Olá, Visitante. Por favor entre ou registe-se se ainda não for membro.

Entrar com nome de utilizador, password e duração da sessão
 

Autor Tópico: Educação - Tópico principal  (Lida 378694 vezes)

valves1

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1160
    • Ver Perfil
Re:Educação - Tópico principal
« Responder #500 em: 2013-12-13 19:49:30 »
Para conforto do Jerome ( e mal de Portugal ) nao e necessario ter-se um Ingles brilhante para ir la para fora;
mesmo que os miudos consigam o minimo la fora esse minimo e suficientemente bom para encorajar a mudanca; 
« Última modificação: 2013-12-13 19:49:57 por valves1 »
"O poder só sobe a cabeça quando encontra o local vazio."

Automek

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30976
    • Ver Perfil
Re:Educação - Tópico principal
« Responder #501 em: 2013-12-13 20:07:25 »
O Jérôme estava a comparar duas gerações diferentes mas se fizermos o mesmo exercício entre países aí, sim, penso que há diferenças grandes. As vezes que fui à Dinamarca e à Suécia fiquei impressionado com a facilidade em encontrar pessoas a falar um inglês perfeito fora de zonas turísticas, fosse numa loja, num transporte público, num táxi, na rua, etc.

Jérôme

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 976
    • Ver Perfil
Re:Educação - Tópico principal
« Responder #502 em: 2013-12-13 20:09:17 »
Citar
Não sei se estarás tu ou eu a sermos influenciados pela amostra que conhecemos mas eu até tenho a ideia contrária.

Eu circulo por vários meios, desde o cagão com pouca formação, que se veste caro, mas não tem cérebro e não fala Inglês, chunga bêbado que não tem formação e não fala Inglês ao pintas que veste bem e é inteligente e fala Inglês, ao chunga que parece o Che Guevara, tem formação e fala Inglês, ao tipo que se veste normal tem super-formação, é super inteligente e corrige textos para Ingleses publicarem...

Do grupo que me queixo é malta nova (early 20s), classe média, com (pelo menos alguma) formação.

Malta com 50, 60 e mais é normal não falar Inglês, alguns falam bem Francês ou Italiano ou Castelhano.

Saber falar Inglês é uma ferramenta fundamental, e arranhar Inglês não dá para fazer um relatório ou estar numa reunião, só dá mesmo para tratar porcos e arranjar peixe, como existem comunidades de milhares de Portugueses a fazer, por exemplo em Inglaterra.

Aqui há 5 anos, contratei um tipo para o dep de eng duma empresa, um eng de mecânica, e fiquei parvo por ele não saber falar Inglês.
O mestrado de que eu falo é um mestrado onde é normal ter literatura técnica em Inglês, mas o tipo tem fortes limitações em conversa casual e nem sequer tem domínio para uma entrevista...

Obviamente que sei e conheço inúmeros casos de malta a viver lá fora, com formação e que fala Inglês... ou sabia, ou aprendeu... desenrascou. Mas o que me choca é o pessoal ter estas limitações e não fazer muito por inverter a situação.


É triste...


Mas mais triste ainda é ver malta competente a trabalhar lá fora (na casa dos 20s), que quando pergunto "e quando queres voltar a Portugal", olham para mim com uma cara de desprezo e dizem que "nunca"...

Muitos jovens competentes que estão lá fora desprezam Portugal.

Jérôme

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 976
    • Ver Perfil
Re:Educação - Tópico principal
« Responder #503 em: 2013-12-13 20:15:39 »
Ao comparar países, os Espanhóis e Franceses são autênticos analfabetos ao nosso lado, não falam Inglês ou são horríveis...

Uma Espanhola queixou-se-me disso há uns meses, em Espanha é TUDO dobrado em Inglês, é que nem sequer é um som que eles consigam perceber, o ouvido só está treinado para o Castelhano. França é o mesmo.

Felizmente em Portugal, quem quer, pode facilmente aprender, devido à permeabilidade que temos a outras línguas, e consequente habituação à sonoridade. Os nuestros hermanos ou os franciús não...

jeab

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 9270
    • Ver Perfil
Re:Educação - Tópico principal
« Responder #504 em: 2013-12-13 20:15:56 »
Citar
Não sei se estarás tu ou eu a sermos influenciados pela amostra que conhecemos mas eu até tenho a ideia contrária.

Eu circulo por vários meios, desde o cagão com pouca formação, que se veste caro, mas não tem cérebro e não fala Inglês, chunga bêbado que não tem formação e não fala Inglês ao pintas que veste bem e é inteligente e fala Inglês, ao chunga que parece o Che Guevara, tem formação e fala Inglês, ao tipo que se veste normal tem super-formação, é super inteligente e corrige textos para Ingleses publicarem...

Do grupo que me queixo é malta nova (early 20s), classe média, com (pelo menos alguma) formação.

Malta com 50, 60 e mais é normal não falar Inglês, alguns falam bem Francês ou Italiano ou Castelhano.

Saber falar Inglês é uma ferramenta fundamental, e arranhar Inglês não dá para fazer um relatório ou estar numa reunião, só dá mesmo para tratar porcos e arranjar peixe, como existem comunidades de milhares de Portugueses a fazer, por exemplo em Inglaterra.

Aqui há 5 anos, contratei um tipo para o dep de eng duma empresa, um eng de mecânica, e fiquei parvo por ele não saber falar Inglês.
O mestrado de que eu falo é um mestrado onde é normal ter literatura técnica em Inglês, mas o tipo tem fortes limitações em conversa casual e nem sequer tem domínio para uma entrevista...

Obviamente que sei e conheço inúmeros casos de malta a viver lá fora, com formação e que fala Inglês... ou sabia, ou aprendeu... desenrascou. Mas o que me choca é o pessoal ter estas limitações e não fazer muito por inverter a situação.


É triste...


Mas mais triste ainda é ver malta competente a trabalhar lá fora (na casa dos 20s), que quando pergunto "e quando queres voltar a Portugal", olham para mim com uma cara de desprezo e dizem que "nunca"...

Muitos jovens competentes que estão lá fora desprezam Portugal.


Portugal está a suicidar-se ...   :(
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
O verdadeiro homem inteligente é aquele que parece ser um idiota na frente de um idiota que parece ser inteligente!

Jérôme

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 976
    • Ver Perfil
Re:Educação - Tópico principal
« Responder #505 em: 2013-12-13 20:19:31 »
O Jérôme estava a comparar duas gerações diferentes mas se fizermos o mesmo exercício entre países aí, sim, penso que há diferenças grandes. As vezes que fui à Dinamarca e à Suécia fiquei impressionado com a facilidade em encontrar pessoas a falar um inglês perfeito fora de zonas turísticas, fosse numa loja, num transporte público, num táxi, na rua, etc.

Eu ofendi uma linda Norueguesa que estava atrás do balcão duma loja, quando lhe perguntei se ela falava Inglês...

Ficou piursa e, quando me dava uma ficha de inscrição de um serviço que eu queria comprar, não desperdiçou a oportunidade pare me perguntar se eu sabia ESCREVER Inglês.

Um Nórdico não saber Inglês é o mesmo que ser analfabeto. Eu acho que deveria ser o mesmo cá.

valves1

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1160
    • Ver Perfil
Re:Educação - Tópico principal
« Responder #506 em: 2013-12-13 20:56:52 »
Citar
Saber falar Inglês é uma ferramenta fundamental, e arranhar Inglês não dá para fazer um relatório ou estar numa reunião, só dá mesmo para tratar porcos e arranjar peixe, como existem comunidades de milhares de Portugueses a fazer, por exemplo em Inglaterra.

e provavelmente nem  esses  quereriam voltar para Portugal para trabalhar num escritorio;

Citar
Aqui há 5 anos, contratei um tipo para o dep de eng duma empresa, um eng de mecânica, e fiquei parvo por ele não saber falar Inglês.
O mestrado de que eu falo é um mestrado onde é normal ter literatura técnica em Inglês, mas o tipo tem fortes limitações em conversa casual e nem sequer tem domínio para uma entrevista...

Se quer o meu conselho contrate mais gestores menos engenheiros mecanicos os engenheiros sao  malta porreira mas depois falta-lhes a logica empresarial;
 esquecem-se muitas vezes que as empresas tem como finalidade ultima dar dinheiro e so depois e   que servem para produzir coisas


« Última modificação: 2013-12-13 20:59:08 por valves1 »
"O poder só sobe a cabeça quando encontra o local vazio."

Jérôme

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 976
    • Ver Perfil
Re:Educação - Tópico principal
« Responder #507 em: 2013-12-13 21:14:11 »
Citar
Saber falar Inglês é uma ferramenta fundamental, e arranhar Inglês não dá para fazer um relatório ou estar numa reunião, só dá mesmo para tratar porcos e arranjar peixe, como existem comunidades de milhares de Portugueses a fazer, por exemplo em Inglaterra.

e provavelmente nem  esses  quereriam voltar para Portugal para trabalhar num escritorio;

Citar
Aqui há 5 anos, contratei um tipo para o dep de eng duma empresa, um eng de mecânica, e fiquei parvo por ele não saber falar Inglês.
O mestrado de que eu falo é um mestrado onde é normal ter literatura técnica em Inglês, mas o tipo tem fortes limitações em conversa casual e nem sequer tem domínio para uma entrevista...

Se quer o meu conselho contrate mais gestores menos engenheiros mecanicos os engenheiros sao  malta porreira mas depois falta-lhes a logica empresarial;
 esquecem-se muitas vezes que as empresas tem como finalidade ultima dar dinheiro e so depois e   que servem para produzir coisas


Apesar da lógica empresarial ser uma base fundamental, um gestor para detectar avarias e fazer relatórios técnicos a equipamento pesado é algo que não consegue fazer com competência (mesmo sendo muito porreiro...hehehe)

cada caso é um caso.
já aconselhei contratação de gestores noutros casos.

valves1

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1160
    • Ver Perfil
Re:Educação - Tópico principal
« Responder #508 em: 2013-12-13 21:31:17 »
mesmo esse das avarias nao sei se sera melhor ser um gestor ( eh eh )
« Última modificação: 2013-12-14 05:39:46 por valves1 »
"O poder só sobe a cabeça quando encontra o local vazio."

Zel

  • Visitante
Re:Educação - Tópico principal
« Responder #509 em: 2013-12-13 22:33:57 »
essa coisa de por os putos a aprender mais cedo o ingles nao faz diferenca nenhuma, eh treta total
no brasil ninguem fala bem ingles e tem aulinhas da tanga de ingles desde os 2 ou 3 anos de idade

se querem que os vossos miudos aprendam bem ingles mandem-nos para o estrangeiro nas suas ferias

Jérôme

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 976
    • Ver Perfil
Re:Educação - Tópico principal
« Responder #510 em: 2013-12-14 08:15:46 »
essa coisa de por os putos a aprender mais cedo o ingles nao faz diferenca nenhuma, eh treta total
no brasil ninguem fala bem ingles e tem aulinhas da tanga de ingles desde os 2 ou 3 anos de idade

se querem que os vossos miudos aprendam bem ingles mandem-nos para o estrangeiro nas suas ferias


Não sei se foi neste tópico que já se falou disso, e com estudos apresentados e relatos de casos, e mais estudos com QI's e diabo a sete , na altura concordaste com o inverso, do que está a bold.
Hoje não te apetece ir por aí, tudo bem, mas na altura ias por lá...


O Brasil não é exemplo de ensino de línguas, onde falar Americano e dizer very nice é tipo falar Francês no tempo da Maria Cuca...

Conheço uns casos... e tu muitos deverás conhecer.

EDIT: fui ver e afinal não era exactamente o oposto, era as crianças aprenderem 2 ou mais línguas de nascença, com casos estudados de pais de nacionalidades diferente e a viver noutro país que não o deles, onde se falam 3 línguas fluentemente.

No entanto, apesar de não ser o oposto, não foge à mesma lógica de aprender uma língua não materna desde cedo, como referes, e também se pode aplicar (infelizmente com muito menos influência no QI) em jovem ou idade adulta.

Aprender uma língua nova é sempre um desafio de lógica, raciocínio, memorização e é preciso religar (rewire, como se diz em Americano...) o cérebro para a nova linguagem, logo muito mais fácil fazê-lo em criança, onde o cérebro está muito menos "cristalizado" nas limitações que impomos socialmente à formação/formatação do pensamento e da consciência que começam logo quando a criança aprende (e mais fundamentalmente é ensinada) a reconhecer-se a si e aos outros, do eu, do meu, de tu, do teu, do exterior e interior como entidades separadas e que são reforçados ao longo da vida e que resultam na loucura e infelicidade que é o mundo que cada sociedade constrói, melhor ou pior.

Faz parte da natureza e já me desviei um bocadinho do cerne, se é que não me desviei para o cerne mesmo...

Ora retomando o fluir da coisa, todos raciocinamos com a(s) linguagem(s) que possuímos e além de raciocinar também "pensamos" com a linguagem, ou seja as sensações e depois emoções que o nosso corpo sente e processa não só mas também com a linguagem.

E com a linguagem aprendemos os fundamentos lógica, onde as diversas línguas se cruzam, e onde por vezes até nem se cruzam na totalidade, e há línguas mais propícias a certo tipo de raciocínio, a certo tipo de ser.

Pensar, sentir, raciocinar, ser e agir... de outra forma por saber mais que uma língua ou linguagem.

Parece-me fundamental... mas... a Nobreza vem de dentro, não é a língua mãe que nos faz mais Nobre, ou as ferramentas intelectuais que eventualmente teremos ou desejarmos para nós ou nossos filhos/queridos...
« Última modificação: 2013-12-14 09:51:26 por Jérôme »

Zel

  • Visitante
Re:Educação - Tópico principal
« Responder #511 em: 2013-12-14 12:19:34 »
O que eu estou a dizer eh que os putos nao aprendem nada porque aquilo sao aulinhas a fingir, tal como no brasil. Saiem de la a saber contar e a saber o whats your name, nao faz diferenca excepto para os empregos dos profs. Se fosse a serio seria diferente. Mas e' como com o computador magalhaes, serve para nos enganarmos.
« Última modificação: 2013-12-14 21:38:54 por Neo-Liberal »

Jérôme

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 976
    • Ver Perfil
Re:Educação - Tópico principal
« Responder #512 em: 2013-12-14 20:45:05 »
mesmo esse das avarias nao sei se sera melhor ser um gestor ( eh eh )

um eng com formação em gestão estará muito mais apto a passar na minha prova. duvido que qualquer gestor esteja ao nível de um bom engenheiro (por isso é que são escolhidos).

oh valves, estou aqui à distância e só pela conversa de gestor não te estou a ver subir a uma grua para ver se a estrutura está boa, ou a vestir o fato macaco e capacete (tipo ministro) e ir a uma mina esfregar com os costados na lama e falar a linguagem dos trabalhadores.

se calhar o valves é uma excepção, e até gosta de sujar as mãos e desmontar a mota lá na garagem, mas a maior parte dos gestores não têm sequer condição física para fazer certo tipo de trabalho, são gordos e fracos e apresentam pouca resiliência, até às vezes à chuva ou ao ar frio. Isto é justificado com a vida sedentária e má alimentação do povo em geral.

e depois há os eng de secretária (gestores, comerciais...) e os de desenvolvimento e investigação (que não podem ter mente de gestores, têm que ser geridos).

isto digo eu que não percebo nada, é só uma opinião da experiência não académica que tive.

valves1

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1160
    • Ver Perfil
Re:Educação - Tópico principal
« Responder #513 em: 2013-12-14 21:25:09 »
Citar
mas a maior parte dos gestores não têm sequer condição física para fazer certo tipo de trabalho, são gordos e fracos e apresentam pouca resiliência, até às vezes à chuva ou ao ar frio. Isto é justificado com a vida sedentária e má alimentação do povo em geral.



eu pensei duas vezes se me dava ao trabalho de responder ao post mas enfim
Ninguem esta a dizer que muitos  Engenheiros mecanicos nao  correm muitas pelas fabricas que sobem e descem  nas estruturas que desmontam e montam as maquinas na perfeicao, enfim  fartam-se de suar ...
A grande questao e se isso e suficiente para rentabilizar os negocios
pode ter os melhores tecnicos do mundo a suarem todos os dias na fabrica mas se mesmo eles nao tiveram um espirito empresarial em tudo o que fazem o seu negocio ja esta a perder ...
« Última modificação: 2013-12-14 21:43:27 por valves1 »
"O poder só sobe a cabeça quando encontra o local vazio."

Jérôme

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 976
    • Ver Perfil
Re:Educação - Tópico principal
« Responder #514 em: 2013-12-15 02:09:37 »
Citar
mas a maior parte dos gestores não têm sequer condição física para fazer certo tipo de trabalho, são gordos e fracos e apresentam pouca resiliência, até às vezes à chuva ou ao ar frio. Isto é justificado com a vida sedentária e má alimentação do povo em geral.



eu pensei duas vezes se me dava ao trabalho de responder ao post mas enfim
Ninguem esta a dizer que muitos  Engenheiros mecanicos nao  correm muitas pelas fabricas que sobem e descem  nas estruturas que desmontam e montam as maquinas na perfeicao, enfim  fartam-se de suar ...
A grande questao e se isso e suficiente para rentabilizar os negocios
pode ter os melhores tecnicos do mundo a suarem todos os dias na fabrica mas se mesmo eles nao tiveram um espirito empresarial em tudo o que fazem o seu negocio ja esta a perder ...

fim de semana, muitos aditivos no sangue, pouco sono e juízo... agradeço a resposta.

alguns, sim, fartam-se de dar suor e sangue, e no fim, o "gestor" não encontra nada positivo no esforço com resultado quer técnico, quer da satisfação do cliente (sim, porque pode estar feita uma grande borrada e o cliente ficar satisfeito... isso faz parte também de certo tipo de rentabilização).

E caso faça algo fora de série, a partir desse dia será anormal não apresentar os mesmos resultados.



A minha experiência é limitada a 3 ou 4 empresas, mas imaginas que estando no meio se ouvem histórias surreais. Eu fui forçado a fazer "gestão", porque tinha competência técnica para poder decidir e encontrar soluções (lucrativas), e é verdade o que dizes, pelo menos pessoalmente eu quero é ser tecnicamente excelente. É isso que me dá prazer. Mais a satisfação do cliente, que vem naturalmente quando o técnico prima pela excelência e honestidade, honestidade por vezes tem de se ver como honestidade política...

E depois há os clientes que preferem ser enganados, sentem-se melhor e pedem mesmo para ser enganados. E claro, enganar o cliente é sempre (mais) lucrativo.

Claro que olho sempre para a empresa primeiro, nem todos o fazem, ok, tem que haver gestão, e regras e objectivos e estratégias.


E depois, lá fora... notas a diferença da atitude da gestão, ou direcção, que também as há tão más e tão boas como em Portugal, mas, meu caro, fazendo eu trabalho normal e simples e rotineiro, com a mesma atitude e qualidade que fazia cá... os elogios são de arrepiar.

E a motivação? E o gosto de fazer ainda melhor, de trabalhar com alegria?

Nem tudo são flores, e não me considero fora de série. Mas fazem-me sentir como tal, e aos meus colegas também.



Quando disse que "contratei", é mais óbvio agora e pela minha linguagem de "gestão" (ah engenhêro!), que o que fiz foi a selecção, formação e acompanhamento de um técnico (e não foi à primeira que acertei), que poderia ser mecânico, como electrónico, como, eventualmente e num caso raro, um gestor. No fundo o que interessa é a atitude e a capacidade de resolver problemas, estudar, ultrapassar obstáculos e dar uma excelente imagem da empresa.

E com esta base,
Citar
A grande questao e se isso e suficiente para rentabilizar os negocios
, o lucro vem naturalmente, caso não haja por detrás uma gestão deficiente, partindo do princípio que o mercado e o negócio e blá, blá blá têm viabilidade.



PS: sábado, 2 da manhã... ok?
« Última modificação: 2013-12-15 04:46:31 por Jérôme »

valves1

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1160
    • Ver Perfil
Re:Educação - Tópico principal
« Responder #515 em: 2013-12-15 10:31:10 »
Citar
alguns, sim, fartam-se de dar suor e sangue, e no fim, o "gestor" não encontra nada positivo no esforço com resultado quer técnico, quer da satisfação do cliente (sim, porque pode estar feita uma grande borrada e o cliente ficar satisfeito... isso faz parte também de certo tipo de rentabilização).

Se a empresa nao apresentar  lucros  o gestor pode efectivamente  motivar mas nao por  muito tempo  porque a nao ser que a empresa  tenha um saco sem fundo e esse suor e sangue tende a ser inutil; a nao ser que venham as subvencoes resolver o problema eh eh ...

Citar
Eu fui forçado a fazer "gestão", porque tinha competência técnica para poder decidir e encontrar soluções (lucrativas),


se tem competencias tecnicas para encontrar solucoes alternativas  e lucrativas  ou seja se tem espirito empresarial ja e meio caminho andado;

Citar
E depois, lá fora... notas a diferença da atitude da gestão, ou direcção, que também as há tão más e tão boas como em Portugal, mas, meu caro, fazendo eu trabalho normal e simples e rotineiro, com a mesma atitude e qualidade que fazia cá... os elogios são de arrepiar.

nao percebo onde quer chegar quer explicar  ? La fora nos paises do Norte  a minha experiencia (que vale o que vale ) e a de que a atitude e muito  melhor.

Citar
Nem tudo são flores, e não me considero fora de série. Mas fazem-me sentir como tal, e aos meus colegas também.

quanto ao facto de  Nem tudo serem flores de ter que  levar trabalho ao sabado e domingo para casa  junte-se ao grupo;
nao e garantido que isso seja suficiente para rentabilizar a empresa mas pelo menos faz tudo o que pode;

O nao se considerar um fora de serie em Portugal isso  tambem nao e dramatico ( embora  esteja em desvantagem com alguem que e um fora de serie na sua area como e evidente )
 
"O poder só sobe a cabeça quando encontra o local vazio."

Luisa Fernandes

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1261
    • Ver Perfil
Re:Educação - Tópico principal
« Responder #516 em: 2013-12-15 11:53:22 »
"Milhares estão a ser atirados para fora do sistema educativo"

...

Quando vê o ministro Nuno Crato a ser alvo de tanta contestação, sente algum tipo de solidariedade, tendo sido, como ele, uma ministra da Educação muito contestada?

Tenho sido bastante crítica das políticas de educação seguidas nos últimos dois anos e, portanto, quando estou de acordo com as críticas que são feitas o que é mais importante é o interesse do país, da educação e dos jovens. E, objectivamente, há um conjunto de medidas que contrariam aquilo que era uma tendência de muitos anos na política educativa. Costumo dizer que os ministros da Educação, desde o Leite Pinto, tiveram um objectivo em comum, uma missão: o alargamento da escolaridade. Todos tiveram a ambição de ter mais alunos na escola, por mais anos. E isso vai desde o esforço no pré-escolar, feito pelo Marçal Grilo, ao esforço feito pelo Veiga Simão, quando estendeu a escolaridade até aos oito anos, ao esforço do Roberto Carneiro...

Houve uma continuidade que está a ser quebrada, é isso?

Uma continuidade que tinha esse objectivo. O objectivo de que os nossos jovens estivessem na escola e não a trabalhar. Nos anos 90, havia um programa específico para retirar as crianças do mercado de trabalho e colocá-las na escola. E isso é um aspecto muito interessante que deu um contributo enorme para que o país se modernizasse, para sermos aquilo que somos hoje, apesar de todas as dificuldades que ainda temos. Neste momento, muitas políticas que estão a ser seguidas contrariam este objectivo de alargamento...

Mas o Governo está a concretizar o alargamento da escolaridade obrigatória até aos 18 anos.

Sim, mas, objectivamente, milhares estão ser atirados para fora do sistema educativo...

Mas com que medidas especificamente?

Por exemplo, quando se faz um entendimento com o Ministério da Economia de que os jovens passam a ser educados pelas empresas e não pela escola.

A instituição que inventámos para resolver os problemas da educação e da qualificação foi a escola. Até hoje, não inventámos nenhuma outra. As empresas, instituições como a FLAD e outras podem e devem ajudar o esforço de educação, os pais, as comunidades locais, as autarquias. Hoje, exige-se muito das instituições para apoiarem a escola no esforço de escolaridade e de escolarização. Mas a responsabilidade última é da escola. Não é a família, não há outra instituição. É para a escola que canalizamos os recursos públicos. É na escola que colocamos os professores que formamos. É na escola que colocamos os recursos tecnológicos que conseguimos adquirir. É na escola que colocamos o nosso conhecimento sobre a melhor forma de educar e de ensinar. E, portanto, não tem para mim nenhum sentido políticas educativas que atribuem a responsabilidade da educação ao Instituto do Emprego, ao Ministério da Economia ou às empresas.

Mas é uma linha que é seguida por outros países europeus. Fala-se do exemplo da Alemanha.

Não é verdade. O que se passa na Alemanha, há um envolvimento, de facto, das empresas no esforço de formação, mas é no esforço da formação profissional que é pago pelas próprias empresas. Ou seja, num quadro institucional do funcionamento da formação profissional, em que as empresas pagam a formação que fazem aos jovens. Sendo que esta política é hoje muitíssimo contestada. Qual é o bloqueio que esse sistema cria na Alemanha? É o bloqueio do prosseguimento dos estudos. Forma muito bons carpinteiros com 13 anos, mas esses carpinteiros vão morrer carpinteiros, nunca conseguirão adaptar-se àquilo que podem ser as exigências da economia.

Esse sistema de formação na Alemanha tem sido criticado. A própria OCDE, que é insuspeita nessa matéria, não recomenda, de facto, esse sistema. Sobretudo em países como o nosso. E portanto não é um modelo para se seguir. Numa avaliação global à política educativa, este é o aspecto mais crítico que encontro.

Não vê nenhuma vantagem no sistema dual?

Não vejo nenhuma. Nem temos estrutura empresarial para termos um sistema desses. Mesmo que tivéssemos essa ambição precisávamos de reproduzir em Portugal um sistema empresarial que não temos — que é um sistema com tradição de serem as empresas a pagarem a formação dos seus próprios funcionários.

Eu não estou contra, repare, a que as empresas sejam envolvidas na formação. Pelo contrário, nos cursos profissionais, nas escolas, as empresas são envolvidas e essa dimensão de empregabilidade, essa dimensão de adaptação às exigências da vida profissional prática são muito importantes. Mas coisa diferente é entregar os meninos às empresas e dizer agora cuidem da sua formação. E é isso que eu acho que se passa com este modelo vocacional...

É uma crítica do cheque-ensino. Este Governo vai mesmo avançar com essa medida. Por que é que não colhe, na sua opinião, o argumento de que dando mais liberdade às famílias para escolher entre uma escola pública e uma privada isso vai estimular uma competição entre escolas públicas e privadas, melhorando a sua qualidade?

Há países onde cheque-ensino foi adoptado como modelo, desde logo a Suécia muito comentada neste último relatório do PISA [o estudo que compara os resultados dos alunos na OCDE em testes de literacia e que assinala uma melhoria dos resultados dos alunos portugueses e uma degradação dos resultados dos alunos suecos], e também há experiências em Inglaterra e algumas, não totalmente similares, nos EUA. O que todos os estudos e relatórios dizem sobre isso — e vale a pena ler, para não ser apenas uma questão de ideologia, de convicções, de ideias que nunca se confrontam com a realidade — é que a melhoria de qualidade conseguida com esse método, com a tal competição, é muito inferior ao aumento da desigualdade que provoca.

Há um relatório sobre o modelo sueco, que é o modelo que tem sido mais acompanhado e sobre o qual existe mais literatura produzida, que diz qualquer coisa como: as piores escolas duplicam, e as melhores aumentam um ponto percentual. Ora isto, do ponto de vista do sistema, piora a qualidade, que foi o que aconteceu à Suécia. E [depois da divulgação dos resultados do PISA] o ministro sueco já disse que é preciso repensar todo o sistema.

A questão aqui é a da igualdade. Os defensores do cheque-ensino, que se acham monopolistas do valor da liberdade, têm um problema com o valor da igualdade. Têm esse problema! Mas na área da educação, todos os regimes sociais democratas, digamos assim, na nossa Europa, construíram-se, no que respeita ao ensino, pela combinação virtuosa destes dois princípios: a igualdade e a liberdade. Porque se se aposta apenas no valor da liberdade é a resolução de um problema de uma minoria. E não da globalidade do sistema. Os nossos países, das sociedades ocidentais, precisam de sistemas inteiros, com qualidade suficiente para permitir o seu desenvolvimento.

Já defendeu que o cheque-ensino "não sai mais barato ao Estado", e que é "o mero cumprimento de uma agenda ideológica que visa beneficiar determinados segmentos do mercado da educação". Está a dizer que este Governo está a pôr a ideologia ao serviço do mercado?

Não. Estava a dizer uma coisa mais simples. O facto de o cheque-ensino ser instituído pelo Governo no diploma de financiamento das escolas privadas, respondendo àquilo que tem sido uma exigência de uma parte das escolas privadas — nem sequer de todas, é a associação que representa uma parte das escolas privadas que tem interesse nesta modalidade de financiamento da educação — revela que a intenção do Governo é apenas privilegiar essas escolas.

Uma questão como esta tem de merecer um debate público diferente do que houve, porque tem muitas implicações no sistema... ou então é apenas isso, arranjar uns cheques para passar para que umas famílias possam sustentar uns colégios que neste momento estão em dificuldade. E se for só isso, então não é preciso debate público.

O cheque-ensino não vai resolver nenhum problema da qualidade do sistema educativo, nenhum problema. Tenho a certeza absoluta. E nenhum problema do sistema de ensino é resultado da inexistência de cheque-ensino.

...

Qual foi até agora a medida do actual ministério com que mais concorda e aquela que considera ser o maior erro?

São três. Ter terminado o programa Novas Oportunidades sem avaliação e sem o ter substituído por um programa que permita a qualificação dos adultos; o desmantelamento do ensino profissional nas escolas públicas — pais demorou desde 1981 a conseguir um sistema de generalização de cursos profissionais nas escolas. E a Parque Escolar. Acho que aquilo que se fez foi totalmente irresponsável, uma grande injustiça. Estamos a consumir o dinheiro que devia estar a ser usado para fazer obras nas escolas secundárias em processos jurídicos do Estado contra as construtoras e das construtoras contra o Estado. Medidas positivas... Se me recordar alguma que eu possa concordar, direi, mas sobretudo é um panorama de grande desolação.

Maria Lurdes Rodrigues

Público
« Última modificação: 2013-12-15 11:56:01 por Luisa Fernandes »
Quem não Offshora não mama...

Jérôme

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 976
    • Ver Perfil
Re:Educação - Tópico principal
« Responder #517 em: 2013-12-15 15:03:08 »
Citar
E depois, lá fora... notas a diferença da atitude da gestão, ou direcção, que também as há tão más e tão boas como em Portugal, mas, meu caro, fazendo eu trabalho normal e simples e rotineiro, com a mesma atitude e qualidade que fazia cá... os elogios são de arrepiar.

nao percebo onde quer chegar quer explicar  ? La fora nos paises do Norte  a minha experiencia (que vale o que vale ) e a de que a atitude e muito  melhor.

è isso mesmo, se calhar não fui tão claro.


quanto ao facto de  Nem tudo serem flores de ter que  levar trabalho ao sabado e domingo para casa  junte-se ao grupo;
nao e garantido que isso seja suficiente para rentabilizar a empresa mas pelo menos faz tudo o que pode;

Os mundos são diferentes, já cheguei a viver semanas dentro de uma máquina. No meu caso é levar a casa para o trabalho e não o trabalho para casa.


O nao se considerar um fora de serie em Portugal isso  tambem nao e dramatico ( embora  esteja em desvantagem com alguem que e um fora de serie na sua area como e evidente )

Nada dramático. Os fora de série na minha área fazem-me sentir humilde e inspiram-me.





De qualquer das formas acho que fica aqui a diferença de um eng de secretária um eng de campo, e que o último não pode ser substituído por um gestor, mas, caso haja necessidade, este pode fazer formação em gestão.

Zel

  • Visitante
Re:Educação - Tópico principal
« Responder #518 em: 2013-12-15 15:46:19 »
LOL, o "novas oportunidades" era essencial ao pais ! uma vez perguntei a um primo (q trabalha para o estado) como era aquilo, ele respondeu que ia la falar da sua vida e da sua experiencia e sabedoria pratica e que no final recebia um diploma de equivalencia ao 12 ano (com respectivo aumento de ordenado no estado)

temos uma carrada de borregos que pesam na economia e de que maneira, a sua percentagem ate deve estar a aumentar com a emigracao
« Última modificação: 2013-12-15 15:47:42 por Neo-Liberal »

valves1

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1160
    • Ver Perfil
Re:Educação - Tópico principal
« Responder #519 em: 2013-12-15 23:50:17 »
Citar
Os mundos são diferentes, já cheguei a viver semanas dentro de uma máquina. No meu caso é levar a casa para o trabalho e não o trabalho para casa.

 mas nao deixa de ser  trabalho correcto ?
alem de que se a Fabrica funcionar bem e cumprir os programas de producao   muitos  os fde semana dentro de uma fabrica sao  fde semana sossegados e com pouco barulho
"O poder só sobe a cabeça quando encontra o local vazio."