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Autor Tópico: Portugal falido  (Lida 3450946 vezes)

Automek

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Re: Portugal falido
« Responder #19200 em: 2019-06-05 22:36:37 »
Eu não vivo em Lisboa, mas vou esporadicamente por motivos vários.

Esta é para rir...
Vale tudo, até tirar bancos. Empresas de transporte respondem ao aumento da procura
 :-X
O ministro explicou hoje no parlamento que isto se deve à necessidade de arranjar espaço para as malas dos turistas e dos carrinhos de bébe e não pelo maior afluxo de pessoas.

Conclui-se, portanto, que houve um qualquer fenómeno de natalidade e de maior afluxo de turistas em Maio, repentino e inesperado que, apenas por mera coincidência, coincidiu com os novos passes.  ;D

Reg

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Re: Portugal falido
« Responder #19201 em: 2019-06-05 23:58:08 »
 Na prática, foram retirados bancos para caberem mais passageiros, um sistema “aprovado pelas entidades competentes”,

aposto esta malta entidades competentes( elite que dirige povo) tem motoristas privados ..... socialismo  e para empresas publicas sem concorrencia  para povo uzar

na noruega elite uza transportes publicos...aposto nunca aprovavam isto
« Última modificação: 2019-06-06 00:10:53 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

vbm

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Re: Portugal falido
« Responder #19202 em: 2019-06-06 09:45:16 »
É fazer transportes públicos como os ferroviários
com 1ª e 2ª classe. Note-se, há uma certa igualdade:
- ambas chegam ao mesmo tempo.

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Re: Portugal falido
« Responder #19203 em: 2019-06-06 21:38:05 »
Citar
Caixa só soube que tinha emprestado 4,6 mil milhões para ações em 2008

Norberto Rosa explicou que "não havia essa informação agregada"

O ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos (CGD) Norberto Rosa disse hoje no parlamento que só em janeiro de 2008 é que o banco percebeu que tinha concedido 4,6 mil milhões de euros de crédito para adquirir ações.

Em janeiro de 2008 é que tivemos noção que havia uma grande quantidade de créditos garantidos por ações", disse Norberto Rosa aos deputados, na sua audição na comissão parlamentar de inquérito à recapitalização e gestão da CGD.

Norberto Rosa explicou que "não havia essa informação agregada", e que depois de se decobrir que havia 4,6 mil milhões de euros de crédito concedido para compra de ações, esse valor foi reduzido para 2,9 mil milhões até 2012.

O ex-administrador admitiu que "o risco de mercado era elevado" nestas operações.

https://tvi24.iol.pt/economia/caixa-geral-de-depositos/caixa-so-soube-que-tinha-emprestado-4-6-mil-milhoes-para-acoes-em-2008
« Última modificação: 2019-06-06 21:38:38 por Batman »

Automek

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Re: Portugal falido
« Responder #19204 em: 2019-06-07 08:35:34 »
Depois da guerra ao alojamento local, abre-se uma nova frente de batalha
Lisboa recordista de navios de cruzeiro em 2017 é sexta cidade com mais poluição
« Última modificação: 2019-06-07 08:35:50 por Automek »

D. Antunes

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Re: Portugal falido
« Responder #19205 em: 2019-06-07 11:07:59 »
É urgente regulamentar e fiscalizar a poluição dos navios.
E também é importante fiscalizar os escapes alterados pelos proprietários dos automóveis.

Esse tipo de poluição provoca milhares de mortes e reduz imenso a esperança de vida.
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

Automek

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Re: Portugal falido
« Responder #19206 em: 2019-06-07 11:10:55 »
Fui espreitar aquela coisa das rendas acessíveis. É impressionante como o estado continua a obrigar as pessoas a entregar informação no estado que ele próprio, estado, já dispoe.
E assim perdem as pessoas horas e horas da sua vida, a pedirem ou consultarem no estado coisas para entregar no estado.
https://eco.sapo.pt/descodificador/descodificador-quando-arranca-quem-pode-aceder-e-quais-os-valores-do-arrendamento-acessivel/07-que-documentos-tenho-de-apresentar-para-me-candidatar


Automek

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Re: Portugal falido
« Responder #19207 em: 2019-06-07 11:13:56 »
É urgente regulamentar e fiscalizar a poluição dos navios.
E também é importante fiscalizar os escapes alterados pelos proprietários dos automóveis.

Esse tipo de poluição provoca milhares de mortes e reduz imenso a esperança de vida.
Mas faz sentido que seja uma coisa europeia. Isto parece uma notícia a abrir caminho para sermos mais papistas que os outros todos juntos.

kitano

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Re: Portugal falido
« Responder #19208 em: 2019-06-07 12:18:00 »
Os escapes é ridículo, vê-se cada coisa na estrada. Confiar na IPO não tem qualquer eficácia. As patrulhas na estrada deviam fazer a fiscalização no momento e pronto.
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

Tridion

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Re: Portugal falido
« Responder #19209 em: 2019-06-07 14:13:53 »
É urgente regulamentar e fiscalizar a poluição dos navios.
E também é importante fiscalizar os escapes alterados pelos proprietários dos automóveis.

Esse tipo de poluição provoca milhares de mortes e reduz imenso a esperança de vida.
Mas faz sentido que seja uma coisa europeia. Isto parece uma notícia a abrir caminho para sermos mais papistas que os outros todos juntos.

Proibir carros antigos de circular em Lisboa e depois permitir mega-cruzeiros de entrarem por Lisboa adentro até Santa Apolónia é contraditório. Os cruzeiros queimam um tipo de diesel muito menos refinado e que equivale à combustão de 3 mil carros por hora de navegação.

A política é arte de tudo dizer e fazer todo o seu contrário.
______________________________________
Bons Negócios
http://twitter.com/TridionTrader
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D. Antunes

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Re: Portugal falido
« Responder #19210 em: 2019-06-08 23:24:51 »
Corrupção: democracia com costas largas e partidos com costas pequeninas
A “crise de regime” é um problema de polícia, de lei e de tribunal, mas é também um problema político, porque é aqui que a corrupção comunica e inquina a democracia.
José Pacheco Pereira - Público
8 de Junho de 2019, 6:52
É curioso ver como, nesta discussão sobre se há uma “crise de regime”/"crise das direitas”, quase não entra o tema da corrupção. Isto numa altura em que há uma nova série de prisões e acusações a responsáveis políticos e autárquicos, com o curioso nome de código de “a teia”. E quando se sabe que, diferentemente dos outros países onde os refugiados e emigrantes são o tema central, a principal fonte do populismo em Portugal é a corrupção. Porque, por muito que haja corrupção imaginária e exagerada, há muita real, a começar pela efectiva existência de uma ecologia da corrupção, centrada nos partidos políticos do poder, e no acesso ao estado que eles permitem. A democracia tem costas largas em matéria de corrupção, os partidos pelo contrário tem costas pequenas, pequeníssimas. Esse problema não pode nem deve ser ocultado, por muito incómodo que seja.
Aliás, não se pode esconder de ninguém que o país vive banhado nessa ecologia, a começar por tudo o que se vem sabendo de uma “teia” centrada num anterior primeiro-ministro, que abrange ministros, secretários de estado, homens de mão nas empresas, na banca, na universidade, na imprensa, em blogues, um pouco por todo o lado. Não se trata de não lhes dar a presunção da inocência, nem de denunciar os abusos da acusação mas, o que já se sabe e não é negado pelos próprios, chega para se tirar uma conclusão bastante sólida sobre a existência de uma ecologia de corrupção, desde os partidos ao topo do estado. E convém não esquecer que estão presos altos responsáveis políticos do PS e do PSD.
Comecemos pela “crise de regime”, e deixemos a “crise da direita” naquilo que não é expressão da “crise de regime” para outra altura. “Regime”, “sistema” e outras expressões usadas no discurso populista e não só, são expressões ambíguas que sugerem que é a democracia que gera a corrupção. Na verdade, as democracias tornam a corrupção muito mais visível do que as ditaduras, mas as ditaduras são muito mais corruptas, até pela impunidade que dão à corrupção. Já referi isto e repito, basta ver o que a censura cortou durante 48 anos de ditadura em Portugal, para se perceber não só a dimensão da corrupção como a impunidade que dava o acesso ao poder autocrático.
É a corrupção hoje em Portugal um problema estrutural da nossa democracia? É. E o epicentro da corrupção em Portugal são os partidos políticos, não por existirem como é normal numa democracia, mas pela forma como evoluíram nos últimos 45 anos e como estão e são hoje, quer a nível do poder político central, quer autárquico. Há corrupção em todos os partidos, mas ela concentra-se naturalmente nos partidos de poder, no PS, no PSD, e no CDS. Há corrupção nos outros partidos? Há, mas funciona de forma diferente e não tem o peso que tem nos partidos com acesso ao poder. E uma das razões pelas quais o problema da corrupção é estrutural é porque ela associa-se ao exercício do poder e da autoridade política, atraindo quem quer fazer uma carreira beneficiando primeiro das benesses dos cargos políticos e, depois, do poder em benefício pessoal. E os grandes partidos estão cheios de gente dessa, das “jotas” aos adultos. Por isso, as democracias podem adoecer de corrupção, quando os mecanismos da corrupção se associam intimamente ao seu funcionamento.
A “crise de regime” é um problema de polícia, de lei e de tribunal, mas é também um problema político, porque é aqui que a corrupção comunica e inquina a democracia. Os partidos políticos de poder em Portugal não têm nenhuma cultura interior anti-corrupção, bem pelo contrário. O resultado é que é possível fazer carreira ascendente nesses partidos sem qualquer problema, mesmo quando a maioria dos militantes sabe - e no interior dos partidos sabe-se muito - que as pessoas em causa são corruptas ou fecham os olhos à corrupção à sua volta. Conheço casos no PS e no PSD, em que militantes com altos cargos tiveram acusações muito gravosas que nunca verdadeiramente negaram, e que, ou por incúria da justiça ou porque a polícia ficou à porta dos offshores, não sofreram a mínima beliscadura nas suas carreiras partidárias ganhando inclusive eleições internas sabendo toda a gente que neles votou quem eram e o que faziam. Ou, que foram consistentemente promovidos a lugares cimeiros, ou a seja novas oportunidades de roubar, pelas lideranças, ou porque controlavam sindicatos de votos ou pura e simplesmente por indiferença.
No essencial, este problema não é jurídico, mas político: como é possível permitir o sucesso dentro dos partidos dessas pessoas? Não se trata de as denunciar e investigar, porque isso é função das polícias, mas também de não esperar para as expulsar quando entram na cadeia, é antes de escolher por critérios éticos e políticos de modo a não lhes permitir usar o partido e os lugares no estado a que tem acesso para roubar. E compreender os enormes estragos que fazem à honra, de há muito perdida, dos partidos e à saúde da democracia. E, por isso, o problema tem a ver, e muito, com as lideranças que devem ter cuidado com os abraços que dão e com as companhias que escolhem, principalmente quando, como se dizia no magnífico português antigo, são velhos “conheçudos”.
“Price is what you pay. Value is what you get.”
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vbm

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Re: Portugal falido
« Responder #19211 em: 2019-06-10 15:37:29 »

vbm

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Re: Portugal falido
« Responder #19212 em: 2019-06-10 15:41:43 »
RELÓGIO de Dívidas de Estado em proporção da Produto Interno Bruto Anual, País a País: (postal anterior)

pedferre

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Re: Portugal falido
« Responder #19213 em: 2019-06-12 10:51:33 »
Esta vai ser a machadada final na nossa "democracia" os politicos já estão fartos de andarem a prender demasiados amigos. Recentemente o Costa até aumentou os juizes para ver se os cala, e se deixam passar isto sem fazer muito barulho. E até o próprio Rui Rio falou nesta grande "reforma" com entusiasmo recentemente. :)

Procuradora-geral Lucília Gago convoca reunião urgente do órgão de gestão do MP para debater proposta polémica do PS

Socialistas apresentaram na Assembleia da República proposta polémica para um novo Estatuto do Ministério Público (MP) que implica fim do paralelismo entre a magistratura judicial e a do MP.

O Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) vai reunir-se extraordinariamente no dia 18 de junho para discutir a proposta do PS sobre a revisão do Estatuto dos magistrados do MP, disse à Lusa fonte do Ministério Público.

Segundo a fonte, a reunião urgente foi convocada pela Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, que se encontra em Cuba, depois de alguns conselheiros terem manifestado o seu desagrado com vários pontos da proposta socialista para o novo Estatuto do Ministério Público, nomeadamente o fim do paralelismo entre a magistratura judicial e a do MP.

O fim de tal paralelismo, para além de implicações salariais e de progressão de carreira, pode implicar um retrocesso na autonomia da magistratura do Ministério Público perante o Poder Executivo.

A notícia da reunião foi avançada inicialmente pelo jornal Expresso.

O CSMP já tinha marcado uma reunião plenária para dia 25, véspera do primeiro de três dias de greve convocada pelo Sindicato dos Magistrados do Ministério Público por estar contra a violação do princípio do paralelismo das magistraturas, o qual não está consagrado na proposta socialista do Estatuto, em votação na Assembleia da República.
Da reunião do dia 18 poderá, adiantou a fonte, sair uma deliberação do conselho a mostrar o seu descontentamento sobre esta matéria, que afasta os magistrados do MP do estatuto dos juízes, recentemente aprovado.

Os magistrados temem que a falta de paralelismo entre magistraturas abra caminho a que os procuradores sejam controlados pelo poder executivo, algo que acontecia antes do 25 de Abril de 1974.

O Conselho Superior do Ministério Público é um órgão colegial, presidido pelo Procurador-Geral da República e composto pelos quatro procuradores-gerais distritais, sete eleitos por magistrados do MP, cinco membros eleitos pela Assembleia da República e dois designados pelo Ministro da Justiça, no total de 19 elementos.

https://observador.pt/2019/06/11/reuniao-urgente-do-conselho-superior-do-mp-para-discutir-proposta-de-estatuto/

jeab

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Re: Portugal falido
« Responder #19214 em: 2019-06-12 18:10:15 »
É caricato mas conheço pessoalmente conhecidos que estão com dificuldade em arranjar empregados.
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
O verdadeiro homem inteligente é aquele que parece ser um idiota na frente de um idiota que parece ser inteligente!

vbm

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Re: Portugal falido
« Responder #19215 em: 2019-06-12 20:08:55 »
No tempo do fascismo,
os problemas eram outros.

Dois amigos:
-«Oh pá, preciso de arranjar um emprego!»
- «É difícil… nós já somos doze na Administração…»
- «Eh, pá, não faz mal. Eu não sou supersticioso!»

gatogato

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Re: Portugal falido
« Responder #19216 em: 2019-06-13 11:18:24 »
Corrupção: democracia com costas largas e partidos com costas pequeninas
A “crise de regime” é um problema de polícia, de lei e de tribunal, mas é também um problema político, porque é aqui que a corrupção comunica e inquina a democracia.
José Pacheco Pereira - Público
8 de Junho de 2019, 6:52
É curioso ver como, nesta discussão sobre se há uma “crise de regime”/"crise das direitas”, quase não entra o tema da corrupção. Isto numa altura em que há uma nova série de prisões e acusações a responsáveis políticos e autárquicos, com o curioso nome de código de “a teia”. E quando se sabe que, diferentemente dos outros países onde os refugiados e emigrantes são o tema central, a principal fonte do populismo em Portugal é a corrupção. Porque, por muito que haja corrupção imaginária e exagerada, há muita real, a começar pela efectiva existência de uma ecologia da corrupção, centrada nos partidos políticos do poder, e no acesso ao estado que eles permitem. A democracia tem costas largas em matéria de corrupção, os partidos pelo contrário tem costas pequenas, pequeníssimas. Esse problema não pode nem deve ser ocultado, por muito incómodo que seja.
Aliás, não se pode esconder de ninguém que o país vive banhado nessa ecologia, a começar por tudo o que se vem sabendo de uma “teia” centrada num anterior primeiro-ministro, que abrange ministros, secretários de estado, homens de mão nas empresas, na banca, na universidade, na imprensa, em blogues, um pouco por todo o lado. Não se trata de não lhes dar a presunção da inocência, nem de denunciar os abusos da acusação mas, o que já se sabe e não é negado pelos próprios, chega para se tirar uma conclusão bastante sólida sobre a existência de uma ecologia de corrupção, desde os partidos ao topo do estado. E convém não esquecer que estão presos altos responsáveis políticos do PS e do PSD.
Comecemos pela “crise de regime”, e deixemos a “crise da direita” naquilo que não é expressão da “crise de regime” para outra altura. “Regime”, “sistema” e outras expressões usadas no discurso populista e não só, são expressões ambíguas que sugerem que é a democracia que gera a corrupção. Na verdade, as democracias tornam a corrupção muito mais visível do que as ditaduras, mas as ditaduras são muito mais corruptas, até pela impunidade que dão à corrupção. Já referi isto e repito, basta ver o que a censura cortou durante 48 anos de ditadura em Portugal, para se perceber não só a dimensão da corrupção como a impunidade que dava o acesso ao poder autocrático.
É a corrupção hoje em Portugal um problema estrutural da nossa democracia? É. E o epicentro da corrupção em Portugal são os partidos políticos, não por existirem como é normal numa democracia, mas pela forma como evoluíram nos últimos 45 anos e como estão e são hoje, quer a nível do poder político central, quer autárquico. Há corrupção em todos os partidos, mas ela concentra-se naturalmente nos partidos de poder, no PS, no PSD, e no CDS. Há corrupção nos outros partidos? Há, mas funciona de forma diferente e não tem o peso que tem nos partidos com acesso ao poder. E uma das razões pelas quais o problema da corrupção é estrutural é porque ela associa-se ao exercício do poder e da autoridade política, atraindo quem quer fazer uma carreira beneficiando primeiro das benesses dos cargos políticos e, depois, do poder em benefício pessoal. E os grandes partidos estão cheios de gente dessa, das “jotas” aos adultos. Por isso, as democracias podem adoecer de corrupção, quando os mecanismos da corrupção se associam intimamente ao seu funcionamento.
A “crise de regime” é um problema de polícia, de lei e de tribunal, mas é também um problema político, porque é aqui que a corrupção comunica e inquina a democracia. Os partidos políticos de poder em Portugal não têm nenhuma cultura interior anti-corrupção, bem pelo contrário. O resultado é que é possível fazer carreira ascendente nesses partidos sem qualquer problema, mesmo quando a maioria dos militantes sabe - e no interior dos partidos sabe-se muito - que as pessoas em causa são corruptas ou fecham os olhos à corrupção à sua volta. Conheço casos no PS e no PSD, em que militantes com altos cargos tiveram acusações muito gravosas que nunca verdadeiramente negaram, e que, ou por incúria da justiça ou porque a polícia ficou à porta dos offshores, não sofreram a mínima beliscadura nas suas carreiras partidárias ganhando inclusive eleições internas sabendo toda a gente que neles votou quem eram e o que faziam. Ou, que foram consistentemente promovidos a lugares cimeiros, ou a seja novas oportunidades de roubar, pelas lideranças, ou porque controlavam sindicatos de votos ou pura e simplesmente por indiferença.
No essencial, este problema não é jurídico, mas político: como é possível permitir o sucesso dentro dos partidos dessas pessoas? Não se trata de as denunciar e investigar, porque isso é função das polícias, mas também de não esperar para as expulsar quando entram na cadeia, é antes de escolher por critérios éticos e políticos de modo a não lhes permitir usar o partido e os lugares no estado a que tem acesso para roubar. E compreender os enormes estragos que fazem à honra, de há muito perdida, dos partidos e à saúde da democracia. E, por isso, o problema tem a ver, e muito, com as lideranças que devem ter cuidado com os abraços que dão e com as companhias que escolhem, principalmente quando, como se dizia no magnífico português antigo, são velhos “conheçudos”.

O JPP parece ignorar (de propósito?) que a corrupção é, principalmente, função da DIMENSÃO do Estado. A corrupção está menos na natureza do indivíduo e mais no incentivo que um Estado imenso proporciona.

Reg

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Re: Portugal falido
« Responder #19217 em: 2019-06-13 11:32:07 »
se politica hoje dia com estados grandes gastar grande parte pib  a  tirar uns para dar outros metade do ganham ou mais em alguns casos passa dos 100%

estam espera ter la malta sem ganhar comissão e seria  :P



(ditaduras ou democracias onde esta estado gordo são sempre as mais corruptas basta ver coreia norte e venezuela)

https://exame.abril.com.br/mundo/estes-sao-os-40-paises-mais-corruptos-do-mundo/

em portugal e mais politicos fazer negocios e liçenças fazem  gostam meter nariz nisto  sem ter utilidade para nada   depois sai corrupção

estado gordo com elite mandar onde gastar dinheiro da nisto
« Última modificação: 2019-06-13 12:00:10 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

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Re: Portugal falido
« Responder #19218 em: 2019-06-15 09:19:06 »
https://observador.pt/2019/06/14/psp-contraria-estado-aplicacao-nao-substitui-cartao-de-cidadao-numa-operacao-stop/

A AMA (estado) faz uma app para a pessoa poder trazer os documentos consigo no telemóvel. Diz que isso substitui os cartões físicos. Depois a PSP (estado) diz que não é válido. Uma palhaçada.

vbm

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Re: Portugal falido
« Responder #19219 em: 2019-06-15 10:07:40 »
Palhaçada? É defraudável? Deve ser.
Garante procedimentos contra a fraude?
Provavelmente, não. Logo, os privados
que paguem a quem sabe  trabalhar
direito e sacuda os aldrabões.