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Autor Tópico: Portugal falido  (Lida 3451268 vezes)

Smog

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Re: Portugal falido
« Responder #18260 em: 2019-03-30 22:21:13 »
Numa democracia existem vários grupos que vão a votos. ganha o grupo da maioria que vai legislar para o conjunto. Numa democracia madura o grupo vencedor é tolerante com as minorias e aceita que grupos de cidadãos proponham e submetam ao parlamento propostas concretas de leis.
Estamos aqui em Portugal.
Porém, quando um grupo de cidadãos quis por em prática a teoria, a prática revelou a filha da putice dos políticos que nos representam. Assim está a acontecer com a ILC dos professores que eu subscrevi e mostrei aqui no fórum.
O atual estado da democracia portuguesa está interessante: a lama está exposta, a fraqueza, limitações, mediocridade, corrupção, estão expostas. mas não há ninguém capaz de fazer a limpeza. .. depois admiram-se que o povo se extreme e vote num qq Bolsonaro ou Trump ou outro assim qq.
As pessoas gostam mais da hipocrisia das aparências que lidar com roupa suja estendida no varal.

Não deixa de ser curioso que se tenha medo de a maioria escolher mal quando o interesse é próprio, directo e acarreta custos (no mercado), mas que depois já possa escolher bem em democracia ...  :D

Que tal uns especialistas para decidir quem deve realmente governar?  :D
Olha o poder da monarquia por esse mundo fora ;)
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vbm

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Re: Portugal falido
« Responder #18261 em: 2019-03-30 22:21:25 »
Devem governar os melhores!

D. Antunes

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Re: Portugal falido
« Responder #18262 em: 2019-03-30 23:03:54 »

Existe um lado bom nisso, e existe um lado que deves achar deplorável: muito disso está a acontecer, e aconteceu especialmente na génese, por interesses económicos (dos praticantes) que quiseram limitar a oferta  de medicina (tanto eliminando largas áreas da mesma, como restringindo o numero de praticamente dentro da medicina científica).

Nota porém que não devemos confundir coisas razoavelmente provadas científicamente, com especialistas sem qualquer validação científica actuando em campos subjectivos.

O facto de existirem poucos médicos poderá ajudar as medicinas alternativas. No entanto, não penso que seja o factor mais importante. Existem medicinas alternativas em países com poucos e com muitos médicos. Por outro lado, existindo muitos médicos o estímulo será maior para que alguns se dediquem às medicinas alternativas. Mesmo quando existiam poucos medicos em Portugal, alguns dedicaram-se à acupunctura. Vamos ver o que acontecerá à medida que o número de médicos aumenta.
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

jeab

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Re: Portugal falido
« Responder #18263 em: 2019-03-31 10:29:12 »
Realmente os javalis estão a dar cabo da Serra da Arrábida  >:(

Agora imaginem em 1700 quando havia por lá ursos, nem sei como não escavaram a Serra toda

O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
O verdadeiro homem inteligente é aquele que parece ser um idiota na frente de um idiota que parece ser inteligente!

JoaoAP

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Re: Portugal falido
« Responder #18264 em: 2019-03-31 12:14:30 »
Já referido há muitos anos por muitos foristas daqui... novamente mais pessoas de fora:

Citar
Horta Osório alerta para riscos na economia portuguesa
Jornal Económico com Lusa   30 Março 2019, 20:57
O presidente do Lloyds Bank, António Horta Osório, alertou hoje para os riscos da economia em Portugal e sugeriu um “pacto suprapartidário” para o problema demográfico do país nas próximas décadas.

Automek

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Re: Portugal falido
« Responder #18265 em: 2019-03-31 15:38:52 »
Primeiro-ministro diz que Tâmega e Sousa mostra que redução tarifária “é para todo o país”

Este tipo foi ao Tâmega dizer que os benefícios dos passes são para todo o país. Gostava que tivesse ido dizer o mesmo aos habitantes de Borba e de Odemira.  ;D

Incognitus

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Re: Portugal falido
« Responder #18266 em: 2019-04-01 00:11:14 »
Jeab, o que andam ali a extrair?
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

JohnyRobaz

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Re: Portugal falido
« Responder #18267 em: 2019-04-01 01:05:38 »
Numa democracia existem vários grupos que vão a votos. ganha o grupo da maioria que vai legislar para o conjunto. Numa democracia madura o grupo vencedor é tolerante com as minorias e aceita que grupos de cidadãos proponham e submetam ao parlamento propostas concretas de leis.
Estamos aqui em Portugal.
Porém, quando um grupo de cidadãos quis por em prática a teoria, a prática revelou a filha da putice dos políticos que nos representam. Assim está a acontecer com a ILC dos professores que eu subscrevi e mostrei aqui no fórum.
O atual estado da democracia portuguesa está interessante: a lama está exposta, a fraqueza, limitações, mediocridade, corrupção, estão expostas. mas não há ninguém capaz de fazer a limpeza. .. depois admiram-se que o povo se extreme e vote num qq Bolsonaro ou Trump ou outro assim qq.
As pessoas gostam mais da hipocrisia das aparências que lidar com roupa suja estendida no varal.

Não deixa de ser curioso que se tenha medo de a maioria escolher mal quando o interesse é próprio, directo e acarreta custos (no mercado), mas que depois já possa escolher bem em democracia ...  :D

Que tal uns especialistas para decidir quem deve realmente governar?  :D

O povo tem a ideia geral do tipo de sociedade que quer, supostamente, e vota consoante isso. Totalmente diferente de participar directamente nas milhões de decisões em casos específicos que envolvem conhecimentos que os cidadãos todos não têm nem têm que ter na totalidade, não é suposto. Uma coisa é votar em querer que o Estado garanta saúde pública ou não garanta, outra é votar em referendo se é preciso comprar uma máquina de TAC nova para o Hospital de São José.

Reg

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Re: Portugal falido
« Responder #18268 em: 2019-04-01 01:09:35 »
mesmo socialistas

não estão acordo com sociadade querem

porque tem ganhar o socialismo certo  :-\  onde tem poder

ha sempre outros socialistas ficam fora


tipo a smog funcionaria publica e socialista que pelo visto não levou aumento casa mas    outros socialistas tiveram aumentos e menos horas ou subsidios

depois ha socialistas do privado que devem ser masoquistas porque gostam obrigar outros privados pagar caro ir fila  comboios avariados, hospitais e escolas publicas estam dar berro

com masoquistas e pessoas que querem mamar e  dificil  fazer referendos 

nisto concordo com robaz

os povos são diferentes e evolução demora chegar
« Última modificação: 2019-04-01 01:23:28 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

Kin2010

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Re: Portugal falido
« Responder #18269 em: 2019-04-01 01:11:45 »
Relacionado com isto, imaginem que de repente a população começava a acreditar mais na homeopatia e "medicinas alternativas", que como sabemos, são completas tretas, do que na medicina ortodoxa convencional? faço esta pergunta ao Antunes em especial, que é médico.

Imaginem. 80% da população convence-se de que o melhor são as "alternativas". Os impostos são opcionais. Deixam de pagar impostos para a medicina científica. Os outros 20% acreditam e financiam. Só estes a têm e tratam-se.

Isto cria dois problemas. Primeiro, os 20% que ainda acreditam podem não reunir o suficiente para a medicina científica se aguentar -- já que esta precisa obviamente de muitos mais meios técnicos do que as tretas alternativas, que só precisam de consultórios onde se vende banha de cobra.

Segundo, os idiotas dos 80% que ficaram com as alternativas começam a ter muito pior saúde. Isso também é uma imoralidade, embora a culpa seja só deles, também não se deve deixar as pessoas entregues assim aos resultados das suas más escolhas, embora a culpa seja deles.

Por outro lado os 80% das alternativas iriam viver vidas mais curtas e possivelmente reproduzir-se menos.

Os 20% precisamente o contrário. No longo prazo a balança demográfica iria se equilibrar.

E achas que isso era aceitável eticamente? Os 20% esclarecidos ficavam a assistir aos outros a morrer com doenças sem fazer nada por eles. Ok, a culpa era mais dos 80% ignorantes, mas não se pode ter uma sociedade que simplesmente vira a cara para o lado para 80% de pessoas abandonadas assim à  sua sorte, mesmo que seja devido à ignorância deles.

O que descreves é a selecção natural a funcionar. A seleção natural não é ética nem inética, é a seleção natural. Muito gente parece que pensa que a seleção natural não se aplica aos humanos, mas está enganada.
Claro que atualmente os mais espertos até tendem a ter menos filhos. O principal factor que se correlaciona (negativamente) com a natalidade é o número de anos de escolaridade, principalmente nas mulheres. Nós temos mais instinto sexual do que instinto maternal/paternal perante seres ainda não gerados. No passado não era necessário o desejo de ter filhos, bastava o desejo sexual. Com os métodos de planeamento familiar, no futuro o pessoal vai ter menos desejo sexual e mais desejo de procriar.

Claro que a selecção natural continua a funcionar nos humanos. E ela não tem ética. Mas NÓS temos ética. O que eu disse que não é ético ficar a assistir a milhões de pessoas cairem na desgraça sem nada fazer para o evitar, ainda que o cairem na desgraça se deva aos seus erros.
« Última modificação: 2019-04-01 01:32:22 por Kin2010 »

Kin2010

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Re: Portugal falido
« Responder #18270 em: 2019-04-01 01:25:07 »
Estás a baralhar aqui as coisas que realmente estão em discussão.

Para se defender que é necessário proteger a cultura das pinturas e estátuas mais do que a dos videojogos não é necessário assumir, como tu aí dizes, que "uma vida vivida... vale mais". A questão é que as pinturas e estátuas fazem parte de uma cultura clássica que, se se perder, terá efeitos catastróficos, e já agora, produzirá sofrimento intenso das pessoas que têm apego a essa cultura e a perdem. Ao passo que os videojogos já estão neste momento bem financiados, pelos mecanismos de mercado, e isso é óptimo.

Aquilo que puder ser financiado pelos gostos e logo, pelo mercado a funcionar, pois que o seja, isso está ok. Mas a sociedade em geral tem obrigação de proteger aquelas facetas da cultura clássica que estejam ameaçadas de simplesmente desaparecer se forem entregues só ao mercado.

Logo, não tem nada a ver com o teu argumento de qual das vidas vale mais.
Eu até concordo parcialmente contigo por isso é que nos +400M do orçamento da cultura tive o cuidado de retirar o orçamento referente ao património.

Agora, se releres o que acabaste de escrever vais ver que estão aqui todos os argumentos para não apoiar a arte contemporânea (porque não é antiga, clássica), nem para financiar eventos de música clássica (não há o risco "físico" da mesma desaparecer"), nem para financiar cinema de autor porque não há "angústia" de perder o que não foi produzido.

Além disso, justificar a coerção com o "sofrimento intenso das pessoas que têm apego a essa cultura e a perdem", significa que o sofrimento de alguém que fica sem poder ir à exposição de arte minimalista é superior ao sofrimento de alguém que deixa de ir ao futebol porque o dinheiro lhe foi retirado para a arte minimalista. É, mais uma vez, assumir que uma forma de viver (ir ver cultura) é superior à outra (ir ver futebol), ao ponto de merecer a coerção.

Obviamente que eu estou a admitir que a perda de uma coisa como o Mosteiro dos Jerónimos em Portugal, ou a música de Mozart, ou os quadros renascentistas, ou a contínua representação das peças de Molière e Shakespeare é uma perda inaceitável. Isto, confesso, é motivado por eu achar que essas obras têm um valor transcendente, por razões várias. Num dos casos, suportam um certo orgulho nacional, e isso é importante. Noutros casos são referência de toda a cultura ocidental. Ao passo que os jogos de video que se jogam nos smartphones são aos milhões e vão e vêm. Se vários deles deixarem de ser jogados a perda não é assim uma coisa que destrua a memória da cultura ocidental. (já agora acho que também merecem ser preservados símbolos de culturas não-ocidentais, obviamente).

1) Coisas assim não se perderiam por falta de apoio, pois se existisse necessidade de apoiar existiria quem o fizesse.~
2) O que se perderia é aquilo para o qual não existe interesse e ninguém vê valor.
3) Para uma pequena comunidade de um determinado jogo, o valor que lhe atribuem é igual ao que tu irás atribuir a uma dessas quaisquer obras nas quais não existe interesse suficiente para as suster. Porque é que a vontade dessa comunidade deve valer menos do que a tua? "Porque é só mais um jogo de video?". Então e uma igreja ou muralha sabe-se lá onde não é só "mais uma igreja ou muralha sabe-se lá onde"?

Ponto 1) Se estás assim tão certo de que os símbolos de cultura clássica que eu citei acima não correm o risco de desaparecer, para mim tudo bem. Mas há que ter essa garantia. Se estiverem em risco, acho que se deve usar o $$ dos impostos para evitar que desapareçam.

Ponto 3) Uma muralha qualquer... Depende. Muitas não se perderá nada se desaparecerem. Então e se for um site de valor arqueológico? E se esses achados arqueológicos ou paleontológicos não tiverem quase público nenhum, e nesse caso não se possam financiar pelo mercado? Mas tiverem um pequeno grupo de cientistas da área para os quais os achados são preciosos? Neste caso eu defendo que se deva financiar com fundos públicos ainda que haja pouco gosto popular por essas coisas. A questão é que estamos a falar de uma memória de valor científico que é demasiado preciosa para se perder.


Reg

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Re: Portugal falido
« Responder #18271 em: 2019-04-01 01:28:05 »
hoje dia ha cultura monumentos de povos ja não existem

axam isto assim tão importante?  pelo visto ha  diga sim  porque ate ha fundaçoes privadas protegem ($) isso


epa o que conta sobreviver,  ha muitos povos acabaram

nem todos povos tem sucesso judeus, de sobreviver durante  milenios nem pais tinham sendo poucos

melhor cultura ja tu tens vives  pais com fronteira mais antiga do mundo

https://www.vortexmag.net/os-15-paises-mais-antigos-do-mundo-portugal-e-um-deles/

e a cultura da sobrevivencia dos povos, tudo o resto são gostos privados cada um tem seu gosto

e que tal apostar na cultura da sobrevivencia dos tugas, hum!


Como já pontuou Charles Darwin, não foram as espécies mais fortes ou maiores que conseguiram permanecer vivas ao longo dos milênios, mas aquelas capazes de fácil e inteligentemente se adaptar às mudanças.

Na ciência da evolução

« Última modificação: 2019-04-01 04:08:14 por Reg »
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Re: Portugal falido
« Responder #18272 em: 2019-04-01 08:07:15 »
O povo tem a ideia geral do tipo de sociedade que quer, supostamente, e vota consoante isso. Totalmente diferente de participar directamente nas milhões de decisões em casos específicos que envolvem conhecimentos que os cidadãos todos não têm nem têm que ter na totalidade, não é suposto. Uma coisa é votar em querer que o Estado garanta saúde pública ou não garanta, outra é votar em referendo se é preciso comprar uma máquina de TAC nova para o Hospital de São José.
O povo não toma melhores nem piores decisões, se tiver de consumir cultura sozinho, do que toma quando compra alimentação, telemóveis, automóveis, férias e uma série de outras coisas em que o estado não se mete (e, por vezes, até um nível de complexidade igualmente elevado). A pessoa pesquisa, informa-se e toma a sua decisão. Muitas vezes "errada", claro.

Achar que tem de ser o estado a escolher cultura pelo povo, para este não escolher "mal", é como se lhe tirássemos dinheiro todos os meses, via impostos, para ter as férias "correctas" ou a alimentação "correcta", subsidiadas pelo estado.

JohnyRobaz

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Re: Portugal falido
« Responder #18273 em: 2019-04-01 09:36:21 »
O povo tem a ideia geral do tipo de sociedade que quer, supostamente, e vota consoante isso. Totalmente diferente de participar directamente nas milhões de decisões em casos específicos que envolvem conhecimentos que os cidadãos todos não têm nem têm que ter na totalidade, não é suposto. Uma coisa é votar em querer que o Estado garanta saúde pública ou não garanta, outra é votar em referendo se é preciso comprar uma máquina de TAC nova para o Hospital de São José.
O povo não toma melhores nem piores decisões, se tiver de consumir cultura sozinho, do que toma quando compra alimentação, telemóveis, automóveis, férias e uma série de outras coisas em que o estado não se mete (e, por vezes, até um nível de complexidade igualmente elevado). A pessoa pesquisa, informa-se e toma a sua decisão. Muitas vezes "errada", claro.

Achar que tem de ser o estado a escolher cultura pelo povo, para este não escolher "mal", é como se lhe tirássemos dinheiro todos os meses, via impostos, para ter as férias "correctas" ou a alimentação "correcta", subsidiadas pelo estado.

Penso que não percebeste o meu comentário. Vocês adoram extrapolar os termos "coerção" e "subsídio", mas o próprio povo vota em programas eleitorais, e nesses programas está lá escrito que a cultura, e outras coisas, são sustentadas por um certo grau de carga fiscal. Todos sabemos que nem tudo o que lá está escrito é cumprido, mas a ideia geral do que deve ser financiado pelo Estado e o que não deve, segundo um certo partido, está lá escrito e é cumprido em geral. Se o povo se sentisse roubado pelo Estado em relação aos gastos na cultura, já tinha surgido e vencido um partido que defendesse o corte dos impostos e consequente corte no apoio à cultura. Ou aqui a lógica do mercado já não se aplica? As pessoas em geral têm noção que não têm os conhecimentos suficientes do assunto e preferem pagar uns euros de impostos para o que Estado lhes garanta uma oferta diversificada, dentro da qual eles possam depois escolher com verdadeira liberdade e não condicionados aos gostos da maioria. E quando escolhem, em geral pagam por essa escolha também, a cultura não é gratuita ao público em Portugal. O Estado garante uma oferta, a procura é originada pelo mercado (pessoas livres de escolha). E a verdade é que a maioria dos eleitores vota em partidos que defendem cultura em certo modo apoiada pelo Estado, pelos seus impostos, provavelmente porque sabem que a minúscula parte dos seus impostos que vai para a cultura é justificada pelos ganhos proporcionados a nível de sanidade social. Senão, visto que o mercado é perfeito, já tinha surgido a oferta a nível partidário que preenchesse a lacuna que a maioria quer: um partido que não defenda o apoio público à cultura. E quem fala em cultura, fala em muitas coisas coisas que vocês, neo-liberais, defendem.

Reg

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Re: Portugal falido
« Responder #18274 em: 2019-04-01 09:40:44 »
tu estas entender pouco  eu axo povo e socialista

mas como quase 50%  não votam

e porque  ficam xuxar no dedo  mas nem sequer votam noutra coisa

o socialsmo deles perdeu desistiram votar ate

ganhou o outro socialismo  dos funcionarios publicos e malta subsidios

por isso digo   quem não esta sistema xuxar deve ser socialsta masoquista para votar  nos socialistas do parlamento
« Última modificação: 2019-04-01 09:49:31 por Reg »
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Re: Portugal falido
« Responder #18275 em: 2019-04-01 09:42:44 »
Robaz, se tu acreditas que as pessoas quando vão votar fazem a escolha, essencialmente, com base na politica cultural, quem sou eu para te dar más notícias a esta hora da manhã.  ;D

Automek

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Re: Portugal falido
« Responder #18276 em: 2019-04-01 09:48:45 »
Diga-se que é estranho defender o argumento de que nas eleições as pessoas, perante a proposta de vários "especialistas" da política, sabem escolher "bem" sozinhas, mas depois perante a proposta de vários "especialistas" da cultura vão escolher "mal" se forem deixadas sozinhas.

Continuo a não perceber porque não temos o estado a escolher a alimentação correcta, subsidiando-a, uma vez que é visível que há muita gente que não sabe escolher a melhor alimentação.

Reg

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Re: Portugal falido
« Responder #18277 em: 2019-04-01 10:01:44 »
 filhos  não sabem comer, com mais escolha

mas pais sabiam , com menos escolha   

https://pt.wikipedia.org/wiki/Dieta_mediterrânica

antigamente comiam    era mais base azeite e legumes queijo , ovos  era havia !

« Última modificação: 2019-04-01 10:21:03 por Reg »
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Tixa

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Re: Portugal falido
« Responder #18278 em: 2019-04-01 10:58:07 »
Ora aqui está um óptimo exemplo daquilo que o povo escolheu quando votou no PS  ;)

https://poligrafo.sapo.pt/fact-check/o-primeiro-ministro-antonio-costa-tem-11-motoristas-a-sua-disposicao

Reg

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Re: Portugal falido
« Responder #18279 em: 2019-04-01 11:52:11 »
Ora aqui está um óptimo exemplo daquilo que o povo escolheu quando votou no PS  ;)

https://poligrafo.sapo.pt/fact-check/o-primeiro-ministro-antonio-costa-tem-11-motoristas-a-sua-disposicao

isso deve ser mentira 1 abril  ???
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