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Autor Tópico: Portugal falido  (Lida 3446908 vezes)

Mario Balotelli

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Re: Portugal falido
« Responder #80 em: 2012-08-07 14:53:00 »
Afinal não ha dinheiro para nada em todos os sectores menos um a banca absorve tudo ......se calhar o melhor é nacionalizar isso tudo e pronto .....

O Estado Português tem apoiado os Bancos de múltiplas formas. A principal não é sequer contabilizável pois tem a ver com a negociação do Banco de Portugal com o BCE sobre os colaterais elegíveis para desconto e com a própria cedência direta de liquidez pelo BdP aos bancos muito próxima do regímen ELA.
Para além destes fortíssimos apoios o Estado tem prestado garantias pessoais tipicamente a três anos, e participado em aumentos de capital por via direta e por CoCo. As garantias pessoais do Estado têm cláusulas de reconversão em capital em caso de não pagamento.
As CoCo têm uma remuneração de 8% que parecendo alta são um excelente negócio para os acionistas. O Estado poderia aplicar este dinheiro a taxa mais alta comprando dívida pública no mercado secundário e se os acionistas tivessem que investir este dinheiro não o fariam levando praticamente à nacionalização da entidade.
Afinal, porque não quiseram os acionistas comprar CoCo se eram assim tão bons?
As atuais operações vivas ou em curso atingem € 15,645 BN repartidas em garantias pessoais – € 6,595 BN, e aumentos de capital (incluindo CoCo) € 9,050 BN, assumindo que o Estado participa em pleno nos projetados aumentos de capital do BCP e do BANIF.
Por Bancos distribui-se assim: BCP € 6,650 BN; CGD € 4,750 BN; BES € 1,550 BN; BANIF € 1,395 BN; BPI € 1,300 BN.
A operação BANIF ainda não está completamente desenhada e, na minha avaliação, será superior ao montante aqui considerado ficando acima dos apoios do Estado ao BES.

Fonte : Arma critica

Esta história está tão mal contada que retirei o capital tinha no BANIF; sugeri econtinuar a emprestar dinheiro ao banco mas à mesma taxa que o Estado empresta (8%), mas eles não aceitaram  :D
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Re: Portugal falido
« Responder #81 em: 2012-08-07 23:22:22 »
Saudações!!

Vcs parecem convencidos que o Estado irá receber 8% pelos empréstimos...

Um abraço,

JR
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Re: Portugal falido
« Responder #82 em: 2012-08-08 14:53:39 »
ainda a respeito da asfixia da banca

tenho estado a analisar as contas de uma PME portuguesa que vai precisar de ser restruturada e dou de caras com taxas de juro  anuais superiores a 30% em contas de gestão de tesouraria

assim nao vamos lá...
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Mario Balotelli

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Re: Portugal falido
« Responder #83 em: 2012-08-08 14:57:10 »
ainda a respeito da asfixia da banca

tenho estado a analisar as contas de uma PME portuguesa que vai precisar de ser restruturada e dou de caras com taxas de juro  anuais superiores a 30% em contas de gestão de tesouraria

assim nao vamos lá...

Mistery,

Estarás a ver bem; empresas com esse niveis de taxas de juros já estão com a porta fechada há muito tempo.
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Re: Portugal falido
« Responder #84 em: 2012-08-08 15:07:26 »
encontrei estes valores numa conta corrente caucionada

a empresa não tem dívidas de longo prazo está é com dificuldades de tesouraria porque os fornecedores deixaram de pagar
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Re: Portugal falido
« Responder #85 em: 2012-08-08 15:19:07 »
encontrei estes valores numa conta corrente caucionada

a empresa não tem dívidas de longo prazo está é com dificuldades de tesouraria porque os fornecedores deixaram de pagar

Também tenho dificuldade em perceber como é que há bancos que mantêm em aberto CCC com taxas de 30%; as garantias (colaterais) devem ser brutais.

Acresce que a banca estava a solicitar o reeembolso de uma carrada delas.
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Re: Portugal falido
« Responder #86 em: 2012-08-20 14:29:34 »
Depois da Madeira chegou a vez dos Açores estoirar e pedir o resgate ao governo de Lisboa.
Para quem era tão bem gerido, esta notícia deixa muito a desejar. Agora já vão ter que cortar nos salários dos trabalhadores e reduzir o seu número, tal como em todo o restante território nacional.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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Re: Portugal falido
« Responder #87 em: 2012-08-20 16:36:28 »
Saudações!!

Pois... ficou bem patente que os Açores estavam longe de ser o oasis apregoado...

Um abraço,

JR
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Re: Portugal falido
« Responder #88 em: 2012-08-20 17:00:37 »
Mas devido à publicidade do seu grande líder de que aquilo era optimo e não era a Madeira, lá pagaram os subsidios de natal e de férias aos FP, não querem fechar as fundações porque "prestigiam" a região, etc... Só aldrabões!

jeab

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Re: Portugal falido
« Responder #89 em: 2012-08-20 17:36:28 »
Mau sinal ...  :(

 Autoeuropa volta a parar esta semana
2012-08-20 17:00:06

A Autoeuropa parou na quinta e sexta-feira da semana passada e volta a parar a produção esta semana.

A fábrica de Palmela prepara-se para parar mais dias do que os 22 previstos no acordo da empresa (Volkswagen), para manter o objetivo de produção de 625 automóveis por dia. A produção pára, mas os trabalhadores mantêm os seus salários.

Ouvido pela TVI, o diretor-geral da VW Autoeuropa, António de Melo Pires, disse que não tem previsões de despedimentos: «Adaptamos a força de trabalho segundo as nossas encomendas. Pode haver suspensão de contratos, mas não de funcionários da VW».

Em Setembro, está previsto outro período de paragem laboral entre os dias 21 e 28.

 

Fonte: Diário Digital
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
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Re: Portugal falido
« Responder #90 em: 2012-08-29 02:56:36 »
Eis aqui uma nota de Jon Livesey, contrariando a tese de que uma saída do euro implicaria congelamento de contas bancárias. Não entendo o que ele quer dizer com as IOUs nem por que é que isso evitaria os congelamentos.

No, that's quite wrong.   They can make a smooth exit from the Euro quite simply.    Introduce a domestic IOU based currency right now and use it to pay the Government's domestic salaries, saving Euros for necessary imports.

Since retailers want to make sales, they will accept this IOU based currency, but of course at a discount, so it will get into circulation
 
As this IOU based currency gets into circulation, declare that people can pay their income taxes with it.   That makes it a  true currency.   Now let Banks accept deposits in the new currency, and get regular banknotes printed up.

Now you actually have two parallel currencies - which has been done many times in the past, by the way - and the domestic currency will decline in exchange rate versus the Euro.

By now, you have effectively left the Euro, and now you only use Euros for exceptional transactions, in the same way some countries use the Dollar as a parallel currency.

And now you are done, and there was no crisis, and no Bank holiday.

By the way, just out of interest, will there come a time when Viableopposition actually publishes something interesting, instead of half-baked summaries of stuff they barely understand?

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Re: Portugal falido
« Responder #91 em: 2012-08-29 10:10:49 »
Isso parece-me "wishful thinking". A generalidade de mudanças de moeda provoca grandes alterações sociais e financeiras.
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hermes

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Re: Portugal falido
« Responder #92 em: 2012-08-29 11:03:07 »
Eis aqui uma nota de Jon Livesey, contrariando a tese de que uma saída do euro implicaria congelamento de contas bancárias. Não entendo o que ele quer dizer com as IOUs nem por que é que isso evitaria os congelamentos.

No, that's quite wrong.   They can make a smooth exit from the Euro quite simply.    Introduce a domestic IOU based currency right now and use it to pay the Government's domestic salaries, saving Euros for necessary imports.

Since retailers want to make sales, they will accept this IOU based currency, but of course at a discount, so it will get into circulation
 
As this IOU based currency gets into circulation, declare that people can pay their income taxes with it.   That makes it a  true currency.   Now let Banks accept deposits in the new currency, and get regular banknotes printed up.

Now you actually have two parallel currencies - which has been done many times in the past, by the way - and the domestic currency will decline in exchange rate versus the Euro.

By now, you have effectively left the Euro, and now you only use Euros for exceptional transactions, in the same way some countries use the Dollar as a parallel currency.

And now you are done, and there was no crisis, and no Bank holiday.

By the way, just out of interest, will there come a time when Viableopposition actually publishes something interesting, instead of half-baked summaries of stuff they barely understand?


O tipo está a delirar. O problema é que a população inteira vai fazer o enforcement activo da Lei de Gresham [entesourar os euros ao mesmo tempo que paga ao estado os impostos exclusivamente em IOUs, bem como no comércio e nos empréstimos bancários] ao mesmo tempo que os funcionários públicos exigem mais e mais IOUs.

Assim sendo, não estou a ver onde é que o estado vai arranjar euros, quanto mais poupá-los.

Pois é, o estado tem controlo sobre o que é a moeda transaccional, mas não na escolha da moeda de poupança, pois essa escolha recai única e exclusiva sobre os aforradores.  :D
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jeab

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Re: Portugal falido
« Responder #93 em: 2012-08-29 17:58:12 »
Muito melhor que ser gestor de hedge fund ... não precisa de matar a carola a atingir lucros e nem suar para prémios de gestão ... é cash garantido todos os meses na continha...


 Novos gestores do IGCP podem ganhar até 500 mil euros por ano
2012-08-29 08:43:59

Os novos gestores da Agência Nacional para o Crédito Público, transformada agora em empresa pública, poderão ganhar até 500 mil euros por ano, avança hoje o Público.

 Aquele foi  o montante total ganho pelos três antigos membros do conselho directivo do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP) em 2011. No termos da lei e apesar do regime de excepção que foi concedido a esta entidade, agora presidida por João Moreira Rato, os salários da nova administração não podem ultrapassar aquele valor.

A conversão do IGCP em empresa pública, decidida pelo Governo em Junho, teve impactos no regime remuneratório desta entidade, segundo o jornal.  Enquanto instituto, estaria obrigada a pagar, no máximo, um vencimento igual ao do primeiro-ministro (ou seja, 6850 euros por mês). No entanto, uma vez transformada em empresa, foi englobada num grupo restrito de empresas com direito a excepção.

Fonte: Diário Digital


mas por outro lado há que garantir recitas para estes vencimentos, pois ...

 Finanças estudam novos cortes nos benefícios fiscais com filhos e ascendentes
2012-08-29 09:06:50

O Ministério das Finanças ordenou aos serviços do fisco que estudem a possibilidade de serem feitos cortes nas deduções fiscais de quem apresenta IRS com filhos a cargo, ascendentes ou deficientes, a fim de conseguir poupar cerca de 154 milhões de euros no Orçamento do próximo ano, noticia hoje o Correio da Manhã.

 Cortar nos benefícios fiscais é um dos meios de o Estado reduzir a despesa, exigida pela troika.  Os cortes devem incidir sobre as deduções fiscais com filhos a cargo ou ascendentes, e também com a despesa fiscal suportada com deficientes.

Os últimos números da Autoridade Tributária (AT) , relativos a 2010, revelam que as deduções fiscais com os filhos não têm parado de crescer desde 2008, alcançando em 2010 cerca de 343 milhões de euros.

O Conselho Económico e Social (CES) alerta para o eventual efeito negativo das medidas de austeridade na economia e na dívida pública.

No segundo dia visita da troika a Portugal, o CES apresenta o parecer sobre a Conta Geral do Estado 2011, onde se chama a atenção para a possibilidade de políticas de ajustamento orçamental demasiado ambiciosas terem efeitos negativos sobre o peso do défice e da dívida pública na economia nacional.

Fonte: Diário Digital
« Última modificação: 2012-08-29 18:00:24 por jeab »
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
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Re: Portugal falido
« Responder #94 em: 2012-08-30 16:02:27 »
pois... e devem começar a surgir na imprensa mais esquemas semelhantes para arrecadação de receita.
A Bolsa ou a Vida !? A Vida porque a Bolsa faz-me falta...

rnbc

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Re: Portugal falido
« Responder #95 em: 2012-08-30 19:15:50 »
IGCP suspende subscrição de Certificados do Tesouro

Quanto a mim uma decisão pouco avisada visto que para a maioria das pessoas comprar OTs é difícil, e interessa ao estado captar o máximo de financiamento possível da sua própria população, para assegurar a soberania.

Pelos vistos preferem pagar juros altos a estrangeiros e pessoas abonadas do que juros ligeiramente mais baixos ao seu próprio povo. Que raio...

Claro que a troika empresta mais barato que os CTs, mas a troika é provisória e faz-se pagar caro doutras formas.
« Última modificação: 2012-08-30 19:17:24 por rnbc »

Menor_Valia

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Re: Portugal falido
« Responder #96 em: 2012-08-30 19:20:06 »
Saudações!!

A mentira tem perna curta... e o pretexto invocado dá bem ideia da credulidade e idiotice do povo...

Citação de: Economico
Indemnização compensatória na RTP em 2013 estava prevista

Rebeca Venâncio   
30/08/12 15:40

 Administração da RTP informou Direcção-Geral do Orçamento que, se não se cumprisse reestruturação, seria necessário cobrar 80 milhões.

A administração da RTP já tinha prevenido a Direcção-Geral de Orçamento de que, caso, em 2012, não se cumprissem as medidas previstas no Plano de Sustentabilidade Económica e Financeira (PSEF) da empresa, seria necessário entregar 80 milhões de euros de indemnização compensatória.

Segundo um documento a que o Diário Económico teve acesso, a administração da estação de serviço público informou o Governo deste pressuposto no início de Agosto - o momento de formulação do Orçamento do Estado.

"Devido à incerteza que ainda paira sobre a estratégia futura do serviço público de media [...] e dado que o Acordo Complementar que contempla as Indemnizações Compensatórias a vigorar no âmbito do Contrato de Concessão, nomeadamente para 2013, não foi ainda definido, a RTP entendeu, nestas circunstâncias, que o orçamento para 2013 [...] só se poderia basear nos actuais pressupostos conhecidos", ou seja, que apontam para um custo operacional na ordem dos 230 milhões de euros.

De acordo com o acordado entre a tutela e a gestão da RTP, se cumprido o PSEF, em Janeiro de 2013, a RTP teria custos operacionais na ordem de 180 milhões de euros, suportados por 150 milhões de euros de contribuição audiovisual e 30 milhões de euros de receitas comerciais. Estes pressupostos estariam cumpridos mediante a saída de perto de 300 trabalhadores, da autonomização das operações da Madeira e Açores, da extinção de um canal e da permanência de outro com apenas seis minutos de publicidade.

"A RTP está a sofrer uma profunda transformação e reorganização incorrendo em custos elevados de reestruturação que foram parcialmente transferidos para 2013 por ausência de financiamento que permitisse que os mesmos tivessem sido já incorridos no todo em 2012", refere o mesmo documento. "Este é o motivo pelo qual a RTP precisará de obter fundos para o efeito", remata.

Um abraço,

JR

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Re: Portugal falido
« Responder #97 em: 2012-08-30 19:32:56 »
Saudações!!

Já agora, uma administração da RTP que apregoa aos setes ventos umas contas deturpadas e omite os custos das indemnizações para dispensa de trabalhadores não devia continuar nem mais um minuto em funções...

Um abraço,

JR
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Re: Portugal falido
« Responder #98 em: 2012-09-05 21:40:29 »
Já nao chegava a incompetência destes senhores ainda mais agora pagar as brincadeiras em derivados ......mas o que vem a se isto dasssssss estes palhaços podem fazer tudo o querem e nunca sao responsabilizados PQP

E se houvesse ganhos será que seriam para estado  >:(


Deixo um artigo do que vai nas empresas deste estado dasssssssss


As empresas públicas resolveram brincar às engenharias financeiras e abriram um buraco financeiro que, se tiver de ser tapado, é superior à derrapagem deste ano do défice público. Alguém vai ser responsabilizado? Não.
As empresas públicas resolveram brincar às engenharias financeiras e abriram um buraco financeiro que, se tiver de ser tapado, é superior à derrapagem deste ano do défice público. Alguém vai ser responsabilizado? Não.

Ser gestor público sempre foi uma das melhores profissões em Portugal. São inimputáveis. A esmagadora maioria ganha bem e não é responsabilizado pelas decisões que toma. Já sabíamos que era impossível apontar-lhes o dedo por má gestão porque os governos não cumpriam a sua parte em matéria de transferências, a tempo e horas, das indemnizações compensatórias. Agora, com o que foi divulgado nas contas do segundo trimestre das empresas públicas, ficámos a saber que também são desresponsabilizados quando resolvem jogar nos mercados financeiros dinheiro que é dos contribuintes.

Como revela o Negócios, as empresas do sector empresarial do Estado realizaram um conjunto de contratos de derivados financeiros, avaliados em 16 mil milhões de euros – quase dez por cento do PIB – que em Junho registavam perdas potenciais de cerca de 2,5 mil milhões de euros, ou seja, quase 16% do valor dos contratos. A esmagadora maioria dessas perdas estão em duas empresas: o Metro de Lisboa e o Metro do Porto. E boa parte dos contratos foram assinados pouco depois de se ter desencadeado a crise, em 2008, e tinham como objectivo proteger a empresa do que os gestores da altura consideraram ser um risco de subida da taxa de juro. Como as taxas de juro desceram, em vez de subirem, como antecipavam os gestores, neste momento têm de pagar aos bancos a diferença e, no fim do contrato, poderão ter de registar as perdas remanescentes. Mas, além desses contratos, há outros que são puras aplicações e aumentam o risco a que as empresas estão expostas.

Dir-se-á que os gestores que se protegeram da subida de taxas de juro foram até bastante meticulosos. Tomaram decisões para minimizar os encargos financeiros adicionais que teriam se as taxas de juro subissem. O que tiveram foi azar, as taxas desceram em vez de subiram. E é quando usamos a expressão "azar" que a questão se clarifica. Um gestor público, que está ali a provisionar a prestação de bens ou serviços públicos, com dinheiro dos contribuintes, não tem (ou não deve ter) legitimidade para tomar decisões cujos resultados dependem de ter sorte ou azar. Além disso, não existem nessas empresas competências que garantam decisões tecnicamente fundamentadas. Como consequência, as decisões de comprar ou não um derivado financeiro terá sido basicamente ditada pelo conselho de bancos de investimento que, além do incentivo de venda, se revelaram altamente tóxicos.

Num artigo publicado no "Diário Económico" em finais de Julho, Vítor Bento comparava as operações com instrumentos financeiros realizadas pelos gestores públicos com uma ida ao casino para demonstrar que iríamos condenar mais este último comportamento, quando na prática os dois são equivalentes.

Com as recentes alterações legislativas, quem passa a gerir a carteira desses produtos financeiros é o Instituto de Gestão do Crédito Público. Será o IGCP a decidir se os contratos com os produtos sofisticados se mantêm até ao fim da vida ou se são denunciados, tudo dependendo do que custar cada uma das decisões.

Quem vai pagar esta brincadeira dos gestores públicos? Todos nós, contribuintes, claro está. São mais uns mil milhões que se somam a muitos outros mil milhões. Responsáveis? Não há.

JAF

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Re: Portugal falido
« Responder #99 em: 2012-09-07 00:59:20 »
Citar
Dir-se-á que os gestores que se protegeram da subida de taxas de juro foram até bastante meticulosos. Tomaram decisões para minimizar os encargos financeiros adicionais que teriam se as taxas de juro subissem. O que tiveram foi azar, as taxas desceram em vez de subiram. E é quando usamos a expressão "azar" que a questão se clarifica. Um gestor público, que está ali a provisionar a prestação de bens ou serviços públicos, com dinheiro dos contribuintes, não tem (ou não deve ter) legitimidade para tomar decisões cujos resultados dependem de ter sorte ou azar. Além disso, não existem nessas empresas competências que garantam decisões tecnicamente fundamentadas. Como consequência, as decisões de comprar ou não um derivado financeiro terá sido basicamente ditada pelo conselho de bancos de investimento que, além do incentivo de venda, se revelaram altamente tóxicos.

Ou é do sono, ou então se estou a entender bem, é mais uma peça de jornalismo brilhante...

Vejamos; tentam explicar a decisão de compra dos derivados como sendo um hedge...

Mas se fosse um hedge, era bem feito e o resultado era nulo... Ou seja, se tivessem apostado na subida da tx de juros e tivessem coberto a posição que tinham, o que perdiam no derivado com a baixa da taxa, ganhavam nos juros que pagavam a menos...

Perder dinheiro não foi azar! Foi o resultado da impunidade que sabiam que tinham. era uma situação win-0. Isto é se acertassem eram os maiores e possivelmente até ganhariam com os resultados. Se perdessem, no pasa nada...

estamos a falar de cargos nomeados pelos aparelhos... merito portanto ;D