Então vamos lá dissecar o texto referido.
É UMA GESTÃO PÉSSIMA. Não raras vezes, o simples giz ou o papel higiénico foram/são pagos do bolso dos professores!!!
Essa situação é explicada facilmente. A autarquia tem excesso de endividamento (provavelmente porque andou a gastar o dinheiro em festas e outras porcarias), como a Lei dos Compromissos impede que seja comprometida despesa sem a existência de fundos, as autarquias mais endividadas sentem dificuldades em manter o fornecimento de bens e serviços. Provavelmente também não compram produtos de limpeza para as instalações autárquicas.
Muitos funcionários colocados pelas C.M. recusam-se sistematica/ a limpar salas de aula, recreios ou qualquer tipo de instrução dos/das directores de estabelecimento. Vivem no croché autarquico bufando sobre tudo e todos para se manterem contratados pela autarquia.
Se se recusam a trabalhar é abrir processo disciplinar. E nesta altura os auxiliares de acção educativa já não podem ser contratados, já deverão estar no quadro. Mas o mais certo é que a história não esteja bem contada...
Também pela apreciação que qualquer cidadão informado tem da gestão de favores instalada nas câmaras portuguesas, tidos como antros de elevada corrupção ligados a grandes interesses instalados e de caciquismo local, é bom de ver que agacha e ajoelha, se não não tens que comer.
Nada bate a gestão central, basta falar dos milhões de Euros mal gastos na reformulação do parque escolar, com coberturas de campos a custas 1 M€, candeeiros do arq.º xpto por centenas de milhares de euros ou a instalação de sistema de ar condicionado que não pode ser ligado porque implicava um custo superior ao orçamento anual da escola.
Outro aspecto, é o pessoal não docente responder ao patrão e não há liderança escolar. Grave. muito grave.
Lá está, a história está mal contada. Faz-me lembrar aquele episódio do miúdo de Chaves, que saiu da escola e suicidou-se. No final do processo de inquérito, a escola ou o Ministério da Educação culpou o auxiliar. Segundo eles deveria estar na portaria, mas afinal estava, a mando do director, a tratar da abertura das salas de aula. Pois...
E a relação de hierarquia funcional com os professores, como fica? Gostava que na sua escola um qualquer funcionário o mandasse á fava, que o patrão dele não é você, mesmo que seja (até) o presidente da sua escola?
Aqui já se começa a dislumbrar um pouco do caso. Refere "os professores" e como tal fica implícito que serão os professores a mandar nos auxiliares. Ora, isso não pode acontecer, quem manda é o director e os auxiliares, apesar de estarem numa categoria profissional inferior, respondem ao seu responsável e não a toda a gente com categoria superior.
E não sabe que as transferências do Estado para as autarquias são tarde ou a más horas; ou que as autarquias tardam (infinita/) a pagar os salários aos funcionários para arrecadarem nos cofres autarquicos boas maquias para se perpeturem no poder?
Esta é apenas uma frase ignorante. Nem as transferências são a tarde e a más horas nem as autarquias falham nos pagamentos dos salários. Nem a autarquia mais endividada falhou, até agora, esse tipo de pagamento.