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Autor Tópico: Este Governo  (Lida 597467 vezes)

Mystery

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Re:Este Governo
« Responder #2880 em: 2014-12-28 13:00:21 »
Ataques ad hominem são a única forma de argumentação que a luísa fernandes conhece.
A fool with a tool is still a fool.

tommy

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Re:Este Governo
« Responder #2881 em: 2014-12-28 14:42:47 »
Ó Luísa tu lês o que escreves? Então é justo que quem trabalha ganhe menos que quem vive de apoios sociais?

É normal ninguém saber responder quanto é que se ganha globalmente depois de todas as insenções + apoios contabilizadas? É um vergonha que mata uma sociedade...e depois admiram-se que Portugal está como está.

Luisa Fernandes

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Re:Este Governo
« Responder #2882 em: 2014-12-28 16:20:13 »
Vergonha?! Que descaramento!
É vergonha uma sociedade de 1° mundo dar um salario decente em vez da caridadezinha Jonet a pessoas que não conseguem trabalhar?

Sabes o que é vergonha?

Vergonha é por exemplo:

- Passar a ser natural as empresas usarem o dinheiro dos contribuintes para pagar trabalhadores experientes para supostos estágios e ao Estado contratar desempregados e beneficiários de apoios sociais sem lhes pagar salário. Esta substituição do emprego por mão-de-obra paga a preço simbólico ou até gratuita cria uma pressão sobre o mercado de trabalho que resultará numa redução drástica dos salários e falseia os números do desemprego. Já não se discute se a trabalho igual deve corresponder salário igual, mas se a trabalho deve corresponder salário.

- Dar a mão a banqueiros e políticos corruptos.

- Esconder em discursos oficiais a miséria e fome em Portugal.

- Os bancos e as mais valias em esquemas e jogo financeiro, não pagarem impostos decentes.

- Ter o salario mínimo que temos.

-Continuar a financiar em força sem cortes saúde e educação privada e a publica com cortes de 3° mundo... etc etc etc... e podia estar aqui durante um dia a escrever.

Para quem fala em ataques ad hominem deveria olhar primeiro para o seu umbigo.



« Última modificação: 2014-12-28 16:22:25 por Luisa Fernandes »
Quem não Offshora não mama...

D. Antunes

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Re:Este Governo
« Responder #2883 em: 2014-12-28 18:07:21 »
Vergonha?! Que descaramento!
É vergonha uma sociedade de 1° mundo dar um salario decente em vez da caridadezinha Jonet a pessoas que não conseguem trabalhar?


Penso que salário não é a palavra certa, mas entende-se que queres dizer uma prestação monetária (deixando de ser necessárias entregas de bens como as do banco alimentar).

Mas fiquei com uma dúvida: qual o valor mínimo aproximado que considerarias ser decente?

“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

Incognitus

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Re:Este Governo
« Responder #2884 em: 2014-12-28 19:04:45 »
Vergonha?! Que descaramento!
É vergonha uma sociedade de 1° mundo dar um salario decente em vez da caridadezinha Jonet a pessoas que não conseguem trabalhar?

Sabes o que é vergonha?

Vergonha é por exemplo:

- Passar a ser natural as empresas usarem o dinheiro dos contribuintes para pagar trabalhadores experientes para supostos estágios e ao Estado contratar desempregados e beneficiários de apoios sociais sem lhes pagar salário. Esta substituição do emprego por mão-de-obra paga a preço simbólico ou até gratuita cria uma pressão sobre o mercado de trabalho que resultará numa redução drástica dos salários e falseia os números do desemprego. Já não se discute se a trabalho igual deve corresponder salário igual, mas se a trabalho deve corresponder salário.

- Dar a mão a banqueiros e políticos corruptos.

- Esconder em discursos oficiais a miséria e fome em Portugal.

- Os bancos e as mais valias em esquemas e jogo financeiro, não pagarem impostos decentes.

- Ter o salario mínimo que temos.

-Continuar a financiar em força sem cortes saúde e educação privada e a publica com cortes de 3° mundo... etc etc etc... e podia estar aqui durante um dia a escrever.

Para quem fala em ataques ad hominem deveria olhar primeiro para o seu umbigo.

O salário mínimo que temos não acontece por má vontade, e também não é por má vontade que a UE se mostra desagradada em o aumentarmos para 505 Euros. É isso que não pareces compreender, que quando toca a salários não chega a boa vontade para se pagar mais, é preciso que a produção JUSTIFIQUE pagar-se mais. Mesmo ao nível actual, o salário mínimojá contribuirá para aumentar o desemprego, pois existem muitas pessoas no estrangeiro igualmente qualificadas ou mais qualificadas ainda, que ganham menos produzindo mais, e irão competir com a produção dos nossos assalariados.

Eu por vezes pergunto-me como é que é possível determinados produtos serem comprados na China enviados para aqui sem custos de envio quando os produtos custam 1-2-3 EUR. Ainda recentemente comprei 3 capas de telemóvel e 3 fios para o iPhone porque me pareceu simplesmente absurdo o preço que pediam por cada capa/fio sem custos de envio (pouco mais de 1 EUR vindos da China!). Em Portugal seria impossível com os nossos custos sequer empacotar ar e enviá-lo, por esse preço.

(e de notar que nem é só salários - na China o trabalho industrial já está a ser remunerado a níveis superiores ao México)
« Última modificação: 2014-12-28 19:05:45 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Luisa Fernandes

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Re:Este Governo
« Responder #2885 em: 2014-12-28 21:05:53 »
O salário mínimo da Bélgica, da Holanda, da Irlanda e de França são quase o triplo do português. E estão todos abaixo do dobro do nosso PIB per capita . Apesar de sermos um dos países mais desiguais da Europa, somos o 9º em que o salário mínimo mais se aproxima da remuneração mensal média (42,6%). Não porque se aproxime dos salários decentes, mas porque é uma referência para os salários mais baixos.

Não é difícil olhar para estes números e perceber que não há qualquer relação entre a competitividade de um país e um salário mínimo muito baixo. O que o salário mínimo nos descreve é a estrutura produtiva de cada economia. Países que acrescentam pouco valor ao que produzem tendem a pagar salários mais baixos e a tentar competir por essa via. E um salário mínimo muito baixo tende a promover este tipo de economia e a atrair este tipo de empresas. Um salário mínimo baixo não é apenas consequência do atraso económico de um país. Também é causa.

Quando se promove este tipo de economia, não vinga o empresário que inova, que investe no conhecimento, que organiza bem a sua empresa. Tende a vingar o patrão que paga menos e que concorre apenas com esse argumento. Em regra, o empresário menos qualificado. Segundo o estudo "Emprego, contratação colectiva de trabalho e proteção de mobilidade profissional em Portugal", encomendado pelo Ministério do Trabalho em 2010, 61,3% dos trabalhadores por conta de outrem tinham até ao terceiro ciclo do ensino básico, 20,4% o ensino secundário e 18,3% o ensino superior. Nos patrões, 71,7% tinha até ao terceiro ciclo do ensino básico, 12,2% o ensino secundário e 16,1% o ensino superior. Ou seja, a qualificação dos trabalhadores era superior à do que empresários. Esta foi a classe empresarial que a política de salários baixos promoveu. O que afeta a produtividade geral do País porque, como lembrava o nosso Aníbal, a má moeda expulsa a boa moeda. Como se vê com os nossos emigrantes e nas grandes empresas que se instalam no País, a nossa baixa produtividade tem muito pouco a ver com os nossos trabalhadores. Terá a ver com alguns custos de contexto e atrasos estruturais, sim. Mas resulta, acima de tudo, de um tecido empresarial que se habituou a viver à sombra de mão de obra barata e que nem sequer consegue absorver os seus trabalhadores mais qualificados.
« Última modificação: 2014-12-28 22:36:07 por Luisa Fernandes »
Quem não Offshora não mama...

Automek

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Re:Este Governo
« Responder #2886 em: 2014-12-28 22:06:23 »
É normal ninguém saber responder quanto é que se ganha globalmente depois de todas as insenções + apoios contabilizadas?
A maior parte das pessoas pensa apenas no valor da prestação social (em dinheiro) e não no resto a que também têm direito.

Ou seja, enquanto que alguém muito pobre não paga passe, livros escolares, consultas no médico, refeições nas escolas, tem renda social, recebe do banco alimentar, etc., alguém com um salário médio já tem de adquirir tudo isto pelo valor completo, sem qualquer ajuda.

Em Portugal (e noutras paragens) é normal (e absurdo) que alguém que se esfalfa a trabalhar 40 horas por semana fique, em termos de bens e serviços, muito pouco acima, igual ou mesmo pior do que alguém que não trabalha e recebe estes apoios sociais.

Para isso contribui, claro, a impossibilidade de somar todos os apoio (isso é um atentado à privacidade, como diz a Manuela Ferreira Leite) e a ideia de que quem mete o dedo nesta ferida está a invejar o gajo que vive dos apoios.

Acho que ninguém aqui inveja uma pessoa que vive do RSI mas é incrível o ataque que se sofre quando uma pessoa se insurge contra o facto de um trabalhador poder ficar com menos do que quem não trabalha. Isto só deveria acontecer no caso da pessoa ser deficiente e pouco mais.

vbm

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Re:Este Governo
« Responder #2887 em: 2014-12-28 22:21:15 »
Mesmo assim, isto é, mesmo compreendendo que os apoios sociais devem ser claramente menores do que o salário mínimo e bem menores do que o salário médio dos que trabalham, o que continua censurável é padrão dos nossos governantes e empresários! Porque, de facto, os cidadãos  e as famílias cá, em Portugal, só têm hipótese de singrar, emigrando. E provado está que no estrangeiro são bons trabalhadores, estimados e com elevada produtividade. Mas 'cá dentro', não! Dir-se-á, não temos o nível tecnológico elevado como no estrangeiro. Aí eu pergunto: e não cumpre aos governantes implantar as condições macroeconómicas e jurídicas para atrair o investimento directo estrangeiro? Estão os governantes à espera de quê? Ou será, porque os monopolistas internos não estão nada interessados numa legislação que os pode pulverizar 'em dois tempos'? Mantenho: uma sociedade com um governo apto legisla, cumpre e faz cumprir ordenações que favoreçam o pleno  emprego dos seus recursos naturais e da sua população activa. Se um governo não assegura isso, de democrático não tem nada.

Automek

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Re:Este Governo
« Responder #2888 em: 2014-12-28 22:25:55 »
E uma falácia comum dizer que os que emigram são iguais aos que cá ficam. É o mesmo que dizer que os navegadores que se aventuravam por mares desconhecidos eram iguais aos que cá ficavam.

vbm

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Re:Este Governo
« Responder #2889 em: 2014-12-28 22:38:21 »
E uma falácia comum dizer que os que emigram são iguais aos que cá ficam. É o mesmo que dizer que os navegadores que se aventuravam por mares desconhecidos eram iguais aos que cá ficavam.

O que obviamente eu não afirmo,
pois são claramente mais ousados e determinados.

O que digo é que os governantes e os empresários
do nosso país não aplicam uma política que instaure
condições atractivas de investimento directo em Portugal,
a qual proporcionará que os melhores cidadãos não emigrem,
o país se desenvolva, pague o que deve, e todos trabalhem.

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Re:Este Governo
« Responder #2890 em: 2014-12-29 00:10:12 »
O salário mínimo da Bélgica, da Holanda, da Irlanda e de França são quase o triplo do português. E estão todos abaixo do dobro do nosso PIB per capita . Apesar de sermos um dos países mais desiguais da Europa, somos o 9º em que o salário mínimo mais se aproxima da remuneração mensal média (42,6%). Não porque se aproxime dos salários decentes, mas porque é uma referência para os salários mais baixos.

Não é difícil olhar para estes números e perceber que não há qualquer relação entre a competitividade de um país e um salário mínimo muito baixo. O que o salário mínimo nos descreve é a estrutura produtiva de cada economia. Países que acrescentam pouco valor ao que produzem tendem a pagar salários mais baixos e a tentar competir por essa via. E um salário mínimo muito baixo tende a promover este tipo de economia e a atrair este tipo de empresas. Um salário mínimo baixo não é apenas consequência do atraso económico de um país. Também é causa.

Quando se promove este tipo de economia, não vinga o empresário que inova, que investe no conhecimento, que organiza bem a sua empresa. Tende a vingar o patrão que paga menos e que concorre apenas com esse argumento. Em regra, o empresário menos qualificado. Segundo o estudo "Emprego, contratação colectiva de trabalho e proteção de mobilidade profissional em Portugal", encomendado pelo Ministério do Trabalho em 2010, 61,3% dos trabalhadores por conta de outrem tinham até ao terceiro ciclo do ensino básico, 20,4% o ensino secundário e 18,3% o ensino superior. Nos patrões, 71,7% tinha até ao terceiro ciclo do ensino básico, 12,2% o ensino secundário e 16,1% o ensino superior. Ou seja, a qualificação dos trabalhadores era superior à do que empresários. Esta foi a classe empresarial que a política de salários baixos promoveu. O que afeta a produtividade geral do País porque, como lembrava o nosso Aníbal, a má moeda expulsa a boa moeda. Como se vê com os nossos emigrantes e nas grandes empresas que se instalam no País, a nossa baixa produtividade tem muito pouco a ver com os nossos trabalhadores. Terá a ver com alguns custos de contexto e atrasos estruturais, sim. Mas resulta, acima de tudo, de um tecido empresarial que se habituou a viver à sombra de mão de obra barata e que nem sequer consegue absorver os seus trabalhadores mais qualificados.

Não creio que possas inferir esses nexos de causalidade.

Eu tb tenho a minha opinião sobre os patrões, nomeadamente que são menos qualificados porque em Portugal existe uma correlação elevada entre qualificação e salário, e é bastante confortável ser-se empregado (pelo menos é o que a esmagadora maioria das pessoas, incluindo licenciados, ambiciona). Assim sendo, o incentivo para começar algo e sair fora dessa correlação é bastante maior para quem tem menores qualificações e está condenado a baixos salários. Mas claro, é impossível provar esta causalidade, tal como é impossível provar a tua.

Se o tecido empresarial se habituou ao que dizes, apenas resta fazer algo que torne mais atraente para o tecido empresarial se habituar a outra coisa qualquer. Olha, por exemplo baixar os impostos e custos regulatórios às empresas com pessoal mais qualificado (desde que abaixo de uma dada dimensão, para com isso não favorecer as grandes empresas monopolistas ou quase monopolistas que resultaram das nacionalizações e posteriores privatizações).

(em todas essas estatísticas deverias corrigir os dados pelos 14 meses de salário e acrescentar-lhes - em Portugal e nos outros países todos onde aplicável - a contribuição da entidade patronal para a SS, que no fundo também é custo salarial)
« Última modificação: 2014-12-29 00:11:12 por Incognitus »
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Re:Este Governo
« Responder #2891 em: 2014-12-29 00:12:55 »
Mesmo assim, isto é, mesmo compreendendo que os apoios sociais devem ser claramente menores do que o salário mínimo e bem menores do que o salário médio dos que trabalham, o que continua censurável é padrão dos nossos governantes e empresários! Porque, de facto, os cidadãos  e as famílias cá, em Portugal, só têm hipótese de singrar, emigrando. E provado está que no estrangeiro são bons trabalhadores, estimados e com elevada produtividade. Mas 'cá dentro', não! Dir-se-á, não temos o nível tecnológico elevado como no estrangeiro. Aí eu pergunto: e não cumpre aos governantes implantar as condições macroeconómicas e jurídicas para atrair o investimento directo estrangeiro? Estão os governantes à espera de quê? Ou será, porque os monopolistas internos não estão nada interessados numa legislação que os pode pulverizar 'em dois tempos'? Mantenho: uma sociedade com um governo apto legisla, cumpre e faz cumprir ordenações que favoreçam o pleno  emprego dos seus recursos naturais e da sua população activa. Se um governo não assegura isso, de democrático não tem nada.

Não só os que partem não são iguais aos que ficam, como a exposição do país a diversas ondas de emigração a prazo faz com que a qualidade dos que ficam diminua.
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Re:Este Governo
« Responder #2892 em: 2014-12-29 00:14:21 »
E uma falácia comum dizer que os que emigram são iguais aos que cá ficam. É o mesmo que dizer que os navegadores que se aventuravam por mares desconhecidos eram iguais aos que cá ficavam.

O que obviamente eu não afirmo,
pois são claramente mais ousados e determinados.

O que digo é que os governantes e os empresários
do nosso país não aplicam uma política que instaure
condições atractivas de investimento directo em Portugal,
a qual proporcionará que os melhores cidadãos não emigrem,
o país se desenvolva, pague o que deve, e todos trabalhem.

Os governantes podem pensar em tal política (que passaria essencialmente por diminuir custos, directos e regulatórios, barreiras legais, confusão e lentidão burocrática, funcionamento da justiça, etc).

Os emprestários, esses não fazem (nem têm que fazer) nada para motivar IDE. Quanto muito tentam safar-se e melhorar as suas próprias actividades, o que já é trabalho suficiente.
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Re:Este Governo
« Responder #2893 em: 2014-12-29 00:28:35 »

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Re:Este Governo
« Responder #2894 em: 2014-12-29 01:22:34 »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re:Este Governo
« Responder #2895 em: 2014-12-29 10:16:23 »
Citar
Sérgio Monteiro, um secretário de estado a ter em conta



A ideia da troika para as obras públicas é simples: não se fazem; quem não tem dinheiro não tenha vícios, quanto mais desempregados melhor funciona o mercado de emprego, quanto mais parada estiver a economia mais depressa chegamos à bancarrota. No meio falava-se em rever as parcerias público privadas, há limites para a vergonha, até numa troika.

A ideia de nomear Sérgio Monteiro para Secretário de Estado Obras Públicas, Transportes e Comunicações é no mínimo curiosa. Não conheço o senhor de lado nenhum, mas um percurso profissional na banca onde se destaca “a participação no processo de refinanciamento da dívida da RTP e no recente plano de reestruturação da dívida da Carris e de racionalização de custos” e mais uma data de parcerias para financiar obra pública (Auto-Estradas Douro Litoral e Auto-Estradas do Marão e, pasme-se, TGV) levanta-me assim, sei lá, umas suspeitas. Ou o homem está arrependido, e conhecedor privilegiado dos meandros destas golpadas vai dar cabo delas num instante, ou não há mesmo vergonha nenhuma entre os representantes nacionais da troika.

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Re:Este Governo
« Responder #2896 em: 2014-12-29 11:43:41 »
Os governantes podem pensar em tal política (que passaria essencialmente por diminuir custos, directos e regulatórios, barreiras legais, confusão e lentidão burocrática, funcionamento da justiça, etc).

Os emprestários, esses não fazem (nem têm que fazer) nada para motivar IDE. Quanto muito tentam safar-se e melhorar as suas próprias actividades, o que já é trabalho suficiente.

Podem pensar, mas não pensam, nem aplicam o pensamento ao que convém à sociedade e aos cidadãos. Os empresários adaptam-se sempre às circunstâncias e por isso são condicionáveis. Eu imagino que os interesses corporativos instalados (monopólios, partidos políticos, sindicatos, igrejas, ordens profissionais corporativas) tudo fazem para manter os seus privilégios relativos e sufocar quaisquer ventos de mudança, pois que receiam todos eles serem-lhes desfavoráveis, possivelmente com razão. De modo que também imagino, ser preciso enganá-los sobre o que lhes vai cair em cima. E, no entanto, não sou propriamente dogmático porque, embora entenda que a política deve zelar pela ordem benéfica ao cidadão qualquer, compreendo ser plausível que certas organizações quer públicas quer industriais ou comerciais, requerem possuir uma certa dimensão para serem eficientes e cumprirem o seu papel. Daí que careçam de alguma protecção contra 'patos bravos' e outros 'arcanjos da iniciativa privada'. Mas tais trusts têm de qualquer modo subordinar-se ao interesse colectivo das sociedades que devem servir, porquanto é para tal que eles servem, como deve determinar quem neles manda - isto é, governos não-vendidos.

Luisa Fernandes

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Re:Este Governo
« Responder #2897 em: 2014-12-29 12:09:54 »


Vem a foto em cima a propósito de recentes declarações de Pedro Santana Lopes, o primeiro nesta fila de devotos praticantes da palavra do Senhor que, no seu artigo de 17 de Dezembro no Jornal de Negócios, nos trouxe uma bela história de embalar na qual o seu partido têm mais dificuldade de acesso aos grandes grupos económicos portugueses do que o seu congénere socialista. Será um conto de Natal de um homem que reza na companhia de Dias Loureiro, Miguel Relvas e José Luís Arnault? Ou apenas uma perninha eleitoralista com Belém no horizonte?
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Thunder

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Re:Este Governo
« Responder #2898 em: 2014-12-29 12:48:24 »
O salário mínimo da Bélgica, da Holanda, da Irlanda e de França são quase o triplo do português. E estão todos abaixo do dobro do nosso PIB per capita . Apesar de sermos um dos países mais desiguais da Europa, somos o 9º em que o salário mínimo mais se aproxima da remuneração mensal média (42,6%). Não porque se aproxime dos salários decentes, mas porque é uma referência para os salários mais baixos.

Não é difícil olhar para estes números e perceber que não há qualquer relação entre a competitividade de um país e um salário mínimo muito baixo. O que o salário mínimo nos descreve é a estrutura produtiva de cada economia. Países que acrescentam pouco valor ao que produzem tendem a pagar salários mais baixos e a tentar competir por essa via. E um salário mínimo muito baixo tende a promover este tipo de economia e a atrair este tipo de empresas. Um salário mínimo baixo não é apenas consequência do atraso económico de um país. Também é causa.

Quando se promove este tipo de economia, não vinga o empresário que inova, que investe no conhecimento, que organiza bem a sua empresa. Tende a vingar o patrão que paga menos e que concorre apenas com esse argumento. Em regra, o empresário menos qualificado. Segundo o estudo "Emprego, contratação colectiva de trabalho e proteção de mobilidade profissional em Portugal", encomendado pelo Ministério do Trabalho em 2010, 61,3% dos trabalhadores por conta de outrem tinham até ao terceiro ciclo do ensino básico, 20,4% o ensino secundário e 18,3% o ensino superior. Nos patrões, 71,7% tinha até ao terceiro ciclo do ensino básico, 12,2% o ensino secundário e 16,1% o ensino superior. Ou seja, a qualificação dos trabalhadores era superior à do que empresários. Esta foi a classe empresarial que a política de salários baixos promoveu. O que afeta a produtividade geral do País porque, como lembrava o nosso Aníbal, a má moeda expulsa a boa moeda. Como se vê com os nossos emigrantes e nas grandes empresas que se instalam no País, a nossa baixa produtividade tem muito pouco a ver com os nossos trabalhadores. Terá a ver com alguns custos de contexto e atrasos estruturais, sim. Mas resulta, acima de tudo, de um tecido empresarial que se habituou a viver à sombra de mão de obra barata e que nem sequer consegue absorver os seus trabalhadores mais qualificados.


Vergonha?! Que descaramento!
É vergonha uma sociedade de 1° mundo dar um salario decente em vez da caridadezinha Jonet a pessoas que não conseguem trabalhar?

Sabes o que é vergonha?

Vergonha é por exemplo:

- Passar a ser natural as empresas usarem o dinheiro dos contribuintes para pagar trabalhadores experientes para supostos estágios e ao Estado contratar desempregados e beneficiários de apoios sociais sem lhes pagar salário. Esta substituição do emprego por mão-de-obra paga a preço simbólico ou até gratuita cria uma pressão sobre o mercado de trabalho que resultará numa redução drástica dos salários e falseia os números do desemprego. Já não se discute se a trabalho igual deve corresponder salário igual, mas se a trabalho deve corresponder salário.

- Dar a mão a banqueiros e políticos corruptos.

- Esconder em discursos oficiais a miséria e fome em Portugal.

- Os bancos e as mais valias em esquemas e jogo financeiro, não pagarem impostos decentes.

- Ter o salario mínimo que temos.

-Continuar a financiar em força sem cortes saúde e educação privada e a publica com cortes de 3° mundo... etc etc etc... e podia estar aqui durante um dia a escrever.

Para quem fala em ataques ad hominem deveria olhar primeiro para o seu umbigo.


Se calhar terão mais sorte em tentar trocar ideias tentando falar directamente com o Daniel Oliveira.....

http://expresso.sapo.pt/procura-se-estagiario-experiente-e-trabalhador-desempregado=f902765

http://expresso.sapo.pt/aumentar-o-salario-minimo-para-tornar-portugal-competitivo=f864568
Nullius in Verba
Divide et Impera
Não há almoços grátis
Facts do not cease to exist because they are ignored
Bulls make money, bears make money.... pigs get slaughtered

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Re:Este Governo
« Responder #2899 em: 2014-12-29 14:21:36 »
Citar
Sérgio Monteiro, um secretário de estado a ter em conta



A ideia da troika para as obras públicas é simples: não se fazem; quem não tem dinheiro não tenha vícios, quanto mais desempregados melhor funciona o mercado de emprego, quanto mais parada estiver a economia mais depressa chegamos à bancarrota. No meio falava-se em rever as parcerias público privadas, há limites para a vergonha, até numa troika.

A ideia de nomear Sérgio Monteiro para Secretário de Estado Obras Públicas, Transportes e Comunicações é no mínimo curiosa. Não conheço o senhor de lado nenhum, mas um percurso profissional na banca onde se destaca “a participação no processo de refinanciamento da dívida da RTP e no recente plano de reestruturação da dívida da Carris e de racionalização de custos” e mais uma data de parcerias para financiar obra pública (Auto-Estradas Douro Litoral e Auto-Estradas do Marão e, pasme-se, TGV) levanta-me assim, sei lá, umas suspeitas. Ou o homem está arrependido, e conhecedor privilegiado dos meandros destas golpadas vai dar cabo delas num instante, ou não há mesmo vergonha nenhuma entre os representantes nacionais da troika.

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Típico texto medíocre que, sem ter qualquer género de facto a apoiar a opinião, ainda assim não se coibe de colocar suspeições e dúvidas sobre operações financeiras de financiamento que teriam SEMPRE que ocorrer nas entidades em questão, inclusive chamando-lhes directamente "golpadas".

Só pode ter ser escrito por um retardado (isto mesmo que TODAS as operações descritas fossem, efectivamente, golpadas - um facto é que sem qualquer género de indício, à partida temos que assumir serem operações de financiamento perfeitamente normais).
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