“Existe neste momento um pacote de identificação de pessoas [que ocupam cargos políticos] que nós sabemos em online [em tempo real] quem está a ter acesso”
Pelos vistos o acesso não foi vedado, mas têm um software que permite monitorizar em real time quem está a aceder aos dados das pessoas da lista.
Não é tão discriminatório como pensava. Nao foi aumentado o nível de privacidade de um grupo de cidadãos relativamente à generalidade, simpesmente está a haver maior monitorização sobre os acessos (imagino que podia ser feito para qq contribuinte mas claro não pode estar o director a monitorizar no ecrã os acessos a milhoes de contas .-))
Se fosse um procedimento operacional da AT que detectou nºs de acessos anormais e passou a monitorizar isso não vejo problema.
Se a lista não resulta de qq tratamento de dados da AT, mas foi fornecida por um membro do governo que depois negou te-lo feito, embora não se possa dizer que a medida seja tão discriminatória comoinicialmente parecia, temos o problema da transparência (saber se isso foi para servir um grupo especifico) e da mentira.
Eu já tinha referido que se tratava apenas de monitorizar quem acede à informação...
Seja como for, faz muito pouco sentido se for necessário alguém ficar a olhar para o sistema tipo sentinela para verificar online [em tempo real] quem está a aceder a determinada informação. A solução devia passar por os logs ficarem gravados no sistema para se poder consultar à posterior.
Ninguém tem que ficar a olhar. Tem é essa possibilidade, porque os dados são gerados em tempo real. Mas já eram, esses logs sempre existiram e existem para todos os contibuintes. O que acontece é que agora há um software capaz de os explorar (que até é bastante fácil, se simplesmente vai consultar os logs de pessoas específicas).
A Autoridade Tributária e Aduaneira acho que utiliza o mesmo sistema SAP que utilizei. Onde trabalhei era possível monitorizar online que determinada informação estava a ser acedida e por quem. Para além disso, lembro-me que quando alguém fazia determinadas operações saía uma folha da impressora com a informação de quem fez essa operação.
A maioria das pessoas onde trabalhei não sabiam que eram monitorizadas. Só se fizessem algo que não era habitual é que eram questionadas. Mas não lembro de nenhuma situação grave do género. Lembro-me também que monitorizei, ou melhor, verifiquei que alguém estava a consultar determinada informação porque algumas operações só podiam ser feitas por uma pessoa de cada vez e às vezes verificava quem era pessoa que não me deixava trabalhar. :-)
Mas, pronto, como disse, não vejo gravidade em se monitorizar quem acede à informação.