Olá, Visitante. Por favor entre ou registe-se se ainda não for membro.

Entrar com nome de utilizador, password e duração da sessão
 

Autor Tópico: Portugal falido  (Lida 3463211 vezes)

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13844
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #19920 em: 2019-11-27 15:13:30 »
Provavelmente a maioria das coisas que tens são totalmente desnecessárias - porcarias nas tuas palavras.
Na verdade, pouco mais precisas do que alimentos, abrigo e roupa. Tudo o resto que possas ter, para além do básico, reflecte apenas a arrogância da superioridade moral em achares que o que tu compras é necessário e útil e o que os outros compram é desnecessário e porcaria.

Pode pensar-se o que eu penso e preferir o que prefiro,
sem nenhuma arrogância moral, ainda que a saiba exibir
junto de quaisquer se julguem superiores a mim,
e não o faça com genuínos parolos, como o são
todos os meus conterrâneos, eu incluso!

E sou prova viva do que o que digo é possível!

JohnyRobaz

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1205
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #19921 em: 2019-11-27 21:31:26 »
Pedreiras a cairem, minas a céu aberto, rios sem água, esgotos directos para o mar ou para os rios e qual é o flagelo para o ministro do ambiente ? É a Black Friday.
Citar
O ministro do Ambiente classificou a Black Friday como um "contra-senso", o "expoente máximo e negativo de uma sociedade capitalista". E critica os bancos que financiam aquelas compras.
https://observador.pt/2019/11/25/ministro-do-ambiente-diz-que-black-friday-e-um-contrassenso/

Dirá o mesmo do Natal ?

Concordo que as pessoas é que sabem quando aproveitam melhor para fazer as suas compras, até porque muita gente deve até organizar-se e guardar-se para estas oportunidades para comprar coisas que realmente quer e precisa. E mesmo que não precise, cada um é livre de fazer o que quer com o dinheiro.

Mas isto não invalida que um ministro do ambiente tenha uma opinião crítica sobre um dia que apela ao consumismo, visto esse ser uma das causas da crise ambiental (o fast Fashion, etc), e também não me parece mal a dica que manda aos bancos que financiam compras deste género, porque depois quando as pessoas não conseguem pagar e há créditos mal parados, todos sabemos quem acaba por pagar...

Vê-se que o ministério do ambiente não é o ministério da economia. A economia são as pessoas a fazer coisas umas para as outras, e a forma como trocam as coisas que fazem é via compras e vendas. O ministério do ambiente, portanto, tem uma má opinião do nível salarial e de emprego. O ministério do ambiente gostaria de níveis salariais, de emprego e de consumo mais baixos e saudáveis.

Não sabendo o ministério do ambiente como funciona a economia, é duvidoso que saiba como funciona o sistema bancário.

Não concordo com essa visão básica das coisas. A economia pode ser isso tudo, e as coisas trocadas, mesmo sendo em menor quantidade e menos poluidoras, podem representar mais valor. Com mais valor, vêm maiores salários, etc.

Se ele não sabe como funciona o sistema bancário, presumo que aches bem que os bancos financiem consumo discricionário a taxas irrisórias. Eu não, e até acho que tenho algumas bases sobre o assunto, e exemplos bem terríveis para o meu bolso do que foram esses erros bancários (esses e outros, claro).

JohnyRobaz

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1205
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #19922 em: 2019-11-27 21:34:04 »
O argumento de países em desenvolvimento é que os desenvolvidos, como os Estados Unidos e a Inglaterra, tiveram a sua revolução industrial movida a carvão. Porque é que eles não podem agora, ter a sua revolução industrial a carvão?

Porque:

1º - os problemas ambientais na altura não eram tão relevantes como hoje, nem a informação tão clara e conhecida;
2º - na altura da revolução industrial, aquela era a tecnologia de ponta. hoje há tecnologia e know-how para fazer as coisas de outra forma. A vantagem dos que vêm depois é essa, não precisam de partir a mesma pedra para chegar ao mesmo sítio.

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #19923 em: 2019-11-27 22:09:59 »
Pedreiras a cairem, minas a céu aberto, rios sem água, esgotos directos para o mar ou para os rios e qual é o flagelo para o ministro do ambiente ? É a Black Friday.
Citar
O ministro do Ambiente classificou a Black Friday como um "contra-senso", o "expoente máximo e negativo de uma sociedade capitalista". E critica os bancos que financiam aquelas compras.
https://observador.pt/2019/11/25/ministro-do-ambiente-diz-que-black-friday-e-um-contrassenso/

Dirá o mesmo do Natal ?

Concordo que as pessoas é que sabem quando aproveitam melhor para fazer as suas compras, até porque muita gente deve até organizar-se e guardar-se para estas oportunidades para comprar coisas que realmente quer e precisa. E mesmo que não precise, cada um é livre de fazer o que quer com o dinheiro.

Mas isto não invalida que um ministro do ambiente tenha uma opinião crítica sobre um dia que apela ao consumismo, visto esse ser uma das causas da crise ambiental (o fast Fashion, etc), e também não me parece mal a dica que manda aos bancos que financiam compras deste género, porque depois quando as pessoas não conseguem pagar e há créditos mal parados, todos sabemos quem acaba por pagar...

Vê-se que o ministério do ambiente não é o ministério da economia. A economia são as pessoas a fazer coisas umas para as outras, e a forma como trocam as coisas que fazem é via compras e vendas. O ministério do ambiente, portanto, tem uma má opinião do nível salarial e de emprego. O ministério do ambiente gostaria de níveis salariais, de emprego e de consumo mais baixos e saudáveis.

Não sabendo o ministério do ambiente como funciona a economia, é duvidoso que saiba como funciona o sistema bancário.

Não concordo com essa visão básica das coisas. A economia pode ser isso tudo, e as coisas trocadas, mesmo sendo em menor quantidade e menos poluidoras, podem representar mais valor. Com mais valor, vêm maiores salários, etc.

Se ele não sabe como funciona o sistema bancário, presumo que aches bem que os bancos financiem consumo discricionário a taxas irrisórias. Eu não, e até acho que tenho algumas bases sobre o assunto, e exemplos bem terríveis para o meu bolso do que foram esses erros bancários (esses e outros, claro).

Repara, "poder" tudo "pode". O que interessa é o que existe e o que alguém está disposto a fazer, e não boas intenções ou grandes planos que "trazem valor".
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

JohnyRobaz

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1205
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #19924 em: 2019-11-27 22:43:31 »
Pedreiras a cairem, minas a céu aberto, rios sem água, esgotos directos para o mar ou para os rios e qual é o flagelo para o ministro do ambiente ? É a Black Friday.
Citar
O ministro do Ambiente classificou a Black Friday como um "contra-senso", o "expoente máximo e negativo de uma sociedade capitalista". E critica os bancos que financiam aquelas compras.
https://observador.pt/2019/11/25/ministro-do-ambiente-diz-que-black-friday-e-um-contrassenso/

Dirá o mesmo do Natal ?

Concordo que as pessoas é que sabem quando aproveitam melhor para fazer as suas compras, até porque muita gente deve até organizar-se e guardar-se para estas oportunidades para comprar coisas que realmente quer e precisa. E mesmo que não precise, cada um é livre de fazer o que quer com o dinheiro.

Mas isto não invalida que um ministro do ambiente tenha uma opinião crítica sobre um dia que apela ao consumismo, visto esse ser uma das causas da crise ambiental (o fast Fashion, etc), e também não me parece mal a dica que manda aos bancos que financiam compras deste género, porque depois quando as pessoas não conseguem pagar e há créditos mal parados, todos sabemos quem acaba por pagar...

Vê-se que o ministério do ambiente não é o ministério da economia. A economia são as pessoas a fazer coisas umas para as outras, e a forma como trocam as coisas que fazem é via compras e vendas. O ministério do ambiente, portanto, tem uma má opinião do nível salarial e de emprego. O ministério do ambiente gostaria de níveis salariais, de emprego e de consumo mais baixos e saudáveis.

Não sabendo o ministério do ambiente como funciona a economia, é duvidoso que saiba como funciona o sistema bancário.

Não concordo com essa visão básica das coisas. A economia pode ser isso tudo, e as coisas trocadas, mesmo sendo em menor quantidade e menos poluidoras, podem representar mais valor. Com mais valor, vêm maiores salários, etc.

Se ele não sabe como funciona o sistema bancário, presumo que aches bem que os bancos financiem consumo discricionário a taxas irrisórias. Eu não, e até acho que tenho algumas bases sobre o assunto, e exemplos bem terríveis para o meu bolso do que foram esses erros bancários (esses e outros, claro).

Repara, "poder" tudo "pode". O que interessa é o que existe e o que alguém está disposto a fazer, e não boas intenções ou grandes planos que "trazem valor".

Sim, poder tudo pode, tal como ele pode ter uma opinião sobre as coisas. Vires dizer que ele não percebe nada de economia porque veio, como ministro do ambiente, criticar o consumismo desenfreado em coisas inúteis, é ter uma visão pouco abrangente e até quase ditatorial do que é ou deve ser a economia e o mercado. Ele não veio propor impostos sobre a roupa da Primark, veio dar uma opinião.

Reg

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13546
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #19925 em: 2019-11-27 22:57:53 »
o facto ser socialista e ser bom em economia.....

nao tem nada ver realidade..........


um bom politico socialista em economia  no mundo ha algum bom exemplo!?
« Última modificação: 2019-11-27 23:00:45 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

JohnyRobaz

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1205
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #19926 em: 2019-11-27 23:07:47 »
o facto ser socialista e ser bom em economia.....

nao tem nada ver realidade..........


um bom politico socialista em economia  no mundo ha algum bom exemplo!?

A sério Reg? Quantos prémios Nobel socialistas queres?

Mas vá, os países nórdicos, são péssimos exemplos económicos. O Uruguai, péssimo também. Canadá? Ui, horrível.

Reg

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13546
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #19927 em: 2019-11-27 23:09:11 »
os novel.... nao conta


aquilo e premio dos esquerdistas adoram coisas esquerdistas


paises nordicos sao liberais economia

tirando noruega mas mesmo essa ja votou em liberais...Governo Solberg    2013 -    Erna Solberg    Partido da Direita
Partido do Progresso  e nacionalistas...
« Última modificação: 2019-11-27 23:14:01 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

JohnyRobaz

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1205
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #19928 em: 2019-11-27 23:12:31 »
os novel.... nao conta


aquilo e premio dos esquerdistas


paises nordicos sao liberais economia

tirando noruega mas mesmo essa ja votou em liberais...

Então? Mas os liberais não eram os que não queriam Estado nenhum na economia? Que qualquer pingo de imposto é um escândalo de colectivismo? Os nórdicos, esses que cobram os maiores impostos e têm os melhores Estados Sociais do Mundo, são liberais afinal? Estás a concordar comigo afinal, quando me digo liberal?  :D

Reg

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13546
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #19929 em: 2019-11-27 23:14:42 »
nada disso muda facto

quando mais mexem na economia com esquerdismo pior ficam


mercado   sao pessoas trocar coisas do  povo


socialismo grande lider fazer decretos  negocios em nome do povo

ja tiveste novel economia dizer bem paises socialistas tipo venezuela.....

Como consequência desta maciça redistribuição de riqueza, o índice de pobreza na Venezuela baixou de 48,7% em 1999 para 32,13% em 2013, e a educação e a saúde assinalaram progressos substanciais o que originou um elogio público do Nobel da Economia Joseph Stiglitz, em 2007, às políticas de Chávez.
Todavia as políticas sociais custam dinheiro e, depois de o ter tirado a quem o tinha, empresários e proprietários agrários, como conseguiria mais recursos? Na empresa estatal, importante geradora de receitas, os quadros superiores foram substituídos por adeptos leais de Chávez, pouco preparados, incumbidos de retirar o máximo de recursos possíveis para a redistribuição, mesmo à conta da queda do investimento. Como consequência, a produção de petróleo passou de 3,5 milhões de barris por dia em 1999 para apenas 1 milhão em 2018, ao mesmo tempo que a economia aumentava a sua dependência do petróleo, 98% hoje contra 80% em 1999.

tudo base de bolha... rebentou
« Última modificação: 2019-11-27 23:32:28 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

Automek

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30976
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #19930 em: 2019-11-28 08:15:57 »
Sim, poder tudo pode, tal como ele pode ter uma opinião sobre as coisas. Vires dizer que ele não percebe nada de economia porque veio, como ministro do ambiente, criticar o consumismo desenfreado em coisas inúteis, é ter uma visão pouco abrangente e até quase ditatorial do que é ou deve ser a economia e o mercado. Ele não veio propor impostos sobre a roupa da Primark, veio dar uma opinião.

Ele foi pouco feliz nas afirmações.

Citar
O ministro considerou que atualmente se verifica a passagem de uma ótica de consumo de produtos e serviços, dando como exemplo as diferenças entre “ter uma lâmpada ou ter luz”, “ter uma máquina de lavar roupa ou ter ciclos de lavar roupa”, ou entre “ter um berbequim ou um furo na parede”.

“O que eu quero é mesmo um serviço e não necessariamente um bem. E por isso cada vez mais vamos ter uma sociedade orientada a serviços que têm bens lá dentro”, prosseguiu.

Isto roça a imbecilidade, pior ainda vinda de um ministro.

Os meus pais precisavam de uma arca frigorífica e andavam de olho numa de 149.99€ há algum tempo. Compraram-na na terça feira na mega noite BF da Worten com 30€ de desconto (tentar comprar algo com desconto será estúpido?).
E o senhor queria o quê ? Que eles se juntassem aos vizinhos da rua, comprassem uma arca congeladora grande, metessem na garagem de alguém e usassem todos a mesma arca ?

E quem compra uma máquina de lavar a roupa ? É o mesmo ? Uma máquina comunitária ? Ou este senhor pensa que o país é todo Lisboa, com lavandarias self service em cada esquina ?

E quem compra uma TV ? É voltar aos tempos antigos em que se ia para a sociedade recreativa lá da terra ?
E um telemóvel ? Compram-se só dois ou três por prédio e todos usam à vez  ?

Eu gasto três ou quatro pares de ténis de corrida por ano. Quando é que os compro ? Na black friday porque sei o preço normal deles no resto do ano e poupo dinheiro se os comprar todos de uma assentada. Ou será que, como treino de manhã, devia juntar-me com alguém que treine à tarde e assim usávamos os sapatos a meias ?

Epá, não façam das pessoas imbecis como se a maioria andasse a comprar apenas coisas de que não precisa ou que deviam ser partilhadas.

E, no limite, ninguém precisa de nada a não ser do básico de alimentação, abrigo e roupa. Os meus pais não precisam de arca porque a humanidade viveu sem elas até há menos de um século. Televisão idem. Telemóveis nem existiam há 30 anos. Computadores pessoais é uma invenção recente. E andar a correr para quê ?

Automek

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30976
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #19931 em: 2019-11-28 08:54:53 »
Sim, poder tudo pode, tal como ele pode ter uma opinião sobre as coisas. Vires dizer que ele não percebe nada de economia porque veio, como ministro do ambiente, criticar o consumismo desenfreado em coisas inúteis, é ter uma visão pouco abrangente e até quase ditatorial do que é ou deve ser a economia e o mercado. Ele não veio propor impostos sobre a roupa da Primark, veio dar uma opinião.
Já agora só uma observação. O conceito de "coisa inútil" não é absoluto, é relativo, depende de pessoa para pessoa. E, sendo relativo, envolve um juízo de superioridade moral.
Se eu disser que o Robaz comprou aquela coisa inútil estou a colocar-me num plano superior ao Robaz, tratando o Robaz como um mentecapto que comprou uma coisa que, na minha opinião, é inútil. Mesmo que a minha opinião seja partilhada por mais pessoas, basta o Robaz ter comprado essa coisa para mostrar que a minha opinião sobre a utilidade da mesma é relativa e não uma verdade absoluta.

JohnyRobaz

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1205
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #19932 em: 2019-11-28 09:12:36 »
Sim, poder tudo pode, tal como ele pode ter uma opinião sobre as coisas. Vires dizer que ele não percebe nada de economia porque veio, como ministro do ambiente, criticar o consumismo desenfreado em coisas inúteis, é ter uma visão pouco abrangente e até quase ditatorial do que é ou deve ser a economia e o mercado. Ele não veio propor impostos sobre a roupa da Primark, veio dar uma opinião.
Já agora só uma observação. O conceito de "coisa inútil" não é absoluto, é relativo, depende de pessoa para pessoa. E, sendo relativo, envolve um juízo de superioridade moral.
Se eu disser que o Robaz comprou aquela coisa inútil estou a colocar-me num plano superior ao Robaz, tratando o Robaz como um mentecapto que comprou uma coisa que, na minha opinião, é inútil. Mesmo que a minha opinião seja partilhada por mais pessoas, basta o Robaz ter comprado essa coisa para mostrar que a minha opinião sobre a utilidade da mesma é relativa e não uma verdade absoluta.

Quanto a certos comentários do ministro, cujas afirmações não ouvi na totalidade e pode fugir-me algum contexto, não discordo que foram um pouco tontas no sentido de irrealidade. No entanto, também não acho que seja o fim do mundo, e parece-me que ele não se dirigia às pessoas que, bem, programam as suas compras para coincidir nestas oportunidades, mas sim aquelas que vão comprar apenas porque está mais barato, mesmo sem precisarem. O conceito de Fast Fashion é interessante para perceber isto, e os efeitos nocivos que produz. Mas gostaria de sublinhar algo: quando eu refiro coisa inúteis, é no sentido pessoal de cada um, não é no sentido do que eu acho inútil para os outros. Ou seja, há mesmo pessoas que compram desenfreadamente coisas que depois chegam à conclusão terem sido compras precipitadas, sem reflexão, de coisas que para elas próprias são inúteis. Quantas vezes eu não ouvi já miúdas falarem de roupa que nunca chegaram sequer a vestir uma única vez depois de comprada. Isto é um exemplo de uma compra de consumismo inútil, e não sou eu que o digo, são as próprias pessoas que o fazem.
Acho que todos sabemos que o ser humano não é, nem de longe nem de perto, 100% racional, e que o marketing e publicidade são áreas estudadas para fazer as pessoas consumir o máximo possível, mesmo quando é inútil para elas fazê-lo. E, no meu ponto de vista, um ministro do ambiente criticar isso, não me parece descabido.

Automek

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30976
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #19933 em: 2019-11-28 09:23:13 »
Citar
Indústria do calçado português continua em queda após década de crescimento recorde
Depois de uma década de crescimento recorde, o calçado português voltou a registar números negativos. Empresas com dificuldades sobem para 13%, o valor mais alto dos últimos seis anos.
https://observador.pt/2019/11/28/industria-do-calcado-portugues-continua-em-queda-apos-decada-de-crescimento-recorde/

Automek

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30976
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #19934 em: 2019-11-28 09:36:56 »
Mas Robaz, para isto chegar às afirmações de um ministro, é porque parece ser uma epidemia geral, donde se deduz que para o ministro a MAIORIA (para não dizer esmagadora maioria) das pessoas anda a comprar coisas inúteis para si própria.
Para se dizer uma coisa destas é preciso ter mesmo muitas certezas o que, juntando às outras palermices que disse, nos leva a desconfiar muito da sua capacidade de julgamento.
E tu, acreditas mesmo que a MAIORIA anda a comprar inutilidades ? É que se estamos a tratar de excepções, então porquê atacar a BF ?

Automek

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30976
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #19935 em: 2019-11-28 11:16:07 »
Escola Básica de Costa Cabral fecha esta quinta-feira por falta de funcionários

Isto na altura do PPC seria dramático. Hoje já se tornou banal.

pedferre

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 2599
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #19936 em: 2019-11-28 12:17:56 »
Mesmo por saber que agora é sempre a piorar nem sequer concorri para o meu filho ir para o pré-escolar numa escola pública.
Então se vier ai uma crise internacional e recessão... os serviços públicos rebentam de vez.

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #19937 em: 2019-11-28 12:42:43 »
Pedreiras a cairem, minas a céu aberto, rios sem água, esgotos directos para o mar ou para os rios e qual é o flagelo para o ministro do ambiente ? É a Black Friday.
Citar
O ministro do Ambiente classificou a Black Friday como um "contra-senso", o "expoente máximo e negativo de uma sociedade capitalista". E critica os bancos que financiam aquelas compras.
https://observador.pt/2019/11/25/ministro-do-ambiente-diz-que-black-friday-e-um-contrassenso/

Dirá o mesmo do Natal ?

Concordo que as pessoas é que sabem quando aproveitam melhor para fazer as suas compras, até porque muita gente deve até organizar-se e guardar-se para estas oportunidades para comprar coisas que realmente quer e precisa. E mesmo que não precise, cada um é livre de fazer o que quer com o dinheiro.

Mas isto não invalida que um ministro do ambiente tenha uma opinião crítica sobre um dia que apela ao consumismo, visto esse ser uma das causas da crise ambiental (o fast Fashion, etc), e também não me parece mal a dica que manda aos bancos que financiam compras deste género, porque depois quando as pessoas não conseguem pagar e há créditos mal parados, todos sabemos quem acaba por pagar...

Vê-se que o ministério do ambiente não é o ministério da economia. A economia são as pessoas a fazer coisas umas para as outras, e a forma como trocam as coisas que fazem é via compras e vendas. O ministério do ambiente, portanto, tem uma má opinião do nível salarial e de emprego. O ministério do ambiente gostaria de níveis salariais, de emprego e de consumo mais baixos e saudáveis.

Não sabendo o ministério do ambiente como funciona a economia, é duvidoso que saiba como funciona o sistema bancário.

Não concordo com essa visão básica das coisas. A economia pode ser isso tudo, e as coisas trocadas, mesmo sendo em menor quantidade e menos poluidoras, podem representar mais valor. Com mais valor, vêm maiores salários, etc.

Se ele não sabe como funciona o sistema bancário, presumo que aches bem que os bancos financiem consumo discricionário a taxas irrisórias. Eu não, e até acho que tenho algumas bases sobre o assunto, e exemplos bem terríveis para o meu bolso do que foram esses erros bancários (esses e outros, claro).

Repara, "poder" tudo "pode". O que interessa é o que existe e o que alguém está disposto a fazer, e não boas intenções ou grandes planos que "trazem valor".

Sim, poder tudo pode, tal como ele pode ter uma opinião sobre as coisas. Vires dizer que ele não percebe nada de economia porque veio, como ministro do ambiente, criticar o consumismo desenfreado em coisas inúteis, é ter uma visão pouco abrangente e até quase ditatorial do que é ou deve ser a economia e o mercado. Ele não veio propor impostos sobre a roupa da Primark, veio dar uma opinião.

O mercado é uma coisa simples. Pessoas a trocarem coisas, via compras e vendas. Uma opinião "contra o consumismo" é basicamente uma coisa estúpida, em termos económicos.

Mais, não existe tal coisa como uma "coisa inútil" economicamente. Se algo leva alguém a trocar voluntariamente algo, por mais inútil que possa parecer, ficam 2 ou mais pessoas satisfeitas e gerou-se actividade económica.

Muito pelo contrário, devido ao aumento constante da produtividade, vamos precisar de cada vez MAIS, não menos, "coisas inúteis" para suster a economia. Isto porque as mais óbvias, úteis e básicas são produzidas de forma cada vez mais eficiente, ocupando cada vez menos pessoas na sua produção. Tens que ter actividades novas, diferentes, a ocupar as pessoas que vão sendo libertadas.
« Última modificação: 2019-11-28 12:46:24 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13844
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #19938 em: 2019-11-28 13:10:20 »
[  ], vamos precisar de cada vez MAIS, não menos, "coisas inúteis" para suster a economia. [  ].
Tens que ter actividades novas, diferentes, a ocupar as pessoas que vão sendo libertadas.

Lolinho. Tal como,
ir a compras junto
com magote de gente;
e encher estádios de futebol.

Com imaginação, há mais coisas a fazer!

-:)

Automek

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30976
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #19939 em: 2019-11-28 13:50:58 »
Num caso destes devia haver gente despedida por justa causa, com pedido de indemnização, e irradiada para sempre de funções públicas. Não porque a pessoa se pudesse safar, isso é especulação, mas pelo nível de incompetência em gestão que toda a história revela (vale a pena ler)

Doente oncológico morre sem quimioterapia após dois meses à espera dos resultados de exames