Se fosse uma empresa pública ou até meio publica, estava a emitir a 0% a 4 anos e não a 4,375%.
Se é esta taxa, é porque o mercado considera esta empresa como privada e de risco elevado. A Mota emitiu o ano passado a 4 anos a uma taxa de 4.5%. O mercado considera um risco igual.
Por isso é que não acho que faça sentido. Um default destas obrigações, com o estado como dono a 50%, era uma barracada política (nacional e internacional).
Com a impossibilidade do estado meter dinheiro na TAP e em caso de default, isso significaria, muito provavelmente, a falência da TAP. Sabendo que a esquerda se prepara para governar mais 4 anos e que foram estes gajos que reverteram o que o governo anterior fez, para que a TAP voltasse ao controlo público, também vão fazer tudo o que for possível para evitar um cenário de falência, nem que seja meter parte do capital que ainda têm em bolsa.
Estou curioso por ver se as yields dos primeiros dias de negociação mantém aprox a taxa de cupão.
Seria para mim uma grande surpresa que estas obrigações tivessem problemas. Mas pronto, em Portugal já vimos um banco centenário a falir, um ex-PM preso, uma grande Telecom a ir pelo cano. Já não digo nada.