Olá, Visitante. Por favor entre ou registe-se se ainda não for membro.

Entrar com nome de utilizador, password e duração da sessão
 

Votação

Este Governo dura mais quanto tempo?

1 mês
0 (0%)
Até ao Final do Ano
4 (18.2%)
1ºSemestre de 2013
10 (45.5%)
Final da Legislatura
8 (36.4%)

Votos totais: 21

Votação encerrada: 2012-11-16 15:20:21

Autor Tópico: Este Governo  (Lida 597448 vezes)

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re:Este Governo
« Responder #3120 em: 2015-03-18 15:14:53 »
Quem realmente tem dinheiro não o demonstra.
E tenho algumas dúvidas sobre o critério de quem tem mais dinheiro é que é auditado. Por exemplo, os trabalhadores por conta de outrem são muito menos auditados que os outros. Eu fui auditado uma vez e fui devido a divergências nas declarações, não de rendimentos mas de deduções.
Um amigo meu, brasileiro, era auditado todos os anos.

Os critérios não são em relação a pessoas, mas a tipos de rendimentos.

Não é bem só quem tem dinheiro é auditado. É mais "quem tem mais dinheiro é mais auditado". E não é apenas o rendimento que conta. Bens sob registo, natureza da actividade, etc, também contam. Um facto é que não são todos tratados da mesma forma, não estão todos expostos à mesma probabilidade.

Serem a tipos de rendimentos ou o que quer que seja chega perfeitamente para dizer o que disse: que a probabilidade é diferente. A lista neste caso também faz a probabilidade de controlo por abusos ser diferente (nomeadamente torna-a próximo de 100% para quem consulta esses registos e próximo de 0% para quem o faça noutros que não estão na lista).
Se estamos a falar de IRS, o que entra para a auditoria são os rendimentos obtidos. Não interessa que a pessoa tenha 1 ou 100 prédios. É normal que existam actividades ou rendimentos susceptíveis a erros ou omissões e por isso tenham uma maior probabilidade de erro. As auditorias devem incidir maioritariamente sobre as actividades mais problemáticas, como não poderia deixar de ser. Por exemplo, não faz sentido estar a auditar os idosos que apenas recebem magras pensões, que podem até nem descontar para IRS.

Mas todo este trabalho de auditoria não é realizado tendo em conta ser o "Zé ou o Manel" mas sim o tipo de rendimento.

Estás a dizer um argumento similar ao que eu digo ser favorável à existência da lista VIP. Nomeadamente, e cito:

Citar
As auditorias devem incidir maioritariamente sobre as actividades mais problemáticas, como não poderia deixar de ser. Por exemplo, não faz sentido estar a auditar os idosos que apenas recebem magras pensões, que podem até nem descontar para IRS.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re:Este Governo
« Responder #3121 em: 2015-03-18 15:18:17 »
Portanto é uma coisa perfeitamnte natural um secretário de estado ir entregar uma lista subjectiva á AT.
Portanto também pode ir entregar uma lista á PSP ou GNR a indicar que o policiamento junto ás moradas dessas pessoas deve redobrada porque de acordo com criterio subjectivos essas pessoas correm maiores riscos de roubo ou agressão.
Também natural que vá entregar à PJ uma lista de pessoas cujos telemóveis devam ser postos sob escuta.

Não sabes se é subjectiva (embora inteiramente objectiva seja difícil de ser -- por exemplo quando a políticos tem que se colocar o "cut-off" algures em termos de relevância).

Quanto à PSP ou GNR, isso já ocorre para casos de maior risco (tanto de pessoas, como de eventos, etc) aqui a iniciativa pode partir das autoridades e do governo - é prática comum. Não vejo a surpresa, é exactamente informado pela mesma lógica: maior risco, maior controlo.

Quanto à PJ é isso que acontece nos casos em que existem suspeitas e se procede a uma investigação -- claro a iniciativa não parte do governo. Não se colocam telemóveis aleatoriamente sob escuta. Colocam-se os dos suspeitos. Aqui os VIPs são a fonte da suspeita -- suspeita-se que são vítimas de abuso, portanto colocam-se os seus registos "sob escuta" para ver quem os anda a bisbilhotar e ver se esses acessos são legítimos.
« Última modificação: 2015-03-18 15:19:24 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Local

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 15947
    • Ver Perfil
Re:Este Governo
« Responder #3122 em: 2015-03-18 15:38:19 »
Eu não concordo com a lista VIP. Em alternativa penso que há outras formas quantitativas de controlar, via amostragem, os eventuais abusos.

Uma coisa que me parece simples, por exemplo, seria ter para cada número de contribuinte o número de acessos e colocar isso por ordem descrescente.

Se o Herman José aparecer no topo da lista como um dos números com mais acessos, sem que tenha associado a ele penhoras fiscais ou outras coisas, e se estes acessos tanto aparecem no Algarve, como no Minho, como na Madeira, é possível que estejamos perante um acesso apenas para satisfação da curiosidade.

Este tipo de critério também pode ser elaborado por concelho para controlar o acesso de pessoas localmente (quanto ganhará o gajo que tem o restaurante X ou a empresa Y).

E, depois, claro que se pode também fazer amostragem de poucos acessos. Aleatoriamente.

Um sistema destes não é discriminatório (nominalmente) nem é perfeito, mas é o suficiente para o FP saber que pode ser auditado se usar aquilo para a sua mera curiosidade.
concordo totalmente. E mão pesada para os prevaricadores.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
Urmas Reinsalu

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re:Este Governo
« Responder #3123 em: 2015-03-18 15:42:32 »
Eu não concordo com a lista VIP. Em alternativa penso que há outras formas quantitativas de controlar, via amostragem, os eventuais abusos.

Uma coisa que me parece simples, por exemplo, seria ter para cada número de contribuinte o número de acessos e colocar isso por ordem descrescente.

Se o Herman José aparecer no topo da lista como um dos números com mais acessos, sem que tenha associado a ele penhoras fiscais ou outras coisas, e se estes acessos tanto aparecem no Algarve, como no Minho, como na Madeira, é possível que estejamos perante um acesso apenas para satisfação da curiosidade.

Este tipo de critério também pode ser elaborado por concelho para controlar o acesso de pessoas localmente (quanto ganhará o gajo que tem o restaurante X ou a empresa Y).

E, depois, claro que se pode também fazer amostragem de poucos acessos. Aleatoriamente.

Um sistema destes não é discriminatório (nominalmente) nem é perfeito, mas é o suficiente para o FP saber que pode ser auditado se usar aquilo para a sua mera curiosidade.

Um sistema assim seria melhor que uma lista VIP. Mas não existindo já um tal sistema, uma lista VIP é a forma mais rápida de se ter qualquer coisa inicialmente.

Não chegaria ordenar por ordem decrescente de acessos. Isso não apanharia quase nada fora de uma lista VIP. Teria que ser bem mais inteligente (tal como ordenar os cartões visa por ordem de gastos ou números de compras não apanharia a maior parte da fraude -- tem que se ruma coisa mais inteligente a ver com padrões, outras variáveis, etc).
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re:Este Governo
« Responder #3124 em: 2015-03-18 15:43:40 »
Eu não concordo com a lista VIP. Em alternativa penso que há outras formas quantitativas de controlar, via amostragem, os eventuais abusos.

Uma coisa que me parece simples, por exemplo, seria ter para cada número de contribuinte o número de acessos e colocar isso por ordem descrescente.

Se o Herman José aparecer no topo da lista como um dos números com mais acessos, sem que tenha associado a ele penhoras fiscais ou outras coisas, e se estes acessos tanto aparecem no Algarve, como no Minho, como na Madeira, é possível que estejamos perante um acesso apenas para satisfação da curiosidade.

Este tipo de critério também pode ser elaborado por concelho para controlar o acesso de pessoas localmente (quanto ganhará o gajo que tem o restaurante X ou a empresa Y).

E, depois, claro que se pode também fazer amostragem de poucos acessos. Aleatoriamente.

Um sistema destes não é discriminatório (nominalmente) nem é perfeito, mas é o suficiente para o FP saber que pode ser auditado se usar aquilo para a sua mera curiosidade.
concordo totalmente. E mão pesada para os prevaricadores.

Que um sistema a abranger todos os possíveis abusos seria melhor não há dúvida. A dúvida está apenas em se é de usar um sistema mais tosco que apanha a maior parte, ou muitos, dos abusos antes desse sistema mais geral existir. A lista VIP é um tal sistema mais tosco.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re:Este Governo
« Responder #3125 em: 2015-03-18 15:45:15 »
Eu não concordo com a lista VIP. Em alternativa penso que há outras formas quantitativas de controlar, via amostragem, os eventuais abusos.

Uma coisa que me parece simples, por exemplo, seria ter para cada número de contribuinte o número de acessos e colocar isso por ordem descrescente.

Se o Herman José aparecer no topo da lista como um dos números com mais acessos, sem que tenha associado a ele penhoras fiscais ou outras coisas, e se estes acessos tanto aparecem no Algarve, como no Minho, como na Madeira, é possível que estejamos perante um acesso apenas para satisfação da curiosidade.

Este tipo de critério também pode ser elaborado por concelho para controlar o acesso de pessoas localmente (quanto ganhará o gajo que tem o restaurante X ou a empresa Y).

E, depois, claro que se pode também fazer amostragem de poucos acessos. Aleatoriamente.

Um sistema destes não é discriminatório (nominalmente) nem é perfeito, mas é o suficiente para o FP saber que pode ser auditado se usar aquilo para a sua mera curiosidade.

Era essa a solução que advogava.
Não me parece que haja grandes dificuldades na implementação.
De resto se o governo detectou um problema e se essa solução não foss uma coisa trivial, era exigir à AT a sua implementação num tempo mínimo e não vir com listas discriminatórias.

A solução NÃO é trivial. Mas é possível. E todos defendemos tal solução (eu falei disso há páginas atrás).

A questão é o que fazer entretanto, é nesse aspecto que a lista VIP tem utilidade porque desde logo apanha e desencoraja muito do abuso.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Automek

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30976
    • Ver Perfil
Re:Este Governo
« Responder #3126 em: 2015-03-18 15:54:33 »
Não chegaria ordenar por ordem decrescente de acessos. Isso não apanharia quase nada fora de uma lista VIP. Teria que ser bem mais inteligente (tal como ordenar os cartões visa por ordem de gastos ou números de compras não apanharia a maior parte da fraude -- tem que se ruma coisa mais inteligente a ver com padrões, outras variáveis, etc).
Por outro lado a lista VIP provavelmente não tem em conta os VIPs locais (porque se tivesse sido pedido essa informação às 300 repartições de finanças do país, já se tinha sabido disto muito antes).

O exemplo que dei é uma coisa tosca, claro. Não deve ser difícil acrescentar mais uma série de elementos, como o património afecto ao número de contribuinte, o rendimento, etc.

E podem-se inventar outras coisas. Por exemplo onde o acesso a funcionários de um empregador (empresa) seja anormalmente alto quando comparado com o próprio número de funcionários (poderia cuspir acessos a VIPs da RTP ou da SIC, de uma SAD desportiva ou de um hospital).

Enfim, há imensa coisa que se pode fazer, mantendo toda a gente em igualdade.

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re:Este Governo
« Responder #3127 em: 2015-03-18 16:17:56 »
Não chegaria ordenar por ordem decrescente de acessos. Isso não apanharia quase nada fora de uma lista VIP. Teria que ser bem mais inteligente (tal como ordenar os cartões visa por ordem de gastos ou números de compras não apanharia a maior parte da fraude -- tem que se ruma coisa mais inteligente a ver com padrões, outras variáveis, etc).
Por outro lado a lista VIP provavelmente não tem em conta os VIPs locais (porque se tivesse sido pedido essa informação às 300 repartições de finanças do país, já se tinha sabido disto muito antes).

O exemplo que dei é uma coisa tosca, claro. Não deve ser difícil acrescentar mais uma série de elementos, como o património afecto ao número de contribuinte, o rendimento, etc.

E podem-se inventar outras coisas. Por exemplo onde o acesso a funcionários de um empregador (empresa) seja anormalmente alto quando comparado com o próprio número de funcionários (poderia cuspir acessos a VIPs da RTP ou da SIC, de uma SAD desportiva ou de um hospital).

Enfim, há imensa coisa que se pode fazer, mantendo toda a gente em igualdade.

A melhor forma de desenhar um tal sistema é a usada pela Google noutras actividades. Não se tenta acrescentar variáveis que achamos que são certamente relevantes. Pelo contrário alimenta-se a coisa com um magote de variáveis potencialmente relevantes e com casos de abuso passados, e a coisa estabelece ela própria o grau de relevância de cada variável que teria previsto esses abusos com maior fiabilidade. O problema aqui é que devem existir pouquíssimos dados sobre abusos no passado. É um sistema difícil de montar.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13783
    • Ver Perfil
Re:Este Governo
« Responder #3128 em: 2015-03-18 16:18:06 »
Acho muito bem que toque a campainha quando uma lista de contribuintes VIP é consultada para obviar a que não autorizados o façam. Havia de ser bonito que assim não fosse, num país em que a polícia vende informações aos jornais sobre segredos de justiça de ex-primeiros ministros presos. Imaginem isso aplicável aos nossos merceeiros duopolistas, ao nosso gasolineiro-mor, ao nosso ex-banqueiro, financiador de filiais angolanas, etc. etc.!

Zenith

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 5259
    • Ver Perfil
Re:Este Governo
« Responder #3129 em: 2015-03-18 17:00:44 »
Portanto é uma coisa perfeitamnte natural um secretário de estado ir entregar uma lista subjectiva á AT.
Portanto também pode ir entregar uma lista á PSP ou GNR a indicar que o policiamento junto ás moradas dessas pessoas deve redobrada porque de acordo com criterio subjectivos essas pessoas correm maiores riscos de roubo ou agressão.
Também natural que vá entregar à PJ uma lista de pessoas cujos telemóveis devam ser postos sob escuta.

Não sabes se é subjectiva (embora inteiramente objectiva seja difícil de ser -- por exemplo quando a políticos tem que se colocar o "cut-off" algures em termos de relevância).



Se foi feita á sucapa, entregue á sucapa e houve primeiro uma necessidade de desmentir a coisa, parece que tem todos os índicios para se desconfiar da dita cuja.

Citar
Quanto à PSP ou GNR, isso já ocorre para casos de maior risco (tanto de pessoas, como de eventos, etc) aqui a iniciativa pode partir das autoridades e do governo - é prática comum. Não vejo a surpresa, é exactamente informado pela mesma lógica: maior risco, maior controlo.

Quanto à PJ é isso que acontece nos casos em que existem suspeitas e se procede a uma investigação -- claro a iniciativa não parte do governo. Não se colocam telemóveis aleatoriamente sob escuta. Colocam-se os dos suspeitos. Aqui os VIPs são a fonte da suspeita -- suspeita-se que são vítimas de abuso, portanto colocam-se os seus registos "sob escuta" para ver quem os anda a bisbilhotar e ver se esses acessos são legítimos.

Suponho que o governo coordena essas coisas com PSP ou GNR , não é um secretário de estado que elabora listas e depois envia para as autoridades. E quando é uma coordenaçao global é feita ao nível de bairros ou zonas. Ao nível de pessoas são as autoridades que decidem se alguém está em perigo e necessita protecção especial ou então caos pontuais (p.ex. refugiado) que governo transmite à PSP.  Se for feito assim não é em geral coisa que embarasse o governo que tenha necessedidade de desmentir.



Zenith

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 5259
    • Ver Perfil
Re:Este Governo
« Responder #3130 em: 2015-03-18 17:20:16 »
Eu não concordo com a lista VIP. Em alternativa penso que há outras formas quantitativas de controlar, via amostragem, os eventuais abusos.

Uma coisa que me parece simples, por exemplo, seria ter para cada número de contribuinte o número de acessos e colocar isso por ordem descrescente.

Se o Herman José aparecer no topo da lista como um dos números com mais acessos, sem que tenha associado a ele penhoras fiscais ou outras coisas, e se estes acessos tanto aparecem no Algarve, como no Minho, como na Madeira, é possível que estejamos perante um acesso apenas para satisfação da curiosidade.

Este tipo de critério também pode ser elaborado por concelho para controlar o acesso de pessoas localmente (quanto ganhará o gajo que tem o restaurante X ou a empresa Y).

E, depois, claro que se pode também fazer amostragem de poucos acessos. Aleatoriamente.

Um sistema destes não é discriminatório (nominalmente) nem é perfeito, mas é o suficiente para o FP saber que pode ser auditado se usar aquilo para a sua mera curiosidade.

Era essa a solução que advogava.
Não me parece que haja grandes dificuldades na implementação.
De resto se o governo detectou um problema e se essa solução não foss uma coisa trivial, era exigir à AT a sua implementação num tempo mínimo e não vir com listas discriminatórias.

A solução NÃO é trivial. Mas é possível. E todos defendemos tal solução (eu falei disso há páginas atrás).

A questão é o que fazer entretanto, é nesse aspecto que a lista VIP tem utilidade porque desde logo apanha e desencoraja muito do abuso.

O uso de listas é discriminatório, mas até poderia aceitra como solução temporária se o processo tivesse sido transparente. Como aparentemente foi feito parece que é uma coisa anti-democrática feita à sucapa por pessoas que não tem obviamente qq noção do que significa democracia e igualdade perante a lei, o que leva à suspeição de ser uma medida destinada a determinadas pessoas.
Na prática ainda vai adiar mais o aparecimento de uma solução técnica, e não sei se irá proteger muito a privacidade já que pelo menos a composição da lista é capaz de acabar na praça publica. 

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re:Este Governo
« Responder #3131 em: 2015-03-18 18:16:04 »
Eu acho que a composição é conhecida por muitas pessoas dos principais partidos.

Se não veio cair em público, é porque não é escandalosa (seria escandalosa se aquilo estivesse pejado só de VIPs do PSD, mas tudo indica que a lista é equilibrada).
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re:Este Governo
« Responder #3132 em: 2015-03-18 18:17:32 »
Portanto é uma coisa perfeitamnte natural um secretário de estado ir entregar uma lista subjectiva á AT.
Portanto também pode ir entregar uma lista á PSP ou GNR a indicar que o policiamento junto ás moradas dessas pessoas deve redobrada porque de acordo com criterio subjectivos essas pessoas correm maiores riscos de roubo ou agressão.
Também natural que vá entregar à PJ uma lista de pessoas cujos telemóveis devam ser postos sob escuta.

Não sabes se é subjectiva (embora inteiramente objectiva seja difícil de ser -- por exemplo quando a políticos tem que se colocar o "cut-off" algures em termos de relevância).



Se foi feita á sucapa, entregue á sucapa e houve primeiro uma necessidade de desmentir a coisa, parece que tem todos os índicios para se desconfiar da dita cuja.

Citar
Quanto à PSP ou GNR, isso já ocorre para casos de maior risco (tanto de pessoas, como de eventos, etc) aqui a iniciativa pode partir das autoridades e do governo - é prática comum. Não vejo a surpresa, é exactamente informado pela mesma lógica: maior risco, maior controlo.

Quanto à PJ é isso que acontece nos casos em que existem suspeitas e se procede a uma investigação -- claro a iniciativa não parte do governo. Não se colocam telemóveis aleatoriamente sob escuta. Colocam-se os dos suspeitos. Aqui os VIPs são a fonte da suspeita -- suspeita-se que são vítimas de abuso, portanto colocam-se os seus registos "sob escuta" para ver quem os anda a bisbilhotar e ver se esses acessos são legítimos.

Suponho que o governo coordena essas coisas com PSP ou GNR , não é um secretário de estado que elabora listas e depois envia para as autoridades. E quando é uma coordenaçao global é feita ao nível de bairros ou zonas. Ao nível de pessoas são as autoridades que decidem se alguém está em perigo e necessita protecção especial ou então caos pontuais (p.ex. refugiado) que governo transmite à PSP.  Se for feito assim não é em geral coisa que embarasse o governo que tenha necessedidade de desmentir.

Eu não segui de perto, mas porque dizes que foi feita e entregue à socapa se foi divulgada em acções de formação? Parece-me que à socapa seria enfiar com a coisa nos sistemas sem dizer a ninguém que ela existia, e de seguida ver o que saía dali.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Joao-D

  • Visitante
Re:Este Governo
« Responder #3133 em: 2015-03-18 18:22:15 »
O "observador" explica bem o tema da lista vip.

http://observador.pt/2015/03/18/gravacoes-sobre-lista-vip-nos-sabemos-em-online-quem-esta-a-ter-acesso/


Eu não vejo onde está o mal de saber que um funcionário está a consultar a informação de determinada pessoa (vip).

Zenith

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 5259
    • Ver Perfil
Re:Este Governo
« Responder #3134 em: 2015-03-18 18:26:19 »
Portanto é uma coisa perfeitamnte natural um secretário de estado ir entregar uma lista subjectiva á AT.
Portanto também pode ir entregar uma lista á PSP ou GNR a indicar que o policiamento junto ás moradas dessas pessoas deve redobrada porque de acordo com criterio subjectivos essas pessoas correm maiores riscos de roubo ou agressão.
Também natural que vá entregar à PJ uma lista de pessoas cujos telemóveis devam ser postos sob escuta.

Não sabes se é subjectiva (embora inteiramente objectiva seja difícil de ser -- por exemplo quando a políticos tem que se colocar o "cut-off" algures em termos de relevância).



Se foi feita á sucapa, entregue á sucapa e houve primeiro uma necessidade de desmentir a coisa, parece que tem todos os índicios para se desconfiar da dita cuja.

Citar
Quanto à PSP ou GNR, isso já ocorre para casos de maior risco (tanto de pessoas, como de eventos, etc) aqui a iniciativa pode partir das autoridades e do governo - é prática comum. Não vejo a surpresa, é exactamente informado pela mesma lógica: maior risco, maior controlo.

Quanto à PJ é isso que acontece nos casos em que existem suspeitas e se procede a uma investigação -- claro a iniciativa não parte do governo. Não se colocam telemóveis aleatoriamente sob escuta. Colocam-se os dos suspeitos. Aqui os VIPs são a fonte da suspeita -- suspeita-se que são vítimas de abuso, portanto colocam-se os seus registos "sob escuta" para ver quem os anda a bisbilhotar e ver se esses acessos são legítimos.

Suponho que o governo coordena essas coisas com PSP ou GNR , não é um secretário de estado que elabora listas e depois envia para as autoridades. E quando é uma coordenaçao global é feita ao nível de bairros ou zonas. Ao nível de pessoas são as autoridades que decidem se alguém está em perigo e necessita protecção especial ou então caos pontuais (p.ex. refugiado) que governo transmite à PSP.  Se for feito assim não é em geral coisa que embarasse o governo que tenha necessedidade de desmentir.

Eu não segui de perto, mas porque dizes que foi feita e entregue à socapa se foi divulgada em acções de formação? Parece-me que à socapa seria enfiar com a coisa nos sistemas sem dizer a ninguém que ela existia, e de seguida ver o que saía dali.

Só acompanhei os ultimos dias. Digo que foi à sucapa porque o PN disse que nunca houve tal lista, governo idem.
Fiquei com ideia que na acção de formação foi alguém que meteu boca no trombone e não devia.

Zenith

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 5259
    • Ver Perfil
Re:Este Governo
« Responder #3135 em: 2015-03-18 18:44:46 »
Citar
“Existe neste momento um pacote de identificação de pessoas [que ocupam cargos políticos] que nós sabemos em online [em tempo real] quem está a ter acesso”
Pelos vistos o acesso não foi vedado, mas têm um software que permite monitorizar em real time quem está a aceder aos dados das pessoas da lista.
Não é tão discriminatório como pensava. Nao foi aumentado o nível de privacidade de um grupo de cidadãos relativamente à generalidade, simpesmente está a haver maior monitorização sobre os acessos (imagino que podia ser feito para qq contribuinte mas claro não pode estar o director a monitorizar no ecrã os acessos a milhoes de contas .-))
Se fosse um procedimento operacional da AT que detectou nºs de acessos anormais e passou a monitorizar isso não vejo problema.
Se a lista não resulta de qq tratamento de dados da AT, mas foi fornecida por um membro do governo que depois negou te-lo feito, embora não se possa dizer que a medida seja tão discriminatória comoinicialmente parecia, temos o problema da transparência (saber se isso foi para servir um grupo especifico) e da mentira.
« Última modificação: 2015-03-18 19:08:03 por Zenith »

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re:Este Governo
« Responder #3136 em: 2015-03-18 19:05:12 »
Portanto é uma coisa perfeitamnte natural um secretário de estado ir entregar uma lista subjectiva á AT.
Portanto também pode ir entregar uma lista á PSP ou GNR a indicar que o policiamento junto ás moradas dessas pessoas deve redobrada porque de acordo com criterio subjectivos essas pessoas correm maiores riscos de roubo ou agressão.
Também natural que vá entregar à PJ uma lista de pessoas cujos telemóveis devam ser postos sob escuta.

Não sabes se é subjectiva (embora inteiramente objectiva seja difícil de ser -- por exemplo quando a políticos tem que se colocar o "cut-off" algures em termos de relevância).



Se foi feita á sucapa, entregue á sucapa e houve primeiro uma necessidade de desmentir a coisa, parece que tem todos os índicios para se desconfiar da dita cuja.

Citar
Quanto à PSP ou GNR, isso já ocorre para casos de maior risco (tanto de pessoas, como de eventos, etc) aqui a iniciativa pode partir das autoridades e do governo - é prática comum. Não vejo a surpresa, é exactamente informado pela mesma lógica: maior risco, maior controlo.

Quanto à PJ é isso que acontece nos casos em que existem suspeitas e se procede a uma investigação -- claro a iniciativa não parte do governo. Não se colocam telemóveis aleatoriamente sob escuta. Colocam-se os dos suspeitos. Aqui os VIPs são a fonte da suspeita -- suspeita-se que são vítimas de abuso, portanto colocam-se os seus registos "sob escuta" para ver quem os anda a bisbilhotar e ver se esses acessos são legítimos.

Suponho que o governo coordena essas coisas com PSP ou GNR , não é um secretário de estado que elabora listas e depois envia para as autoridades. E quando é uma coordenaçao global é feita ao nível de bairros ou zonas. Ao nível de pessoas são as autoridades que decidem se alguém está em perigo e necessita protecção especial ou então caos pontuais (p.ex. refugiado) que governo transmite à PSP.  Se for feito assim não é em geral coisa que embarasse o governo que tenha necessedidade de desmentir.

Eu não segui de perto, mas porque dizes que foi feita e entregue à socapa se foi divulgada em acções de formação? Parece-me que à socapa seria enfiar com a coisa nos sistemas sem dizer a ninguém que ela existia, e de seguida ver o que saía dali.

Só acompanhei os ultimos dias. Digo que foi à sucapa porque o PN disse que nunca houve tal lista, governo idem.
Fiquei com ideia que na acção de formação foi alguém que meteu boca no trombone e não devia.

Repara, uma acção de formação com centenas de pessoas. Alguém "meter a boca no trombone" é uma certeza. Quanto ao resto não segui para saber se disseram ou não disseram algo sobre o assunto. Por vezes também não sabem o que dizer. Se disseram algo diferente, o que deviam ter dito é que isto é uma coisa perfeitamente normal que ocorre em n sectores diferentes para proteger a privacidade das pessoas, particularmente daquelas que mais estão sujeitas a invasões da mesma.

Claro, partindo sempre do princípio que a prazo se desenvolve um sistema capaz de proteger a privacidade de todos. Ainda que o Estado ande lentamente, por exemplo os semáforos em Lisboa ainda são quase todos convencionais quando já podiam ser LED há 10 anos.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re:Este Governo
« Responder #3137 em: 2015-03-18 19:07:03 »
Citar
“Existe neste momento um pacote de identificação de pessoas [que ocupam cargos políticos] que nós sabemos em online [em tempo real] quem está a ter acesso”
Pelos vistos o acesso não foi vedado, mas têm um software que permite monitorizar em real time quem está a aceder aos dados das pessoas da lista.
Não é tão discriminatório como pensava. Nao foi aumentado o nível de privacidade de um grupo de cidadãos relativamente à generalidade, simpesmente estão a haver maior monitorzação sobre os acessos (imagino que podia ser feito para qq contribuinte mas claro não pode estar o director a monitorizar no ecar os acessos a milhoes de contas .-))
Se fosse um procedimento operacional da AT que detectou nºs de acessos anormais e passou a monitorizar isso não vejo problema.
Se a lista não resulta de qq tratamento de dados da AT, mas foi fornecida por um membro do governo que depois negou te-lo feito, embora não se possa dizer que a medida seja tão discriminatória comoinicialmente parecia, temos o problema da transparência (saber se isso foi para servir um grupo especifico) e da mentira.

Sim, sempre foi esse o princípio de funcionamento previsível para a coisa. Para todos seria impossível ser assim.

Para todos, só com um software que primeiro filtre os milhões de acessos para apresentar apenas os acessos suspeitos.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Local

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 15947
    • Ver Perfil
Re:Este Governo
« Responder #3138 em: 2015-03-18 19:11:09 »
Afinal os VIP são os políticos. Porque será?

http://visao.sapo.pt/a-gravacao-que-trama-o-fisco=f813677
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
Urmas Reinsalu

Joao-D

  • Visitante
Re:Este Governo
« Responder #3139 em: 2015-03-18 19:14:18 »
Citar
“Existe neste momento um pacote de identificação de pessoas [que ocupam cargos políticos] que nós sabemos em online [em tempo real] quem está a ter acesso”
Pelos vistos o acesso não foi vedado, mas têm um software que permite monitorizar em real time quem está a aceder aos dados das pessoas da lista.
Não é tão discriminatório como pensava. Nao foi aumentado o nível de privacidade de um grupo de cidadãos relativamente à generalidade, simpesmente está a haver maior monitorização sobre os acessos (imagino que podia ser feito para qq contribuinte mas claro não pode estar o director a monitorizar no ecrã os acessos a milhoes de contas .-))
Se fosse um procedimento operacional da AT que detectou nºs de acessos anormais e passou a monitorizar isso não vejo problema.
Se a lista não resulta de qq tratamento de dados da AT, mas foi fornecida por um membro do governo que depois negou te-lo feito, embora não se possa dizer que a medida seja tão discriminatória comoinicialmente parecia, temos o problema da transparência (saber se isso foi para servir um grupo especifico) e da mentira.

Eu já tinha referido que se tratava apenas de monitorizar quem acede à informação...


Seja como for, faz muito pouco sentido se for necessário alguém ficar a olhar para o sistema tipo sentinela para verificar online [em tempo real] quem está a aceder a determinada informação. A solução devia passar por os logs ficarem gravados no sistema para se poder consultar à posterior.