Citação de: JoaoAP em 2019-11-12 11:23:54Vale a pena ler:Apesar de ser um relato de uma escola especial, é muito parecida do que sei e ouço em escolas "normais".http://visao.sapo.pt/opiniao/bolsa-de-especialistas/2019-11-11-Testemunho-de-uma-professora-O-rei-vai-nu....Esta parte é ilustrativa:CitarTambém eu já fui injuriada. A minha experiência profissional com três décadas de escola pública mostra que os alunos dos cursos profissionais são, em regra, mais indisciplinados do que os alunos dos cursos do ensino regular e que os do ensino básico provocam mais problemas do que os do secundário. Porém, é tudo uma questão de sorte. Já me chamaram "filha da puta". Já entraram e saíram da sala com estrondo, aos pontapés e aos palavrões. Já me ameaçaram. Já amarrotaram e rasgaram testes corrigidos, atirando-os para o caixote do lixo, ali mesmo à minha frente. Todos os dias, dia após dia, há professores a passar por alguma situação de violência. São atos contínuos que vão corroendo a mente e o corpo. Num dia normal de trabalho, um professor lida com cerca de 90 a 120 alunos. Todos diferentes, sim! Mas também todos iguais na sua adolescência, na sua atribulada vida familiar, no seu (des)interesse pela escola, na sua (des)preocupação com as notas, na sua obsessão pelo telemóvel, na sua descoberta da sexualidade, na sua atitude de revolta.Duvido que a maioria dos pais queiram os seus filhos a conviver com imbecis assim. Contudo, a escola não tem dono - ou, por outra, tem 10M de donos - e nessas circunstancias, quando ninguém toma conta da sua propriedade e não tem a possibilidade de estabelecer as suas próprias regras, onde este tipo de coisas nãos seriam tolerados, é isto que acontece,Contudo, se forem perguntar à maioria dos professores se preferiam que a escola fosse privada, com autonomia e regras próprias, diriam que não (o que não surpreende - o estado é o melhor patrão que existe para quem apenas lhe interessa o que ganha).
Vale a pena ler:Apesar de ser um relato de uma escola especial, é muito parecida do que sei e ouço em escolas "normais".http://visao.sapo.pt/opiniao/bolsa-de-especialistas/2019-11-11-Testemunho-de-uma-professora-O-rei-vai-nu....
Também eu já fui injuriada. A minha experiência profissional com três décadas de escola pública mostra que os alunos dos cursos profissionais são, em regra, mais indisciplinados do que os alunos dos cursos do ensino regular e que os do ensino básico provocam mais problemas do que os do secundário. Porém, é tudo uma questão de sorte. Já me chamaram "filha da puta". Já entraram e saíram da sala com estrondo, aos pontapés e aos palavrões. Já me ameaçaram. Já amarrotaram e rasgaram testes corrigidos, atirando-os para o caixote do lixo, ali mesmo à minha frente. Todos os dias, dia após dia, há professores a passar por alguma situação de violência. São atos contínuos que vão corroendo a mente e o corpo. Num dia normal de trabalho, um professor lida com cerca de 90 a 120 alunos. Todos diferentes, sim! Mas também todos iguais na sua adolescência, na sua atribulada vida familiar, no seu (des)interesse pela escola, na sua (des)preocupação com as notas, na sua obsessão pelo telemóvel, na sua descoberta da sexualidade, na sua atitude de revolta.
ou seja tu nao queres pobres tenham mesma oportunidade dos burgueses
Um belo exemplo de como será a educação com cheque ensino entregues a privados https://zap.aeiou.pt/ministerio-processo-externato-ribadouro-294572
Citação de: Reg em 2019-12-02 23:47:30ou seja tu nao queres pobres tenham mesma oportunidade dos burguesesO que eu quero é que o Estado se digne a entregar aos seus cidadãos um educação e um ensino de qualidade.
Citação de: pedras11 em 2019-12-02 23:52:19Citação de: Reg em 2019-12-02 23:47:30ou seja tu nao queres pobres tenham mesma oportunidade dos burguesesO que eu quero é que o Estado se digne a entregar aos seus cidadãos um educação e um ensino de qualidade.E que melhor forma há para conseguir isso, que cada um decidir pela sua cabeça onde consegue obter tal coisa?Parece-te essa forma funcionar mal em tudo o resto? E se não parece, porque seria muito diferente com a educação?
Em Portugal dada a característica específica da sua gente (pouca dada ao mérito e sim compadrios), assusta-me o monopólio privado da educação e saúde.Preferia uma gestão pública eficiente e rigorosa.
https://www.dn.pt/vida-e-futuro/curso-de-medicina-na-catolica-chumbado-pela-agencia-do-ensino-superior-11584693.html
https://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2019/12/a-estranha-queda-do-ensino-privado-no.html?fbclid=IwAR3FRjNu22eymDM1dg-Nh0_JZKpvJuS5G_Smi8wLK_M8TSkqSzR3glsq1iAPara quem tem filhos no privado...
Por comparação a 2015, houve descidas nas médias de leitura e ciências, enquanto o resultado de matemática se manteve igual. Há também mais estudantes portugueses com desempenhos de topo. É o que revela a última edição desta avaliação internacional que volta a ser dominada por países asiáticos e que mostra uma Finlândia em quebra acentuada. Em 18 anos de PISA, Portugal foi o único país da OCDE que manteve uma evolução positiva.
...Segundo: há segregação social e, se sim, qual o papel das escolas privadas? Um indicador complementar e muito interessante sobre a desigualdade entre escolas é o contraste entre o sector público e o sector privado em termos de segregação social. Aqui, dupla cautela com as leituras apressadas. Em Portugal, é habitual reduzir-se (no debate público) a frequência do ensino privado a uma escolha reservada para as elites — e, de facto, por via da cobrança de propinas e da falta de financiamento público, os colégios só estão ao alcance das famílias que conseguem cobrir o valor das propinas. Agora, o que o PISA 2018 vem demonstrar é que a segregação social não existe entre escolas públicas e escolas privadas — ou seja, vistas como um todo, não há rivalidade nem diferenças sociais entre os alunos que frequentam estas escolas (ou seja, tanto nas privadas como nas públicas há alunos muito pobres ou muito ricos). Consequentemente, o índice de segregação social construído pela OCDE aponta, para Portugal, que a origem da segregação social é, sobretudo, entre escolas públicas (10 pontos) ou entre escolas privadas (5 pontos), mas não da diferenciação das públicas com as privadas (0 pontos). Para comparação, olhe-se para um país como Malta: o índice de segregação social é mais baixo do que em Portugal, mas vem em grande parte da diferenciação entre escolas públicas e escolas privadas — mostrando que os alunos que frequentam umas ou outras são socialmente muito diferentes, e que existirá aí, de facto, um ensino destinado às elites sociais (no ensino privado).....
Obviamente, estes dados não podem ser interpretados como querendo sugerir que, em Portugal, os professores não têm impacto na melhoria dos seus alunos — há dezenas de evidências de que tal assunção estaria errada. O que estes dados sugerem, por omissão, é que os professores portugueses têm o seu entusiasmo na mó de baixo e que, por isso, não foi possível detectar uma relação com os desempenhos dos alunos — o que será mais o caso na generalidade das escolas da rede pública e, em particular, nos contextos mais desfavorecidos. Tal situação anómala de Portugal no contexto da OCDE, para além de assinalar um factor de desgaste emocional e profissional, traduz um prejuízo efectivo para os alunos: privados do bem-estar e do entusiasmo dos seus professores, os alunos estão igualmente a ser privados de desenvolver ainda mais a sua aprendizagem e melhorar os seus desempenhos.So wha
Assim sendo, os alunos avaliados no PISA 2018 não foram alvo das decisões estruturais do mandato de Tiago Brandão Rodrigues (desde final de 2015) no ministério da Educação — tais como o fim das provas finais (4.º e 6.º anos), a revisão de programas/ metas ou os projectos da Autonomia e Flexibilidade Curricular. Não significa isto que a actuação do governo nos últimos 4 anos passe completamente ao lado da avaliação do PISA 2018, até porque o ambiente nas escolas em 2018 é decisivo para a aplicação dos alunos. Mas, simplesmente, é erróneo estabelecer relações causa-efeito definitivas.