Questionando se é isso que tem acontecido nos últimos anos, o investigador afirma que as reformas mais recentes, nomeadamente as que estão consubstanciadas no orçamento do Estado para 2013, “não só não aumentam a capacidade redistributiva do sistema como antes a reduzem”.
Carlos Farinha Rodrigues frisa, a terminar, que a redução de escalões do IRS “diminui a progressividade do sistema”. Reconhecendo que “ o nosso sistema de IRS tinha mais escalões” que a maioria dos países da Europa, lembra que “somos dos países da União Europeia com maiores níveis de desigualdade” pelo que “o esforço necessário para a sua correção deve também ainda ser maior”, justificando-se “perfeitamente essa situação de excecionalidade”.
Aceda à apresentação, no colóquio Desigualdade e Pobreza, da comunicação Desigualdades em Portugal: o papel das políticas redistributivas em pdf
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* Carlos Farinha Rodrigues é doutorado em Economia pelo Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa. É docente do Instituto Superior de Economia e Gestão, assessor do Instituto Nacional de Estatística nas áreas de distribuição do rendimento e das estatísticas das famílias, membro da Society for the Study of Economic Inequality, International Association for Research in Income and Wealth, Centro de Investigação sobre Economia Portuguesa, Centro de Matemática Aplicada à Previsão e Decisão Económica e do
Observatório das Desigualdades.