Divida soberana nacional

[tommy]

Foi precisamente esse um dos argumentos que os da jeronimo martins apresentaram para se mudarem para a holanda. Pedindo um credito ca pagavam entre 4,5 a 5%. La pagam entre 2 a 2,5%

Coitadas das PME que infelizmente na sua maioria têm de pedir crédito em Portugal.

[Beruno]

no nosso caso ainda temos um resto de credito pme crescimento, que temos vindo a amortizar, e mesmo este tem uma taxa de 4%. e quando o pedimos tinhamos em depositos, fundos tesouraria, obrigaçoes, um pouco mais que duas vezes o valor contratado. porque se assim nao fosse pagariamos mais que 5%/ano

lembro-me de logo no inicio do nosso negocio termos pedido uma livrança a 4 meses, para investir em stock para o natal e amortizar logo a seguir, e pagámos quase 8%/ano

[Automek]

Parece-me que ainda vão chorar por esse crédito a 4%.

[Castelbranco]

nunca esquecer isto. a divergência é de longo prazo, algo de longo prazo vai acontecer, ou seja crescimentos negativos por long time

[tommy]

no nosso caso ainda temos um resto de credito pme crescimento, que temos vindo a amortizar, e mesmo este tem uma taxa de 4%. e quando o pedimos tinhamos em depositos, fundos tesouraria, obrigaçoes, um pouco mais que duas vezes o valor contratado. porque se assim nao fosse pagariamos mais que 5%/ano

lembro-me de logo no inicio do nosso negocio termos pedido uma livrança a 4 meses, para investir em stock para o natal e amortizar logo a seguir, e pagámos quase 8%/ano

desculpa a indiscrição beruno, mas foi este ano? em que ano a te referes?

[Beruno]

nao. a livrança pedimos em 2011. e o pme crescimento pedimos em 2013

mas daqui para a frente ja nao precisaremos de credito. temos ja dinheiro em caixa suficiente (de facto so necessitamos de cerca de 25% do que temos atualmente, ate porque o resto está todo investido em divida). só pedirei credito quando tiver a oportunidade de adquirir o espaço de um "colega" no ramo. é que neste momento ha poucas oportunidades, e neste negocio sao "sete caes a um osso"

neste momento ate estou tentado em pagar um trespasse de 60K por um quiosque de café num shopping em lisboa (nao é o nosso ramo mas poderia ser uma boa oportunidade para diversificar). tenho é que convencer a pessoa a dar-me as vendas, porque nao tenho noçao de quanto possam vender

[meu-godo]

nunca esquecer isto. a divergência é de longo prazo, algo de longo prazo vai acontecer, ou seja crescimentos negativos por long time

A linha vermelha corresponde a uma média de quanto tempo?

[tommy]

nao. a livrança pedimos em 2011. e o pme crescimento pedimos em 2013

mas daqui para a frente ja nao precisaremos de credito. temos ja dinheiro em caixa suficiente (de facto so necessitamos de cerca de 25% do que temos atualmente, ate porque o resto está todo investido em divida). só pedirei credito quando tiver a oportunidade de adquirir o espaço de um "colega" no ramo. é que neste momento ha poucas oportunidades, e neste negocio sao "sete caes a um osso"

neste momento ate estou tentado em pagar um trespasse de 60K por um quiosque de café num shopping em lisboa (nao é o nosso ramo mas poderia ser uma boa oportunidade para diversificar). tenho é que convencer a pessoa a dar-me as vendas, porque nao tenho noçao de quanto possam vender

muito interessante. continua, bom trabalho e cuidado com e extrema esquerda. Eu se gerisse um negócio teria a mesma estratégia que tu, ou seja dentro do possível gerir com capitais próprios e investir qualquer lucro para fontes de receita adicionais.

já agora como funciona um trespasse? qual a diferença de comprares a empresa? (assumindo que para ter um quiosque é preciso ter criado uma empresa..

[Beruno]

as duas principais diferenças sao que se comprares a empresa nao tens que renegociar a renda com o centro, o que poderá ser bom

pagando o trespasse, fazes novos contratos com os colaboradores e nao tens que assumir 17 anos de contrato, que é o que está em causa, e o que me mete mais medo. Porque um deles pode lembrar-se de me "fazer a vida negra" porque "está protegido" por 17 anos de indemnizaçao

gerir pessoal tem sido um desafio maior que gerir stock's. às vezes dá vontade de largar tudo, pegar no cash, e ir tambem ser trabalhador por conta de outrem

[tommy]

as duas principais diferenças sao que se comprares a empresa nao tens que renegociar a renda com o centro, o que poderá ser bom

pagando o trespasse, fazes novos contratos com os colaboradores e nao tens que assumir 17 anos de contrato, que é o que está em causa, e o que me mete mais medo. Porque um deles pode lembrar-se de me "fazer a vida negra" porque "está protegido" por 17 anos de indemnizaçao

gerir pessoal tem sido um desafio maior que gerir stock's. às vezes dá vontade de largar tudo, pegar no cash, e ir tambem ser trabalhador por conta de outrem

No trespasse compras a empresa, mas tudo o que são contratos (trabalhadores, fornecedores, centro, etc.) levam um "reset" certo? Dividas como é?

Por exemplo se algum equipamento que tenha sido comprado a prestações ou empréstimos para gerir a tesouraria, isso também terá que ser assumido e resolvido pelo anterior?

Sem dúvida que gerir pessoal, resolver problemas na justiça e a complexidade/elevado nível de impostos são os 3 pontos que se melhorassem em Portugal eu abriria uma empresa. Já me tenho informado muito. Mas sinto que ainda tenho de estudar imenso só para lidar com a parte burocrática.

[Beruno]

no trespasse compro os ativos da empresa, como o stock, equipamentos e "estabelecimento". a maquina de café tambem nao é comprada. tem uma renda que inclui contracto de manutençao

com a emissao de 2037 aconteceu-me o que nunca pensei que acontecesse com obrigaçoes. para alem dos cupoes que recebi, comprei-a a 67% e vendi-a ha uns meses acima dos 120%

A minha ideia será tentar o mesmo com divida alema, a 10 anos, quando estivermos noutra fase de mercado. Comprar após uma longa fase de subida de yields, e vender quando as yields começarem a descer. Ou seja, tentar fazer trading com divida, arriscando a levar com um cupao de 0,5% durante 10 anos caso a coisa "corra mal"

[Automek]

A minha ideia será tentar o mesmo com divida alema, a 10 anos, quando estivermos noutra fase de mercado. Comprar após uma longa fase de subida de yields, e vender quando as yields começarem a descer. Ou seja, tentar fazer trading com divida, arriscando a levar com um cupao de 0,5% durante 10 anos caso a coisa "corra mal"

Mas isso é um ciclo que pode demorar anos e anos a chegar (refiro-me ao ponto de entrada). Primeiro é preciso gerar inflação e subida das taxas e depois esperar que uma crise se avizinhe.
A não ser, claro, que os alemães se escavacassem todos, coisa para já pouco provável.

Ou seja, se tens dinheiro (divida) para isso, o custo é capaz de ser razoável até chegar às condições de entrada que pretendes.

[tommy]

no trespasse compro os ativos da empresa, como o stock, equipamentos e "estabelecimento". a maquina de café tambem nao é comprada. tem uma renda que inclui contracto de manutençao

com a emissao de 2037 aconteceu-me o que nunca pensei que acontecesse com obrigaçoes. para alem dos cupoes que recebi, comprei-a a 67% e vendi-a ha uns meses acima dos 120%

A minha ideia será tentar o mesmo com divida alema, a 10 anos, quando estivermos noutra fase de mercado. Comprar após uma longa fase de subida de yields, e vender quando as yields começarem a descer. Ou seja, tentar fazer trading com divida, arriscando a levar com um cupao de 0,5% durante 10 anos caso a coisa "corra mal"

Ok então dívidas são assumidas pelo dono. No teu 1º balanço "mental" terás ativos de um lado, e potencialmente do outro "passivo + capital próprio" será o custo de aquisição do negócio mais algum dinheiro que metas inicialmente para os primeiros tempos.

E em termos de nome e natureza da empresa? Podes mudar de qualquer coisa para "O quiosque do Beruno" e a natureza poderás mudar de unipessoal para sociedade anónima por exemplo?

No caso das dívidas soberanas é capaz de ser uma estratégias interessante. Já pensaste na possibilidade de um ETF que diversifique perante países investment grade europa/zona euro e que te pague um "dividendo" semi-anual/trimestral? Podias fazer semelhante, diversificando e mitigando algum risco.

No caso do teu investimento em obrigações 2037 correu-te muito bem e mereces cada cêntimo do teu lucro, mas consideraste a sério o risco de haircut como na grécia de 50% do valor nominal? Com as Bunds é improvável claro... mas nas portuguesas...  respeito pela tua coragem!

[Beruno]

na altura fui apenas atrás do cupao, que era uma loucura que eu nunca tinha visto. desta altura ainda mantenho as da edp para 2020 com yield acima dos 8%, e da pt (agora oi) com yield de 11% para 2019

pareciam remuneraçoes sem grande esforço. ainda mantenho tambem as de 2023. e mais tarde comprei umas de 2016 e 2024 abaixo do par quando o paulo portas disse que queria sair

 

[tommy]

na altura fui apenas atrás do cupao, que era uma loucura que eu nunca tinha visto. desta altura ainda mantenho as da edp para 2020 com yield acima dos 8%, e da pt (agora oi) com yield de 11% para 2019

pareciam remuneraçoes sem grande esforço. ainda mantenho tambem as de 2023. e mais tarde comprei umas de 2016 e 2024 abaixo do par quando o paulo portas disse que queria sair

Sem dúvida grandes negócios. 8% da edp é muito muito bom. Mereces cada cêntimo.

[Kin2010]

Boa tarde,

Alguém sabe algum produto que dê para apostar numa eventual subida das taxas de juro da dívida de Portugal?

Não percebi a tua pergunta...mas aqui vai uma possível resposta: As taxas de juro ao subirem podes beneficiar de duas maneiras,
1- Em emissões novas de dívida portuguesa tu investes e beneficias de um juro maior (porque estás a correr maior risco);
2- Em emissões anteriores, se a taxa de juro sobe, normalmente significa que o risco aumentou, logo podes tentar comprar obrigações a desconto do seu valor (por exemplo as obrigações portuguesas para 2037, chegaram a valer 50% menos no ano de 2011) - Mas aqui outra vez estás a correr maior risco;

3- Ainda tens uma terceira hipótese, que eu nunca fiz, que talvez entrar curto em obrigações portuguesas e beneficiar da sua desvalorização (se houver). Isto não sei se dá para fazer, talvez alguém aqui no fórum possa ajudar melhor.


A título pessoal diria que qualquer uma das hipóteses é extremamente arriscada. Boa sorte.

Eu perguntei se existe algum produto financeiro que me permita ganhar dinheiro com uma eventual subida do risco/juro das obrigações de Portugal.

Existem CFDs/ETFs?? Se sim podem indicar quais? E qual a plataforma onde se pode comprar
CDS  já li anteriormente neste forum que é dificil o acesso.
Alguém conhece algum produto que esteja disponível a qualquer pessoa?

Se shortares acções de bancos portugueses deve fazer um efeito muito parecido.