Inc. a realidade não é essa.
1 - A realidade é que consegues produzir mais barato com mão de obra infantil, semi-escrava ou até escrava, mas cujo produto é rejeitado pela maioria que tem o poder de compra e que prefere pagar mais pelo mesmo produdo, devito a conceitos que interferem no mecanismo puro de troca de bens ( a ética, a humanidade, a bondade, o social, a ajuda, etc.)
Excepções sem significado, tal como nas empresas podem existir outros factores que a fazem ultrapassar o limite mínimo que necessitaria pagar. Para consumidores em geral, também existem muitos desses factores, desde ingredientes, a mão-de-obra infantil, a imagem, a confiança, etc. Isso não afasta o facto de que a esmagadora maioria das pessoas escolhe essencialmente em função do preço e da qualidade de que necessita, sendo que mesmo que considere outros factores, continua a aplicar a mesma lógica - ou seja, se quer uma dada marca, ainda assim vai tender a comprar onde essa marca for mais barata.
2 - A nossa evolução, após a revolução industrial e tecnológica, é a revolução robótica, em que já nos iniciámos. Cada uma delas, trouxe-nos um salto qualitativo e quantitativo . Os robots, serão os escravos do futuro da Humanidade e cada vez mais o desemprego será maior, devido ao aumento e longevidade da Humanidade e à substituição do Humano pelo robot na cadeia produtiva.
A questão principal, vai ser qual o modo que vai ser distribuída a riqueza gerada.
A prazo, a longo prazo, a forma como os mercados e a sociedade funcionam pode vir a mudar significativamente devido a isso. Mas não é ainda o caso hoje, onde a esmagadora maiora das pessoas ainda tem que trabalhar. Para já, não se pode estruturar esta sociedade de formas utópicas ou futuristas, sem correr o risco de que no presente a solução encontrada funcione mal ou muito mal.
Quem sabe, daqui a 200 anos talvez até o comunismo seja viável. Não é o caso agora, porém.
Estás fora da realidade industrial.
As fábricas automatizaram-se no século passado e estão a robotizar-se neste século. Eu passei por isso. Quando entrei para o grupo Semapa, numa cimenteira, éramos 1840 empregados, fez-se uma fábrica nova com um sistema produtivo baseado na automação e fomos reduzidos para 365 empregados e neste século iniciou-se a robotização de várias partes produtivas e os empregados são 186. Entretanto a produção mais que triplicou nestes 30 anos.
Quanto ao desemprego, tens que olhar para a quantidade de horas trabalhadas e a sua evolução. Claro que a realidade de hoje a maioria tem que trabalhar, mas trabalhas menos tempo e produzes muito mais. É só olhar as estatísticas.
Mas, não querendo ser radical, mas sim realista, o desemprego em Portugal acabaria rápidamente, com medidas governamentais, coerentes com a nossa realidade.
1 - Já há muito que os descontos para o dito fundo de desemprego, deixou de ser uma capitalização para ser uma distribuição imediata. Há que o dizer claramente ao Zé Tuga, que o porquinho mealheiro que ele pensava ter para a velhice, já foi quebrado e o dinheiro gasto.
a ) - Devido a isso, todos os inscritos no fundo de desemprego estariam imediatamente disponiveis para serem requisitados para trabalho comunitário, assim como os utentes do Rendimento social de inserção
b) - Idade de reforma igual para todos, acabando com os previlégios estúpidos vigentes, como por exemplo da policia, quando vejo jovens à secretária a atender público, quando devia estar a fazer o giro e o policia de mais de 50 anos é que lá deveria estar e poderia estar até aos 66 anos . Já não falando da classe politica
c) - Nunca poderia ser admitido alguém para o funcionalismo público, sem antes se ter passado pelo sistema requisitivo do fundo de desemprego.
Claro que é preciso tê-los no sítio para combater os interesses instalados e implementar algo desse género
Agora o sistema actual é falivel, é só uma questão de tempo até dar o berro. O Estado não pode estar a pagar a dois indivíduos, um no desemprego e depois admite outro e fica a pagar a dois.
Como também não vai conseguir que cerca de 3 milhões de ativos produtivos, continuem a pagar para 7 milhões improdutivos.
Como também não pode continuar a gastar 300 mil a formar um médico, para depois ele ir produzir para outro País.
E o pior de tudo, uma sociedade que abdica da juventude é um suicidio coletivo