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Autor Tópico: É preciso uma uma perspectiva que não seja apenas austeridade  (Lida 38400 vezes)

Zel

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Re:É preciso uma uma perspectiva que não seja apenas austeridade
« Responder #220 em: 2014-05-14 15:50:35 »
Uma informação pertinente para a discussão, é que na década de 80 foi possível comprar anos de serviço, no entanto existia um limite no número de anos.

quem podia comprar?

itg00022289

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Re:É preciso uma uma perspectiva que não seja apenas austeridade
« Responder #221 em: 2014-05-14 16:14:52 »
Uma informação pertinente para a discussão, é que na década de 80 foi possível comprar anos de serviço, no entanto existia um limite no número de anos.

quem podia comprar?

acho que isso era apenas para FPs

pelo menos as pessoas que conheço que fizeram isso eram todas FPs

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Re:É preciso uma uma perspectiva que não seja apenas austeridade
« Responder #222 em: 2014-05-14 16:43:07 »
Do que sei não era comprar. Era pagar os descontos por trabalho efectuado e que, na altura, não tinham realizado os respectivos descontos.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
Urmas Reinsalu

tatanka

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Re:É preciso uma uma perspectiva que não seja apenas austeridade
« Responder #223 em: 2014-05-14 17:04:25 »
Do que sei não era comprar. Era pagar os descontos por trabalho efectuado e que, na altura, não tinham realizado os respectivos descontos.

Na pratica era comprar.
Lembro-me de pessoal, que tinha dado umas explicações, ou umas aulitas da tanga, quando eram mais novos, e pagaram os tais descontos, ganhando os anos de reforma.
Não eram feitas grandes validações, se tinha existido trabalho real, para os anos que se compravam os descontos.
Qualquer coisa servia.
“I hate reality but it's still the best place to get a good steak.”
― Woody Allen

Automek

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Re:É preciso uma uma perspectiva que não seja apenas austeridade
« Responder #224 em: 2014-05-14 17:31:48 »
Nem era preciso ter trabalhado. Bastava levar duas testemunhas a dizer que trabalhou na sapataria do Sr. Joaquim ali por volta do 25 de Abril em que não havia descontos nenhuns. Depois era pagar esses alegados anos e já estava.

Há pessoal que foi apanhado porque entre outras coisas disse que estava a trabalhar já com salário com apenas 4 ou 5 anos de idade e/ou outros que trabalharam num sitio e viviam a umas centenas de quilómetros de distância. A SS aparentemente ainda conseguiu apanhar os casos mais gritantes (mas, claro, quem tenha feito a coisa de forma cuidada safou-se).

Luisa Fernandes

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Re:É preciso uma uma perspectiva que não seja apenas austeridade
« Responder #225 em: 2014-05-24 09:01:18 »
Imposto sobre fortunas é preferível à austeridade

A melhor opção para reduzir o sobreendividamento público, diz em exclusivo ao Expresso o autor do best-seller "Capital no século XXI", é um imposto extraordinário progressivo sobre o valor líquido das fortunas acima de um milhão de euros. 

 
A austeridade é a pior solução para diminuir o excesso de dívida pública, diz o professor francês Thomas Piketty. Ele é autor de "Le Capital au XXI siècle" (editora Seuil, 2013, cerca de 1000 páginas) cuja tradução em inglês ("Capital in the Twenty-First Century", Harvard University Press, 685 páginas, abril de 2014) se tornou rapidamente líder da lista de best-sellers na Amazon e esgotou nas livrarias norte-americanas. Alguns economistas, como o norte-americano Larry Summers, já o consideram um forte candidato a um Prémio Nobel.
 
A austeridade implicará décadas de sacrifícios para a maioria da população e só será benéfica para os grandes portefólios detentores de obrigações do Tesouro. O que aconteceu no Reino Unido entre 1810 e 1910 é bem ilustrativo dos malefícios de uma tal opção política por uma austeridade prolongada, sublinha o autor recorrendo a um caso de antologia histórica.   
 
A melhor opção, diz o fundador da École d'Économie de Paris, é um imposto extraordinário progressivo sobre o valor líquido das fortunas acima de €1 milhão, com uma taxa de 1% entre 1 e 5 milhões e de 2% acima de 5 milhões, aplicado ao longo de um período de tempo como medida fiscal de emergência.
 
 
 
€300 mil milhões por ano
 
A taxa anual progressiva sobre as fortunas (avaliadas em termos líquidos, insiste o autor para não assustar as classes médias) acima de €1 milhão, poderia abranger, no caso da União Europeia (UE), uma minoria de 2,5% da população adulta e permitir uma arrecadação fiscal anual na ordem de €300 mil milhões, equivalente atualmente a 2% do PIB. Essa taxa deve aplicar-se a todo o tipo de ativos detidos por esses escalões de contribuintes.
 
Se for politicamente difícil, a sua segunda escolha é aumentar a inflação para fazer diminuir o sobreendividamento público, apesar das desvantagens que acarreta.


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/imposto-sobre-fortunas-e-preferivel-a-austeridade=f871714#ixzz32cNAMRpM
Quem não Offshora não mama...

Zel

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Re:É preciso uma uma perspectiva que não seja apenas austeridade
« Responder #226 em: 2014-05-24 11:36:57 »
Imposto sobre fortunas é preferível à austeridade

A melhor opção para reduzir o sobreendividamento público, diz em exclusivo ao Expresso o autor do best-seller "Capital no século XXI", é um imposto extraordinário progressivo sobre o valor líquido das fortunas acima de um milhão de euros. 

 
A austeridade é a pior solução para diminuir o excesso de dívida pública, diz o professor francês Thomas Piketty. Ele é autor de "Le Capital au XXI siècle" (editora Seuil, 2013, cerca de 1000 páginas) cuja tradução em inglês ("Capital in the Twenty-First Century", Harvard University Press, 685 páginas, abril de 2014) se tornou rapidamente líder da lista de best-sellers na Amazon e esgotou nas livrarias norte-americanas. Alguns economistas, como o norte-americano Larry Summers, já o consideram um forte candidato a um Prémio Nobel.
 
A austeridade implicará décadas de sacrifícios para a maioria da população e só será benéfica para os grandes portefólios detentores de obrigações do Tesouro. O que aconteceu no Reino Unido entre 1810 e 1910 é bem ilustrativo dos malefícios de uma tal opção política por uma austeridade prolongada, sublinha o autor recorrendo a um caso de antologia histórica.   
 
A melhor opção, diz o fundador da École d'Économie de Paris, é um imposto extraordinário progressivo sobre o valor líquido das fortunas acima de €1 milhão, com uma taxa de 1% entre 1 e 5 milhões e de 2% acima de 5 milhões, aplicado ao longo de um período de tempo como medida fiscal de emergência.
 
 
 
€300 mil milhões por ano
 
A taxa anual progressiva sobre as fortunas (avaliadas em termos líquidos, insiste o autor para não assustar as classes médias) acima de €1 milhão, poderia abranger, no caso da União Europeia (UE), uma minoria de 2,5% da população adulta e permitir uma arrecadação fiscal anual na ordem de €300 mil milhões, equivalente atualmente a 2% do PIB. Essa taxa deve aplicar-se a todo o tipo de ativos detidos por esses escalões de contribuintes.
 
Se for politicamente difícil, a sua segunda escolha é aumentar a inflação para fazer diminuir o sobreendividamento público, apesar das desvantagens que acarreta.


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/imposto-sobre-fortunas-e-preferivel-a-austeridade=f871714#ixzz32cNAMRpM


eh so vontade de criar esquemas para roubar em vez de reformar

vbm

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Re:É preciso uma uma perspectiva que não seja apenas austeridade
« Responder #227 em: 2014-05-24 12:07:58 »
eh so vontade de criar esquemas para roubar em vez de reformar

Porventura, será.

Contudo, é insustentável que a taxa média de juro dos capitais
exceda persistentemente a taxa de crescimento do produto (=rendimento).

A nível internações talvez não seja isso que esteja a acontecer,
dada a melhoria de vida na China e na Índia.

Mas, nos países do Ocidente, a desigualdade agravada
na distribuição da riqueza e do rendimento é simplesmente intolerável.

Pelo que, escusam os governantes-serventuários dos capital-monopolistas
de assobiar pró lado, como quem não quer a coisa
porque nisso os governados estão de acordo:
- também não querem a "coisa",
a servidão antidemocrática.

« Última modificação: 2014-05-24 12:08:41 por vbm »

Zel

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Re:É preciso uma uma perspectiva que não seja apenas austeridade
« Responder #228 em: 2014-05-24 12:17:22 »
eh so vontade de criar esquemas para roubar em vez de reformar

Porventura, será.

Contudo, é insustentável que a taxa média de juro dos capitais
exceda persistentemente a taxa de crescimento do produto (=rendimento).

A nível internações talvez não seja isso que esteja a acontecer,
dada a melhoria de vida na China e na Índia.

Mas, nos países do Ocidente, a desigualdade agravada
na distribuição da riqueza e do rendimento é simplesmente intolerável.

Pelo que, escusam os governantes-serventuários dos capital-monopolistas
de assobiar pró lado, como quem não quer a coisa
porque nisso os governados estão de acordo:
- também não querem a "coisa",
a servidão antidemocrática.

seria muito mais logico e mais transparente deixar as empresas falir e limpar os investidores que fizeram maus investimentos

Incognitus

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Re:É preciso uma uma perspectiva que não seja apenas austeridade
« Responder #229 em: 2014-05-24 12:27:05 »
Bem, esta taxa deve reunir o consenso de para aí 99% da população. É o imposto ideal, pois praticamente só se aplica "aos outros".
 
E sendo uma taxa "baixa" se calhar as fortunas nem fugiam. Mas tenho dúvidas quanto aos montantes que se esperam (tanto quanto ao abranger 2.5% da população).
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

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Re:É preciso uma uma perspectiva que não seja apenas austeridade
« Responder #230 em: 2014-05-24 12:28:05 »
Imposto sobre fortunas é preferível à austeridade

A melhor opção para reduzir o sobreendividamento público, diz em exclusivo ao Expresso o autor do best-seller "Capital no século XXI", é um imposto extraordinário progressivo sobre o valor líquido das fortunas acima de um milhão de euros. 

 
A austeridade é a pior solução para diminuir o excesso de dívida pública, diz o professor francês Thomas Piketty. Ele é autor de "Le Capital au XXI siècle" (editora Seuil, 2013, cerca de 1000 páginas) cuja tradução em inglês ("Capital in the Twenty-First Century", Harvard University Press, 685 páginas, abril de 2014) se tornou rapidamente líder da lista de best-sellers na Amazon e esgotou nas livrarias norte-americanas. Alguns economistas, como o norte-americano Larry Summers, já o consideram um forte candidato a um Prémio Nobel.
 
A austeridade implicará décadas de sacrifícios para a maioria da população e só será benéfica para os grandes portefólios detentores de obrigações do Tesouro. O que aconteceu no Reino Unido entre 1810 e 1910 é bem ilustrativo dos malefícios de uma tal opção política por uma austeridade prolongada, sublinha o autor recorrendo a um caso de antologia histórica.   
 
A melhor opção, diz o fundador da École d'Économie de Paris, é um imposto extraordinário progressivo sobre o valor líquido das fortunas acima de €1 milhão, com uma taxa de 1% entre 1 e 5 milhões e de 2% acima de 5 milhões, aplicado ao longo de um período de tempo como medida fiscal de emergência.
 
 
 
€300 mil milhões por ano
 
A taxa anual progressiva sobre as fortunas (avaliadas em termos líquidos, insiste o autor para não assustar as classes médias) acima de €1 milhão, poderia abranger, no caso da União Europeia (UE), uma minoria de 2,5% da população adulta e permitir uma arrecadação fiscal anual na ordem de €300 mil milhões, equivalente atualmente a 2% do PIB. Essa taxa deve aplicar-se a todo o tipo de ativos detidos por esses escalões de contribuintes.
 
Se for politicamente difícil, a sua segunda escolha é aumentar a inflação para fazer diminuir o sobreendividamento público, apesar das desvantagens que acarreta.


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/imposto-sobre-fortunas-e-preferivel-a-austeridade=f871714#ixzz32cNAMRpM


eh so vontade de criar esquemas para roubar em vez de reformar


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Financial Times diz que há erros nos dados de Thomas Piketty

O editor de Economia do jornal britânico afirma que erros detetados nos dados do livro "O Capital no século XXI" colocam em causa a tendência para o aumento da desigualdade depois de 1970. A parcela no rendimento por parte dos muito ricos teria permanecido estável nos últimos 30 a 40 anos.

     1
Jorge Nascimento Rodrigues |
0:07 Sábado, 24 de maio de 2014 Última atualização há 21 minutos
Duas conclusões importantes de Thomas Piketty, no seu livro "O Capital no século XXI", foram hoje colocadas em causa no influente jornal britânico "Financial Times" (FT). A primeira refere que, sobretudo a partir dos anos 1980, se verifica, de novo, uma subida da riqueza detida pelo topo da pirâmide social no rendimento nacional em diversas economias desenvolvidas. A segunda que essa desigualdade é mais acentuada nos Estados Unidos do que na Europa. O FT adianta que não são válidas. O Expresso entrevistou Piketty esta semana e publica uma entrevista na edição impressa de 23 de maio.

Uma investigação realizada por Chris Giles, editor de Economia do FT, revelou muitas entradas de dados nas folhas de cálculo não explicadas, o uso não explicado de diferentes períodos de tempo, alterações e erros na transcrição de dados a partir das fontes originais, e médias entre países obtidas por métodos questionáveis que baseiam alguns dos gráficos chave de um capítulo do livro "O Capital no século XXI" de Thomas Piketty.

O editor do FT pôde realizar esta avaliação pois Piketty colocou online os dados usados para o livro desde a sua publicação em francês no ano passado, bem como um apêndice técnico desenvolvido, o que pode ser consultado em http://piketty.pse.ens.fr/capital21c , onde se pode encontrar um ficheiro zipado com todo o material.

Giles alega, num artigo que publicou ao final da tarde de sexta-feira (23 de maio) na secção "Global Economy" do FT, que "[os erros] são suficientemente sérios para colocar em causa a afirmação do professor Piketty de que a parcela de riqueza nas mãos dos mais ricos da sociedade tem vindo a crescer" depois de 1970. "Quando procurei corrigir estes aparentes erros, surgiu um quadro bem diferente sobre a desigualdade", diz Giles em "Piketty findings undercut by errors" . "O resultado combinado de todos estes problemas conduz [no livro de Piketty] a um aumento artificial da concentração da riqueza nos mais ricos nos últimos 50 anos", afirma.

Com as correções feitas por Giles, a tendência para um aumento da desigualdade na riqueza sobretudo depois de 1980 "desaparece". Giles desenvolveu, depois, o tema noutro artigo mais extenso intitulado "Data Problems with Capital in the 21st Century" publicado no blogue "Money Supply" do FT.

 

O ponto de divergência: concentração aumentou ou mantém-se estável?

O editor de Economia do FT iniciou a investigação por ter tropeçado numa diferença entre os dados oficiais britânicos e os referidos por Piketty quando pesquisava para um artigo sobre a distribuição de riqueza no Reino Unido. O editor do FT foi analisar ao detalhe os dados do capítulo 10 ("Desigualdade na propriedade do capital") na parte III do livro do professor francês, verificando os tais problemas com dados para quatro países-chave da análise - França, Suécia, Reino Unido e Estados Unidos.

No caso do Reino Unido, Giles encontra as maiores discrepâncias entre dados oficiais e os números de Piketty a partir de 1980. "O nível de concentração de riqueza na Grã-Bretanha em 1980, 1990, 2000 e 2010 é significativamente mais baixo do que reporta o professor Piketty", sublinha o FT, e, nesse sentido, o que se verifica é uma trajetória plana.

Resumindo sobre a Europa, Giles alega que a média que obtém - reduzindo o peso da Suécia, refletindo a menor população deste país em relação aos outros dois - não é tão elevada no início do século XX como Piketty alega. Giles prefere o uso de uma média ponderada em vez de uma média aritmética. E que os dados que coligiu sobre o Reino Unido nos últimos anos não apontam para uma tendência de subida. No caso dos EUA, Giles conclui também que a evolução entre 1960 e 2010 revela um aumento muito ligeiro da parcela de riqueza detida pelo 1% do topo (subiu de 33,4% para 34,6%), citando dados de Richard Wolff, a que Piketty também recorreu.

No caso da Europa é ainda nítido que para Piketty a descida da fatia do topo no rendimento iniciada em 1910 termina nos anos 1970, enquanto na simulação de Giles só termina em 1990 para o segmento dos 10% e em 1980 para o segmento de 1%.

A conclusão central de Giles é que a curva da riqueza detida pelo topo não aumentou, mas manteve-se praticamente estável nos últimos 30 a 40 anos quer na Europa como nos EUA. A preocupação da crítica do FT é este passado recente - o pós-1980 - e não o passado mais distante do século XIX e do que ocorreu na primeira metade do século XX sobretudo na Europa, onde as conclusões globais de Piketty "parecem estar certas".

A divergência a partir de 1980 fica clara comparando dois gráficos sobre a evolução dos segmentos dos 10% mais ricos e do 1% na Europa e nos EUA. O publicado por Piketty na página 349 do seu livro e o publicado por Giles no final do artigo "Data Problems" - no primeiro caso há uma trajetória de subida que começa a ser nítida entre 1980 e 2010; no segundo caso a evolução mantém-se plana.

As observações de Chris Giles e de alguns comentadores internacionais alegam alguma similitude entre estas críticas aos dados de Piketty e a crítica no ano passado aos erros de Excel e metodológicos encontrados por uma equipa da Universidade de Massachusetts, Amherst, num artigo de Carmen Reinhart e Ken Rogoff, datado de maio de 2010, sobre a questão do limiar vermelho dos 90% da dívida pública no PIB. Uma polémica que o Expresso então acompanhou.

 

A resposta de Piketty

O FT publicou uma resposta de Piketty às críticas de Giles, em que o professor francês refere ter realizado "alguns ajustamentos" às fontes originais de dados em bruto "no sentido de as tornar mais homogéneas ao longo do tempo e entre países".

Alega, ainda, que ficaria "muito surpreendido se alguma das conclusões substantivas sobre a evolução de longo prazo das distribuições da riqueza fossem muito afetadas" por melhorias na recolha de dados e nas estimativas cobrindo mais países que o projeto World Top Incomes Database, criado por Piketty com outros colegas, vier a fornecer. No entanto, o professor francês não analisa caso a caso as críticas de Chris Giles, mas desafia o FT a publicar estatísticas e rankings sobre a riqueza, material que ele analisará, ficando muito satisfeito se mudar de opinião. Conclui com ironia: "Mantenham-me informado".

O autor de o "Capital no século XXI" refere ainda que as estimativas da concentração de riqueza por ele apresentadas pecarão até provavelmente por defeito. Piketty refere no livro uma investigação de Gabriel Zucman, publicada na revista científica "Quarterly Journal of Economics", no ano passado, em que se concluía que uma boa parte da riqueza detida pelo topo não é reportada nas estatísticas nacionais pois se encontra em offshores, parcela que deve representar cerca de 10% do PIB mundial ou 7 a 8% dos ativos líquidos financeiros globais.



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/financial-times-diz-que-ha-erros-nos-dados-de-thomas-piketty=f871865#ixzz32dJVbXgg


o artigo do FT:
http://www.ft.com/cms/s/2/e1f343ca-e281-11e3-89fd-00144feabdc0.html?ftcamp=published_links%2Frss%2Fhome_us%2Ffeed%2F%2Fproduct#axzz32Z3BHcoU
« Última modificação: 2014-05-24 12:52:32 por itg00022289 »

Luisa Fernandes

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Re:É preciso uma uma perspectiva que não seja apenas austeridade
« Responder #231 em: 2014-05-24 17:30:07 »
No entanto, o professor francês não analisa caso a caso as críticas de Chris Giles, mas desafia o FT a publicar estatísticas e rankings sobre a riqueza, material que ele analisará, ficando muito satisfeito se mudar de opinião. Conclui com ironia: "Mantenham-me informado".
 
O autor de o "Capital no século XXI" refere ainda que as estimativas da concentração de riqueza por ele apresentadas pecarão até provavelmente por defeito. Piketty refere no livro uma investigação de Gabriel Zucman, publicada na revista científica "Quarterly Journal of Economics", no ano passado, em que se concluía que uma boa parte da riqueza detida pelo topo não é reportada nas estatísticas nacionais pois se encontra em offshores, parcela que deve representar cerca de 10% do PIB mundial ou 7 a 8% dos ativos líquidos financeiros globais.
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Re:É preciso uma uma perspectiva que não seja apenas austeridade
« Responder #232 em: 2014-05-24 18:01:59 »
porque e que o piketty e mais popular nos paises anglo-saxonicos que em franca?

(hint: francois hollande)
A fool with a tool is still a fool.