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Autor Tópico: Educação - Tópico principal  (Lida 378957 vezes)

Reg

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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1320 em: 2016-05-09 11:04:36 »
Poucas crianças.... sistema educativo publico  controlado pelos socialistas vermelhos... um pais grandes problemas crescimento gosta taxar tudo o que mexe


a educaçao esta rumo da venezuela...  ja começou com os professores sao todos iguais....merito acabou...
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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1321 em: 2016-05-09 11:08:09 »
Outra coisa que funciona mal é a colocação de professores. Relativamente ao Inglês a professora só foi colocada em Dezembro, mas houve uma reclamação do concurso e foi substituída no final do 2.º trimestre. Para crianças mais pequenas essas mudanças não são desejáveis.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1322 em: 2016-05-09 11:10:43 »
Outra coisa que funciona mal é a colocação de professores. Relativamente ao Inglês a professora só foi colocada em Dezembro, mas houve uma reclamação do concurso e foi substituída no final do 2.º trimestre. Para crianças mais pequenas essas mudanças não são desejáveis.

isso ja e assim mais 30 anos....
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tommy

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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1323 em: 2016-05-09 11:11:23 »
esse não é de longe nem de perto o maior problema das colocações. o grande problema é ainda o mesmo das últimas décadas: não há colocação com base no critério claro de mérito. E isso resulta numa lotaria para os alunos: se sair um bom professor, saem bem preparados, se sair um mau ou saem mal preparados, ou os que podem pagar, têm de recorrer a explicações no privado.

curiosamente o actual sistema, quando funciona mal é especialmente penalizador para os alunos mais pobres.
« Última modificação: 2016-05-09 11:11:57 por MustafaKebab »

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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1324 em: 2016-05-09 11:16:41 »
esse não é de longe nem de perto o maior problema das colocações. o grande problema é ainda o mesmo das últimas décadas: não há colocação com base no critério claro de mérito. E isso resulta numa lotaria para os alunos: se sair um bom professor, saem bem preparados, se sair um mau ou saem mal preparados, ou os que podem pagar, têm de recorrer a explicações no privado.

curiosamente o actual sistema, quando funciona mal é especialmente penalizador para os alunos mais pobres.

exato  ja vi alunos com 5 valores e com mudanças professores irem para 3...   ja para nao falar quando tiravam baixas de meses...
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Moppie85

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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1325 em: 2016-05-09 14:19:57 »
esse não é de longe nem de perto o maior problema das colocações. o grande problema é ainda o mesmo das últimas décadas: não há colocação com base no critério claro de mérito. E isso resulta numa lotaria para os alunos: se sair um bom professor, saem bem preparados, se sair um mau ou saem mal preparados, ou os que podem pagar, têm de recorrer a explicações no privado.

curiosamente o actual sistema, quando funciona mal é especialmente penalizador para os alunos mais pobres.

exato  ja vi alunos com 5 valores e com mudanças professores irem para 3...   ja para nao falar quando tiravam baixas de meses...

e quem era o mau professor? o que dava os 5 ou o que dava os 3?
fiquei curioso com o exemplo, porque na minha opinião não trás nada ao diálogo.

A melhor professora de CFQ que tive, chumbou mais de metade da turma - uns 60% - e foi a melhor professora de CFQ que tive.
A professora de CFQ que tive a seguir, deu 2 negativas em 30 alunos, dos quais 20 chumbaram a matemática e obrigou-me a ir para uma explicação (a única que tive durante um ano inteiro na minha vida) , porque não aprendi nada com ela.

Quanto às baixas, valem o que valem - umas hão-de ser abusivas (especialmente as inferiores a um mês), outras são completamente justificadas.
Considerando que falas de "baixas de meses", significa que as mesmas tiveram além de baixa pelo médico de familia, foram vistos por um especialista e foram revistos por uma junta médica ao fim de 1,5 meses e depois a cada 3 meses...
Eu quero acreditar (pelo menos pelas juntas médicas das quais fiz parte) que a grande maioria dessas baixas atestadas por junta médica são justificadas.

« Última modificação: 2016-05-09 14:21:28 por Moppie85 »

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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1326 em: 2016-05-09 14:23:51 »
O filho do Costa, que agora anda a defender a excelente escola pública, andou no Moderno. Só a filha é que já foi para a pública.
Os do Sócrates também andaram no privado, claro, que isso da pública é para a ralé. E muitos outros.
http://www.dn.pt/arquivo/2007/interior/onde-andam-os-filhos-dos-politicos-988096.html

E casos de professores "publicos" com filhos no privado também eu conheço vários. A escola pública é muito boa para é para os filhos dos outros. São os mesmos que quando precisam de uma consulta vão directamente ao hospital da luz e não para o centro de saúde para serem referenciados para o hospital público. Tal como foi o Mário Soares quando esteve internado com a pneumonia (deve ter sido para poupar uma cama no Santa Maria).
Mas, sim, tudo o que é publico é muito bom. Sobretudo se não precisarmos. Aí então é espectacular.


eu sou filho, neto e bisneto de professores "publicos" e andei no público, logo parece-me um bocado generalização sem fundamento objectivo. Não sejamos mais papistas que o papa.

quanto ao hospital da luz e quejandos, é natural que o façam... qd preciso de algo que sei que é melhor no privado, vou lá à procura, mesmo que pague 600€ por uma ressonância, como me aconteceu quando precisei de uma e a lista de espera para "urgentes" num dado hospital publico, era de apenas 6 meses (podia ter colocado uma cunha, mas pensei que estaria a tirar o lugar a outro "urgente" que provavelmente já estaria à espera os ditos 6 meses)... Qd um familiar meu teve um cancro no rim, também mandei para o privado, no sitio onde se tiram as melhores ressonâncias para o sistema renal em lisboa. No entanto, para a cirurgia, fui à procura do melhor sitio para o fazer, que por acaso era no público (aliás, grande parte das grandes cirurgias são melhores no público).

Assim, não defendo muito essa ideia de "o privado é que é bom" (aliás, já aconteceu um amigo ir à Luz e sair de lá com o diagnóstico e o tratamento errado e prejudicial)... Acho que a pessoa deve tentar informar-se onde é o melhor e o estado comparticipar X pelo tratamento. O resto ou paga o seguro ou a pessoa.


Em todo o caso defender a liberdade de escolha não necessita da opinião de que o privado seja melhor.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1327 em: 2016-05-09 14:36:25 »
esse não é de longe nem de perto o maior problema das colocações. o grande problema é ainda o mesmo das últimas décadas: não há colocação com base no critério claro de mérito. E isso resulta numa lotaria para os alunos: se sair um bom professor, saem bem preparados, se sair um mau ou saem mal preparados, ou os que podem pagar, têm de recorrer a explicações no privado.

curiosamente o actual sistema, quando funciona mal é especialmente penalizador para os alunos mais pobres.

exato  ja vi alunos com 5 valores e com mudanças professores irem para 3...   ja para nao falar quando tiravam baixas de meses...

e quem era o mau professor? o que dava os 5 ou o que dava os 3?
fiquei curioso com o exemplo, porque na minha opinião não trás nada ao diálogo.

A melhor professora de CFQ que tive, chumbou mais de metade da turma - uns 60% - e foi a melhor professora de CFQ que tive.
A professora de CFQ que tive a seguir, deu 2 negativas em 30 alunos, dos quais 20 chumbaram a matemática e obrigou-me a ir para uma explicação (a única que tive durante um ano inteiro na minha vida) , porque não aprendi nada com ela.

Quanto às baixas, valem o que valem - umas hão-de ser abusivas (especialmente as inferiores a um mês), outras são completamente justificadas.
Considerando que falas de "baixas de meses", significa que as mesmas tiveram além de baixa pelo médico de familia, foram vistos por um especialista e foram revistos por uma junta médica ao fim de 1,5 meses e depois a cada 3 meses...
Eu quero acreditar (pelo menos pelas juntas médicas das quais fiz parte) que a grande maioria dessas baixas atestadas por junta médica são justificadas.

Dava 5 a alguns porque os miudos tinham vontade  saber....

nas escolas publicas  dar motivaçao  faz milagres...

hoje dia com professores desmotivados como vao motivar alunos...

agora professores sao todos bons por decreto

« Última modificação: 2016-05-09 15:21:48 por Reg »
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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1328 em: 2016-05-09 22:04:47 »
O filho do Costa, que agora anda a defender a excelente escola pública, andou no Moderno. Só a filha é que já foi para a pública.
Os do Sócrates também andaram no privado, claro, que isso da pública é para a ralé. E muitos outros.
http://www.dn.pt/arquivo/2007/interior/onde-andam-os-filhos-dos-politicos-988096.html

E casos de professores "publicos" com filhos no privado também eu conheço vários. A escola pública é muito boa para é para os filhos dos outros. São os mesmos que quando precisam de uma consulta vão directamente ao hospital da luz e não para o centro de saúde para serem referenciados para o hospital público. Tal como foi o Mário Soares quando esteve internado com a pneumonia (deve ter sido para poupar uma cama no Santa Maria).
Mas, sim, tudo o que é publico é muito bom. Sobretudo se não precisarmos. Aí então é espectacular.


eu sou filho, neto e bisneto de professores "publicos" e andei no público, logo parece-me um bocado generalização sem fundamento objectivo. Não sejamos mais papistas que o papa.

quanto ao hospital da luz e quejandos, é natural que o façam... qd preciso de algo que sei que é melhor no privado, vou lá à procura, mesmo que pague 600€ por uma ressonância, como me aconteceu quando precisei de uma e a lista de espera para "urgentes" num dado hospital publico, era de apenas 6 meses (podia ter colocado uma cunha, mas pensei que estaria a tirar o lugar a outro "urgente" que provavelmente já estaria à espera os ditos 6 meses)... Qd um familiar meu teve um cancro no rim, também mandei para o privado, no sitio onde se tiram as melhores ressonâncias para o sistema renal em lisboa. No entanto, para a cirurgia, fui à procura do melhor sitio para o fazer, que por acaso era no público (aliás, grande parte das grandes cirurgias são melhores no público).

Assim, não defendo muito essa ideia de "o privado é que é bom" (aliás, já aconteceu um amigo ir à Luz e sair de lá com o diagnóstico e o tratamento errado e prejudicial)... Acho que a pessoa deve tentar informar-se onde é o melhor e o estado comparticipar X pelo tratamento. O resto ou paga o seguro ou a pessoa.


Em todo o caso defender a liberdade de escolha não necessita da opinião de que o privado seja melhor.


claro que não. Creio que isso é consensual por estas bandas.
eu acho q o estado deve apoiar os pais em X por aluno e ano. Depois, chaqu'un que se governe.

Automek

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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1329 em: 2016-05-10 00:23:36 »
eu sou filho, neto e bisneto de professores "publicos" e andei no público, logo parece-me um bocado generalização sem fundamento objectivo. Não sejamos mais papistas que o papa.
Eu não estou a generalizar. Estou a citar casos concretos e reais de pessoas que defendem a escola pública como sendo boa e cujos filhos não andaram na escola pública. Maior hipocrisia não há. E não me refiro à hipocrisia de eles próprios pagarem para ter uma coisa melhor do a boa escola pública, mas à de não aceitarem que as pessoas tenham idêntica liberdade de escolha, com custo idêntico para o estado, e impedirem a competição de escolas uma com as outras, sejam elas públicas ou privadas.

quanto ao hospital da luz e quejandos, é natural que o façam... qd preciso de algo que sei que é melhor no privado, vou lá à procura, mesmo que pague 600€ por uma ressonância, como me aconteceu quando precisei de uma e a lista de espera para "urgentes" num dado hospital publico, era de apenas 6 meses (podia ter colocado uma cunha, mas pensei que estaria a tirar o lugar a outro "urgente" que provavelmente já estaria à espera os ditos 6 meses)... Qd um familiar meu teve um cancro no rim, também mandei para o privado, no sitio onde se tiram as melhores ressonâncias para o sistema renal em lisboa. No entanto, para a cirurgia, fui à procura do melhor sitio para o fazer, que por acaso era no público (aliás, grande parte das grandes cirurgias são melhores no público).

Assim, não defendo muito essa ideia de "o privado é que é bom" (aliás, já aconteceu um amigo ir à Luz e sair de lá com o diagnóstico e o tratamento errado e prejudicial)... Acho que a pessoa deve tentar informar-se onde é o melhor e o estado comparticipar X pelo tratamento. O resto ou paga o seguro ou a pessoa.
Moppie, isso funciona quando não ganhas 600 euros por mês e/ou quando tens um sibsistema qualquer tipo ADSE. Caso contrário sujeitas-te a tudo o que o público te ofereça e para onde, até agora, te mandavam fazer a consulta ou a cirurgia.
O que é hipócrita é ver gente a dizer que o sistema de saúde público é muito bom mas quando precisa de ir ao otorrino não vai ao médico de família e não fica à espera de ser referenciado. Vai é logo ao hospital da luz e resolve o problema porque sabe o que o muito bom do público é uma m* em demora.
Eu tenho um amigo meu que está há 8 meses à espera de uma consulta de ortopedia. Se calhar não é urgente. Mas se 8 meses é um sistema muito bom para um não urgente vou ali e já venho. E casos destes são mato no SNS. Otorrino e cardiologia é para esquecer aqui na minha zona.

Já agora, por curiosidade, o que é queres dizer com "No entanto, para a cirurgia, fui à procura do melhor sitio para o fazer, que por acaso era no público". Mesmo que descobrisse o melhor sitio e médico como é que uma pessoa normal conseguia ir para lá ? (sem cunhas, obviamente).

tommy

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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1330 em: 2016-05-10 10:13:55 »
http://www.dn.pt/portugal/interior/colegios-avancam-com-processos-contra-o-estado-5166048.html
Citar
Muitas destas escolas acreditam ainda numa solução política para a atual crise. Mas não estão dispostas a esperar muito mais. Até porque as matrículas para o próximo ano letivo já abriram e, até ao final do mês, as 81 escolas com estes vínculos assinados com o Estado querem saber com o que podem contar. Por outro lado, os colégios sabem também que a partir de três decisões judiciais favoráveis às suas pretensões passa a existir jurisprudência em relação às decisões da atual equipa ministerial nesta matéria.

Moppie85

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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1331 em: 2016-05-10 10:43:12 »
eu sou filho, neto e bisneto de professores "publicos" e andei no público, logo parece-me um bocado generalização sem fundamento objectivo. Não sejamos mais papistas que o papa.
Eu não estou a generalizar. Estou a citar casos concretos e reais de pessoas que defendem a escola pública como sendo boa e cujos filhos não andaram na escola pública. Maior hipocrisia não há. E não me refiro à hipocrisia de eles próprios pagarem para ter uma coisa melhor do a boa escola pública, mas à de não aceitarem que as pessoas tenham idêntica liberdade de escolha, com custo idêntico para o estado, e impedirem a competição de escolas uma com as outras, sejam elas públicas ou privadas.

mas eu defendo uma contribuição X para cada aluno. Se os pais querem gastar mais que esse valor, que paguem a diferença. Mais igualitário que isto, é complicado.

quanto ao hospital da luz e quejandos, é natural que o façam... qd preciso de algo que sei que é melhor no privado, vou lá à procura, mesmo que pague 600€ por uma ressonância, como me aconteceu quando precisei de uma e a lista de espera para "urgentes" num dado hospital publico, era de apenas 6 meses (podia ter colocado uma cunha, mas pensei que estaria a tirar o lugar a outro "urgente" que provavelmente já estaria à espera os ditos 6 meses)... Qd um familiar meu teve um cancro no rim, também mandei para o privado, no sitio onde se tiram as melhores ressonâncias para o sistema renal em lisboa. No entanto, para a cirurgia, fui à procura do melhor sitio para o fazer, que por acaso era no público (aliás, grande parte das grandes cirurgias são melhores no público).

Assim, não defendo muito essa ideia de "o privado é que é bom" (aliás, já aconteceu um amigo ir à Luz e sair de lá com o diagnóstico e o tratamento errado e prejudicial)... Acho que a pessoa deve tentar informar-se onde é o melhor e o estado comparticipar X pelo tratamento. O resto ou paga o seguro ou a pessoa.
Moppie, isso funciona quando não ganhas 600 euros por mês e/ou quando tens um sibsistema qualquer tipo ADSE. Caso contrário sujeitas-te a tudo o que o público te ofereça e para onde, até agora, te mandavam fazer a consulta ou a cirurgia.
O que é hipócrita é ver gente a dizer que o sistema de saúde público é muito bom mas quando precisa de ir ao otorrino não vai ao médico de família e não fica à espera de ser referenciado. Vai é logo ao hospital da luz e resolve o problema porque sabe o que o muito bom do público é uma m* em demora.
Eu tenho um amigo meu que está há 8 meses à espera de uma consulta de ortopedia. Se calhar não é urgente. Mas se 8 meses é um sistema muito bom para um não urgente vou ali e já venho. E casos destes são mato no SNS. Otorrino e cardiologia é para esquecer aqui na minha zona.

Já agora, por curiosidade, o que é queres dizer com "No entanto, para a cirurgia, fui à procura do melhor sitio para o fazer, que por acaso era no público". Mesmo que descobrisse o melhor sitio e médico como é que uma pessoa normal conseguia ir para lá ? (sem cunhas, obviamente).

Basta enganares o sistema e dares uma morada associada ao hospital de referência OU seres referenciado pelo hospital em que estás a ser seguido (no caso em apreço, disse ao médico assistente que a justificação para o envio era simples: cirurgia complicada, com taxa de mortalidade não desprezivel e onde o centro de referência nacional é o Hospital Y. Naturalmente, tenho alguma vantagem sobre o "Zé", porque tenho uma noção de onde a cirurgia tem uma maior probabilidade de sucesso. Mesmo assim, não se safou de passar um mês nos cuidados intensivos). Não foi preciso qualquer cunha, foi apenas preciso ter conhecimento (e perguntar a colegas) sobre qual seria a melhor opção. O caso foi apresentado em reunião de decisão clinica multidisciplinar interhospitalar e foi decidido pela cirurgia no Hospital Y.

Acho que a partir de agora, basta pedires ao teu MGF para te enviar para o hospital que desejas.

Quanto ao teu comentário do sistema publico é muito bom - ele de facto o é. É capaz de ser o melhor da Europa em termos de resultados vs dinheiro investido... O outcome é geralmente bom, embora haja muitos erros médicos (nota que "erros médicos" são terceira causa de morte nos EUA e em quase todos os países da UE não deve ser muito diferente).

Sim, as listas de espera em determinadas especialidades são uma brutalidade. Mas de quem é a culpa? Um exemplo simples é o de radiologia. Decidiram que os médicos radiologistas não podiam ter contratos nos hospitais onde tinham vinculo. Pagavam algo à volta dos 40€/h (brutos) ao radiologista para lá estar e muitos ficavam por lá por inércia (sabiam que podiam ganhar mais no privado, mas estavam contentes de trabalhar no público e do contacto do dia a dia com a realidade hospitalar. Deram-lhe a opção "ou ganha €20/hora ou temos de "let you go"". E o radiologista foi-se embora... para a clinica privada a ganhar os €20 brutos por uma ecografia que faz em 10 minutos. O mesmo podes dizer às outras especialidades, tais como dermatologia, cardiologia, anestesiologia (que passaram a ganhar 10x mais no privado), etc. E o mais engraçado é que o hospital, por falta de capacidade, passou a gastar o quintuplo do dinheiro pois teve de passar a mandar os doentes para serem vistos por radiologia no privado. :')))

Depois tens as consequências, como os radiologistas sairam, o serviço deixou de ter idoniedade para formação de novos especialistas - o que significa que para ires buscar novos radiologistas é mais complicado, porque a) ng quer estar num serviço sem colegas mais experientes para aprender, b) ng quer estar num serviço sem internos para ajudar e "puxar" pelo conhecimento e obrigar a estar sempre em cima das novidades,  c) ninguém quer estar ao fim de 5 ou 6 anos de especialidade a mudar-se para outra terra e outro serviço quando já conhece o pessoal no serviço onde se formou e onde é necessário; d) ninguém quer ir para um hospital em que não se conhece ninguém (i.e. as pessoas ao longo da especialidade encontram e lidam com outros internos que estão em formação nesse local e, naturalmente criam rotinas de trabalho...)

Citar
Eu tenho um amigo meu que está há 8 meses à espera de uma consulta de ortopedia. Se calhar não é urgente. Mas se 8 meses é um sistema muito bom para um não urgente vou ali e já venho.

Depende do que ele tem e do que há à frente dele. Quando os recursos são limitados e a procura é elevada, arriscas-te a que isto aconteça. Mas para teres uma noção, também não é normal teres lista de esperas em verdes de 20h, como aconteceu em vários hospitais do país. Motivo: pessoas que vão para lá atravancar o sistema. Como eu apanhei uma vez, doente trazida pela filha há umas horas à espera no Serviço de Urgência porque "as unhas da mãe estavam brancas desde há uma semana" (bela urgencia, hein?). Demorei 1 min e uma pergunta a descobrir porquê e 14 min a explicar à filha que o motivo das unhas ficarem brancas é porque os novos sapatos da mãe apertavam-lhe os dedos à frente enquanto ela insistia que a mãe devia fazer um raio x às unhas. Ou seja, a filha em vez de pedir desculpa e sair envergonhada por ter ido a um serviço de urgências por algo ridiculo, ainda teimava que tinha razão e que tinha de fazer raio x às unhas (lol). Ao mesmo tempo, os nossos sistemas informáticos são de partir o coco a rir. Não é muito natural que demores 5 min a fazer uma consulta e 15 min a escrever a história e a passar exames.

Para te dar um exemplo, vê a imagem seguinte e imagina que no ecrã está uma receita que acabaste de passar por exemplo de paracetamol.




Aparece-te aquela parte de baixo com o OK. Se carregares no OK... tens de começar tudo de novo :))))))) Porquê? Porque o sistema assume a prescrição, mas não a imprime. Antes de carregares no OK tens de ir ao botão da impressora e selecionares "imprimir receita para o exterior" e só depois é que podes dar o OK. Nota que para preencher a receita tiveste de carregar no OK prái umas cinco ou seis vezes... carregas a sétima e *puff" toca a voltar ao inicio! E também tens de ter a certeza que a impressora vai imprimir porque se ela falha por algum motivo, tens de andar às voltas outra vez. Ah... e quando o sistema falha, como foi tudo obrigado a ser digital e não há sistema de backup, tudo pára e o que é emergente é passado em formulários adaptados pelos médicos lol... mas é só a parte de imagiologia, porque nos nossos hospitais, os serviços de análises clinicas não conseguem processar os pedidos sem o sistema estar a funcionar. : ))) .

Outra interessante é os diagnósticos de saída, que são tão complicados de codificar, que o pessoal da cirurgia literalmente goza com aquilo e escolhe a codificação de diagnóstico de "acidente com nave espacial" para muitos diagnósticos da treta. Porque para codificares algo do género "unha encravada", tens de procurar quais as palavras que usaram para o termo "unha encravada" e depois ainda te aparece qual o dedo, o tipo de encravamento, etc. e se carregas no OK antes de tempo... tens de voltar tudo atrás e voltar a escolher as opções todas. :D

Por fim, e em MGF, cada centro de saúde tem o seu programa (e os programas não são compativeis entre si)... e com alguma regularidade, os programas crasham e dão erro. Claro que o natural seria telefonar ao apoio do programa - só que os mesmos não dão apoio porque alguém deixou de lhes pagar as licenças (por falta de fundos ou de autorização) :D

Enfim ... chega de off-topic
« Última modificação: 2016-05-10 10:55:11 por Moppie85 »

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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1332 em: 2016-05-10 10:44:37 »
Esta do Miguel Sousa Tavares é engraçada. Eu até concordo mas pela razão oposta:

"Assim sendo, não percebo qual o fundamento politico e ético de os contribuintes contribuírem para o ensino que não é o dos seus filhos”

Se alguém tem os filhos no ensino privado, qual é o " fundamento político e ético " de pagar ainda para os filhos dos outros? Este pais é de rir com o retardamento das figuras publicas.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Zel

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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1333 em: 2016-05-10 11:21:26 »
Esta do Miguel Sousa Tavares é engraçada. Eu até concordo mas pela razão oposta:

"Assim sendo, não percebo qual o fundamento politico e ético de os contribuintes contribuírem para o ensino que não é o dos seus filhos”

Se alguém tem os filhos no ensino privado, qual é o " fundamento político e ético " de pagar ainda para os filhos dos outros? Este pais é de rir com o retardamento das figuras publicas.

sim eu vi isso, foi totalmente mentecapto. ele eh tao burro que nem se apercebe da contradicao, sao preconceitos ideologicos nacionais fortissimos

Zel

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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1334 em: 2016-05-10 11:23:17 »
outra contradiccao neste caso eh que nenhum partido de esquerda se preocupa com os empregos dos profs naqueles colegios, so se preocupam com os direitos dos profs na FP.

total dualidade de criterios, para eles os trabalhadores nao sao todos iguais nos direitos "fundamentais". no fundo nao passam de partidos lobistas "das pessoas"

Reg

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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1335 em: 2016-05-10 11:25:45 »
As pessoas os lobistas  e os corruptos idiologicos  grande parte tem filhos, netos ou sobrinhos no ensino privado  ;D

acima de tudo e so falsos moralistas..
« Última modificação: 2016-05-10 11:31:53 por Reg »
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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1336 em: 2016-05-10 13:34:58 »

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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1337 em: 2016-05-10 13:51:31 »
O pessoal socialista não quer saber de números ...  :D

Mas de qualquer forma o que importa é que o sistema se devia aplicar a todas as pessoas, apoio por aluno independentemente da escola (pública ou privada) e liberdade de escolha. É simples. Ser-se contra isto é estranho.
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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1338 em: 2016-05-10 13:57:27 »
os valores que o "pai" colocou estão errados.

ele baseia-se no estudo referente a 2009/2010.

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Os 12 anos de escolaridade obrigatória de um aluno no Ensino Público custam ao Estado 50 459,4€, com base nos valores apurados pelo Tri- bunal de Contas (TC), em 2009/2010. No 1º ciclo, cada aluno ‘custa’ um total de 11 087,88€. Nos oito anos seguintes – 2º, 3º ciclo e Ensino Secundário – o valor sobe para 39 371,52€. A média, diz o TC, é de 4415,45 € por aluno.
<- foi aqui que o pai foi buscar os 4415€.

Por outro lado, no mesmo estudo:

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Em 2009/2010, gastou-se com estes contratos 239 milhões de euros em 93 estabelecimentos particulares e cooperativos, abrangendo 52 882 alunos, num custo médio por aluno de 4522€, variando os 4656€ na zona Centro e os 4253€ em Lisboa.


Logo, se o pai quer usar os valores, deve usar 4415€ (publico) vs 4522€ (privado).

Fonte: http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/sociedade/detalhe/cada-aluno-custa-ao-estado-50-mil-euros.html

Incognitus

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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1339 em: 2016-05-10 14:05:36 »
Se não me engano entretanto os contratos de associação viram os valores cortados. Mas o valor indicado acima parece demasiado baixo face aos antes calculados, sim (~4000 EUR).

E aquela parece ser apenas uma componente do custo.

« Última modificação: 2016-05-10 14:06:40 por Incognitus »
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