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A INSUSTENTABILIDADE DA SEGURANÇA SOCIAL

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JoaoAP:
Muito interessante. A ser verdade, e parece que sim, está muito bem descrita a evolução da SS.


A INSUSTENTABILIDADE DA SEGURANÇA SOCIAL


A Segurança Social nasceu da Fusão (Nacionalização) de praticamente todas as Caixas de Previdência existentes, feita pelos Governos Comunistas e Socialistas, depois do 25 de Abril de 1974.

As Contribuições que entravam nessas Caixas eram das Empresas Privadas
(23,75%) e dos seus Empregados (11%).

O Estado nunca lá pôs 1 centavo.
Nacionalizando aquilo que aos Privados pertencia, o Estado apropriou-se do que não era seu.
Com o muito, mas muito dinheiro que lá existia, o Estado passou a ser "mãos largas"!
Começou por atribuir Pensões a todos os Não Contributivos (Domésticas, Agrícolas e Pescadores).

Ao longo do tempo foi distribuindo Subsídios para tudo e para todos.
Como se tal não bastasse, o 1º Governo de Guterres(1995/99) criou ainda outro subsídio (Rendimento Mínimo Garantido), em 1997, hoje chamado RSI.
E tudo isto, apenas e só, à custa dos Fundos existentes nas ex-Caixas de Previdência dos Privados.
Os Governos não criaram Rubricas específicas nos Orçamentos de Estado, para contemplar estas necessidades.
Optaram isso sim, pelo "assalto" àqueles Fundos.

Cabe aqui recordar que os Governos do Prof. Salazar, também a esses Fundos várias vezes recorreram.
Só que de outra forma: pedia emprestado e sempre pagou. É a diferença entre o ditador e estes democratas…

Em 1996/97 o 1º Governo Guterres nomeou uma Comissão, com vários especialistas, entre os quais os Profs. Correia de Campos e Boaventura de Sousa Santos, que em 1998, publicam o "Livro Branco da Segurança Social".
Uma das conclusões, que para este efeito importa salientar, diz respeito ao Montante que o Estado já devia à Segurança Social, ex-Caixas de Previdência, dos Privados, pelos "saques" que foi fazendo desde 1975.

Pois, esse montante apurado até 31 de Dezembro de 1996 era já de 7.300 Milhões de Contos, na moeda de hoje, cerca de 36.500 Milhões €.
De 1996 até hoje, os Governos continuaram a "sacar" e a dar benesses, a quem nunca para lá tinha contribuído, e tudo à custa dos Privados.
Faltará criar agora outra Comissão para elaborar o "Livro NEGRO da Segurança Social", para, de entre outras rubricas, se apurar também o montante actualizado, depois dos "saques" que continuaram de 1997 até hoje.
Mais, desde 2005 o próprio Estado admite Funcionários que descontam 11% para a Segurança Social e não para a CGA e ADSE.

Então e o Estado desconta, como qualquer Empresa Privada 23,75% para a SS?
Claro que não!...
Outra questão se pode colocar ainda.
Se desde 2005, os Funcionários que o Estado admite, descontam para a Segurança Social, como e até quando irá sobreviver a CGA e a ADSE?
Há poucos meses, um conhecido Economista, estimou que tal valor, incluindo juros nunca pagos pelo Estado, rondaria os 70.000 Milhões €!...
Ou seja, pouco menos, do que o Empréstimo da Troika!...
Ainda há dias falando com um Advogado amigo, em Lisboa, ele me dizia que isto vai parar ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.

Há já um grupo de Juristas a movimentar-se nesse sentido.

A síntese que fiz, é para que os mais Jovens, que estão já a ser os mais penalizados com o desemprego, fiquem a saber o que se fez e faz também dos seus descontos e o quanto irão ser também prejudicados, quando chegar a altura de se reformarem!...

Falta falar da CGA dos funcionários públicos, assaltada por políticos sem escrúpulos que dela mamam reformas chorudas sem terem descontado e sem que o estado tenha reposto os fundos do saque dos últimos 20 anos.

Quem pretender fazer um estudo mais técnico e completo, poderá recorrer ao Google e ao INE.

Com os melhores cumprimentos,
Ana Cristina Rusga
Chefe de Equipa
Centro Nacional de Pensões
UPM 7-2-3
Telef. 217903700 Ext. 6175

Quando lá chegar, eu já sei, não tenho direito à reforma. Disto não tenho dúvidas.

valves1:

--- Citar ---Quando lá chegar, eu já sei, não tenho direito à reforma. Disto não tenho dúvidas.
--- Fim de Citação ---

Não tenha duvidas, Em Portugal os "juniores "  pagam as pensões dos seniores e depois não vão ter direito a nada ...

hermes:

--- Citação de: JoaoAprende em 2012-10-21  14:29:21 ---Ainda há dias falando com um Advogado amigo, em Lisboa, ele me dizia que isto vai parar ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.

Há já um grupo de Juristas a movimentar-se nesse sentido.

--- Fim de Citação ---


Desconfio que vão ser os únicos a ganharem alguma coisa.


--- Citação de: JoaoAprende em 2012-10-21  14:29:21 ---A síntese que fiz, é para que os mais Jovens, que estão já a ser os mais penalizados com o desemprego, fiquem a saber o que se fez e faz também dos seus descontos e o quanto irão ser também prejudicados, quando chegar a altura de se reformarem!...
--- Fim de Citação ---


Pois é, jovens, the sign is on the wall: מנא ,מנא, תקל, ופרסין

jeab:
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Medina Carreira diz que Estado social deverá falir dentro de poucos anos
2012-10-22 18:20:04

O antigo ministro das Finanças Henrique Medina Carreira prevê a falência do estado social dentro de poucos anos e diz que, segundo os seus próprios cálculos, em 2020 seriam precisos 120% dos impostos para pensões.

"Prevejo dentro de alguns anos, não muitos, a falência do estado social", afirmou Medina Carreira, ministro das Finanças de um dos governos de Mário Soares, numa conferência sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2013 organizada pela sociedade de advogados Rogério Fernandes Ferreira (RFF), que decorreu hoje em Lisboa.

"Em 1990 nós gastávamos com o estado Social 67% dos impostos, em 2000 eram 75% e em 2010 [gastávamos] 88%. Hoje, praticamente grande parte dos impostos é para o estado social. Toda a gente acha que a saúde tem que ser boa, que a educação tem que ser melhor, que os pensionistas não podem ser atingidos, que os funcionários têm um contrato com o Estado para a vida, é neste entalamento entre aquilo que as pessoas pensam e o que é a nossa realidade que reside o grande problema", afirmou.

Nas contas do próprio, a Segurança social afetava 73% das suas contribuições para o pagamento das suas pensões em 1990, 80% em 2000 e 104% em 2010.

"A projeção que eu fiz é que em 2020 seriam precisos 120 por cento dos impostos para assegurar as pensões" da Segurança Social, disse Medina Carreira.

O Governante aproveitou ainda para relembrar que em 1960 o estado social custava 5% do Produto Interno Bruto (PIB), valor que subiu para 30% em 2010.

"Prevejo dentro de alguns anos, não muitos, a falência do estado social", afirmou Medina Carreira, ministro das Finanças de um dos governos de Mário Soares, numa conferência sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2013 organizada pela sociedade de advogados Rogério Fernandes Ferreira (RFF), que decorreu hoje em Lisboa.

"Em 1990 nós gastávamos com o estado Social 67% dos impostos, em 2000 eram 75% e em 2010 [gastávamos] 88%. Hoje, praticamente grande parte dos impostos é para o estado social. Toda a gente acha que a saúde tem que ser boa, que a educação tem que ser melhor, que os pensionistas não podem ser atingidos, que os funcionários têm um contrato com o Estado para a vida, é neste entalamento entre aquilo que as pessoas pensam e o que é a nossa realidade que reside o grande problema", afirmou.

Nas contas do próprio, a Segurança social afetava 73% das suas contribuições para o pagamento das suas pensões em 1990, 80% em 2000 e 104% em 2010.

"A projeção que eu fiz é que em 2020 seriam precisos 120 por cento dos impostos para assegurar as pensões" da Segurança Social, disse Medina Carreira.

O Governante aproveitou ainda para relembrar que em 1960 o estado social custava 5% do Produto Interno Bruto (PIB), valor que subiu para 30% em 2010.

Diário Digital com Lusa

5555:
....porque é que estes FDP.......não baixam antes as "reformas douradas"......dos amigos ????



--- Citar ---Valor mínimo do subsídio de desemprego baixa para 377 euros

Lusa  23/10/12 18:38


 O Governo pretende baixar o valor mínimo do subsídio mensal de desemprego em 10%.

De acordo com o documento enviado aos parceiros pelo Ministério da Solidariedade, a que a agência Lusa teve acesso, "o limite mínimo do montante mensal do subsídio de desemprego é reduzido em 10%, passando de um Indexante de Apoios Sociais (IAS) para 90% do valor do IAS".
 
A proposta legislativa, a que os parceiros sociais têm de responder até dia 30, prevê também uma redução de 10% no valor do subsídio social de desemprego.
 
Ao abrigo deste decreto-lei, o valor mínimo do subsídio de desemprego passará dos actuais 419,22 euros para os 377,29 euros.
 
O subsídio social de desemprego passa, assim, a ser de 377,29 euros (90% do IAS) para beneficiários com agregado familiar, e de 301,83 euros (72% do IAS) para beneficiários isolados.
 
Cerca de 150 mil desempregados recebem actualmente o valor mínimo do subsídio de desemprego.

--- Fim de Citação ---

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