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Autor Tópico: Portugal falido  (Lida 3458229 vezes)

Thunder

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Re: Portugal falido
« Responder #8380 em: 2014-09-02 11:04:42 »
por incrivel que parece aqui na suica ha algumas escolas a funcionar parcialmente em contentores coloridos, em portugal isso seria logo apontado como a razao do insucesso escolar das criancinhas e a razao por estarem atras nos rankings. quem quer desculpas para nao fazer nada ou para atrasar o pais com lamurias encontra sempre algo

Eu estudei em contentores. Não tive problemas nenhuns com isso. Não fiquei traumatizado por isso. Quando estavam a fazer as obras da Parque Escolar eu só pensava: "Quanta gente não vai se fartar de encher a mula com estas obras". Infelizmente veio a comprovar-se que eu estava certo. Hoje em dia passo em frente dos dois secundários onde andei e quase não os reconheço. Parecem hotéis de categoria!

Em relação ao novo mapa judicial eu sinceramente não tenho conhecimento para falar. Se é bom ou mau, se está bem implementado?? Não é uma área que conheça minimamente, logo não sei que resultados pode trazer este novo mapa.
O trabalharem provisoriamente em contentores, não é problema. Desde que seja provisório. Eu já trabalhei em instalações provisórias muito más, e não foi por isso que deixamos de servir os clientes. Tem que haver um bocado de "jogo de cintura". Nem tudo é um fim do mundo.
Agora, não podem colocar o pessoal lá, sem sistema informático operacional e sem a papelada acessível. Também não se pode fazer milagres. Se é isso que está a acontecer, é bastante mau, dado que estamos a falar do sistema judicial. Parece-me que como sempre, muita coisa foi feita em cima do joelho.
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Thunder

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Re: Portugal falido
« Responder #8381 em: 2014-09-02 11:24:46 »
O tipo da funerária está inserido na economia. Se o país estiver melhor economicamente, ele em princípio (se gerir bem as suas contas, prestar um bom serviço, etc) terá mais hipóteses de estar bem.
Eu compreendo o teu argumento (na economia há o conceito de externalidades positivas mas que é abusivamente utilizado) mas não acho que o tipo da funerária fique melhor porque se o dinheiro não for para as cantorias, fica no bolso de quem as ia pagar e não se perde.

Ou seja, se ao pagar as cantorias, as pessoas deixarem de comprar um par de sapatos, estamos implicitamente a dizer que a indústria da música é superior (com que critério ?) à indústria de sapatos. É uma distorção do mercado que é muito discutível que beneficie o tipo da funerária.

Sim é verdade que o conceito é muitas vezes abusado. Que é usado, por quem muitas vezes não tem a mínima noção, apenas como elemento demagógico.
Eu próprio deixei implícito que infelizmente acho que no terreno (com os precedentes que conhecemos) a medida seria abusada.
O próprio Keynes, do pouco que sei (ainda ando a ler sobre isso), defendia que as suas políticas seriam muito mais eficazes em "sociedades evoluídas". No fundo a questão é se o dinheiro é bem aplicado ou não..... coisa que aqui sabemos que não acontece.

O cantor e as suas bailarinas, podem ir comprar uns sapatos (se as bailarinas comprarem tacões altos acho que a medida fica totalmente validada! :)  ) ou podem ir à padaria. E o padeiro pode comprar sapatos também.
Mas é certo que é como dizes. O processo é altamente discricionário. Logo caímos na tal questão. Qual o montante dos capitais que podem ser gastos com estas medidas? Que sucesso têm as medidas?
Mais uma vez repito. Eu só aceito, caso a coisa seja muito controlada e clara. feita com pés e cabeça.
Nos moldes actuais é uma palhaçada e sou totalmente contra. Sou das pessoas aqui no fórum que mais aborda a questão dos acertos directos. Na página anterior até coloquei a situação dos valores atribuídos a uma Cooperativa de Artes.
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Automek

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Re: Portugal falido
« Responder #8382 em: 2014-09-02 11:45:44 »
O cantor e as suas bailarinas, podem ir comprar uns sapatos (se as bailarinas comprarem tacões altos acho que a medida fica totalmente validada! :)  ) ou podem ir à padaria. E o padeiro pode comprar sapatos também.
Ainda que seja assim, estamos a dizer que a bailarina, o cantor ou o padeiro têm mais direito ao par de sapatos do que quem ganhou realmente o dinheiro e foi forçado a abdicar do par de sapatos compulsivamente.

Isto é bastante imoral porque não estamos a falar de funções essenciais do estado (embora às vezes me pareça que o Tony Carreira, o Manuel de Oliveira e os quadros do Miró são coisas sem as quais as pessoas não vivem - o Maslow é que não os conheceu quando criou a pirâmide  :D)

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Re: Portugal falido
« Responder #8383 em: 2014-09-02 12:28:43 »
O cantor e as suas bailarinas, podem ir comprar uns sapatos (se as bailarinas comprarem tacões altos acho que a medida fica totalmente validada! :)  ) ou podem ir à padaria. E o padeiro pode comprar sapatos também.
Ainda que seja assim, estamos a dizer que a bailarina, o cantor ou o padeiro têm mais direito ao par de sapatos do que quem ganhou realmente o dinheiro e foi forçado a abdicar do par de sapatos compulsivamente.

Isto é bastante imoral porque não estamos a falar de funções essenciais do estado (embora às vezes me pareça que o Tony Carreira, o Manuel de Oliveira e os quadros do Miró são coisas sem as quais as pessoas não vivem - o Maslow é que não os conheceu quando criou a pirâmide  :D)

Sim, realmente não são funções mesmo essenciais do estado (como seriam a justiça, segurança, saúde, educação).
Eu apenas defendo que o cantor ou a bailarina recebam caso consigam capturar capital estrangeiro. Eles vão colocar mais dinheiro no pool que está em circulação e o resto da população pode beneficiar disso. Logo eles são "peças" com uma função. Se for apenas "porque sim" não concordo (como já tinha dito anteriormente). Aí eles não estão (como disseste) a ganhar realmente o dinheiro. Agora se eles contribuírem para algo já não estamos a pagar "para nada". Mas repito e aí alinho contigo; não tenho ilusões, o processo é arbitrário, não tenho ilusões relativamente a isso.
No teu exemplo, quem abdicou de comprar os sapatos pode ter rendimentos com base num negócio que funciona (em parte) com os impostos colectados da bailarina e do cantor.
Só sou favorável quando usado com critério.

A questão é que a vida em sociedade (pelo menos por enquanto e com o enquadramento que temos) vai precisar sempre dum governo e de regras (em que grau, funções, etc é que é o cerne da coisa).
E isso no fundo acarreta sempre opções.
Mesmo uma ausência de acção ou legislação é uma opção (e atenção eu não estou a criticar, em muitas situações pode ser perfeitamente válido).
Um governo, que por exemplo, não legisla a produção e utilização dum composto tóxico (produzido pela empresa A). Vamos imaginar que esse composto é cancerígeno. O capital público é que irá suportar essa ausência de legislação, gastando uma enormidade de dinheiro em tratamentos (via SNS) e no pagamento da baixa médica. Temos também o facto de a empresa que paga o funcionário ficar prejudicada e com o rendimento afectado (a empresa pode ser privada, vamos chamar empresa B).
A ausência de legislação neste caso beneficiou a empresa A, os seus empregados (e os acionistas, caso seja aplicável).
As farmacêuticas que fornecem a medicação beneficiam, bem como os fornecedores de material hospitalar (e os seus empregados e acionistas), mas por outro lado têm que pagar impostos para sustentar o SNS, mas no final o saldo deve ser positivo.
A empresa B e a população geral é basicamente apenas penalizada. Paga impostos para sustentar o gasto do SNS (e ainda pode ficar doente).
Logo as interações são complexas e até a ausência de intervenção pode não ser neutra.
« Última modificação: 2014-09-02 12:35:36 por Thunder »
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Re: Portugal falido
« Responder #8384 em: 2014-09-02 12:52:22 »
Citar
Estamos quase a comemorar as primeiras vinte e quatro horas do novo mapa judiciário. Trata-se de um conjunto de medidas coerente, se tivermos em conta o que tem sido feito na Educação e na Saúde: baixar os custos, recorrendo, sobretudo, à concentração de serviços.

A palavra “custos”, num mundo tão impregnado de economês, refere-se, apenas, ao dinheiro que se gasta e nunca às consequências que as decisões políticas podem ter na vida das pessoas, mesmo que o discurso oficial inclua expressões que transmitem a ilusão de que se está a servir as populações. Ora, não se pode planear um país sem se ter em conta todos os custos, sabendo-se, por exemplo, que poupar dinheiro pode originar problemas estruturais amanhã.

Não sendo um conhecedor dos meandros do mundo judiciário português, é com desconfiança que assisto àquilo a que a ministra da tutela chama uma “revolução”, a fazer lembrar a “implosão” prometida por Nuno Crato.

Ainda antes que o mapa judiciário complete as suas vinte e quatro horas de vida, já sabemos que houve uma falha no sistema informático, que não se conhece o destino dos tribunais encerrados (a escola mortuária poderá servir de inspiração), que ir a um tribunal pode demorar quatro horas (e a distância é dinheiro), que há funcionários que viram a vida virada do avesso e que há uma série de obras feitas por ajuste directo.

Noutros tempos, os mapas resultavam da descoberta de novas terras. Com o novo mapa judiciário, parece passar-se o inverso: as terras já conhecidas são apagadas. A cegueira é, agora, para além de uma virtude da Justiça, um defeito da ministra. Já não deve faltar muito para que a realidade seja mais disparatada que um disparate qualquer.

Aventar

Luisa, achas que era de cortar mais nos salários e pensões para alcançar o mesmo objectivo sem cortar serviços, é isso?
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Re: Portugal falido
« Responder #8385 em: 2014-09-02 12:54:01 »
Ao que parece só 0,02% da população recorre aos tribunais.


Mas ao mesmo tempo fala-se em milhões de processos, o que para esse nº de 0,02% resulta em milhares de processo por cada uma das pessoas desse grupo dos 0,02%.
Os nºs não batem muito certo.


Ouvi isso hoje da TLC no debate da sic notícias no Jornal das 9. Pode muito bem acontecer que a litigância esteja concentrada em um pequeno número de indivíduos/empresas. Confesso que  esse número surpreendeu-me por ser tão baixo.

http://sicnoticias.sapo.pt/opiniao/2014-09-02-teresa-leal-coelho-e-joao-soares-frente-a-frente (aos 16 min.)


Uma parte grande da litigância serão poucas empresas a processar muitas pessoas por não pagarem.
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Re: Portugal falido
« Responder #8386 em: 2014-09-02 12:56:33 »
Coisas como estas ajudam (e muito) a explicar a falência do país. 1000€ por 2h de almoço!!! Estes escritórios de advocacia "do regime", as suas negociatas e o dinheiro que retiram ao erário público são uma doença que urge curar. Por vias drásticas, se for a única solução.

Via Público

Citar
No dia 4 de Outubro de 2007, o embaixador Pedro Catarino sentou-se à mesa para um almoço, para o qual tinha sido convidado pelo seu velho conhecido, o advogado Bernardo Ayala, sócio da Sérvulo Correia & Associados. Foram duas horas de “amena cavaqueira”, na descrição do embaixador, que contaram com a presença de duas advogadas daquele escritório, Lisa Pinto Ferreira e Mafalda Ferreira.

Catarino presidia, desde Janeiro daquele ano, à Comissão Permanente das Contrapartidas (CPC), a estrutura estatal criada no âmbito dos ministérios da Defesa e da Economia, para acompanhar o desenvolvimento dos contratos que prometiam injectar várias centenas de milhões de euros, e resultavam de negociações entre os Estado e os vendedores de veículos e armamento para as Forças Armadas.

Bernardo Ayala e a suas colegas eram parte da equipa da sociedade de advogados que prestava assessoria à CPC desde 2003, quando começaram as contrapartidas a sério: no ano seguinte seria assinado o contrato dos submarinos, que previa o investimento de cerca de mil milhões de euros na economia nacional. Ayala fora, nessa altura, um dos principais arquitectos dos contratos, trabalhando com o Ministério da Defesa chefiado por Paulo Portas.

Dois meses depois do almoço, veio uma conta. A Sérvulo Correia & Associados enviou, como era prática corrente, as facturas do trimestre, para a entidade que pagava os gastos da CPC, a direcção-geral do Armamento e Equipamentos da Defesa (DGAED). Em Dezembro de 2007, Catarino foi chamado à direcção-geral para conferir. E não ia disposto a assinar de cruz.

No meio de “centenas de horas” de trabalho cobradas pela sociedade de advogados estava uma factura de “duas horas” vezes “três juristas”, com um valor de “1080 euros + IVA”. A data: 4/10/2007. Era a conta do almoço.

Da reacção imediata de Pedro Catarino não há registo. Mas uma carta do embaixador, de 9 de Janeiro de 2008, endereçada ao DGAED, Almirante Viegas Filipe, sintetiza o que o presidente da CPC pensava sobre aquela factura: “Um abuso e deontologicamente reprovável que a Sérvulo Correia venha pedir honorários pelas duas horas que os três juristas passaram comigo em amena cavaqueira.”

O Estado recusou pagar aqueles “1080 euros + IVA”, e disso deu nota ao escritório de advogados. A Sérvulo Correia & Associados reconheceu o “erro”. E fê-lo por carta. O problema é que a missiva enviada também tinha um preço: “quarenta e cinco minutos” de honorários pela sua escrita. O que deixou Pedro Catarino exasperado. Desta vez, o embaixador escreveu ao próprio ministro, Nuno Severiano Teixeira, dando conta de que cessara o contrato com a sociedade de advogados. Da substituição da Sérvulo Correia pelo Departamento Jurídico do MDN, no seu entender, “resulta uma considerável poupança para o orçamento do MDN e erário público”.

Este episódio tinha ficado encerrado, em Junho de 2008, com uma nova carta, de Catarino para o secretário-geral do Ministério da Defesa, pedindo uma lista detalhada com “os montantes despendidos com Sérvulo Correia por serviços prestados à CPC entre 2003 e 2008”.

E se hoje este caso é contado, pela primeira vez, no PÚBLICO, é porque causou alguma curiosidade nos deputados que integram a comissão de inquérito às contrapartidas militares. Há cerca de um mês, depondo na comissão de inquérito, Pedro Catarino revelou aos deputados que a CPC vivia na dependência de “escritórios de advogados”, que “tinham os arquivos, escreviam as actas, passavam as cartas para inglês.” Nessa ocasião, Catarino revelou que resolveu terminar o contrato com a Sérvulo Correia por “quebra de confiança”. Mas pediu aos deputados para que não o obrigassem a detalhar as razões, indicando que o fizera por carta para os responsáveis da Defesa da altura.

A Comissão, a pedido de João Semedo do Bloco de Esquerda, solicitou à Direcção-Geral das Actividades Económicas (que guarda o espólio da extinta CPC) essas cartas. Que chegaram há poucos dias a São Bento e já motivaram algumas reacções, quer do deputado José Magalhães, do PS, quer do próprio Presidente da comissão, Telmo Correia.

O PÚBLICO contactou Bernardo Ayala que, prontamente, pediu à Ordem dos Advogados que o libertasse do “dever de sigilo profissional” para comentar este caso, que protagonizou em 2007. Ayala confirma parte da história. E disponibilizou uma carta que enviou ao embaixador Pedro Catarino, no dia 10 de Janeiro de 2008. Aí, o advogado assume: “Tratou-se de um convite pessoal e, muito embora a conversa tenha tido cunho profissional, os interesses em causa eram sobretudo da Sérvulo Correia & Associados.”

A quantidade de situações destas que devem acontecer. Umas maiores, outras menores. Tudo somado não pode dar bom resultado.
Temos que melhorar em muito a fiscalização da utilização dos capitais públicos. Só que isso nunca acontecerá por iniciativa partidária.
A população como elemento que escolhe os seus representantes terá que pressionar nesse sentido, quer pela escolha de melhores representantes, quer pela diminuição do poder desses mesmos representantes, quer pela condenação judicial de actos ilícitos.
Só que a população (em termos de "massa crítica") está muito longe de ter essa capacidade neste momento (IMO).

Isso não melhora intrinsecamente com mais fiscalização - melhora sim é alterando o sistema para não necessitar de tais coisas, para ser muito simples e retirando-lhe sequer o poder de contratar advogados e assessorias.
« Última modificação: 2014-09-02 13:01:32 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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vbm

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Re: Portugal falido
« Responder #8387 em: 2014-09-02 14:53:52 »
Ontem à noite atravessei pela primeira vez o passeio marítimo da Ribeira das Naus em direcção ao Terreiro do Paço. Uma renovação urbanística que prima pela excelência. Estranhei, no entanto, o  desleixo da iniciativa privada que ainda não  inundou o espaço de cafezinhos e barraquinhas com rádio, música e televisão a entreter empregados embasbacados a olhar para a Bolsa do concurso do 'Preço Certo'! lolinho.

Mystery

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Re: Portugal falido
« Responder #8388 em: 2014-09-02 15:47:32 »
Não me parece que se possa chamar uma calçada que custou 11 milhões de euros de "renovação urbanística de excelência".



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vbm

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Re: Portugal falido
« Responder #8389 em: 2014-09-02 18:20:36 »
Designa-a apropriadamente.

Pareceu-me excelente.
Mas era de noite;
sou urbano,
mas leigo.

Luisa Fernandes

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Re: Portugal falido
« Responder #8390 em: 2014-09-03 14:05:14 »
Citar
Viatura de emergência falha socorro e doente morre

TVI24  - ‎Há 1 hora‎ 

Situação ocorreu em Évora, por falta de recursos humano.

Não há problema, o que interessa é poupar... é só queixinhas...
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vbm

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Re: Portugal falido
« Responder #8391 em: 2014-09-03 14:10:19 »
O que é que esse incidente
acrescenta ou diminui
do que haja
de mudar
do sns?

Luisa Fernandes

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Re: Portugal falido
« Responder #8392 em: 2014-09-03 14:24:17 »
vbm está a brincar não? vindo de si até fico espantada  :o

Faltam pessoas, recursos, €€€, etc e você acha normal! OK...

SNS sabe o que significa? = Orgulho num serviço solidário de uma sociedade moderna e democratica.
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vbm

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Re: Portugal falido
« Responder #8393 em: 2014-09-03 14:46:03 »
vbm está a brincar não? vindo de si até fico espantada  :o

Faltam pessoas, recursos, €€€, etc e você acha normal! OK...

SNS sabe o que significa? = Orgulho num serviço solidário de uma sociedade moderna e democratica.

Está bem, Luísa. Eu compreendo que se possa ficar chocado com o incidente de uma pessoa em aflição acabar por morrer e não ter chegado a ser socorrida por um serviço que precisamente para o que é mais urgente deveria convocar toda a prioridade, é uma emergência. Mas, teremos de convir colectivamente, não conseguimos arcar com o nível de dispêndio público em que o Estado anda enredado. E é isso que é preciso resolver, se quisermos ter alguma ordem no país. Eu acho uma vergonha mesmo, o governo, os deputados, os tribunais, e a chefia do estado não dar o exemplo da maior austeridade em si próprios e nos seus gabinetes e recursos materiais e humanos, incluindo pagar menores salários aos funcionários públicos, e transferir boa parte deles para o sector privado, que tem alguma potencialidade de crescimento. Resolver questões de fundo é timbre de governação política responsável. Censure-se a inépcia e irresponsabilidade do governo, mas não vejo crítica séria em censurar o 'governo' por um cidadão ter morrido por atraso na assistência do serviço de saúde. Até porque é provável, a família e ou os vizinhos do falecido terem sido os principais culpados de não terem accionado uma solução da emergência mais pronta e eficaz!

Luisa Fernandes

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Re: Portugal falido
« Responder #8394 em: 2014-09-03 15:29:04 »
Lamento mas nao concordo que se corte no que temos de melhor para a sociedade. O Estado Social ate deveria ter verba reforçada em contexto de crise. Se nao ha €€€ (o que nao é verdade basta olhar para aquilo que é conhecido como bancos), corte-se nas VERDADEIRAS gorduras.

Agora para ver que a culpa foi dos vizinhos aqui esta a noticia completa.

Citar
Um doente morreu na terça-feira em Évora sem ter acesso a resposta da VMER de Évora, que estava inoperacional nesse dia falta de recursos humanos. A viatura foi chamada a socorrer um doente em paragem cardiorrespiratória, que acabou por morrer, confirmou hoje o hospital. É o terceiro caso de morte sem assistência em Évora.





Fonte do gabinete de comunicação do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) disse à agência Lusa que a VMER não esteve operacional no turno entre as 08:00 e as 16:00, por falta de recursos humanos.

Este é o terceiro caso conhecido, envolvendo vítimas mortais, em que a VMER de Évora está indisponível quando é solicitada para uma situação de emergência, depois de, em abril deste ano, não ter participado no socorro a dois homens que sofreram um acidente, perto de Reguengos de Monsaraz, e que acabaram por morrer.

Também no dia 25 de dezembro de 2013, a VMER estava inoperacional quando um acidente na Estrada Nacional (EN) 114, entre Évora e Montemor-o-Novo, que envolveu dois automóveis e um cavalo, provocou quatro mortos e quatro feridos graves.

No caso de terça-feira, a fonte hospitalar indicou que "não tendo sido possível garantir a operacionalidade" da VMER, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) foi informado para que pudesse ativar os outros meios disponíveis na área".

A mesma fonte garantiu que a unidade hospitalar "tem feito, até à data, todos os esforços" para "completar todos os turnos e garantir a maior operacionalidade possível da VMER".

João Caraça, adjunto do comando dos Bombeiros de Évora, explicou à Lusa que a corporação foi solicitada, na terça-feira de manhã, para "uma paragem cardiorrespiratória, num bairro limítrofe da cidade".

"Ao chegarmos ao local, verificámos que era de facto uma paragem cardiorrespiratória e pedimos apoio diferenciado, mas o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) informou-nos que iniciássemos manobras e que transportássemos a vítima para o hospital", referiu.

O responsável adiantou que elementos da corporação transportaram o homem de 64 anos em paragem cardiorrespiratória "até ao hospital em manobras" e que, passado algum tempo, foram "informados que a vítima tinha falecido".

Também em declarações à Lusa, a porta-voz do Movimento de Utentes de Serviços Públicos (MUSP) do distrito de Évora, Lina Maltez, lamentou a inoperacionalidade da VMER, uma situação que considerou "recorrente".

"Infelizmente, as pessoas não podem escolher a hora a que a VMER está operacional para terem acidente ou um problema de saúde grave", afirmou, realçando que o movimento já alertou várias vezes para esta situação, mas, "aparentemente, nada continua a ser feito".

Considerando que a inoperacionalidade da VMER resulta "certamente do corte de verbas", a porta-voz do MUSP do distrito de Évora alegou que "o Governo corta no setor da saúde e, depois, não há dinheiro para contratar os médicos que possam prestar o serviço na viatura".
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Zel

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Re: Portugal falido
« Responder #8395 em: 2014-09-03 15:34:50 »
Lamento mas nao concordo que se corte no que temos de melhor para a sociedade. O Estado Social ate deveria ter verba reforçada em contexto de crise. Se nao ha €€€ (o que nao é verdade basta olhar para aquilo que é conhecido como bancos), corte-se nas VERDADEIRAS gorduras.

Agora para ver que a culpa foi dos vizinhos aqui esta a noticia completa.

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Um doente morreu na terça-feira em Évora sem ter acesso a resposta da VMER de Évora, que estava inoperacional nesse dia falta de recursos humanos. A viatura foi chamada a socorrer um doente em paragem cardiorrespiratória, que acabou por morrer, confirmou hoje o hospital. É o terceiro caso de morte sem assistência em Évora.





Fonte do gabinete de comunicação do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) disse à agência Lusa que a VMER não esteve operacional no turno entre as 08:00 e as 16:00, por falta de recursos humanos.

Este é o terceiro caso conhecido, envolvendo vítimas mortais, em que a VMER de Évora está indisponível quando é solicitada para uma situação de emergência, depois de, em abril deste ano, não ter participado no socorro a dois homens que sofreram um acidente, perto de Reguengos de Monsaraz, e que acabaram por morrer.

Também no dia 25 de dezembro de 2013, a VMER estava inoperacional quando um acidente na Estrada Nacional (EN) 114, entre Évora e Montemor-o-Novo, que envolveu dois automóveis e um cavalo, provocou quatro mortos e quatro feridos graves.

No caso de terça-feira, a fonte hospitalar indicou que "não tendo sido possível garantir a operacionalidade" da VMER, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) foi informado para que pudesse ativar os outros meios disponíveis na área".

A mesma fonte garantiu que a unidade hospitalar "tem feito, até à data, todos os esforços" para "completar todos os turnos e garantir a maior operacionalidade possível da VMER".

João Caraça, adjunto do comando dos Bombeiros de Évora, explicou à Lusa que a corporação foi solicitada, na terça-feira de manhã, para "uma paragem cardiorrespiratória, num bairro limítrofe da cidade".

"Ao chegarmos ao local, verificámos que era de facto uma paragem cardiorrespiratória e pedimos apoio diferenciado, mas o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) informou-nos que iniciássemos manobras e que transportássemos a vítima para o hospital", referiu.

O responsável adiantou que elementos da corporação transportaram o homem de 64 anos em paragem cardiorrespiratória "até ao hospital em manobras" e que, passado algum tempo, foram "informados que a vítima tinha falecido".

Também em declarações à Lusa, a porta-voz do Movimento de Utentes de Serviços Públicos (MUSP) do distrito de Évora, Lina Maltez, lamentou a inoperacionalidade da VMER, uma situação que considerou "recorrente".

"Infelizmente, as pessoas não podem escolher a hora a que a VMER está operacional para terem acidente ou um problema de saúde grave", afirmou, realçando que o movimento já alertou várias vezes para esta situação, mas, "aparentemente, nada continua a ser feito".

Considerando que a inoperacionalidade da VMER resulta "certamente do corte de verbas", a porta-voz do MUSP do distrito de Évora alegou que "o Governo corta no setor da saúde e, depois, não há dinheiro para contratar os médicos que possam prestar o serviço na viatura".

muito comica essa explicacao de que afinal ha dinheiro, ehhe

tens nocao que nao fazes sentido nenhum ?

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Re: Portugal falido
« Responder #8396 em: 2014-09-03 15:37:11 »
O que são as VERDADEIRAS gorduras e quanto representam?
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vbm

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Re: Portugal falido
« Responder #8397 em: 2014-09-03 20:01:51 »
Só concordo que os políticos devem dar o  e x e m p l o  de austeridade;
para lá disso, os funcionários públicos devem trabalhar mais,
receber menos, e passarem muitos para a reforma
e para o sector privado.

Assim se constrói um  sector de serviço público digno e estimado,
incluindo um serviço nacional de saúde.

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Re: Portugal falido
« Responder #8398 em: 2014-09-03 22:57:01 »
Lamento mas nao concordo que se corte no que temos de melhor para a sociedade. O Estado Social ate deveria ter verba reforçada em contexto de crise. Se nao ha €€€ (o que nao é verdade basta olhar para aquilo que é conhecido como bancos), corte-se nas VERDADEIRAS gorduras.

Agora para ver que a culpa foi dos vizinhos aqui esta a noticia completa.

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Um doente morreu na terça-feira em Évora sem ter acesso a resposta da VMER de Évora, que estava inoperacional nesse dia falta de recursos humanos. A viatura foi chamada a socorrer um doente em paragem cardiorrespiratória, que acabou por morrer, confirmou hoje o hospital. É o terceiro caso de morte sem assistência em Évora.





Fonte do gabinete de comunicação do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) disse à agência Lusa que a VMER não esteve operacional no turno entre as 08:00 e as 16:00, por falta de recursos humanos.

Este é o terceiro caso conhecido, envolvendo vítimas mortais, em que a VMER de Évora está indisponível quando é solicitada para uma situação de emergência, depois de, em abril deste ano, não ter participado no socorro a dois homens que sofreram um acidente, perto de Reguengos de Monsaraz, e que acabaram por morrer.

Também no dia 25 de dezembro de 2013, a VMER estava inoperacional quando um acidente na Estrada Nacional (EN) 114, entre Évora e Montemor-o-Novo, que envolveu dois automóveis e um cavalo, provocou quatro mortos e quatro feridos graves.

No caso de terça-feira, a fonte hospitalar indicou que "não tendo sido possível garantir a operacionalidade" da VMER, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) foi informado para que pudesse ativar os outros meios disponíveis na área".

A mesma fonte garantiu que a unidade hospitalar "tem feito, até à data, todos os esforços" para "completar todos os turnos e garantir a maior operacionalidade possível da VMER".

João Caraça, adjunto do comando dos Bombeiros de Évora, explicou à Lusa que a corporação foi solicitada, na terça-feira de manhã, para "uma paragem cardiorrespiratória, num bairro limítrofe da cidade".

"Ao chegarmos ao local, verificámos que era de facto uma paragem cardiorrespiratória e pedimos apoio diferenciado, mas o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) informou-nos que iniciássemos manobras e que transportássemos a vítima para o hospital", referiu.

O responsável adiantou que elementos da corporação transportaram o homem de 64 anos em paragem cardiorrespiratória "até ao hospital em manobras" e que, passado algum tempo, foram "informados que a vítima tinha falecido".

Também em declarações à Lusa, a porta-voz do Movimento de Utentes de Serviços Públicos (MUSP) do distrito de Évora, Lina Maltez, lamentou a inoperacionalidade da VMER, uma situação que considerou "recorrente".

"Infelizmente, as pessoas não podem escolher a hora a que a VMER está operacional para terem acidente ou um problema de saúde grave", afirmou, realçando que o movimento já alertou várias vezes para esta situação, mas, "aparentemente, nada continua a ser feito".

Considerando que a inoperacionalidade da VMER resulta "certamente do corte de verbas", a porta-voz do MUSP do distrito de Évora alegou que "o Governo corta no setor da saúde e, depois, não há dinheiro para contratar os médicos que possam prestar o serviço na viatura".

Olhar para os bancos não mostra grande panorama ... ainda agora um dos maiores faliu e o outro tem as acções a menos de 0.10, não parecem ter uma prosperidade incrível. O que queres dizer com "olhar para os bancos" de diferente?
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Re: Portugal falido
« Responder #8399 em: 2014-09-03 23:37:14 »
Está agora a passar uma reportagem na SIC Notícias sobre a mobilidade social.