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Autor Tópico: Este Governo  (Lida 596848 vezes)

Luisa Fernandes

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Re:Este Governo
« Responder #2580 em: 2014-10-17 00:53:34 »
Não é fácil encontrar palavras para escrever sobre o orçamento apresentado pelo Governo. Parece-me que os nomes atribuídos à mãe do Pedro Proença nos jogos do Benfica serão insuficientes para qualificar esta gentinha medíocre. E, como vem sendo habitual, a Educação é o sector com o maior corte: 700 milhões.

A esta hora a cambada larangista que passou do primeiro parágrafo estará a pensar que não há dinheiro para mais, que tem de ser, que vivemos acima das nossas possibilidades. Claro que também estão a reflectir sobre o BPN e o BES e as empresas do Relvas e do Coelho.

Mas, lamento informar, estão enganados. É mesmo possível fazer diferente e, ao mesmo tempo, fazer melhor.

Em Vila Nova de Gaia andou um senhor que fez o que queria e ainda lhe sobrou tempo para ajudar meio mundo a tratar da respectiva vidinha. A dívida consolidada da autarquia é, depois do pesadelo,superior a 318 milhões. Mas, mesmo com esta dificuldade, foi possível, num ano reduzir o prazo de pagamentos a fornecedores de 206 para 111 dias o que é fantástico para a economia local. O passivo foi também reduzido em quase 33 milhões.

A Câmara de Eduardo Vitor Rodrigues conseguiu ainda baixar várias taxas municipais (derrama, imi, água) e investir na Educação: para além do alargamento da oferta dos livros escolares ao 2º ciclo, a Escola a tempo inteiro tem hoje uma dimensão única por estes lados. As escolas estão abertas das 7h30 às 19h30. É claro que este projecto pode colocar várias questões (o mais discutido a alternativa hiper-escola / hiper-rua) , mas estamos a falar, de um enorme investimento na Escola Pública e na qualidade do serviço prestado, até porque, como sugere David Rodrigues, estamos a falar de docentes qualificados.

Parece-me, pois, que é possível fazer diferente e fazer melhor porque um concelho da dimensão de Gaia é um território já com algum significado. É tudo uma questão de prioridades e, estou convencido, que por cá, ninguém se importará de exportar o modelo para o todo nacional. Não estamos e não podemos estar condenados a viver na miséria e a aposta na Escola Pública é a única que nos poderá tirar deste buraco onde a direita nos quer colocar.
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Incognitus

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Re:Este Governo
« Responder #2581 em: 2014-10-17 02:32:25 »
Sim, a direita é a causa de todos os males. Só pode.
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Re:Este Governo
« Responder #2582 em: 2014-10-17 02:44:36 »
"aposta na escola publica" = mais dinheiro para a luisa e seus amigos professores

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Re:Este Governo
« Responder #2583 em: 2014-10-17 09:27:32 »
A dívida consolidada da autarquia é, depois do pesadelo,superior a 318 milhões. Mas, mesmo com esta dificuldade, foi possível, num ano reduzir o prazo de pagamentos a fornecedores de 206 para 111 dias o que é fantástico para a economia local. O passivo foi também reduzido em quase 33 milhões.

Ou seja passou de 351 M€ para 318 M€. Mas que maravilha de resultado!!!!

Por isso é que Gaia, com o seu óptimo executivo terá que ir pedir dinheiro ao estado para pagar as dívidas. Claro que as dívidas vêm do executivo anterior, mas essa diminuição da dívida não é nada de especial. É similar aos grandes resultados financeiros do António Costa, com os seus 1.000 M€ de dívida.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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Re:Este Governo
« Responder #2584 em: 2014-10-17 12:10:46 »
A dívida consolidada da autarquia é, depois do pesadelo,superior a 318 milhões. Mas, mesmo com esta dificuldade, foi possível, num ano reduzir o prazo de pagamentos a fornecedores de 206 para 111 dias o que é fantástico para a economia local. O passivo foi também reduzido em quase 33 milhões.

Ou seja passou de 351 M€ para 318 M€. Mas que maravilha de resultado!!!!

Por isso é que Gaia, com o seu óptimo executivo terá que ir pedir dinheiro ao estado para pagar as dívidas. Claro que as dívidas vêm do executivo anterior, mas essa diminuição da dívida não é nada de especial. É similar aos grandes resultados financeiros do António Costa, com os seus 1.000 M€ de dívida.

Local,
Mas não é nada mau. Um tipo que está lá para aí há um ano conseguiu tirar 10% à divida e diminuir impostos para os munícipes em simultâneo (se todas as câmaras o fizessem era um ganho enorme).
Mas o que para mim tem ainda mais valor é ele ter pegado numa câmara que teve durante mais de uma década uma gestão à siciliana e tentar pôr aquilo a funcionar de forma decente (o mesmo que o tipo de Braga tb me parece que está a conseguir fazer).

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Re:Este Governo
« Responder #2585 em: 2014-10-17 13:26:50 »
Uma câmara com 140 M€ de receita diminuir o passivo em apenas 33 milhões não me parece um resultado assim tão bom. E vendo que as provisões aumentaram 44 M€ o resultado torna-se mais negro.
E tenho dúvidas que tenham consolidado contas com as entidades controladas por eles.

E todas as autarquias têm que diminuir a dívida, ao abrigo da lei dos compromissos. Há muito poucas que aumentaram a dívida, julgo eu por estarem a extinguir empresas municipais e a internalizarem a dívida.

A diminuição dos impostos é apenas temporária, pois terão que aumentá-la para fazer face aos compromissos que têm e a sua situação financeira.
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Re:Este Governo
« Responder #2586 em: 2014-10-18 19:35:56 »
A Omissão (Mentira?) Sobre Estas Coisas Parece-me Grave,
…mas é certo que não dará demissões, nem no BdP, nem no Governo e nem por sombra de nuvem por Belém.

Entretanto, a imprensa vai fazendo o trabalho de casa, com algum atraso, diga-se de passagem, pois ninguém desconfiaria dos salgados (nem dos ulricos, já agora…) e se desconfiasse, tinha medo das consequências de dar isso a conhecer.

E parece ser pacífico que as declarações de muita gente antes do aumento de capital do BES foram feitas já com perfeito conhecimento da situação catastrófica do grupo e do banco.
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vbm

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Re:Este Governo
« Responder #2587 em: 2014-10-18 19:42:58 »
«Entretanto, a imprensa vai fazendo o trabalho de casa, com algum atraso, diga-se de passagem, pois ninguém desconfiaria dos salgados (nem dos ulricos, já agora…) e se desconfiasse, tinha medo das consequências de dar isso a conhecer.»
__________________________________________________________________________

É bem verdade, 
e verdade de medo,
sem liberdade.

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Re:Este Governo
« Responder #2588 em: 2014-10-18 20:12:33 »
Isso são certezas de treinadores de segunda-feira. E nem deixa de ser irónico que ao mesmo tempo digam que era certo a coisa estar falida em finais de 2013, e agora reclamarem menos perdas para obrigacionistas e accionistas ... então mas estava falido ou não?
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Luisa Fernandes

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Re:Este Governo
« Responder #2589 em: 2014-10-19 18:43:46 »
As estranhas “poupanças” do Governo (ou o negócio da caridade)...

Este governo tão “liberal” a privatizar e vender todo o património do Estado ao desbarato, afinal tem tiques estalinistas: o cuidado de cidadãos que precisam da ajuda de outros para o seu dia-a-dia é, no entender dessa gente, monopólio das instituições (particulares, embora) de “solidariedade social”.
A essas IPSS, o Estado paga 950 Euros por mês e por pessoa, e as IPSS (meu Deus, como são “solidárias”!) ainda ficam 85% dos rendimentos (a pensão de reforma ou de sobrevivência, na maior parte dos casos) dos internados. Já se os deficientes pretenderem ficar na sua própria casa, o mesmo Estado “ajuda-os” com 178 euros. Tudo muito bem explicado nesta excelente peça do Público.
 Vistas assim as coisas, o governo não tem, afinal, nenhum tique estalinista; está apenas a engordar a sua clientela política: o negócio da “solidariedade”, melhor dizendo da caridadezinha, envolve muitos milhões e paga o conforto de que geralmente se rodeiam os dirigentes das instituições ditas de “solidariedade social”, a maioria das quais geridas pelas “Misericórdias” ou pela Igreja Católica Romana.
Também a galopada deste governo contra os beneficiários do Rendimento Social de Inserção teve como finalidade justificar o aumento do “auxílio” às novas sopas-dos-pobres. Assim se retira o pouco que restava da dignidade dos cidadãos carenciados, para alimentar a clientela política.
Não é por acaso que o actual secretário de Estado é Agostinho Branquinho, o ex-deputado que ficou esclarecido acerca da Ongoing depois daquela empresa o ter convidado para administrador, por dois curtos anos, na sua sucursal brasileira. No momento da sua nomeação, Branquinho era administrador da Santa Casa da Misericórdia do Porto, onde estava desde que tinha regressado do Brasil.
« Última modificação: 2014-10-20 13:25:45 por Luisa Fernandes »
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Vanilla-Swap

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Re:Este Governo
« Responder #2590 em: 2014-10-21 11:44:23 »

Luisa Fernandes

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Re:Este Governo
« Responder #2591 em: 2014-10-24 00:29:35 »
Todo o dinheiro que a austeridade da troika e deste governo retirou ao funcionamento da economia, à saúde, à educação e ao bolso dos portugueses, 28.000 milhões de euros, foi, quase na íntegra, para pagar o serviço da dívida, numa evidência gritante de que a austeridade nada resolveu do problema que queria resolver. Dados do Boletim Estatístico do Banco de Portugal mostram que, entre 2010 e 2014, a dívida conjunta, pública mais privada, cresceu 46,1 pontos percentuais por referência ao PIB, cifrando-se agora na assustadora expressão de 767.226 milhões de euros. A dependência de Portugal relativamente ao estrangeiro aumentou drasticamente pela mão da troika e de Passos, o mercador dos nossos anéis. Entre o que Portugal já vendeu ou vai vender a preços de saldo, recordo: Espírito Santo Saúde, HPP Saúde da CGD, Tranquilidade, Fidelidade, BPN, Banco Espírito Santo, agora Novo Banco, Cimpor, EDP, REN, ANA, CTT, TAP e PT.
 Com este pano de fundo, o orçamento é marcado, mais uma vez, pelo aumento da carga fiscal. É socialmente injusto: limita de novo as prestações sociais e mantém a sobretaxa de IRS (dita extraordinária mas de facto perene) enquanto diminui o IRC, por forma a beneficiar apenas as grandes empresas. A solução encontrada (projectar para 2016 uma hipotéctica redução da sobretaxa, desde que a cobrança do IVA e do IRS cresçam acima de 6%), para além de ilegal (as disposições orçamentais têm efeito exclusivo para o ano a que respeitam) é um expediente reles com que se tenta manipular a opinião pública. O aliviar de sacrifícios (reformados e funcionários públicos) impõe que não se esqueça o óbvio: o mesmo Governo que fez ponto de honra da necessidade de cumprir os compromissos e as dívidas para com estrangeiros, desonrou os compromissos que tinha para com os portugueses, deixando de lhes pagar o que com eles havia contratado. E se agora corrige parcialmente a imoralidade da sua política (ainda assim com o rancor que transparece do que escreveu nos documentos que cito) é porque a tal foi obrigado pelo Tribunal Constitucional. O orçamento está aferrolhado para apoiar as pequenas e médias empresas mas escancarado para engolir os prejuízos do BES. O orçamento é deliberadamente mentiroso: ao mesmo tempo que o motor da economia europeia, a Alemanha, corrige a previsão de crescimento para 2015 de 2,0% para 1,3%, o Governo tem a lata de construir as suas contas a partir do pressuposto de crescermos 1,5%.

Mas há lata maior. A “esclarificação” com que Crato nos brindou sobre o orçamento de Estado para 2015 reconduziu-me ao Bocage boémio: o corte que aquela senhora deu, não foi ela, fui eu! É preciso topete para querer transformar 704,4 milhões de euros de corte orçamental na Educação (-11,3%) nos 200 milhões saídos da lógica anedótica do ministro. À brincadeira de Nuno Crato opõem-se 578 páginas de realidade: 278 de orçamento e 300 da proposta de lei que o aprova. Algumas pérolas aí escritas evidenciam a mistificação que envergonharia pessoas decentes. Mas não o Governo, muito menos Nuno Crato. Na página 172, quando explanam as políticas que o orçamento serve, os mistificadores voltam com a lengalenga de ser “a melhoria dos índices de qualificação da população factor determinante para o progresso, desenvolvimento e crescimento económico do país”. Eles, que reduziram os complementos educativos no ensino não superior em 47,6 %. Eles, que cortaram 68,8% aos serviços de apoio ao ensino superior. Na mesma página, escrevem estar firmemente empenhados “em melhorar os níveis de educação e formação de adultos”. Eles, que cortaram 38,6% do financiamento ao sector. Na página seguinte apontam como objectivo estratégico “garantir o acesso à educação especial, adequando a intervenção educativa e a resposta terapêutica às necessidades dos alunos e das suas famílias”. Eles, que cortaram o financiamento deste sector, onde se incluem deficientes profundos, em 15,3%, removendo sistematicamente, serviço após serviço, as respostas especializadas antes existentes. Tragam estes mistificadores um só pai, uma só mãe destas crianças com necessidades educativas especiais, um só professor da área, a desmentir o que afirmo e a concordarem com o Governo. E o despudor atinge o clímax quando destacam como medidas justificativas do orçamento a “consolidação da implementação das metas curriculares”, esse expoente superior do refinado “eduquês” inferior. Para o leitor menos familiarizado com o tema, adianto que, apenas no que toca ao 1º ciclo do ensino básico, e se nos ficarmos pelas duas áreas mais badaladas do currículo, Português e Matemática, estamos a falar de 177 objectivos desdobrados em 703 descritores. Qual cereja em cima da imbecilidade, deixo-vos duas dessas metas:
– Reunir numa sílaba os primeiros fonemas de duas palavras (por exemplo “cachorro irritado”) cometendo poucos erros.
– Ler correctamente, por minuto, no mínimo 40 palavras de uma lista de palavras de um texto apresentadas quase aleatoriamente.
 Sim, leram bem! Está lá quase aleatoriamente.

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Re:Este Governo
« Responder #2592 em: 2014-10-24 20:54:43 »
Passos Coelho e os 4400 boys

O título não é apenas uma graça. Um estudo feito ontem pelo "Diário de Notícias", e que passou mais despercebido do que merecia, dá conta que este Governo nomeou já 4463 pessoas, seja para gabinetes ministeriais (1027), para grupos de trabalho e comissões (1819) e cargos dirigentes da Função Pública (1617).
 
Os números, como tudo, podem ter muitas leituras. Mas se compararmos com os dois primeiros anos de Sócrates, estes pedem meças. O ex-líder socialista nomeou, entre 2005 e 2007 (com mais ministérios do que Passos), 1077 pessoas para os gabinetes, portanto mais 50. Mas Sócrates já nomeara menos 63 pessoas do que o seu antecessor Durão Barroso fizera entre 2002 e 2004. Há portanto, aqui uma descida consistente: em 10 anos e depois de uma crise monstruosa, conseguimos reduzir 113 boys nos gabinetes. Isto num universo de milhares. É ridículo!
 
Em abril de 2005 dissera Passos: "Um membro do governo tem direito a escolher um chefe de gabinete, uma ou duas secretárias de confiança e um ou dois adjuntos. Acabou". Estamos de acordo (ou melhor eu estou de acordo com o que ele dizia). Isso significa que cada ministro teria apenas direito a cinco pessoas, o resto ia buscar aos serviços do seu ministério. Por isso, contas por alto haverá 900 e tal boys a mais. Façam o favor... E comecem pelos célebres especialistas de 20 anos. Já agora, aposto que há membros da Administração com qualificação para os grupos de trabalho e comissões, assim como para vários cargos de direção da função pública.
 
Se a isto somarmos a dispensa dos inúmeros consultores e gabinetes de advogados, podemos dizer, sem medo: olha que bela maneira de começar a reforma do Estado.
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Re:Este Governo
« Responder #2593 em: 2014-10-26 01:43:16 »
Paula Teixeira da Cruz


 O relatório que a ministra enviou para a PGR não foi o resultado de qualquer inquérito ou investigação, foi um relatório elaborado por um órgão em que ela própria manda e ao qual podem ser assacadas as responsabilidades directas pelo desastre do Citius. Mas nada disto foi explicado na comunicação social, a ministra lançou a teoria da cabala e este relatório permitiu lançar a suspeita de que os problemas não resultaram da incompetência da ministra mas da intervenção de mão criminosa.

 É óbvio que a PGR ão vai responder de forma atempada e enquanto se investiga ou não se investiga passa a ideia, ao mesmo tempo que os responsáveis pela gestão do Citius lançam um inquérito do qual resultará certamente um culpado de serviço.

 Se é este o fim da impunidade que a ministra defende eu vou ali e já volto. Entretanto, o PS mantém-se em total silêncio, sinal de que as amizades pessoais ainda estão acima das diferenças políticas e do interesse nacional?

«A ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, enviou nesta sexta-feira à Procuradoria-Geral da República (PGR) um relatório que explicará o que terá provocado o colapso da plataforma informática Citius. O documento, elaborado pelo Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ), foi entregue ao final do dia, confirmou ao PÚBLICO a PGR. O inquérito no âmbito de um eventual processo-crime ainda não terá sido aberto.

 O ministério decidiu também abriu um inquérito interno para apurar responsabilidades disciplinares. Paula Teixeira da Cruz sempre disse que possíveis demissões aconteceriam apenas depois de comprovadas as responsabilidades no colapso.

 O relatório conterá, segundo o jornal i, indícios de que as chefias intermédias terão omitido informações importantes durante a preparação do sistema informático para a nova reforma judiciária e consequente migração de processos. No despacho enviado à PGR, o Ministério da Justiça diz que encontrou “indícios de prática de ilícitos de natureza disciplinar e eventualmente criminal”.» [Público]
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Incognitus

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Re:Este Governo
« Responder #2594 em: 2014-10-26 02:23:16 »
Luísa, o mais provável nessa história é ter mesmo existido criminalidade, tendo em conta a pouca informação que veio a público.
 
Em todo o caso é difícil dizer-se que este falhanço é resultado da incompetência de um ministro - o responsável máximo é sempre responsável, mas dificilmente seria a sua maior ou menor competência que alteraria este resultado. As falhas ocorreram muito abaixo do ministro.
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Re:Este Governo
« Responder #2595 em: 2014-10-26 12:49:50 »
«[ ] indícios de que as chefias intermédias terão omitido informações importantes durante a preparação do sistema informático para a nova reforma judiciária e consequente migração de processos. [ ]»
_______________________________________________________________________________

A confirmar-se os implicados e os seus chefes
deveriam ser 'requalificados' para a 'bolsa dos disponíveis',
e a ministra, honestamente, auto-demitir-se, assim tipo
'Jorge Coelho-no-ministério-dos-transportes'.

Ou seja, <dar exemplo>
« Última modificação: 2014-10-26 12:51:57 por vbm »

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Re:Este Governo
« Responder #2596 em: 2014-10-27 18:47:09 »
Citar
212 - Pérolas e diamantes: falar explicado

A maior parte das vezes é preciso coragem para falar explicado.

Apesar da contundência da verbalização, da mímica agressiva e da alteração de voz, ao primeiro-ministro de Portugal já só lhe falta espumar pela boca.

Afinal Pedro Passos Coelho não é só desmemoriado – pois todos nos lembramos muito bem do que disse durante a campanha eleitoral –, é, também, incompetente e videirinho. Ele e quase todo o seu governo.

Então dos exemplos da ministra da Justiça e do seu colega da Educação nem é bom falar.

Agora tudo é clarinho como a água. O executivo do PSD/CDS teve, desde o início, um propósito deliberado: degradar a tal ponto o Estado e os principais serviços que presta para que cada português fique a pensar que o melhor é desistir da defesa da oferta pública de saúde, da educação e da proteção social. Que o melhor, mesmo, é privatizar os ativos saudáveis e deixar para o Estado apenas o lixo tóxico.

O governo de Portugal resolveu fazer ao país o que aconselhou para o BES: dividi-lo num Portugal bom e noutro Portugal mau, sendo que o bom é para privatizar e o mau para ficar sob a alçada do Estado.

PPC, atualmente, apenas consegue sorrir num registo cínico e macilento, de quem sabe mais do que anuncia e de quem patenteia mais do que diz.

Tudo fez para que a maior parte dos portugueses adotasse a estranha convicção de que a política é como uma corrida de cavalos. De quatro em quatro anos apostamos num vencedor. E seja o que Deus quiser.

Passos Coelho exerce o poder tirando-o às pessoas.

É dessa subtração que se alimenta.

Convenceu-se de que consegue persuadir os portugueses de que quando os castiga é porque a culpa é deles, devido a não seguirem as suas ordens e os seus conselhos.

No fundo acredita que a culpa é nossa porque somos assim: crédulos, apáticos e desobedientes.

Gonçalo M. Tavares conseguiu definir este tipo de pessoas muito bem. “O homem que só consegue ser forte é evidentemente mais frágil do que o homem que por vezes é fraco. O homem que só consegue ser forte tem aí, como é óbvio, a sua principal fraqueza.”

Relativamente à Tecnoforma, e à trapalhada do dinheiro lá ganho, um homem que não devesse e não temesse teria dito taxativamente que nunca na sua vida tinha recebido tal quantia. Assim todos perceberíamos. Mas não. Passos Coelho afirmou que não se lembrava se estava ou não em exclusividade como deputado e muito menos se tinha auferido os tais mil contos.

O comentador político Pedro Marques Guedes, um simpatizante confesso do PSD, disse em entrevista ao jornal Negócios que o neoliberalismo do governo de Passos e Portas “é de badana, de quem só leu metade do livro.” “Deste governo apenas vai ficar um terramoto social…” “É uma confusão sem nome.”

E a concluir: “Há um traço brutal neste governo: Incompetência.”

Já quase no fim da entrevista, refere que para voltar a rever-se no PSD gostaria “que se regenerasse na perspetiva de aparecerem menos pessoas que, se não fossem deputados, ou não fosse o partido, dificilmente arranjariam emprego nas obras”.

http://chaves.blogs.sapo.pt/quem-conta-um-ponto-1135764

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Re:Este Governo
« Responder #2597 em: 2014-10-27 18:51:27 »
Batman, esse é um artigo sem jeito nenhum, escrito por um retardado qualquer, que só faz perder tempo a quem o lê.
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Re:Este Governo
« Responder #2598 em: 2014-10-27 19:16:02 »
Batman, esse é um artigo sem jeito nenhum, escrito por um retardado qualquer, que só faz perder tempo a quem o lê.

....é a tua opinião......apenas.

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Re:Este Governo
« Responder #2599 em: 2014-10-27 19:17:57 »
Qualquer opinião minimamente informada seria similar, vê-se o enviezamento retardado naquele texto. Só pessoal ideologicamente motivado não o veria.

Não que seja caso único. A internet está cheia de lixo similar.
« Última modificação: 2014-10-27 19:18:28 por Incognitus »
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