Se ele foi condenado mas já cumpriu pena qual o problema?
Estas a brincar, certo?
Ainda assim é o mesmo problema, que leva um gajo com cadastro a não conseguir ser admitido em muitos lados. Se fores condenado por roubar um cego à porta da igrega, dificilmente es admitido num banco.
É uma questão de idoneidade.
Mas, se por qualquer motivo, um estrangeiro (um dos frugais) lesse a tua pergunta, ficava logo elucidado acerca do estado em que estamos.
Na essência já respondi ao Tridion acerca disso, mas há alguns detalhes que convém clarificar:
1) Ele não tem essa condenação no cadastro. Não havendo pena de prisão efectiva creio que o tempo de permanência da condenação no cadastro é de 5 anos.
2) No caso de assaltante de cego aplica-se a mesma coisa. Se só foi condenado uma vez ao fim de algum tempo deixa de aparecer no cadastro. A partir daí apresenta um cadastro limpo.
Finalmente o provincianismo de pedir opinião aos frugais.
Só acompanho muito superficialmente (creio que como a maioria dos foristas) a política nos países frugais, e então quanto às decisões administrativas a informação é nula.
No entanto no que respeita a políticos (com disse na resposta ao Tridion um patamar acima deste caso), nos últimos anos tem sido moda na Alemanha políticos serem condenados por plágio de teses de doutoramento. Geralmente isso implica demissão e um afastamento de futuros cargos ministeriais a nível federal, mas a nível local não ( Bem agora que Merkel apoia mutualização da dívida a nível da UE Alemanha já não é frugal :-)).
Na Holanda o actual PM teve, quando ter de fazer coligações, vários casos com ministros (especialmente os do partido de extrema direita) que foram condenados. Os ministros demitiram-se, tal como na Alemanha futuras funções ministeriais ficaram excluídas, mas a nível local continuam activos.
Um caso parecido com o que estamos a discutir e que envolve um frugal puro (Holanda) e um frugal renegado (Alemanha): em 2011 um dos ministros plagiadores da Merkel foi condenado e demitiu-se, mas passado uns meses foi convidado pela comissária holandesa (da agenda digital ou coisa parecida) para um cargo semelhante ao do nosso adjunto indígena. A senhora apenas viu que ele era competente para a tarefa e como a condenação deve ter sido admoestação e retirada do grau, não havia razão para exibir uma pureza hipócrita e improdutiva.