo pensamento de curto prazo nos valores actuais. querem que os adultos passem o tempo todo a trabalhar e a enriquecer ou a viver hedonicamente, como consumidores de prazeres egoistas. depois quem faz os filhos? claro que para cair nesta armadilha eh preciso ser burro e ter genes inviaveis, daqueles mesmo muito fraquinhos que nao valem pevide. na volta ate eh uma coisa muito boa para a futura qualidade dos genes da humanidade  :D

isto eh uma introducao a um outro paper que sera publicado na Science

Qualquer sociedade que não seja capaz de gerar novas gerações sem decréscimo populacional está condenada ao fracasso.

O mesmo para qualquer sociedade que não ponha barreirar à imigração. Como dizia Muammar Kaddafi, para conquistar a Europa basta-nos ter filhos.
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Re:Raça, Genética e QI
« Responder #344 em: 2015-03-08 22:34:58 »
estou aqui a escrever um paper cientifico: "A extincao da auto-proclamada classe media de QI elevado mas sem  nenhum pensamento independente: o extincao genetica inevitavel dos marias-vai-com-as-outras e a sua burrice gigantesca sobre o custo de vida e nao conseguirem ter filhos"

vou publicar na Nature, vao ver

Uma ajuda para o artigo: o factor que mais se correlaciona com a natalidade é a escolaridade das mulheres. A correlação é inversa: quanto mais estudam, menos filhos têm (com os homens a correlação é mais fraca).

Quando publicares, mete-me como co-autor.  ;) Já publiquei em várias revistas boas, mas nunca na Nature.

QI = educacao feminina = exterminio

felizmente que a seleccao natural vai limpar da face da terra esses maus genes da classe media do QI elevado e dos bons niveis de vidinha e que tanto ameacam a humanidade - antes que seja tarde demais para todos nos...

O que a seleção natural vai é alterar os impulsos. Com o controlo da natalidade, querer ter sexo não chega. As pessoas têm que nascer a querer ter filhos. Nessa altura a população voltará a crescer e os mais inteligentes voltarão a ter vantagem.

exacto... mas primeiro precisamos de eliminar os genes maus dessa malta de classe media alta

Não os da inteligência, mas os que permitem que queiram ter muitos bens e dar algumas quecas sem ter filhos.
Até lá, os genes da burrice extrema, que nem deixam entender como se toma a pílula, têm vantagem.
« Última modificação: 2015-03-08 22:36:14 por D. Antunes »
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Re:Raça, Genética e QI
« Responder #345 em: 2015-03-08 22:35:55 »
estou aqui a escrever um paper cientifico: "A extincao da auto-proclamada classe media de QI elevado mas sem  nenhum pensamento independente: o extincao genetica inevitavel dos marias-vai-com-as-outras e a sua burrice gigantesca sobre o custo de vida e nao conseguirem ter filhos"

vou publicar na Nature, vao ver

Uma ajuda para o artigo: o factor que mais se correlaciona com a natalidade é a escolaridade das mulheres. A correlação é inversa: quanto mais estudam, menos filhos têm (com os homens a correlação é mais fraca).

Quando publicares, mete-me como co-autor.  ;) Já publiquei em várias revistas boas, mas nunca na Nature.

QI = educacao feminina = exterminio

felizmente que a seleccao natural vai limpar da face da terra esses maus genes da classe media do QI elevado e dos bons niveis de vidinha e que tanto ameacam a humanidade - antes que seja tarde demais para todos nos...

O que a seleção natural vai é alterar os impulsos. Com o controlo da natalidade, querer ter sexo não chega. As pessoas têm que nascer a querer ter filhos. Nessa altura a população voltará a crescer e os mais inteligentes voltarão a ter vantagem.

exacto... mas primeiro precisamos de eliminar os genes maus dessa malta de classe media alta

Não os da inteligência, mas os que permitem que queiram ter muitos bens e dar algumas quecas sem ter filhos.

mas estao correlacionados com o QI :)
« Última modificação: 2015-03-09 00:22:57 por Neo-Liberal »

D. Antunes

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Re:Raça, Genética e QI
« Responder #346 em: 2015-03-08 22:38:59 »
Sim, de início a seleção é grosseira e seleciona ambos (com queda do potencial genético). Mas com o passar das gerações e a recombinação genética, acaba por conseguir selecionar pessoas inteligentes e que queiram ter filhos. Aí a população volta a aumentar e os mais limitados encontrarão menos recursos e conseguirão criar menos filhos, como no passado.
« Última modificação: 2015-03-08 22:43:45 por D. Antunes »
“Price is what you pay. Value is what you get.”
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Re:Raça, Genética e QI
« Responder #347 em: 2015-03-08 22:42:27 »
Se quisermos que no futuro a Europa seja habitada por descendentes de europeus, é preciso não permitir a imigração. Com ela limitada, no futuro, quando a seleção natural originar europeus com mais apetência natalista, o repovoamento acontecerá.
« Última modificação: 2015-03-08 22:42:50 por D. Antunes »
“Price is what you pay. Value is what you get.”
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Re:Raça, Genética e QI
« Responder #348 em: 2015-03-08 22:43:12 »
Sim, de início a seleção é grosseira e selecionas ambos. Mas com as gerações e a recombinação genética acabas por conseguir selecionar pessoas inteligentes e que queiram ter filhos. Aí a população volta a aumentar e os mais limitados encontrarão menos recursos e conseguirão criar menos filhos, como no passado.

concordo. agora aguardemos que a classe media se auto-destrua e leve para o limbo os seus genes inviaveis

dos pobres nascera o super-homem, a raca do futuro

Incognitus

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Re:Raça, Genética e QI
« Responder #349 em: 2015-03-08 22:56:45 »
Bem, aqui fica uma review de 30 anos de estudos científicos no tema:

http://www.udel.edu/educ/gottfredson/30years/Rushton-Jensen30years.pdf


"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re:Raça, Genética e QI
« Responder #350 em: 2015-03-08 23:24:18 »
se aplicarmos a logica de alguns dos campos da tabela 3 as mulheres acho que nao vao gostar...

Zenith

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Re:Raça, Genética e QI
« Responder #351 em: 2015-03-09 00:15:25 »
Até apresentam resultados para estudantes universitários

Citar
Black university students in South Africa also show relatively low mean test
scores. Sixty-three undergraduates at the all-Black universities of Fort Hare,
Zululand, the North, and the Medical University of South Africa had a full-scale
IQ of 77 on the Wechsler Adult Intelligence Scale

Tinha ideia que valores desses nem sequer permitiam acabar secundário.
Não acreditava muito numa escala fina de QIs, mas achava que diferenças acima de 10-15 pontos já eram representativas.
Mas depois de ver no livro do Lynn e outro médias incompatíveis entre si, agora se 77 dá para ter curso universitário, é caso para perguntar o que significa um determinado valor de QI. Com valores de 77 pensaria que professores universitarios teriam de ensinar tabuada aos futuros médicos :-)

Incognitus

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Re:Raça, Genética e QI
« Responder #352 em: 2015-03-09 00:21:16 »
Até apresentam resultados para estudantes universitários

Citar
Black university students in South Africa also show relatively low mean test
scores. Sixty-three undergraduates at the all-Black universities of Fort Hare,
Zululand, the North, and the Medical University of South Africa had a full-scale
IQ of 77 on the Wechsler Adult Intelligence Scale

Tinha ideia que valores desses nem sequer permitiam acabar secundário.
Não acreditava muito numa escala fina de QIs, mas achava que diferenças acima de 10-15 pontos já eram representativas.
Mas depois de ver no livro do Lynn e outro médias incompatíveis entre si, agora se 77 dá para ter curso universitário, é caso para perguntar o que significa um determinado valor de QI. Com valores de 77 pensaria que professores universitarios teriam de ensinar tabuada aos futuros médicos :-)

Depende das Universidades. Em Universidades mais viradas para ciência os valores são bem mais elevados. Fala disso nesse capítulo. E claro, existem variações de estudo para estudo.
« Última modificação: 2015-03-09 00:21:28 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Zenith

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Re:Raça, Genética e QI
« Responder #353 em: 2015-03-09 00:29:42 »
Outra pérola

Citar
Rushton and Skuy (2000) found
173 African 1st-year psychology students averaged an IQ equivalent of 84. Skuy
et al. (2002) tested another 70 psychology students who averaged an IQ equivalent
of 83. After receiving training on how to solve Matrices-type items, their mean
score rose to an IQ equivalent of 96.

Aquilo que se diz acerca dos testes de QI é que não é coisa que dependa do treino ou do background de conhecimentos, mas pelos vistos sim, e isso muda o significado todo.
Depois de ver este artigo meu cepticismo aumentou.

Incognitus

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Re:Raça, Genética e QI
« Responder #354 em: 2015-03-09 00:42:08 »
Outra pérola

Citar
Rushton and Skuy (2000) found
173 African 1st-year psychology students averaged an IQ equivalent of 84. Skuy
et al. (2002) tested another 70 psychology students who averaged an IQ equivalent
of 83. After receiving training on how to solve Matrices-type items, their mean
score rose to an IQ equivalent of 96.

Aquilo que se diz acerca dos testes de QI é que não é coisa que dependa do treino ou do background de conhecimentos, mas pelos vistos sim, e isso muda o significado todo.
Depois de ver este artigo meu cepticismo aumentou.

Isso que aí está escrito já se sabia há bastante tempo -- não é novidade. Não é "aquilo que se diz" certamente, porque isso já era bem conhecido.

Vale a pena ler esse artigo. Nota que existem até medidas correlacionadas com QI que não estão expostas a treino ou cultura. Nomeadamente a velocidade de reacção.
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Re:Raça, Genética e QI
« Responder #355 em: 2015-03-09 01:06:01 »
A partir da página 263 está um argumento científico bastante forte baseado na regressão para a média, e que mostra também como um dos lados (efeitos culturais) não produz previsões enquanto o outro (efeitos hereditários) prevê correctamente o fenómeno.
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vbm

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Re:Raça, Genética e QI
« Responder #356 em: 2015-03-09 09:51:55 »
Isso que aí está escrito já se sabia há bastante tempo -- não é novidade. Não é "aquilo que se diz" certamente, porque isso já era bem conhecido.

Vale a pena ler esse artigo. Nota que existem até medidas correlacionadas com QI que não estão expostas a treino ou cultura. Nomeadamente a velocidade de reacção.

Não vou ler o artigo, nem actualizar-me nesta matéria em debate. Mas gostaria de contribuir com a achega de três pensadores: David Hume, Quine, Popper, e já agora Maria Gabriela Llansol. Neste fragmento de uma reflexão humeana sobre os limites do conhecimento humano que transcrevo:

«Quando fazemos uma inferência causal estamos a afastar uma suposição de acaso. Toda a repetição aponta para uma causação. Porém, Hume não trata da indução geral, mas só da inferência causal. “Mais repetições não dão mais força”, acreditava Russell; mas há um certo número de repetições que conduzem as espécies vivas mais inteligentes a mudar de uma hipótese de casualidade a uma convicção de causalidade.

Há um sentido inato de similaridade em todas as espécies animais. Dizia Quine, “as criaturas que não acertam no número de repetições — suficiente para mudar de uma hipótese de casualidade para uma convicção de causalidade — têm a tendência infeliz, mas louvável, de morrer sem deixar descendência”. E, de facto, o mundo é regulado por causas; ser sagaz é ser sensível à repetição.

O cepticismo moderado de Hume é em relação ao conhecimento, não à natureza ou mundo exterior. Quando temos uma predição e decorre o contrário, então a teoria está errada.**  Para Hume, como para Popper, todo o saber é conjectural: assenta em hipóteses explicativas da realidade. Não há cepticismo indutivo em Hume: todas as ideias causais derivam de inferências causais, como acima expusemos.

A aprendizagem, o conhecimento, depende das inferências causais: «Um homem sagaz proporciona a sua crença à evidência». Todos, os sábios e os menos dotados, fazem inferências causais em razão do costume ou hábito. A racionalidade é uma crença justificada. Há uma proporção directa entre a crença e a evidência. A racionalidade depende da proporção, além da repetição; é um sentido inato entre as proporções e a ordem causal do mundo; uma harmonia estabelecida entre os seres viventes e o mundo em que emergem e de que dependem.»
[ ]
«Assim, a admirável aptidão de todos os seres viventes para captar as regularidades do seu próprio habitat é o resultado, e a condição, da sua própria sobrevivência na natureza que os contêm e constitui.**» 

* Pelo modus tollens — de, p e p-->q, se ~q, então ~p. — deduz-se que, se p v ~q, então ~(p-->q).
** Maria Gabriela Llansol tem um belíssimo texto sobre este tema: «A teoria da evolução das espécies, selecção por adaptação, revela, na sua contrapartida, um enunciado radical.  Se cada espécie se adapta às circunstâncias do meio, cada espécie representa uma leitura das virtualidades desse meio. Cada espécie é uma leitura. A viabilidade de cada espécie é sobrevivência específica porque representa, de facto, uma descrição específica do real. Tantas quantas as espécies. Cada uma delas é, se bem entendo, uma história consistente do meio terrestre. Há, desta Terra, infinitas descrições possíveis... desde que escritas. Mais, dentro de cada espécie, há várias leituras. Tantas quantos os desvios evolutivos.», in Maria Gabriela Llansol, Parasceve, Relógio d’Água, 2001, p 37.


« Última modificação: 2015-03-09 10:00:46 por vbm »

Zel

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Re:Raça, Genética e QI
« Responder #357 em: 2015-03-09 09:59:05 »
tal como os aborigenes eu acho provavel que os negros tenham um QI menor... mas o inc leva a coisa demasiado longe nas suas conclusoes, ao ponto do absurdo. africa subsariana eh um caso unico e especial. os tipos nem civilizacao tinham e tem resultados de QI muito abaixo de todos os outros povos, pobres ou nao. mas os outros casos sao muito mais dificeis de perceber e de separar as variaveis. por exemplo os judeus: os tipos puxam pelos filhos duma forma que voces desconhecem (pois qs nao ha judeus em portugal). mas eu vivi nos EUA e tenho la amigos judeus. tb tenho amigos judeus na alemanha. o que eles fazem aos putos nao ha equivalente entre os vossos amigos. eles tem aquela mentalidade de povo perseguido mas especial. ja os arabes eh o oposto, a islao destruiu a educacao e toda a sua relevancia social. mas antes da idade negra do islao (nao foi sempre assim) eram povos com civilizacoes muito competitivas com momentos de relevancia mundial. se o comunismo tem um efeito incrivel sobre a coreia do norte (apesar do QI genetico) porque nao ha de o islao ter tb o seu efeito enorme ?
« Última modificação: 2015-03-09 10:02:59 por Neo-Liberal »

Zenith

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Re:Raça, Genética e QI
« Responder #358 em: 2015-03-09 10:35:46 »
Outra pérola

Citar
Rushton and Skuy (2000) found
173 African 1st-year psychology students averaged an IQ equivalent of 84. Skuy
et al. (2002) tested another 70 psychology students who averaged an IQ equivalent
of 83. After receiving training on how to solve Matrices-type items, their mean
score rose to an IQ equivalent of 96.

Aquilo que se diz acerca dos testes de QI é que não é coisa que dependa do treino ou do background de conhecimentos, mas pelos vistos sim, e isso muda o significado todo.
Depois de ver este artigo meu cepticismo aumentou.

Isso que aí está escrito já se sabia há bastante tempo -- não é novidade. Não é "aquilo que se diz" certamente, porque isso já era bem conhecido.

Vale a pena ler esse artigo. Nota que existem até medidas correlacionadas com QI que não estão expostas a treino ou cultura. Nomeadamente a velocidade de reacção.

A ideia que eu tinha é que resultados de testes de QI eram independentes dos conhecimentos que se tinha ou de treino a resolver outros testes de QI. O que é dito no artigo é que isso não é verdade e com algum treino permite subir 12 pontos. Se houver muito treino até onde pode subir? 15-20-30 pontos?
O que isso quer dizer é que os resultados do QI vão depender da maneira como o ensino e ambiente social estimulam processos de pensamento nos quais os testes de QI se baseiam.
Os testes de reacção não percebi muito bem. Pensei que tinha a ver com reflexos, mas depois fala de capacidade de reacção a somas, subtracções, multiplicações o que já tem a ver com velocidade de aprendizagem.
Alguém como o Einstein parece que não se iria sair muito bem nesse teste (é provavelmente anedota mas já li que ele tinha uma tabuada afixada no gabinete porque não sabia a tabuada).
Mas esse tipo de testes até interessante para tentar perceber a inteligência. Se na escola primária houver uma récita tipo 1+1 2, 2+2 4, 4+4 oito. Os alunos rapidos e com boa capacidade de percepção auditiva na imitação de comportamento respondem imediatamente quando lhe perguntarem 2+2 quanto é? Um aluno não imititativo e que não consegue decorar tão facilmente sons, pode fazer o raciocinio2 é 1+1 portanto 2+2 é 1+1+1+1 e contar nos dedos até obter 4. Eu diria que o segundo é mais inteligente que o 1º embora tempo de reacção nesses testes simples vá ser muito superior.
Esse artigo deixou-me céptico.

Zenith

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Re:Raça, Genética e QI
« Responder #359 em: 2015-03-09 11:16:28 »
A partir da página 263 está um argumento científico bastante forte baseado na regressão para a média, e que mostra também como um dos lados (efeitos culturais) não produz previsões enquanto o outro (efeitos hereditários) prevê correctamente o fenómeno.

Essa secção é desconcertante. Se percebi bem argumenta que a matriz étnica é o aspecto chave e que heredeteriade de uma ou 2 gerações até é reduzida.