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Autor Tópico: Este Governo  (Lida 597328 vezes)

Zel

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Re:Este Governo
« Responder #40 em: 2013-05-14 18:12:56 »
O Mário Soares fez exactamente o mesmo quando esteve debaixo de condições similares - e existe prova documental disso mesmo. Pelo que é parvo citá-lo mais a sua oposição à situação actual, que de resto foi o PS que criou.

menos em ano de eleicoes, hehe

foi o que o medina carreira disse

Luisa Fernandes

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Re:Este Governo
« Responder #41 em: 2013-05-14 18:54:53 »
Aceito todas as posições ideológicas, inquinadas ou não. Agora o que defendo é que todos sejam capazes de as expor e defender com clareza antes de ir a votos, e que não se usem relatórios de entidades supostamente técnicas como o FMI ou a OCDE eivados de preconceitos e chavões ideológicos para justificar decisões políticas que não se tem coragem de assumir.
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Zel

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Re:Este Governo
« Responder #42 em: 2013-05-14 18:59:12 »
Aceito todas as posições ideológicas, inquinadas ou não. Agora o que defendo é que todos sejam capazes de as expor e defender com clareza antes de ir a votos, e que não se usem relatórios de entidades supostamente técnicas como o FMI ou a OCDE eivados de preconceitos e chavões ideológicos para justificar decisões políticas que não se tem coragem de assumir.

as imposicoes nao sao imaginarias, se o antonio seguro ganhar as eleicoes voce vai perceber isso melhor pois ele vai fazer o mesmo que o coelho


Automek

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Re:Este Governo
« Responder #43 em: 2013-05-14 19:32:39 »
as imposicoes nao sao imaginarias, se o antonio seguro ganhar as eleicoes voce vai perceber isso melhor pois ele vai fazer o mesmo que o coelho
Eu ainda não percebi a lógica do PPC para não ter entregue a pasta ao Seguro quando o TC chumbou o OE. Só posso classificar como loucura ou espírito de missão um gajo sujeitar-se mais dois anos a ser enxovalhado pela opinião pública e a ouvir as barbaridades do Seguro, quando sabe de antemão que nunca mais ganha umas eleições na vida, nem que seja para a sociedade recreativa de Massamá.

Luisa Fernandes

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Re:Este Governo
« Responder #44 em: 2013-05-24 18:55:14 »

Estes Tipos Demoram Pouco Tempo a tornar-se adeptos da democracia musculada em que o poder judicial deve submeter-se ao executivo do momento.

Poiares Maduro diz que TC limita “liberdade de deliberação democrática”

Afinal, quem elegeu Poiares Maduro?
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Re:Este Governo
« Responder #45 em: 2013-05-24 19:48:34 »
Citar
Mais de metade dos portugueses querem queda do Governo

D.D.

Mais de metade dos portugueses, em concreto 57%, defende a queda do Governo, revela um inquérito de opinião realizado pela Intercampus e divulgado esta sexta-feira. Também o Presidente da República vê a sua popularidade em queda, com Cavaco Silva a receber apenas três valores (de 0 a 10) na avaliação, o terceiro pior resultado.



O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, é o governante com pior pontuação: 2,5 valores. Segue-se o primeiro-ministro, Passos Coelho, com 2,6 valores.

Santos Pereira e Paulo Portas obtêm apenas 3,4 valores. Seguem-se Aguiar-Branco, com 3,5, Pedro Mota Soares, com 3,6, e Miguel Macedo, com 3,7 valores.

Nuno Crato e Paula Teixeira da Cruz, titulares das pastas da Educação e Justiça, respectivamente, recebem 3,8 valores.

Assunção Cristas, com 4,1 valores, e Paulo Macedo, com 4,3, são os ministros que se seguem.

Os novos ministros, Marques Guedes e Miguel Poiares Maduro, também não «caíram no goto» dos portugueses, com 56% dos inquiridos a discordarem das suas entradas para o Executivo.

Entre os 608 inquiridos, 61% pensa que o Governo não tem condições para durar até final da legislatura, sendo que 57% considera mesmo que o tempo já se esgotou e que o Executivo deveria cair já.

As novas medidas de austeridade anunciadas por Passos Coelho a 3 de Maio são claramente chumbadas: 83% rejeita a nova contribuição sobre as pensões e 69% opõe-se ao processo de rescisões amigáveis na Função Pública.

Mas o PS não pode sorrir com os resultados da sondagem, uma vez que o seu líder, António José Seguro, recebe uma avaliação de apenas 3,6 valores.

Ficha técnica:

Inquérito de opinião, realizado pela INTERCAMPUS a indivíduos, com 18 e mais anos de idade, residentes na região da Grande Lisboa e Grande Porto. Foram realizadas 608 entrevistas, com a seguinte distribuição: por género (49%) de homens e (51%) de mulheres, por idade (33%) dos 18 aos 34, (34%) dos 34 aos 54, (33%) com 55 e mais anos e por região (59%) da Grande Lisboa, (41%) do Grande Porto. A recolha da informação foi efectuada através do método de entrevista online, tendo sido utilizado um questionário estruturado. A recolha foi efectuada entre os dias 13 a 16 de Maio. Os resultados apresentados não permitem, cientificamente, generalizações, representando, apenas, a opinião dos inquiridos.

John_Law

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Re:Este Governo
« Responder #46 em: 2013-05-24 20:15:16 »
O PS não pode sorrir porque enquanto o ajustamento não for feito eles não podem subir ao poder; dado que isso significaria continuar a execução do programa e a perda de todo o crédito político que conseguiram acumular graças à crescente impopularidade do governo. Quando o ciclo económico se inverter, eles podem sorrir.

Luisa Fernandes

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Re:Este Governo
« Responder #47 em: 2013-05-29 22:55:29 »
União Europeia investiga negócios de Relvas e Passos


Empresa Tecnoforma e a ONG Centro Português para a Cooperação estão a ser investigadas pelo Gabinete da Luta Antifraude da União Europeia por má utilização de fundos comunitários.


O Gabinete da Luta Antifraude da União Europeia (OLAF) vai investigar a empresa Tecnoforma e a Organização não-governamental CPPC (Centro Português para a Cooperação) por má utilização de fundos comunitários, informa a Delegação Portuguesa Grupo dos Socialistas e Democratas no Parlamento Europeu.

A investigação foi hoje confirmada por carta assinada pelo comissário László Andor enviada à eurodeputada Ana Gomes que, em dezembro de 2012, se queixou ao responsável máximo pela Direção-Geral do Emprego, Assuntos Sociais e Inclusão, entidade gestora do Fundo Social Europeu.

A alegada má utilização de fundos europeus por parte da Tecnoforma terá ocorrido na altura em que o ex-ministro Miguel Relvas ocupava o cargo de secretário de Estado da Administração Local, a quem comeptia a gestão dos fundos comunitários, tendo sido a ONG que o atual primeiro-ministro Pedro Passos Coelho ajudou a criar em 1996, uma das beneficiárias, recordam os socialistas no comunicado enviado às redações.

"Interessa a todos, desde logo aos próprios protagonistas deste caso e ao povo português, saber se o primeiro-ministro e um ex-membro do Governo engendraram ou foram instrumentais num esquema de manipulação de fundos europeus para benefício de uma empresa privada em projetos desprovidos ou defraudantes do interesse público", afirma Ana Gomes, citada no comunicado.

 http://expresso.sapo.pt/uniao-europeia-investiga-negocios-de-relvas-e-passos=f810393#ixzz2Uilyt2HT
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Incognitus

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Re:Este Governo
« Responder #48 em: 2013-05-29 22:58:06 »
Aposto que esperaram que prescrevesse o gamanço da UGT na mesma coisa ...  :D

Os fundos Europeus foram um forró.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re:Este Governo
« Responder #49 em: 2013-05-30 00:35:09 »
.....http://tretas.org/PedroPassosCoelho



Citar
Soares: «É preciso acabar com o Governo. Ponto final parágrafo»

SIC.pt

Antigo presidente da República acusa Executivo de Passos Coelho de estar a «destruir Portugal»
« Última modificação: 2013-05-30 02:30:51 por Batman »

valves1

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Re:Este Governo
« Responder #50 em: 2013-05-30 21:22:08 »
Entretanto parece que Portas continua no governo porque estara a ser chantageado no caso dos submarinos pior a emenda que o soneto. A politica do vale tudo deve ser evitada sob pena de qualquer dia estarmos pior do que na epoca dos borgia. 
« Última modificação: 2013-05-30 21:33:27 por valves1 »
"O poder só sobe a cabeça quando encontra o local vazio."

JoaoAP

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Re:Este Governo
« Responder #51 em: 2013-05-30 23:35:36 »
O que a Troika queria Aprovar e Não conseguiu!

 NENHUM GOVERNANTE, FALA NISTO... PUDERA...
O que a Troika queria aprovar e não conseguiu!!!!!!----

1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores,
suportes burocráticos respectivos, carros atestados, motoristas, etc.) dos
ex-Presidentes da República.

2. Redução do número de deputados da Assembleia da República para 80,
profissionalizando-os como nos países a sério. Reforma das mordomias na
Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e outras
libações, tudo à custa do pagode.

3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não
servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego.

4. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir
milhares de euro/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções
nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo.

5. Por exemplo as empresas de estacionamento não são verificadas porquê? E
os aparelhos não são verificados porquê? É como um táxi, se uns têm de
cumprir porque não cumprem os outros? e se não são verificados como podem
ser auditados*?

6. Redução drástica das Câmaras Municipais e Assembleias Municipais, numa
reconversão mais feroz que a da Reforma do Mouzinho da Silveira, em 1821.

7. Redução drástica das Juntas de Freguesia. Acabar com o pagamento de 200
euros por presença de cada pessoa nas reuniões das Câmaras e 75 euros nas
Juntas de Freguesia.

8. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização
dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem
verbas para as suas actividades.

9. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc, das
Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo
País;.

10. Acabar com os motoristas particulares 20 h/dia, com o agravamento das
horas extraordinárias... para servir suas excelências, filhos e famílias e
até, os filhos das amantes...

11. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado e
entes públicos menores, mas maiores nos dispêndios públicos.

12. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não
permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal
como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a
compras, etc.

13. Acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores e Madeira e
respectivas estadias em Lisboa em hotéis de cinco estrelas pagos pelos
contribuintes que vivem em tugúrios inabitáveis.

14. Controlar o pessoal da Função Pública (todos os funcionários pagos por
nós) que nunca está no local de trabalho. Então em Lisboa é o regabofe
total. HÁ QUADROS (directores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO
SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE ADVOGADOS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES, QUE NÃO NOS DÁ COISA PÚBLICA.

15. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que
servem para garantir tachos aos apaniguados do poder - há hospitais de
província com mais administradores que pessoal administrativo. Só o de
PENAFIEL TEM SETE ADMINISTRADORES PRINCIPESCAMENTE PAGOS... pertencentes ás oligarquias locais do partido no poder.

16. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre
aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo,
no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar,
julgar e condenar.

17. Acabar com as várias reformas por pessoa, de entre o pessoal do Estado
e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo Estado.

18. Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos dos contribuintes ao BPN
e BPP.

19. Perseguir os milhões desviados por Rendeiros, Loureiros e Quejandos,
onde quer que estejam e por aí fora.

20. Acabar com os salários milionários da RTP e os milhões que a mesma
recebe todos os anos.

21. Acabar com os lugares de amigos e de partidos na RTP que custam milhões
ao erário público.

22. Acabar com os ordenados de milionários da TAP, com milhares de
funcionários e empresas fantasmas que cobram milhares e que pertencem a
quadros do Partido Único (PS + PSD).

23. Acabar com o regabofe da pantomina das PPP (Parcerias Público Privado),
que mais não são do que formas habilidosas de uns poucos patifes se
locupletarem com fortunas à custa dos papalvos dos contribuintes, fugindo
ao controle seja de que organismo independente for e fazendo a "obra" pelo
preço que "entendem".

24. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo,
confiscando e punindo os biltres que fizeram fortunas e adquiriram
patrimónios de forma indevida e à custa do País, manipulando e aumentando
preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas
pretensamente "legais", sem controlo, e vivendo à tripa forra à custa dos
dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência
aos que efectivamente dela precisam;

25. Controlar rigorosamente toda a actividade bancária por forma a que,
daqui a mais uns anitos, não tenhamos que estar, novamente, a pagar "outra
crise".

26. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com
que paguem efectivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de
justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não
prescrevem com leis à pressa, feitas à medida.

27. Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que
tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos
ditos.

28. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos
políticos, central e local, de forma a saber qual o seu património antes e
depois.

29. Pôr os Bancos a pagar impostos.

Assim e desta forma, Sr. Ministro das Finanças, recuperaremos depressa
a nossa posição e sobretudo, a credibilidade tão abalada pela corrupção que
grassa e pelo desvario dos dinheiros o Estado.


Ao "povo", pede-se o reencaminhamento deste e-mail, até percorrer todo o País.

POR TODOS NÓS, NOSSOS FILHOS E NETOS.

Luisa Fernandes

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Re:Este Governo
« Responder #52 em: 2013-06-02 14:08:46 »


    Quase dois anos depois das eleições, o Governo de coligação PSD/CDS já nomeou 4463 pessoas: 1027 para os gabinetes ministeriais, 1617 para cargos dirigentes da administração pública e 1819 para grupos de trabalho e outras nomeações. Em média, ministros e secretários de Estado nomearam já mais pessoas por gabinete do que Sócrates nos seus dois primeiros anos de mandato. Este é um dos assuntos em destaque na edição de hoje do Diário de Notícias.

Recordando, de novo, outros tempos:

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Incognitus

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Re:Este Governo
« Responder #53 em: 2013-06-02 14:29:00 »
É um dos problemas do sistema político actual - existem demasiados cargos de nomeação, demasiados tachos, e o sistema político está organizado para os distribuir.

Penso que também será uma das razões que leva a que não se destruam centenas de entidades diferentes das quais não se sentiria falta se desaparecessem.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re:Este Governo
« Responder #54 em: 2013-06-02 19:16:37 »

Citar
A antiga ministra das Finanças considera que a alteração ao estatuto de despedimento na administração pública vai criar corrupção e falta de isenção face ao poder político



 
Manuela Ferreira Leite defende que o estatuto que impedia os funcionários públicos de serem despedidos não era um privilégio, mas antes o garante da isenção da administração pública face ao poder político.

O não despedimento na função pública não era um privilégio. O motivo para isso tinha a ver com a tarefa de interesse público, o que não tem nada a ver com o trabalhador do sector privado que está a defender o interesse do seu patrão. Os funcionários públicos deviam agir com independência e isenção, por isso não eram despedidos. Só assim se pode ter isenção do poder político”, afirmou a ex-ministra das Finanças no seu comentário semanal na TVI24.

Por isso considerou que ser "um bocadinho ligeiro” falar-se em privilégio, sublinhando que o não despedimento na administração pública era uma “característica ajustada à função que é pedida.”

Para Manuela Ferreira Leite se o Estado está politizado, “a única coisa que salvaguarda os cidadãos é saber que um funcionário público vai obedecer ao interesse público”, mesmo que o seu parecer seja oposto ao que é defendido pelos governantes. A social-democrata deu como exemplo o governador do Banco de Portugal, que a partir do momento em que é nomeado não pode ser despedido, e alertou para o facto de o novo regime jurídico da função pública, ao permitir o despedimento de trabalhadores, poder levar a um aumento do risco de corrupção nas instituições do Estado e obrigar a realizarem-se “inspecções a inspecções”.“Não sei se não se vai criar um problema maior àquilo que se vai resolver", sublinhou.

Manuela Ferreira Leite disse também que a diminuição do número de funcionários públicos está a ocorrer a um ritmo maior do que o recomendado pela troika e com a mudança do estatuto de despedimento, que não foi pedida pelos credores.

A social-democrata considerou por isso que é difícil alguém conseguir responder se há funcionários públicos a mais, admitindo que em alguns sectores pode haver e noutros não e lembrando que houve trabalhadores que já saíram e que não foram substituídos.

Para a ex-ministra faltam estudos para perceber o impacto da redução em determinados sectores e do que se pretende para o futuro. “Se se quiser aumentar a escolaridade obrigatória e combater o insucesso escolar, se calhar já não há professores a mais”, exemplificou.

Ferreira Leite mostrou-se ainda céptica em relação ao real impacto das medidas do governo para administração pública na consolidação orçamental.

“Não vejo no curto prazo benefícios orçamentais e vejo a médio e longo prazo consequências gravosas para a instituição administração pública. Temos de ter cuidado em não abalar as nossas instituições”, alertou.
« Última modificação: 2013-06-02 19:18:27 por Luisa Fernandes »
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Re:Este Governo
« Responder #55 em: 2013-06-03 00:51:14 »
É um dos problemas do sistema político actual - existem demasiados cargos de nomeação, demasiados tachos, e o sistema político está organizado para os distribuir.

Penso que também será uma das razões que leva a que não se destruam centenas de entidades diferentes das quais não se sentiria falta se desaparecessem.

É verdade, se bem que a notícia está intencionalmente manipulada. Basta que um director geral termine o mandato para ter de ser reconduzido. Ainda que seja o mesmo, conta como nomeação. O jornalista, se fosse sério, ia procurar o número de nomeações liquidas ou seja, quantos cargos novos foram criados, quantos foram reconduzidos, etc. Mas isso dava muito trabalho e não tinha nem 1/10 do impacto que tem este título.

Agora, sejam reconduções, novos cargos ou o que for, é uma brutalidade de gente. Tem de haver muitos inúteis metidos no sistema que, não só não fazem o trabalho porque são incompetentes, como depois têm de ir subcontratar para o fazer.

cp

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Re:Este Governo
« Responder #56 em: 2013-06-06 23:11:15 »
o Governo acaba de anunciar o alargamento do horario de trabalho para 40 aos funcionários publicos!  :D
http://multigestao.com

"Concentre-se nos pontos fortes, reconheça as fraquezas, agarre as oportunidades e proteja-se contra as ameaças."  (Sun Tzu, 500 a.C.).

tote

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Re:Este Governo
« Responder #57 em: 2013-06-07 16:15:24 »
Até agora, esta política de austeridade não trouxe NADA de bom ao país. Até os juros, que é o único dado positivo que vale a pena realçar, não se vai traduzir numa vantagem, pois não baixam o suficiente, pelo que.... o SEGUNDO resgate vem aí. E agora, de quem é a culpa?
Quem votou nestes incompetentes e ladrões que estão a levar o país para o abismo é que deve ter a consciência pesada, ou então, nem percebe o que se está a passar, mas pensa que sabe  :D ("está tudo controlado...")  :D

Até o coitadinho do Gaspar está  tremer... o FMI já está a lavar as suas mãos do aparente fracasso da austeridade.....e eu quero perceber o que os ilustres participantes do fórum que SEMPRE apoiaram a austeridade, vão dizer agora, heheheh


cp

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Re:Este Governo
« Responder #58 em: 2013-06-07 16:57:57 »
A austeridade deveria seguir o objectivo de reduzir a despesa publica, mas a austeridade implementada tem sido outras coisas que não o que realmente é necessário fazer para resolver o problema das contas...
http://multigestao.com

"Concentre-se nos pontos fortes, reconheça as fraquezas, agarre as oportunidades e proteja-se contra as ameaças."  (Sun Tzu, 500 a.C.).

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Re:Este Governo
« Responder #59 em: 2013-06-07 18:28:59 »
A austeridade deveria seguir o objectivo de reduzir a despesa publica, mas a austeridade implementada tem sido outras coisas que não o que realmente é necessário fazer para resolver o problema das contas...

Função pública já perdeu cinco mil milhões de euros com cortes nos salários

Desde 2011, com a diminuição média de 5% nos salários repetida nos anos seguintes e avalizada duas vezes pelo Constitucional, passando pela retenção de dois subsídios em 2012, também permitida pelo TC, funcionários públicos deram, sozinhos, mais de cinco mil milhões para combate ao défice. Este é um dos assuntos em destaque na edição de hoje do DN.




---


Função pública perdeu 50.000 trabalhadores nos últimos dois anos

Económico com Lusa    

O secretário de Estado da Administração Pública afirmou hoje, no parlamento, que, nos últimos dois anos saíram 50.000 trabalhadores da função pública.
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