Para quem quiser aprender um nova língua
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Com a história da municipalização corremos esse risco... a diferença acentuada, o local valorizado, elevado ao estatuto do oficial.
Isto é muito complicado: por um lado é importante valorizar o local, puxar a brasa á nossa sardinha... por outro, corremos o risco de nos isolarmos, de esquecer a importância da diversidade.
Temos de conseguir um equilíbrio entre os valores universais e os valores locais. A isso chamaremos de politica sustentável.
Eu, que sou do Porto, sei tudo isso muito bem, de ginjeira!
Claro, para lá de saber falar como a minha gente,
sei falar como os 'estrangeiros', mormente
marroquinos, da margem sul do Douro.
Mas é verdade, sim! Não há gente mais parola
do que a do Porto! Contudo, o ponto a meu favor,
foi uma instrução primária salazarista, a mesmíssima
em todo o País, de Norte a Sul, do Minho ao Algarve,
os mesmos edifícios escolares, os mesmos Livros Únicos
de Leitura, da 1ª à 4ª classe, e exigência máxima de conhecimento!
Não sei se sonho, ou alucino, mas sempre guardei a impressão, para lá
de cantar a tabuada em côro com os outros, de recitar os Reis, os Rios,
e as Montanhas de Portugal, tenhoa ideia que no final da 1ª classe
já fazia divisões de quatro algarismos no divisor!
Escusam de vir com as tretas das calculadoras de bolso!
A mim, ninguém me tira a tabuada da memória,
e basta-me papel e lápis para não errar
as contas.
Isto a propósito dos parolos!
Porque nós éramos e não éramos
lá no Porto! E pela razão determinante,
que para lá da pronúncia de rua, nós aprendíamos
a escrever Português, com grafia de acentos silábicos,
e sabíamos ler, e líamos, pelo que não era mistério
para nenhum de nós, como pronunciar correctamente´
fosse que palavra fosse. Sem deixarmos de ser os parolos
tripeiros, também sabíamos falar e escrever como qualquer
conterrâneo de Coimbra!
Que os regionalistas de meia tijela
aprendam com a instrução lusa
de antigamente!