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Autor Tópico: Este Governo  (Lida 597431 vezes)

valves1

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Re:Este Governo
« Responder #1280 em: 2013-12-15 10:57:26 »
Visto a distancia a manifestacao nunca deixou de estar sob controlo e a subida das escadas foi para utilizar uma expressao Francesa um fait divers;
A manifestacao como e evidente teve muito de politico/ partidaria e portanto toca de despachar o Homem para o exilio;
Como regra geral os Politicos devem aprender a lidar uns com os outros no mesmo espaco sem terem que ir por este tipo de Modus Operandis;
« Última modificação: 2013-12-15 11:14:45 por valves1 »
"O poder só sobe a cabeça quando encontra o local vazio."

Luisa Fernandes

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Re:Este Governo
« Responder #1281 em: 2013-12-15 12:10:37 »
"Economia neoliberal pôs os pobres uns contra os outros"

O presidente da Cáritas lamenta as consequências do neoliberalismo que, defende, fomenta a pobreza encoberta porque os portugueses "culpam os pobres da condição de pobreza em que vivem".

Em entrevista n'O Estado da Nação, programa de entrevistas conduzido por João Marcelino, diretor do DN, e Paulo Baldaia, diretor da TSF, Eugénio Fonseca dá como exemplo os "horríveis ataques ao rendimento social de inserção", que foram aproveitados de forma populista por alguns sectores da política portuguesa, para mostrar como os portugueses mantêm preconceitos em relação aos mais pobres, mesmo num País em que ter os rendimentos de um emprego não significa viver acima do limiar da pobreza.

O presidente da Cáritas trouxe três temas para esta conversa: o desemprego, a pobreza em Portugal e a luta contra a fome. Reconhece que "o plano de emergência social" colocado em prática pelo Governo foi oportuno e descreve o ministro da Solidariedade e Segurança Social como um homem de causas, mas não concorda com as "opções de cortes que se fizeram nas diferentes prestações sociais".

Diz que Portugal só não está na mesma situação da Grécia devido à "onda de solidariedade" que impede situações de pobreza ainda mais graves e sublinha que não tem havido uma política de proteção das pequenas e médias empresas. Sobre a atualidade, refere que o Governo "levou longe de mais a preocupação pela solução da dívida" e que, acima da dívida, estão as pessoas.

CONCLUSÃO ...MAIS UM PIG COMUNISTA  :D
Quem não Offshora não mama...

Jérôme

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Re:Este Governo
« Responder #1282 em: 2013-12-15 14:39:19 »
"Quando em casa não há pão, todos ralham e ninguém tem razão"
O Povo

Zel

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Re:Este Governo
« Responder #1283 em: 2013-12-15 15:41:15 »
que hipotese tao idiota para nao estarmos na mesma situacao da grecia, o pib grego desceu 25% e isso nao tem nada a ver com a solidariedade que existe ou nao nos diferentes paises. parece-me que eh so gente burra a frente dos jornais, tv o ricardo costa se safe.


vbm

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Re:Este Governo
« Responder #1284 em: 2013-12-15 16:33:09 »
O "ricardo costa" é tão medíocre quanto os demais.
Todo o jornalismo decaiu na maior inépcia profissional.
E, por certo, graças aos patrões da imprensa a que se vergam.

Pois que deles não recebem senão ou um salário limitado,
sem verba para qualquer pesquisa, ou
um salário interessante mas só para
informação-espectáculo.

Incognitus

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Re:Este Governo
« Responder #1285 em: 2013-12-15 17:59:40 »
"Economia neoliberal pôs os pobres uns contra os outros"

O presidente da Cáritas lamenta as consequências do neoliberalismo que, defende, fomenta a pobreza encoberta porque os portugueses "culpam os pobres da condição de pobreza em que vivem".

Em entrevista n'O Estado da Nação, programa de entrevistas conduzido por João Marcelino, diretor do DN, e Paulo Baldaia, diretor da TSF, Eugénio Fonseca dá como exemplo os "horríveis ataques ao rendimento social de inserção", que foram aproveitados de forma populista por alguns sectores da política portuguesa, para mostrar como os portugueses mantêm preconceitos em relação aos mais pobres, mesmo num País em que ter os rendimentos de um emprego não significa viver acima do limiar da pobreza.

O presidente da Cáritas trouxe três temas para esta conversa: o desemprego, a pobreza em Portugal e a luta contra a fome. Reconhece que "o plano de emergência social" colocado em prática pelo Governo foi oportuno e descreve o ministro da Solidariedade e Segurança Social como um homem de causas, mas não concorda com as "opções de cortes que se fizeram nas diferentes prestações sociais".

Diz que Portugal só não está na mesma situação da Grécia devido à "onda de solidariedade" que impede situações de pobreza ainda mais graves e sublinha que não tem havido uma política de proteção das pequenas e médias empresas. Sobre a atualidade, refere que o Governo "levou longe de mais a preocupação pela solução da dívida" e que, acima da dívida, estão as pessoas.

CONCLUSÃO ...MAIS UM PIG COMUNISTA  :D

Luísa, estás a defender cortar mais nos salários e pensões e menos nas prestações sociais? Ou ir mais ao IRS e IVA?
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

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Re:Este Governo
« Responder #1286 em: 2013-12-16 22:25:04 »



Citar
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, garantiu esta segunda-feira que Portugal sabe bem qual é a economia que quer construir para futuro, que será “conduzida por factores competitivos”, deixando “uma economia mais provinciana para uma mais economia mais cosmopolita
[/b]


......alguém sabe o que este "g...." quer dizer com isto.?.....eh.,eh.....

Luisa Fernandes

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Re:Este Governo
« Responder #1287 em: 2013-12-20 13:51:07 »
O grande teatro

 O governo tem perfeita consciência de que nada fez para impedir que a riqueza criada pelo trabalho dos portugueses se evapore no sumidouro dos off-shores.
 Não desconhece a advertência do Papa:
…a dívida e os respectivos juros afastam os países das possibilidades viáveis da sua economia, e os cidadãos do seu real poder de compra.
Evangelii Gaudium

tal como não desconhece as palavras do chefe da delegação da Troyka para Portugal, Subir Lali:
…As transformações de que a economia precisa terão de continuar nos próximos dez a 15 anos
Diário de Notícias

Como se entende, neste quadro, tanto alarido à volta do fim da ingerência das potências internacionais na política portuguesa marcada para Maio de 2014?
 Como se entende tanto alarido à volta de “sinais positivos” da economia (inspiração da vidente Maia?)?
 Estamos a assistir a um acto de uma peça de teatro. No próximo acto o governo irá apontar o dedo a todos menos ao próprio. O Tribunal Constitucional está, naturalmente, na calha. Os partidos da oposição e os sindicatos também. Ouviremos ad nauseum: Estávamos a ir tão bem, a conquistar a confiança dos “mercados”…
Quem não Offshora não mama...

Zakk

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Re:Este Governo
« Responder #1288 em: 2013-12-23 10:43:20 »
O grande teatro

 O governo tem perfeita consciência de que nada fez para impedir que a riqueza criada pelo trabalho dos portugueses se evapore no sumidouro dos off-shores.
 Não desconhece a advertência do Papa:
…a dívida e os respectivos juros afastam os países das possibilidades viáveis da sua economia, e os cidadãos do seu real poder de compra.
Evangelii Gaudium

tal como não desconhece as palavras do chefe da delegação da Troyka para Portugal, Subir Lali:
…As transformações de que a economia precisa terão de continuar nos próximos dez a 15 anos
Diário de Notícias

Como se entende, neste quadro, tanto alarido à volta do fim da ingerência das potências internacionais na política portuguesa marcada para Maio de 2014?
 Como se entende tanto alarido à volta de “sinais positivos” da economia (inspiração da vidente Maia?)?
 Estamos a assistir a um acto de uma peça de teatro. No próximo acto o governo irá apontar o dedo a todos menos ao próprio. O Tribunal Constitucional está, naturalmente, na calha. Os partidos da oposição e os sindicatos também. Ouviremos ad nauseum: Estávamos a ir tão bem, a conquistar a confiança dos “mercados”…

Fonix, os comunistas agora viraram todos catolicos.

PS. Eu sempre fui catolico.

karnuss

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Re:Este Governo
« Responder #1289 em: 2013-12-27 18:09:59 »



Citar
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, garantiu esta segunda-feira que Portugal sabe bem qual é a economia que quer construir para futuro, que será “conduzida por factores competitivos”, deixando “uma economia mais provinciana para uma mais economia mais cosmopolita
[/b]


......alguém sabe o que este "g...." quer dizer com isto.?.....eh.,eh.....


Vou tentar fazer um exercício de adivinhação da mente do PM (provavelmente terá lido um qualquer soundbyte escrito por um assessor, que achou genial aquela tirada):

Economia provinciana = País de cafés e cabeleireiros (sem pagar IVA)
Economia cosmopolita = país de indústria de ponta e altamente competitivo, de Apples e de Googles, de Mercedes e BMWs, com serviços de excelência e alto valor acrescentado, derivado à sua população extremamente qualificada e bem paga. Resumindo, aterra do leite e do mel, já ao virar da esquina (em 2014) ;)

Luisa Fernandes

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Re:Este Governo
« Responder #1290 em: 2013-12-27 20:59:08 »
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jeab

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Re:Este Governo
« Responder #1291 em: 2013-12-27 21:07:58 »
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
O verdadeiro homem inteligente é aquele que parece ser um idiota na frente de um idiota que parece ser inteligente!

Luisa Fernandes

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Re:Este Governo
« Responder #1292 em: 2013-12-28 20:23:41 »
Vamos esperar para quando o OE entrar em vigor e ouvir atentamente o que estes governantes vão dizer ao verem ruir, todas as suas falácias, como um castelo de cartas.
A única verdade nisto AFINAL é o facto de ele ter criado 120 mil empregos. São colocações em vários países europeus, sim, esses empregos de emigrantes são da responsabilidade deste Governo, e não é mentira! Cá dentro?... Uns milhares de empregos pagos a baixo do nível de pobreza, contratos feitos por exploradores sem escrúpulos.
A propaganda está montada para resistir o mais possível até o ponto de não retorno, e nem todas as mentiras deste mundo lhes vão valer, como cobardes que são, ou fogem ou deitam as culpas ao TC, à Constituição, à conjuntura internacional ou aos portugueses que os confrontam diariamente.

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Re:Este Governo
« Responder #1293 em: 2013-12-28 20:56:33 »
Luisa tás enganada quando falas de emigração, eu não considero emigração dentro do espaço europeu, tinhas que fazer novos cálculos.
Mas o esforço do governo e dos portugueses para nos manter dentro da União Europeia faz com essas pessoas migrantes e não emigrantes são consideradas como pertencentes à união europeia, se não fosse considerado o sacrifício dos portugueses em nos manter dentro da união europeia esses migrantes eram perseguidos pela policia local e eram considerados como clandestinos, é certos como muitos emigraram fora da comunidade europeia mas foram recebidos bem e não como clandestinos.

Luisa Fernandes

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Re:Este Governo
« Responder #1294 em: 2013-12-28 21:03:19 »
Sim estou enganada... eu e todo o povo português.
Tu é que estás certo  :D
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Re:Este Governo
« Responder #1295 em: 2013-12-28 21:25:17 »
Luisa temos uma sorte é que os países de língua portuguesa estão bem e estão a crescer isto evita uma onda de imigrantes vindos desses países, mas isso não evita os movimentos dos povos.
Eles não veiem mas isso não evita que sejam substituídos por outros, caso da Roménia e Bulgária, mas o fenómeno da imigração é controlável.

JoaoAP

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Re:Este Governo
« Responder #1296 em: 2013-12-28 21:32:10 »
Sim estou enganada... eu e todo o povo português.
Tu é que estás certo  :D
Este comentário parece-me típico de ...

Há tempos estava na farmácia e estava um senhor a dizer mal do governo ao farmaceutico... e tal... e que governam mal... e disse tanto disparate que eu não me contive... o governos governa mal ...e tc...
e eu disse-lhe que quem governa em 90% é a Troika... ele... não... ok....etc..
depois disse que este governo não pode estar lá...
e eu disse-lhe que estamos numa democracia... se votaram neles... temos de respeitar e então nas próximas eleições....
e ele!!!!:
pois... o povo é burro!! não sabe em quem  deve votar....
pois.... ele não é burro...
depois perguntei.... é comunista....disse o da farmácia....

Aqui a luisa fez-me lembrar algo semelhante.... ela e ... "Sim estou enganada... eu e todo o povo português."  :D :D

Luisa Fernandes

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Re:Este Governo
« Responder #1297 em: 2013-12-28 21:34:18 »
Luisa temos uma sorte é que os países de língua portuguesa estão bem e estão a crescer isto evita uma onda de imigrantes vindos desses países, mas isso não evita os movimentos dos povos.
Eles não veiem mas isso não evita que sejam substituídos por outros, caso da Roménia e Bulgária, mas o fenómeno da imigração é controlável.




“Os portugueses não querem um primeiro-ministro que seja comentador político e querem um primeiro-ministro que lhes diga: 'Eu vou governar de tal maneira que não será preciso emigrar para o estrangeiro'. Essa é a mensagem que esperam e não de um primeiro-ministro que diz 'Não consigo resolver o problema, emigrem para o estrangeiro'”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, na TVI.
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Re:Este Governo
« Responder #1298 em: 2013-12-28 22:03:42 »
É certo que agora temos um problema jovens com o 12 ano sem trabalho e não continuam a estudar, mas esse problema deve ser considerado um desafio, e temos os cursos CET, é mais uma despesa.

Alternativa :

vem a ser a criação duma nova cultura caso do punk no fim de setenta e inicio de oitenta.

Sex Pistols - Anarchy In The UK

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Re:Este Governo
« Responder #1299 em: 2014-01-01 13:09:16 »
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Idade da reforma sobe para 66 anos no dia 1 de Janeiro

De, 31/12/13 20:39

 Diploma aumenta a idade da reforma para 66 anos na Segurança Social e ainda tem de ser adaptado à Função Pública.

O diploma que aumenta a idade de acesso à pensão na Segurança Social foi publicado hoje ao final da tarde e entra em vigor já amanhã. Também foi publicada a portaria que dita a nova idade de reforma em 2014 e 2015. A partir de 1 de Janeiro de 2014, as futuras pensões da Segurança Social podem contar com novas regras. O diploma ainda tem de ser adaptado à função pública mas falta saber quando e como se desenvolverá esse processo.

Idade de reforma sobe para 66 anos

A idade de acesso à pensão sobe de 65 para 66 anos no primeiro dia de 2014. Isto porque a idade da reforma estará indexada ao factor de sustentabilidade e este terá novas regras. Até aqui, este mecanismo apenas influenciava a idade de acesso à pensão completa (sem penalizações) e não a idade legal de reforma. Em 2013, de acordo com o Governo, já era necessário trabalhar, em média, mais seis meses além dos 65 anos para ter a reforma completa mas, ainda assim, os trabalhadores podiam abandonar o mercado de trabalho aos 65 anos, aceitando a penalização no valor da pensão.

Factor de sustentabilidade é agravado mas exclui quem se reformar aos 66 anos

O factor de sustentabilidade passa agora a ter por referência o ano 2000 (e não 2006) e vai ditar um corte de cerca de 11,7% nas novas pensões em 2014 (contra 5,43%, valor que seria aplicado se as regras não mudassem). O diploma garante, no entanto, que quem se reformar aos 66 anos em 2014 não verá a sua pensão afectada pelo corte de quase 12%, uma vez que já trabalhou 12 meses adicionais. Enquanto as reformas antecipadas estiverem congeladas na Segurança Social (esta é uma via aberta apenas para desempregados e regimes específicos), os trabalhadores não poderão abandonar o mercado de trabalho antes dos 66 anos. E tal como o Diário Económico já noticiou, o Orçamento do Estado permite estender a suspensão das reformas antecipadas até ao final de 2014. Na Função Pública, as saídas antecipadas são possíveis mas deverão ditar cortes adicionais quando o regime for adaptado: além do factor de sustentabilidade de 11,7%, há a ter em contas os cortes de 0,5% por cada mês de antecipação face à nova idade legal de reforma (e não face aos 65 anos). Os sindicatos já alertaram o Governo para esta acumulação de cortes e esperam mudanças. Falta no entanto saber quando, e como, as novas regras afectarão os funcionários públicos. Ainda no caso da função pública, sabe-se já que os pedidos de aposentação que deram entrada até ao final de 2013 serão calculados com base no factor de sustentabilidade daquele ano (corte de 4,78%), a não ser que o regime de 2014 se revele mais favorável - esta norma está inscrita no Orçamento do Estado que também entra em vigor no dia 1 de Janeiro.

Aumentos graduais a partir de 2016

O Governo já garantiu que, em 2015, a idade de reforma manter-se-á nos 66 anos, norma que o diploma final também prevê. A partir de 2016, no entanto, é de esperar aumentos graduais. O factor de sustentabilidade terá por base a esperança média de vida aos 65 anos verificada no segundo e terceiro anos anteriores à reforma, na proporção de dois terços. O Executivo prevê que a idade de acesso à pensão atinja os 67 anos em 2029, o que significa aumentos de cerca de um mês por cada ano que passa. A idade de reforma constará de portaria a publicar dois anos antes. A idade de reforma em 2014 e 2015 já está expressa numa portaria publicada hoje.

Factor nunca se aplicará a quem abandonar o mercado de trabalho depois da idade legal

Ao longo do tempo, sempre que os trabalhadores se reformem depois da idade legal fixada para cada ano, a sua pensão não será afectada pelo corte do factor de sustentabilidade.

Quem completou 65 anos em 2013 é excepção

O novo regime aplica-se a quem pedir reforma depois da entrada em vigor do diploma, ou seja, a partir de 1 de Janeiro. No entanto, quem completou 65 anos ainda em 2013 não será abrangido pelo novo diploma, mesmo que peça a reforma em 2014. Neste caso, tudo indica que as reformas serão abrangidas pelo factor de sustentabilidade de 2014 calculado com as regras antigas (corte de 5,43%, que pode ser compensado com trabalho adicional). O mesmo acontece com as pensões de invalidez que contem menos de 20 anos e que sejam convertidas em reforma de velhice a partir de 2014. As pensões de invalidez absoluta com mais de 20 anos convoladas em pensões de velhice ficam excluídas do âmbito do factor de sustentabilidade.

Excepções aos 66 anos

A idade de reforma continua nos 65 anos no caso de trabalhadores que, legalmente, não podem manter actividade além dessa idade e que exerceram essa profissão pelo menos nos últimos cinco anos. É o caso de mineiros, pescadores, condutores de veículos pesados, pilotos de aviação, controladores de tráfego aéreo, bailarinos, etc.


Longas carreiras menos penalizadas

A idade de reforma é reduzida para os trabalhadores que, aos 65 anos de idade, já ultrapassem 40 de carreira. Quem tem 41 anos de trabalho, pode pedir a reforma aos 65 anos e oito meses; quem tiver 42 anos de carreira, pode reformar-se aos 65 anos e quatro meses e quem já trabalhar há 43 anos pode receber pensão com 65 anos.

Penalização da pensão antecipada aumenta e bonificação diminui

A penalização das reformas antecipadas (0,5% por mês) terá por referência o número de meses de antecipação face à idade legal de reforma estabelecida para cada ano (e não face a 65 anos). No entanto, este regime está actualmente suspenso na Segurança Social (havendo excepções específicas com regras próprias, nomeadamente em caso de desemprego). A penalização adicional já será sentida por quem rescindiu contrato de trabalho por acordo e venha a pedir reforma quando terminar o seu subsídio de desemprego. É que estas pessoas tinham, até agora, uma penalização de 3% por cada ano de antecipação da reforma entre os 62 e os 65 anos, desaparecendo este corte quando o beneficiário chegava aos 65 anos de idade. Com as novas regras, a penalização passa a ser de 0,25% por cada mês de antecipação face à nova idade legal de reforma (66 anos em 2014). Esta redacção é diferente do previsto inicialmente, já que a proposta do Governo apontava para um corte de 3% por cada ano de antecipação em relação à nova idade legal da reforma. Com as bonificações no valor da pensão, a lógica é a mesma: só quem trabalhar além dos 66 anos em 2014 terá direito a bonificações que variam entre 0,33% e 1% por cada mês de trabalho adicional. Actualmente, as bonificações tinham em conta o trabalho prestado depois dos 65 anos.

Pilotos podem passar à reforma antecipada

O Governo entende agora que os pilotos comandantes e co-pilotos de aeronaves de transporte público comercial de passageiros, carga ou correio, também devem poder passar à reforma antecipada, alargando o leque de excepções à suspensão do regime.

Revalorização

O Governo aproveita para eliminar o regime transitório de revalorização de salários que serve para calcular a parte da pensão que tem por base toda a carreira contributiva. O decreto-lei anterior estabelecia um regime de revalorização dos salários recebidos entre 2002 e 2011, baseado na inflação e na evolução dos ganhos subjacentes às contribuições. Este regime deveria ter sido revisto em 2011. O novo diploma estende agora as regras de revalorização a todos os salários recebidos depois de 2002.

Pensão social de velhice e complemento afectados

Também a pensão social de velhice e o complemento solidário para idosos, que até aqui eram atribuídos a quem atingia 65 anos, só serão pagos a partir da nova idade legal de reforma (66 anos em 2014 e acima disso a partir daí).