O pior inimigo da Ciência não é Deus; são os políticos e a propaganda
É verdade que hoje os cientistas têm uma espécie de pudor ao confessar suas crenças. Não sei por quê. Não costumam responder. Isso contrasta com os físicos de outros tempos, que revelavam suas crenças sem hesitar. Por que não dizer? Outra coisa são os agnósticos que não se pronunciam porque não encontram a resposta ou acreditam que não haja.
Completamente. Houve grandes físicos crentes, inclusive devotos e ermitãos. Um bom exemplo pode ser o de [Georges] Lemaître, pai da teoria do Big Bang, que era sacerdote jesuíta e um dos melhores físicos de todos os tempos.
Albert Einstein tinha uma ideia de Deus não vinculada a nenhuma igreja ou fé estabelecida. Não acreditava num Deus que premiasse os bons e castigasse os maus ou que prometesse a imortalidade. Mas ele acreditava num Deus que havia criado o universo. Ficou surpreso ao poder escrever as equações do universo em meia folha de papel. Não era ateu, nem agnóstico nem panteísta. Ele assim o expressou. Com seu senso de humor característico, chamava Deus de “O Velho”.