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Autor Tópico: Educação - Tópico principal  (Lida 377858 vezes)

Vanilla-Swap

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #780 em: 2015-01-12 16:33:01 »
Bem fui convidado pela escola ( como docente reformado ) para assistir a apresentação da escola á inspeção e da inspeção à comunidade educativa.
A adesão de professores reformados a este workshop   foi grande, e o que reparei é que os reformados se o sistema permitir podem dar uma grande ajuda á escola.

jeab

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #781 em: 2015-01-13 15:22:13 »
Factos, são factos ...


relatorio Talento Mundial

http://www.imd.org/wcc/news-talent-report/


Portugal - é o país do Mundo com mais professores por aluno no ensino secundário.

   Rácio  professor/aluno

  Portugal - 7,7 alunos por professor
  Grécia - 8 alunos por professor ( tinha que ser, pois ...)
  Alemanha - 14 alunos por professor ( quase o dobro de Portugal)
  Irlanda - 14,4 alunos por professor
  USA - 15 alunos por professor
  Canadá - 15,3 alunos por professor


Além de mais professores versus alunos, também Portugal é dos que mais gasta em % do PIB no investimento global em educação, estando em 16º lugar.

E a grande pérola:

- Quanto ao desempenho global do sistema educativo, Portugal está em 32º lugar

Portanto temos mais professores, gastamos bastante na educação e o retorno é uma merd.... :(

Ah pois é , não se pode por no olho da rua professores que não valem a ponta dum corn... é inconstitucional, dasss ...

 
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
O verdadeiro homem inteligente é aquele que parece ser um idiota na frente de um idiota que parece ser inteligente!

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #782 em: 2015-01-13 16:00:43 »
Ainda tenho o sonho dos professores reformados possam ajudar os novos professores.
Dois professores na sala de aula.
Ainda tenho esse sonho.

Zel

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #783 em: 2015-01-14 07:54:47 »
da mesma maneira que os pobres nao tem ambicao para os filhos e nao fazem nada para que estes subam de classe e assim perpetuam a sua classe tb temos a classe media sem ambicao nem visao para os filhos para la da sua classe. querem que estes perpetuem uma vida igual a dos progenitores, na mesma classe social. querem que se mantenham empregados a ganhar 1500-3000 euros, sem sairem da zona de conforto do mundo que ja conhecem. nao tem visao para la do seu mundo e nisto sao iguais aos pobres.
« Última modificação: 2015-01-14 19:09:00 por Neo-Liberal »

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #784 em: 2015-01-16 11:25:58 »
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Descentralização da educação: como se fez lá fora
16 Janeiro 2015
Catarina Fernandes Martins lowres
Catarina Fernandes Martins

Um dia depois de o Conselho de Ministros ter aprovado a delegação de competências na educação para os municípios, olhámos para os processos de descentralização da educação em 3 países europeus.


Suécia – da descentralização à “recentralização” do ensino
Reino Unido – diferentes tipos de descentralização
Espanha – o equilíbrio entre a descentralização e a uniformização


O regime de delegação de competências na área de educação para os municípios foi aprovado esta quinta-feira em Conselho de Ministros. Há muito que a discussão em torno do Programa Aproximar Educação, sobre a descentralização de responsabilidades educativas do Governo central para as autarquias, está em cima da mesa. Esta semana já tinha sido anunciado um reforço do papel dos diretores na nova proposta enviada às autarquias.

O Observador foi analisar os processos de descentralização da educação em três países da Europa onde as reformas foram consideradas emblemáticas: Suécia, Inglaterra e Espanha. O primeiro ponto desta análise comparativa é este: “Não há comparação”, como disse ao Observador Fernando Adão da Fonseca do Fórum para a Liberdade da Educação. É que ao contrário daquilo que se verificou na Suécia, na Inglaterra e em Espanha, Portugal está a afastar a responsabilidade local para a contratação de docentes e gestão das suas carreiras, por exemplo.

Quando se analisam os processos de descentralização da educação na Europa, dois traços dos sistemas políticos dos países que passaram por essas reformas saltam à vista: a tradição de autonomia local e a importância dos municípios no sistema político.

Como recordou ao Observador Paulo Guinote, professor e autor do blogue “A Educação do Meu Umbigo”, nos países do norte da Europa a “tradição comunitária é muito antiga”, contrariamente ao que acontece nos países do sul, de origem latina. Os processos de descentralização na Suécia e na Inglaterra têm “origens históricas na descentralização do sistema de ensino”, que foi sempre marcado pelo “estudo da Bíblia nas comunidades protestantes”.

Nos países do sul da Europa, contrariamente, seguiu-se sempre a linha da Igreja Católica, o que ajuda a explicar que em Portugal o ensino tenha partido sempre “de cima para baixo” e também a dificuldade de implementar um processo de descentralização. “O que se está a tentar fazer já se tentou fazer no século XIX e falhou porque quando era a altura da concretização todos discutiam quem pagava e o que pagava”, diz Paulo Guinote. E a Espanha, país do sul, latino, mas com uma experiência bem-sucedida ao nível da descentralização da educação? “Espanha tem outra dimensão por causa das comunidades autónomas. Portugal tem uma unidade linguística”, diz o professor.

Fernando Adão da Fonseca pensa que por não existir tradição de autonomia do poder local isso não significa que as mudanças sejam impossíveis: “É igualzinho a dizer – antes do 25 de abril – que o país não tinha tradição democrática e não podia ser uma democracia.”

Deixamos-lhe um levantamento dos pontos fortes e fracos dos processos de descentralização da educação na Suécia, Inglaterra e Espanha.

Suécia – da descentralização à “recentralização” do ensino


Uma sala de aula em Estocolmo
AFP/Getty Images
O processo de descentralização iniciado na Suécia nos anos 90 é talvez um dos mais conhecidos a nível europeu. Antes da década de 90, este país escandinavo tinha um dos sistemas educativos mais uniformizados e centralizados, como descreve um relatório da OCDE, que lembra que tanto os professores como os diretores eram empregados a nível central e cada escola recebia financiamento do Governo central.

Como disse ao Observador Leif Lewin, professor de Ciência Política na Universidade de Uppsala que liderou um relatório governamental para analisar os efeitos da descentralização na performance dos alunos suecos, o sistema educativo anterior aos anos 90 era “impopular” devido à sua “falta de flexibilidade”. “Os professores eram controlados de forma muito rígida em todos os detalhes”.

Em 2011, 20 anos depois do início das reformas, o sistema de educação sueco era um dos mais descentralizados da OCDE: 47,2% das decisões relativamente ao ensino secundário eram tomadas ao nível de escola, 35,3% ao nível municipal. O Governo central ficou apenas responsável por estabelecer os objetivos nacionais de educação e pela avaliação do sistema.

“O controlo municipal das escolas foi um falhanço”
Leif Lewin, professor de Ciência Política na Universidade de Uppsala
A contestação feita pelos professores e o declínio dos resultados escolares e da performance internacional do sistema sueco levaram académicos e políticos a repensar o sistema, que se encontra agora a atravessar um processo de recentralização.

Transferência quase total de competências para os municípios

Em 1991, a responsabilidade pela gestão da educação primária, secundária e de adultos foi transferida para os municípios, que passaram a ter autoridade sobre a escolha de currículos e a contratação do pessoal, incluindo de diretores e professores. Até 1996, os salários dos professores eram negociados com o Governo central, mas a partir dessa data passaram a ser discutidos localmente.

Em 1994 foi introduzido um novo currículo nacional para o ensino secundário, que permitiu aos estudantes uma maior possibilidade de escolha relativamente às disciplinas. No ensino básico e naquilo que em Portugal corresponde ao 2º e 3º ciclo, as escolas passaram a beneficiar de uma maior autonomia relativamente aos métodos e materiais usados e às horas letivas de cada disciplina.

Liberdade de escolha

Uma componente importante das reformas introduzidas na década de 90 está relacionada com a liberdade de escolha na educação. Entre 1991 e 1992, um conjunto de reformas facilitou a criação de escolas independentes com gestão privada, pondo fim ao sistema de matrícula em escolas da área de residência e permitindo aos pais escolherem a escolas que queriam que os filhos frequentassem. O Governo sueco criou o cheque-ensino, o que significou que, quer as escolas públicas, quer as privadas passaram a receber financiamento estatal de acordo com o número de alunos matriculados.

Impacto das reformas na performance e igualdade educativa

No ano 2000, os estudantes suecos apresentaram resultados acima da média dos países sujeitos aos testes PISA, que avaliam o desempenho académico dos alunos de 15 anos em áreas como a matemática, a ciência e a leitura. A partir dessa data, no entanto, a performance da Suécia começou a baixar significativamente. De tal forma que a OCDE escrevia em 2014 que “nenhum outro país participante no PISA viu um declínio tão acentuado da performance dos seus alunos como aquele que aconteceu na Suécia na última década”.


De acordo com o relatório da OCDE já citado, a igualdade na educação na Suécia também se deteriorou. Nos testes PISA de 2000, 2003 e 2006, o impacto do background socioeconómico dos estudantes nos seus desempenhos académicos era abaixo da média. Esta situação mudou significativamente em 2009, altura em que aumentou substancialmente o peso da origem social e económica dos alunos no desempenho em termos de leitura. Esta situação pôs a Suécia acima da média neste indicador.

Ao Observador, Leif Lewin disse que o processo de descentralização da educação na Suécia aumentou a desigualdade na educação, uma vez que as famílias com mais posses “utilizam a possibilidade de escolher a escolha dos filhos em maior grau do que outros grupos”.

“Um sistema educativo moderno que responde perante um Governo central exige uma organização governamental a nível regional ou local com uma certa independência do Governo e das autoridades centrais de educação.”
Relatório governamental sobre o processo de descentralização educativa na Suécia
Na conferência de imprensa em que apresentou os resultados do estudo governamental, o professor de Ciência Política disse aos jornalistas suecos que a reforma do sistema educativo tinha sido “brutal” e criado “desconfiança em vez de confiança”. Leif Lewin apresentou um diagnóstico claro: “o controlo municipal das escolas foi um falhanço”, uma vez que “nem os municípios, nem os diretores de escola, nem os professores estavam à altura da tarefa.” Em consequência, “os resultados académicos desceram, tal como a igualdade e a atitude e motivação dos professores”.

Desde 2008 que os sindicatos dos professores suecos têm reivindicado uma posição mais central do Estado na gestão das escolas. Jan Björklund, que até 2014 foi ministro da Educação, defendeu a renacionalização das escolas. Processo que, como confirmou Leif Lewin ao Observador, está já em curso. “A recentralização do ensino na Suécia já começou.”

Na investigação conduzida por este professor fica claro não ser possível regressar ao sistema anterior à municipalização. “Um sistema educativo moderno que responde perante um Governo central exige uma organização governamental a nível regional ou local com uma certa independência do Governo e das autoridades centrais de educação. Mas o Governo central não pode abdicar das suas responsabilidades na educação”, lê-se.

No mesmo relatório é dito que um sistema “descentralizado e gerido por objetivos” foi substituído por “um sistema centralizado gerido numa base de performance”, acrescentando-se “ser muito cedo para perceber se estas mudanças vão melhorar” a educação e advertindo-se para o risco de que “a supervisão e o controlo se tornem demasiado rigorosos” e acabem por “sufocar a criatividade dos professores, bem como a sua satisfação no trabalho”.

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Reino Unido – diferentes tipos de descentralização


Uma criança em Somerset, no Reino Unido
Getty Images
O processo de descentralização da educação no Reino Unido está intimamente ligado com a devolução política que ocorreu nos quatro países da união no final dos anos 90, ou seja, a distribuição de poderes e autonomia. Antes de 1994, o Departamento para a Educação e o Emprego e os seus departamentos territoriais eram responsáveis pelos assuntos educativos em Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte. Em 1999, o Parlamento Escocês, a Assembleia Nacional do País de Gales e a Assembleia da Irlanda do Norte assumiram responsabilidade legislativa (com exceção do País de Gales) e executiva na educação.

De certa forma a municipalização do ensino sempre aconteceu, uma vez que as escolas sempre foram controladas pelos governos locais, lembrou Pedro Adão da Fonseca ao Observador. A grande mudança ocorreu durante a governação de Tony Blair, em que se procurou dar autonomia total às escolas na Inglaterra. Mas esta administração local das escolas varia no Reino Unido. Na Inglaterra, Escócia e País de Gales, as escolas são administradas por autoridades locais. Na Irlanda do Norte, as escolas são administradas por conselhos de educação.

Talvez entre os quatro países do Reino Unido as maiores diferenças na área de educação se registem entre a Inglaterra e a Escócia. No primeiro caso existe um maior envolvimento do setor privado no sistema educativo. Pelo contrário, na Escócia não é dada tanta importância à liberdade de escolha e à diversidade educativa, como se pode ler no estudo comparativo “Decentralisation and educational achievement in Germany and the UK”, co-autorado por Anne West.

A delegação de competências para o nível local é muito mais evidente no caso da Inglaterra do que na Escócia. Contrariamente à autonomia das escolas existente em Inglaterra – na escolha de diretores escolares e professores (os salários variam consoante os municípios. Em Londres os professores tendem a ganhar mais do que no resto do país, devido ao custo de vida) – na Escócia essa autonomia é inexistente ou limitada.

Liberdade de escolha

É igualmente importante olhar para a legislação sobre educação produzida na década de 80 e que deu ênfase à liberdade de escolha na educação. Há quem considere que as reformas feitas na educação do Reino Unido foram as mais profundas entre os países da OCDE. Por detrás das reformas postas em prática nestes anos estava a ideia de que os pais deveriam escolher a escola dos seus filhos com base na informação disponível, nomeadamente, nos resultados das avaliações. Em 1988 foram introduzidos em Inglaterra um currículo e um sistema de avaliação nacional e foram criados incentivos para as escolas maximizarem o seu rendimento, bem como os resultados dos alunos nos exames. Algumas destas medidas geraram polémica e críticas sobre o seu impacto na qualidade e igualdade da educação.

Na mesma altura foi introduzido o sistema de gestão local das escolas em Inglaterra e no País de Gales, passando as escolas a ser responsáveis por decidir o seu orçamento e por contratar os seus professores, como explicou ao Observador Anne West, professora na London School of Economics e co-autora de vários estudos sobre a descentralização da educação no Reino Unido.

Há quem considere que as reformas feitas na educação do Reino Unido foram as mais profundas entre os países da OCDE.
Educação primária, ensino secundário e performance educativa

Em todo o Reino Unido, as escolas primárias incluem todas as crianças. No caso do ensino secundário, os sistemas diferem nos quatro países. Na Escócia e no País de Gales existe um sistema compreensivo (que não seleciona os alunos com base nas suas performances académicas ou aptidões). Em Inglaterra, o sistema é, em grande parte, compreensivo, mas cerca de 5% das escolas secundárias são seletivas, as chamadas grammar schools. Na Irlanda do Norte o sistema é essencialmente eletivo.

De acordo com o estudo de Anne West, os resultados do PISA mostram uma maior influência das diferenças entre sistemas compreensivos e seletivos do que da maior ou menor delegação de responsabilidades para o nível local. Os testes PISA mostram que as escolas na Escócia têm menor segregação social do que na Inglaterra e que há mais desigualdade ao nível da performance nos locais onde há um sistema educativo mais seletivo. Os níveis de segregação são mais elevados nos locais onde os alunos frequentam escolas com autonomia relativamente às admissões, o que acontece com um terço das escolas secundárias inglesas.

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Espanha – o equilíbrio entre a descentralização e a uniformização


Uma criança aprende numa escola em Burgos, Espanha
AFP/Getty Images
“O processo de descentralização da educação em Espanha expressou as tensões entre a vontade de diferenciação e autonomia de determinados territórios, por um lado, e a vontade de uniformização e coesão interterritorial, por outro.” Este é um dos balanços feitos pelo World Bank num relatório que analisou 20 anos de democratização e descentralização educativa em Espanha.

Como explicou ao Observador por e-mail Joan Costa-i-Font, professor na School of Economics e especialista em descentralização, o processo de descentralização da educação em Espanha é indissociável das línguas e das identidades regionais.

Na década de 1980, a Catalunha, o País Basco, a Andaluzia, as Canárias, a Comunidade Valenciana, Galiza e Navarra assumem responsabilidades regionais sobre a educação primária e secundária. As restantes 10 regiões ficaram sob controlo do Ministério da Educação até 1998.

A Lei do Direito à Educação, preparada pelo PSOE e aprovada em 1985, enunciava o compromisso de descentralizar a educação para o nível local e criou os conselhos escolares, definidos como a autoridade máxima em todas as escolas. Estes conselhos são constituídos pelo diretor da escola, pelo dirigente da associação de estudantes e pelo mesmo número de pais e professores. Cabe ao conselho escolar eleger o diretor, decidir sobre a admissão de estudantes, aprovar o orçamento e formular o programa académico e as atividades extracurriculares, que podem ser desenhados para se ajustarem às especificidades culturais, linguísticas e económicas de cada região.

Os currículos regionais

Existem algumas imposições centrais para garantir que os 17 sistemas educativos estão unidos de alguma forma. Uma dessas imposições diz respeito aos “mínimos estabelecidos”, que exigem que 65% do currículo tenha um foco nacional, sendo que 35% pode ser determinado pelas comunidades autónomas.

Em 1997, o Ministério da Educação, alegando preocupação pela possível dificuldade de os alunos mudarem de escolas entre diferentes regiões devido às diferenças nas matérias ensinadas, decidiu levar a cabo uma revisão do currículo das disciplinas de humanidades (Língua castelhana, Literatura, História e Geografia). As mudanças incluíram limitações no ensino da História e adoção dos mesmos manuais. Estas medidas causaram grande polémica, com o ME a ser acusado de ser reacionário, de estar a prejudicar as regiões e a impor um pensamento centralizado.

Cabe ao conselho escolar eleger o diretor, decidir sobre a admissão de estudantes, aprovar o orçamento e formular o programa académico e as atividades extracurriculares, que podem ser desenhados para se ajustarem às especificidades culturais, linguísticas e económicas de cada região.
De acordo com o relatório do World Bank, esta situação ameaçou a permanência do PP à frente do Governo e deu palco a duas interpretações contrastantes da História de Espanha que são causadoras de tensão: “a Espanha eterna, imutável e tradicional contra a Espanha pluralista, multicultural e moderna.”

A medida acabou por ser afastada numa votação do Congresso dos Deputados com 181 votos a favor (da sua anulação) contra 151.

Transferência de fundos

Em 1997, o Governo do PP decidiu completar o processo de descentralização da educação que tinha sido interrompido pelo PSOE em 1987. O novo Governo decidiu transferir as responsabilidades ao nível de educação para as regiões, mas sem uma transferência do dinheiro nacional. Uma vez que as regiões iriam receber fundos adicionais, foi-lhes dito que poderiam usar esse dinheiro para pagar custos adicionais na educação. Esta medida causou alguma polémica por se temer que esses fundos pudessem não ser suficientes e pelo facto de não haver uma soma destinada especificamente à educação.

De facto, de acordo com o relatório do World Bank já citado, os fundos chegam às regiões em forma de bloco, não sendo destinados a programas específicos. Cada comunidade autónoma estabelece as suas prioridades orçamentais, o que significa que algumas regiões dão mais fundos à educação do que outras.

Num relatório sobre o processo de descentralização educativa em Espanha conduzido pela antiga ministra da Educação socialista do primeiro Governo de Zapatero (PSOE) María Jesús San Segundo, escreve-se que o aumento dos gastos públicos com a educação coincidiu com a descentralização regional. Ao mesmo tempo, este processo implicou uma redução substancial dos gastos centrais com a educação de 50% em 1985 para 4,4% em 2004.

http://observador.pt/especiais/descentralizacao-da-educacao-como-se-fez-la-fora/

Incognitus

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #785 em: 2015-01-16 12:26:14 »
Países como a Alemanha e França também devem estar a andar para trás. O fenómeno é o mesmo em todo o lado e o que conta é o peso da população imigrante (ebm ciomo a composição desta - nem todos os imigrantes são iguais, por exemplo os imigrantes no Canadá são praticamente iguais aos nativos em achievement escolar).

http://ftp.iza.org/dp1021.pdf




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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #786 em: 2015-01-16 12:45:24 »
Países como a Alemanha e França também devem estar a andar para trás. O fenómeno é o mesmo em todo o lado e o que conta é o peso da população imigrante (ebm ciomo a composição desta - nem todos os imigrantes são iguais, por exemplo os imigrantes no Canadá são praticamente iguais aos nativos em achievement escolar).

http://ftp.iza.org/dp1021.pdf


os arabes nao tem problemas cerebrais mas vem duma cultura que nao celebra a educacao. alias o nivel mental exigido numa escola e tao baixo que essa questao nem se deve colocar.

na belgica os locais brancos metiam os filhos em escolas catolicas para evitarem os arabes (ha um sistema de vouchers)

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #787 em: 2015-01-16 13:55:45 »
Países como a Alemanha e França também devem estar a andar para trás. O fenómeno é o mesmo em todo o lado e o que conta é o peso da população imigrante (ebm ciomo a composição desta - nem todos os imigrantes são iguais, por exemplo os imigrantes no Canadá são praticamente iguais aos nativos em achievement escolar).

http://ftp.iza.org/dp1021.pdf


os arabes nao tem problemas cerebrais mas vem duma cultura que nao celebra a educacao. alias o nivel mental exigido numa escola e tao baixo que essa questao nem se deve colocar.

na belgica os locais brancos metiam os filhos em escolas catolicas para evitarem os arabes (ha um sistema de vouchers)


Não estão bem ao nível da Europa. Este mapa é engraçado:

http://www.targetmap.com/viewer.aspx?reportId=2812
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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #788 em: 2015-01-16 14:13:41 »
O brasil é engraçado
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #789 em: 2015-01-16 15:35:34 »
Países como a Alemanha e França também devem estar a andar para trás. O fenómeno é o mesmo em todo o lado e o que conta é o peso da população imigrante (ebm ciomo a composição desta - nem todos os imigrantes são iguais, por exemplo os imigrantes no Canadá são praticamente iguais aos nativos em achievement escolar).

http://ftp.iza.org/dp1021.pdf


os arabes nao tem problemas cerebrais mas vem duma cultura que nao celebra a educacao. alias o nivel mental exigido numa escola e tao baixo que essa questao nem se deve colocar.

na belgica os locais brancos metiam os filhos em escolas catolicas para evitarem os arabes (ha um sistema de vouchers)


Não estão bem ao nível da Europa. Este mapa é engraçado:

http://www.targetmap.com/viewer.aspx?reportId=2812


la estas tu a misturar tudo, a europa tb nao esta ao nivel da europa de ha umas decadas atras

o genes mudaram entretanto?
« Última modificação: 2015-01-16 15:36:12 por Neo-Liberal »

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #790 em: 2015-01-16 15:38:35 »
alias para vermos o absurdo das tuas conclusoes bastaria por exemplo comparar o QI dos centro urbanos com o QI do interior dos mesmo paises, sem duvida que dirias qie as cidades aparecem onde ha maior QI ahha
« Última modificação: 2015-01-16 15:39:51 por Neo-Liberal »

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #791 em: 2015-01-16 15:41:36 »
Países como a Alemanha e França também devem estar a andar para trás. O fenómeno é o mesmo em todo o lado e o que conta é o peso da população imigrante (ebm ciomo a composição desta - nem todos os imigrantes são iguais, por exemplo os imigrantes no Canadá são praticamente iguais aos nativos em achievement escolar).

http://ftp.iza.org/dp1021.pdf


os arabes nao tem problemas cerebrais mas vem duma cultura que nao celebra a educacao. alias o nivel mental exigido numa escola e tao baixo que essa questao nem se deve colocar.

na belgica os locais brancos metiam os filhos em escolas catolicas para evitarem os arabes (ha um sistema de vouchers)


Não estão bem ao nível da Europa. Este mapa é engraçado:

http://www.targetmap.com/viewer.aspx?reportId=2812


la estas tu a misturar tudo, a europa tb nao esta ao nivel da europa de ha umas decadas atras

o genes mudaram entretanto?


Uma parte da coisa é hereditária e razoavelmente estável, outra parte é mix, outra parte é ambiental sendo que o mix poderá estar em vários pontos em termos de impacto ambiental ... não há nada de inconsistente em as coisas mudarem. Aliás, eu próprio digo que o QI medido para África, Índia e possivelmente até parte da China tem margem de progressão devido a condições ambientais muito desfavoráveis que podem ser melhoradas.

Quem parece misturar as coisas és tu, ao não levares em conta efeitos tão óbvios ...
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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #792 em: 2015-01-16 15:42:28 »
alias para vermos o absurdo das tuas conclusoes bastaria por exemplo comparar o QI dos centro urbanos com o QI do interior dos mesmo paises, sem duvida que dirias qie as cidades aparecem onde ha maior QI ahha

Desde selecção adversa a condições ambientais a estímulos existem magotes de explicações. Qual a surpresa? Não é como se o QI fosse TODO hereditário, não é ...
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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #793 em: 2015-01-16 15:47:52 »
realmente es bastante ideologico nisto, meio religioso ate

os paises arabes tem um atraso enorme na educacao, a europa ha 100 anos tb tinha um QI bem mais baixo

se ninguem te avisasse que sao o mesmo povo tu por ti irias verificar o QI das duas coreias e concluirias de forma infalivel e cientifica que a diferenca no desenvolvimento entre a coreia do sul e do norte se deve ao QI e a genetica... haha

nem te apercebes do absurdo q eh comparar o QI de paises em fases de desenvolvimento totalmente diferentes e tirar dai conclusoes

« Última modificação: 2015-01-16 15:49:10 por Neo-Liberal »

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #794 em: 2015-01-16 15:48:34 »
alias para vermos o absurdo das tuas conclusoes bastaria por exemplo comparar o QI dos centro urbanos com o QI do interior dos mesmo paises, sem duvida que dirias qie as cidades aparecem onde ha maior QI ahha

Desde selecção adversa a condições ambientais a estímulos existem magotes de explicações. Qual a surpresa? Não é como se o QI fosse TODO hereditário, não é ...

o que origina as cidades eh o QI superior das cidades

elas brotam nessas zonas de QI superior, como cogumelos no estrume
« Última modificação: 2015-01-16 15:52:55 por Neo-Liberal »

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #795 em: 2015-01-16 16:09:05 »
os dados chineses estao errados qs de certeza. a china eh um pais tipo russia, com diferencas abissais entre a classe media urbana e a maioria do restantes habitantes. nao eh por acaso que os dados internacionas de educacao sao sempre obtidos em xangai e sao qs de certeza dentro da classe media local, o governo gosta disso assim. nem os pobres podem ir do interior para xangai pois ha controlo de movimentos.
« Última modificação: 2015-01-16 16:21:07 por Neo-Liberal »

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #796 em: 2015-01-16 16:37:02 »
se no seculo 200 antes de cristo medissem o QI em Cartago vs escandinavia qual seria a conclusao?
que obviamente a grandeza de Cartago (no norte de africa btw) se devia ao seu superior QI em relacao aos atrasados palidos do norte, gente sem grande potencial e burra... sem matematica nem nada dessas coisas basicas da civilizacao

e podiamos fazer o mesmo entre cordoba e liao / burgos por alturas em que cordoba era um baluarte da civilizacao enquanto burgos e liao eram capitais nojentas e atrasadas. claramente aqueles atrasados do norte nao tem potencial genetico. e os testes de QI prova-lo-iam certamente

« Última modificação: 2015-01-16 17:30:11 por Neo-Liberal »

Incognitus

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #797 em: 2015-01-16 17:03:18 »
alias para vermos o absurdo das tuas conclusoes bastaria por exemplo comparar o QI dos centro urbanos com o QI do interior dos mesmo paises, sem duvida que dirias qie as cidades aparecem onde ha maior QI ahha

Desde selecção adversa a condições ambientais a estímulos existem magotes de explicações. Qual a surpresa? Não é como se o QI fosse TODO hereditário, não é ...

o que origina as cidades eh o QI superior das cidades

elas brotam nessas zonas de QI superior, como cogumelos no estrume

Não entendeste ou não quiste entender. Vou tentar mais uma vez.

1) Pode existir selecção adversa. Ou seja, quem fica no campo e está menos predisposto a ir para a cidade pode ter um QI médio inferior a quem está disposto a ir para a cidade;
2) As condições ambientais na cidade são superiores. Melhor alimentação, melhor higiene, mais educação, etc;
3) Na cidade as pessoas são expostas a mais estímulos diferentes, com impacto positivo sobre o seu QI.
 
E certamente existem ainda mais explicações possíveis.
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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #798 em: 2015-01-16 17:05:48 »
realmente es bastante ideologico nisto, meio religioso ate

os paises arabes tem um atraso enorme na educacao, a europa ha 100 anos tb tinha um QI bem mais baixo

se ninguem te avisasse que sao o mesmo povo tu por ti irias verificar o QI das duas coreias e concluirias de forma infalivel e cientifica que a diferenca no desenvolvimento entre a coreia do sul e do norte se deve ao QI e a genetica... haha

nem te apercebes do absurdo q eh comparar o QI de paises em fases de desenvolvimento totalmente diferentes e tirar dai conclusoes

Acho que não estás a ler o que eu escrevo, Neo, porque o que repetiste é o que eu disse. citando-me:

Citar
Uma parte da coisa é hereditária e razoavelmente estável, outra parte é mix, outra parte é ambiental sendo que o mix poderá estar em vários pontos em termos de impacto ambiental ... não há nada de inconsistente em as coisas mudarem. Aliás, eu próprio digo que o QI medido para África, Índia e possivelmente até parte da China tem margem de progressão devido a condições ambientais muito desfavoráveis que podem ser melhoradas.

Quem parece misturar as coisas és tu, ao não levares em conta efeitos tão óbvios ...

Nota ainda que o QI médio relativo é razoavelmente estável ao longo do tempo, logo as condições de desenvolvimento que observas hoje não são assim tão relevantes.

Nota ainda que no caso da Coreia se tivesses visto várias das coisas que publiquei notarias que o comunismo/socialismo é um factor que consegue destruir a correlação com rendimento para baixo. E coisas como disponibilidade de petróleo, conseguem destruí-la para cima. Não é como se a correlação entre QI e rendimento fosse 1.000
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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #799 em: 2015-01-16 17:06:32 »
os dados chineses estao errados qs de certeza. a china eh um pais tipo russia, com diferencas abissais entre a classe media urbana e a maioria do restantes habitantes. nao eh por acaso que os dados internacionas de educacao sao sempre obtidos em xangai e sao qs de certeza dentro da classe media local, o governo gosta disso assim. nem os pobres podem ir do interior para xangai pois ha controlo de movimentos.

Há para aí 10 estudos diferentes sobre o QI na China. A forma correcta de fazer essa crítica é pelo menos ver alguns e constatar esse problema no seu sampling.
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