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Autor Tópico: Portugal falido  (Lida 3463099 vezes)

Moppie85

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Re: Portugal falido
« Responder #13500 em: 2016-12-14 19:34:18 »
ah, eu também confundi.
então daqui vai o meu agradecimento ao camarada itg e aos outros camaradas de fora de lisboa por ajudarem no passe no meu filho.

em nome da parte da parte da minha familia que reside fora de Lisboa, um bem hajas e dispõe sempre. Eles estão na "provincia" sempre dispostos a pagar os luxos da capital.

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Re: Portugal falido
« Responder #13501 em: 2016-12-15 12:37:26 »
Citar
Os próximos anos da economia portuguesa em cinco gráficos

Novas previsões do Banco de Portugal apontam 2019 como o ano em que o PIB regressa ao nível pré-crise. Mas a recuperação será lenta e, nessa altura, a economia terá cerca de 430 mil empregos a menos do que em 2008.

Texto: http://expresso.sapo.pt/economia/2016-12-15-Os-proximos-anos-da-economia-portuguesa-em-cinco-graficos
 

Zenith

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Re: Portugal falido
« Responder #13502 em: 2016-12-15 12:54:23 »
ah, eu também confundi.
então daqui vai o meu agradecimento ao camarada itg e aos outros camaradas de fora de lisboa por ajudarem no passe no meu filho.

Parece que então estou a contribuir, mas  não são só perdas, já que meu filho também está lá a estudar e beneficia.

vbm

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Re: Portugal falido
« Responder #13503 em: 2016-12-15 13:39:24 »
Interessantes os gráficos da previsão dos próximos anos. Notável, a recuperação do sector primário. Pena, não incluir petróleo e minas porque repletos de valor acrescentado quer salarial quer de excedente de valor não-salarial. O desemprego não se agravar é só uma semi-victória. Conviria que os desempregados trabalhassem nem que seja na economia paralela, caso em que a estabilidade prevista do indicador não será má de todo. O investimento abaixo da base 100 = 2008 é positivo, pois anteriormente o nível de pseudo- investimento da base 60 a 100, dos anos anteriores não passou de transferência de liquidez gerada pelo crédito para as mãos de incumpridores que se abotoaram de dinheiro no estrangeiro. Tudo aponta que os investimentos futuros da base 60 a 80 serão sérios e produtivos. O endividamento contido também é bom sinal de seriedade. Só falta realmente algum essor no investimento, possivelmente investimento directo estrangeiro, seja na indústria, no sector primário, extractivo ou florestal, para permitir uma descida mais rápida do endividamento.

itg00022289

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Re: Portugal falido
« Responder #13504 em: 2016-12-15 15:59:44 »
ah, eu também confundi.
então daqui vai o meu agradecimento ao camarada itg e aos outros camaradas de fora de lisboa por ajudarem no passe no meu filho.

em nome da parte da parte da minha familia que reside fora de Lisboa, um bem hajas e dispõe sempre. Eles estão na "provincia" sempre dispostos a pagar os luxos da capital.
idem idem aspas aspas 
:)

Elder

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Re: Portugal falido
« Responder #13505 em: 2016-12-15 17:07:34 »
Então a questão dos SWAP's não deveria dar cabo do défice deste ano? Bem como corrigir em alta os défices dos anos anteriores?
O Estado penso que recorreu para o "supremo".
Só devem registar a perda qd efectivamente tiverem que pagar.



É preciso ter a noção de que os argumentos de defesa do Estado só serão válidos num qualquer Tribunal de Caracas ...  :-\

Citar
O Estado defendia que os nove contratos de "swaps" não eram válidos porque consistiam em "jogos de azar", por serem puramente especulativos e consistirem em apostas ilegais.

Citar
Os argumentos do lado dos advogados do Estado eram de que os gestores das empresas públicas não compreenderam verdadeiramente o risco dos "swaps" contratados.

Citar
A defesa das empresas públicas argumentou que a alteração das taxas de juro e a sua manutenção em mínimos históricos desde o segundo trimestre de 2009 constituía uma anormal alteração das circunstâncias que serviram de base à contratação dos "swaps". Alegou que essa alteração anormal não fazia parte dos riscos cobertos pelos instrumentos derivados e que requerer que as empresas continuassem a fazer face às obrigações desses contratos era uma quebra dos princípios da boa-fé

Esta última é deliciosa.. O mercado preçar as euribors em mínimos históricos é um ato de má fé...  :D

 

itg00022289

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Re: Portugal falido
« Responder #13506 em: 2016-12-15 17:30:02 »
Então a questão dos SWAP's não deveria dar cabo do défice deste ano? Bem como corrigir em alta os défices dos anos anteriores?
O Estado penso que recorreu para o "supremo".
Só devem registar a perda qd efectivamente tiverem que pagar.



É preciso ter a noção de que os argumentos de defesa do Estado só serão válidos num qualquer Tribunal de Caracas ...  :-\

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O Estado defendia que os nove contratos de "swaps" não eram válidos porque consistiam em "jogos de azar", por serem puramente especulativos e consistirem em apostas ilegais.

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Os argumentos do lado dos advogados do Estado eram de que os gestores das empresas públicas não compreenderam verdadeiramente o risco dos "swaps" contratados.

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A defesa das empresas públicas argumentou que a alteração das taxas de juro e a sua manutenção em mínimos históricos desde o segundo trimestre de 2009 constituía uma anormal alteração das circunstâncias que serviram de base à contratação dos "swaps". Alegou que essa alteração anormal não fazia parte dos riscos cobertos pelos instrumentos derivados e que requerer que as empresas continuassem a fazer face às obrigações desses contratos era uma quebra dos princípios da boa-fé

Esta última é deliciosa.. O mercado preçar as euribors em mínimos históricos é um ato de má fé...  :D

Ehehe, muito bom!

Esse 2º argumento não deve andar muito longe da verdade
Citar
Os argumentos do lado dos advogados do Estado eram de que os gestores das empresas públicas não compreenderam verdadeiramente o risco dos "swaps" contratados.

Automek

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Re: Portugal falido
« Responder #13507 em: 2016-12-15 19:24:45 »
Genial, não admira as 3 falências em 40 anos. Essa dos gestores não compreenderem o que contrataram é o estado, oficialmente, a assumir que são incompetentes. Devia ser usado para despedimento, não ?

Tridion

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Re: Portugal falido
« Responder #13508 em: 2016-12-15 21:34:58 »
Ai e tal...o juro da dívida sobe em todos os países do sul da Europa. A política do actual governo pouco impacto tem na evolução da taxa...blá...blá...whiskas saquetas.





Zero, podes partilhar lá no outro lado que eu deixo.
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vv

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Re: Portugal falido
« Responder #13509 em: 2016-12-15 22:27:39 »
Bem, a vantagem na australia é que ainda pagam essa taxa em depositos a prazo a partir de 90dias. Em porugal nem metade disso

D. Antunes

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Re: Portugal falido
« Responder #13510 em: 2016-12-15 23:37:09 »
Então a questão dos SWAP's não deveria dar cabo do défice deste ano? Bem como corrigir em alta os défices dos anos anteriores?
O Estado penso que recorreu para o "supremo".
Só devem registar a perda qd efectivamente tiverem que pagar.



É preciso ter a noção de que os argumentos de defesa do Estado só serão válidos num qualquer Tribunal de Caracas ...  :-\

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O Estado defendia que os nove contratos de "swaps" não eram válidos porque consistiam em "jogos de azar", por serem puramente especulativos e consistirem em apostas ilegais.

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Os argumentos do lado dos advogados do Estado eram de que os gestores das empresas públicas não compreenderam verdadeiramente o risco dos "swaps" contratados.

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A defesa das empresas públicas argumentou que a alteração das taxas de juro e a sua manutenção em mínimos históricos desde o segundo trimestre de 2009 constituía uma anormal alteração das circunstâncias que serviram de base à contratação dos "swaps". Alegou que essa alteração anormal não fazia parte dos riscos cobertos pelos instrumentos derivados e que requerer que as empresas continuassem a fazer face às obrigações desses contratos era uma quebra dos princípios da boa-fé

Esta última é deliciosa.. O mercado preçar as euribors em mínimos históricos é um ato de má fé...  :D

Ehehe, muito bom!

Esse 2º argumento não deve andar muito longe da verdade
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Os argumentos do lado dos advogados do Estado eram de que os gestores das empresas públicas não compreenderam verdadeiramente o risco dos "swaps" contratados.

É meia verdade. Também não interessava que compreendessem. Teriam pedido um comissão maior.
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

Jsebastião

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Re: Portugal falido
« Responder #13511 em: 2016-12-15 23:59:18 »
Um assunto diverso do que está em debate, mas o tópico é adequado para o colocar. Esta notícia já tem um mês.

http://observador.pt/2016/11/19/tratamentos-inovadores-so-chegam-a-5-dos-doentes-oncologicos/

Citar
Tratamentos inovadores só chegam a 5% dos doentes oncológicos
19/11/2016, 2:07449

O semanário Expresso revela que diversos oncologistas admitiram existir racionamentos nos tratamentos inovadores de combate ao cancro.

Mais de metade dos 53 oncologistas consultados para um estudo realizado pela DECO admitem que existe racionamentos nos tratamentos inovadores de combate ao cancro — que ainda só chegam “apenas a uma minoria”. De acordo com as conclusões do estudo a que o semanário Expresso teve acesso, “em causa estão fármacos que podem alcançar dezenas de milhar de euros por ciclo de tratamento e que, assim, pressionam o orçamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, cita o Expresso.

O estudo — a ser publicado em dezembro na revista “Teste Saúde” — vai mais longe: Apenas 5% dos pacientes em fase de cancro avançado recebem tratamentos inovadores. Entre os quais, ensaios clínicos, terapia de alvo molecular (fármacos que atuam num alvo concreto do tumor) ou imunoterapia (manipulação de células do próprio doente). Assim, os tratamentos mais frequentes são a quimioterapia, a radioterapia e a cirurgia.

Apesar de considerarem que se deve optar sempre pelo melhor tratamento independentemente da situação financeira do paciente, os médicos têm em conta a relação custo-benefício. Isto é, procuram selecionar para tratamentos inovadores os doentes nos quais os fármacos podem ter melhores resultados.

Resultado da falta de informação, sobre novos medicamentos e procedimentos, e, sobretudo, às dificuldades financeiras — um em cada três doentes oncológicos não têm possibilidades de pagar exames, medicamentos e deslocações — é que:

   «A quase totalidade dos doentes, a maioria entre os 60 e os 74 anos, obteve tratamento no SNS”, diz o inquérito.»

O estudo foi realizado em janeiro e fevereiro deste ano, em Portugal, Espanha, Itália, Bélgica e Brasil, onde além dos médicos foram entrevistados 16.239 doentes e cuidadores.
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hermes

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Re: Portugal falido
« Responder #13512 em: 2016-12-16 00:40:31 »
Curiosamente esta forma de escolha dos pacientes deve inflacionar a "eficácia" do medicamento. Criando medicamentos caros, este mecanismo produz estatisticamente medicamentos eficazes. Como bónus, tal eficácia estatística justifica os preços elevados e a seleção de mais pacientes do mesmo tipo.
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Jsebastião

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Re: Portugal falido
« Responder #13513 em: 2016-12-16 00:58:47 »
Curiosamente esta forma de escolha dos pacientes deve inflacionar a "eficácia" do medicamento. Criando medicamentos caros, este mecanismo produz estatisticamente medicamentos eficazes. Como bónus, tal eficácia estatística justifica os preços elevados e a seleção de mais pacientes do mesmo tipo.

Mas não estás a pensar no mecanismo de causa-efeito ao contrário? A lógica da criação dos medicamentos, antes de pensar no "caro", é pensar no "eficaz". O "caro" poderá ser bastante potenciado pelo "eficaz", sendo que o "não eficaz" determinará essencialmente que o medicamento não venha a ser reconhecido pela comunidade médica, ou que nem sequer passe nos testes para comercialização feitos pelas próprias farmaceuticas (a não ser que sejam forjados, como já certamente sucedeu).

Em todo o caso, o facto de teres de seleccionar "mais pacientes do mesmo tipo", aumentado a "eficácia estatística" nesse conjunto mais estreito, implica que estás a diminuir a "eficácia estatística" dos outros tratamentos antigos para o conjunto maior, considerando que há um custo de oportunidade a partir do momento em que alternativas novas surgem disponíveis.
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hermes

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Re: Portugal falido
« Responder #13514 em: 2016-12-16 10:04:06 »
Não, não estou a pensar o mecanismo de causa-efeito ao contrário. Estou a pensar no passo seguinte: inflacionar a eficácia estatística garantindo que este só seja aplicado nos casos com melhor potencial, cobrando caro para o garantir. O terceiro passo é induzido pelos restantes doentes que ao verem a elevada "eficácia" estatística, vão à comunicação social exigir que o estado lhes pague igual tipo de tratamento. O quarto passo é o estado abrir os cordões à bolsa. Não há nada como por os doentes a chorar para a farmaceutica mamar.
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D. Antunes

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Re: Portugal falido
« Responder #13515 em: 2016-12-16 10:16:22 »
Na fase de investigação, selecionar os sub-grupos em que é previsivelmente mais eficaz permite uma maior probabilidade de aprovação do fármaco e poupança nos ensaios clínicos (menos doentes e/ou menos follow-up, porque o efeito esperado é superior e o desvio-padrão da resposta menor).

Na fase clínica, fazer como foi afirmado que os oncologistas portugueses fazem ("selecionar para tratamentos inovadores os doentes nos quais os fármacos podem ter melhores resultados") melhora a razão custo/eficiência e reduz os custos (vs. uma utilização mais liberal).

Em todo o caso, quando se diz que os medicamentos "inovadores" só chegam a 5% dos doentes oncológicos não quer dizer que 95% ficaram prejudicados. Muitos não tinham medicamentos inovadores indicados para o seu caso.
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kitano

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Re: Portugal falido
« Responder #13516 em: 2016-12-16 11:23:59 »
Não, não estou a pensar o mecanismo de causa-efeito ao contrário. Estou a pensar no passo seguinte: inflacionar a eficácia estatística garantindo que este só seja aplicado nos casos com melhor potencial, cobrando caro para o garantir. O terceiro passo é induzido pelos restantes doentes que ao verem a elevada "eficácia" estatística, vão à comunicação social exigir que o estado lhes pague igual tipo de tratamento. O quarto passo é o estado abrir os cordões à bolsa. Não há nada como por os doentes a chorar para a farmaceutica mamar.

Na prática, muitos dos inovadores são utilizados nos casos com pior prognóstico, onde nenhum dos outros já funciona. Os resultados têm aí menor probabilidade de sucesso pela seleção dos doentes.
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

Incognitus

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Re: Portugal falido
« Responder #13517 em: 2016-12-16 12:57:33 »
Não, não estou a pensar o mecanismo de causa-efeito ao contrário. Estou a pensar no passo seguinte: inflacionar a eficácia estatística garantindo que este só seja aplicado nos casos com melhor potencial, cobrando caro para o garantir. O terceiro passo é induzido pelos restantes doentes que ao verem a elevada "eficácia" estatística, vão à comunicação social exigir que o estado lhes pague igual tipo de tratamento. O quarto passo é o estado abrir os cordões à bolsa. Não há nada como por os doentes a chorar para a farmaceutica mamar.

Na prática, muitos dos inovadores são utilizados nos casos com pior prognóstico, onde nenhum dos outros já funciona. Os resultados têm aí menor probabilidade de sucesso pela seleção dos doentes.

Sendo que depois dentro destes, pode existir uma selecção por características onde se estabeleceu que o fármaco pode ter maior probabilidade de funcionar, por triagem genética ou algo assim.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re: Portugal falido
« Responder #13518 em: 2016-12-16 13:04:34 »
Não, não estou a pensar o mecanismo de causa-efeito ao contrário. Estou a pensar no passo seguinte: inflacionar a eficácia estatística garantindo que este só seja aplicado nos casos com melhor potencial, cobrando caro para o garantir. O terceiro passo é induzido pelos restantes doentes que ao verem a elevada "eficácia" estatística, vão à comunicação social exigir que o estado lhes pague igual tipo de tratamento. O quarto passo é o estado abrir os cordões à bolsa. Não há nada como por os doentes a chorar para a farmaceutica mamar.

Na prática, muitos dos inovadores são utilizados nos casos com pior prognóstico, onde nenhum dos outros já funciona. Os resultados têm aí menor probabilidade de sucesso pela seleção dos doentes.

Interessante! Gosto deste género de discorreres prospectivos, inverdadeiros ou post-verdadeiros mas, verosímeis, guiados por um fio lógico. Parecem dis-cursos de economia, ceteris paribus, mutatitis mutandis :)) No entanto, para bem ou para mal dos nossos pecados, a história sempre encarrega-se de nos surpreender; e como dizia Cruz Malpique no desfecho de cada batalha decisiva: «E tudo ficou reduzido a cinzas, pó e nada...»

kitano

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Re: Portugal falido
« Responder #13519 em: 2016-12-16 13:25:13 »
Não, não estou a pensar o mecanismo de causa-efeito ao contrário. Estou a pensar no passo seguinte: inflacionar a eficácia estatística garantindo que este só seja aplicado nos casos com melhor potencial, cobrando caro para o garantir. O terceiro passo é induzido pelos restantes doentes que ao verem a elevada "eficácia" estatística, vão à comunicação social exigir que o estado lhes pague igual tipo de tratamento. O quarto passo é o estado abrir os cordões à bolsa. Não há nada como por os doentes a chorar para a farmaceutica mamar.

Na prática, muitos dos inovadores são utilizados nos casos com pior prognóstico, onde nenhum dos outros já funciona. Os resultados têm aí menor probabilidade de sucesso pela seleção dos doentes.

Sendo que depois dentro destes, pode existir uma selecção por características onde se estabeleceu que o fármaco pode ter maior probabilidade de funcionar, por triagem genética ou algo assim.

Claro, mas depende da área terapêutica e vão existindo inovadores em várias áreas.

Por exemplo, na oncologia tens melhores resultados (sobrevida com QdV) se utilizares um inovador pré-quimio. No entanto, pelo custo, muitas vezes só são utilizados pós-quimio. Os resultados serão forçosamente piores.

Ou por exemplo, em infecciologia, utilizares um agente apenas depois de outros falharem.

É nesse sentido que eu dizia que as populações onde são utilizados os inovadores não favorecem forçosamente os resultados
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