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Autor Tópico: A Justiça que temos  (Lida 2194 vezes)

Powerman

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A Justiça que temos
« em: 2012-09-16 21:48:04 »
Isto está bonito.....

A Associação Portuguesa de Coleccionadores de Armas (APCA), presidida por um prestigiado juiz da Relação do Porto, apresentou à Câmara de Cascais facturas inflacionadas para receber um subsídio superior em 30.000 euros àquele que lhe era devido.


http://www.publico.pt/Local/camara-de-cascais-pagou-subsidios-mediante-facturas-falsas-apresentadas-por-juiz-1563304

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« Última modificação: 2012-09-16 21:49:17 por Powerman »
Entregar a supervisão a Constâncio, é dar dinamite a um pirómano - Astrid Lulling

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Re:A Justiça que temos
« Responder #1 em: 2012-09-17 01:40:38 »
Isto está bonito.....

A Associação Portuguesa de Coleccionadores de Armas (APCA), presidida por um prestigiado juiz da Relação do Porto, apresentou à Câmara de Cascais facturas inflacionadas para receber um subsídio superior em 30.000 euros àquele que lhe era devido.


http://www.publico.pt/Local/camara-de-cascais-pagou-subsidios-mediante-facturas-falsas-apresentadas-por-juiz-1563304

Abr


.....sempre vos disse....que a corrupção.....por Cascais.......abundava.......eh,..eh.....


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Juíza liberta polícias acusados de corrupção

TVI

Juíza de instrução disse não ter tempo de cumprir os prazos da lei para a manutenção da prisão preventiva
 
Foram libertados os cabecilhas da rede criminosa de 13 polícias que se apoderou da PSP de Cascais, em maio de 2011.

Passaram o último ano na cadeia e agora, de acordo com o «Correio da Manhã», a juíza de instrução disse não ter tempo de cumprir os prazos da lei para a manutenção da prisão preventiva e libertou-os.

Os dois agentes de Cascais, conhecidos por Magee e Costinha, foram detidos por crimes como corrupção, extorsão ou tráfico de droga e de armas, foram na altura considerados os cérebros da rede criminosa com 13 polícias.

Estiveram presos um ano, por ordem do juiz Carlos Alexandre, que à data estava de turno.

A acusação saiu em maio deste ano, um ano depois, e tudo corria dentro dos prazos, por ter sido decretada a especial complexidade. Depois disto, a juíza Maria Antónia Andrade, titular do processo do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, tinha um prazo máximo de quatro meses para decidir se os 30 acusados - 13 polícias e 17 civis -, iriam ou não ser julgados pelas dezenas de crimes em causa.

Na última semana terminou o mês e meio de férias judiciais e a magistrada admitiu não conseguir cumprir o prazo que viabilizava a manutenção das prisões preventivas.

Para evitar a libertação dos polícias, teria de proferir despacho de pronúncia até meados do mês de setembro, data em que terminava o prazo dos quatro meses. Não o fez e ordenou que os dois agentes, suspeitos de crimes saíssem da cadeia.

 
« Última modificação: 2012-09-17 01:52:55 por Batman »

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Re:A Justiça que temos
« Responder #2 em: 2012-09-17 10:10:57 »
Esse juiz tem a escola toda... parece ser do mesmo calibre do Isaltino Morais (que era Procurador da República antes de ter percebido que na política conseguia roubar mais e melhor).

Sendo juíz, é na prática inimputável.

Vale a pena ler as notícias para ver o CV e o modus operandi do homem e como a câmara de Cascais dá largos milhares de euros para algo que certamente não interessa a mais que 0,01% dos seus munícipes.

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Câmara de Cascais pagou subsídios mediante facturas falsas apresentadas por juiz
16.09.2012 - 16:34 Por José António Cerejo


A Câmara de Cascais aprovou esta semana a instalação da associação dirigida pelo juiz Raul Esteves no Forte dos Oitavos (Pedro Cunha)
 A Associação Portuguesa de Coleccionadores de Armas (APCA), presidida por um prestigiado juiz da Relação do Porto, apresentou à Câmara de Cascais facturas inflacionadas para receber um subsídio superior em 30.000 euros àquele que lhe era devido.

O presidente da associação, que dirige também a Aldeias de Crianças SOS Portugal, confirma a sobrefacturação e afirma que tudo foi feito com a concordância da câmara. A autarquia, que esta semana aprovou a instalação definitiva da APCA no Forte dos Oitavos, não confirma nem desmente.

Criada em 2005 e dirigida desde o início pelo juiz Raul Esteves, um dos fundadores e presidentes do Movimento Justiça e Democracia, a APCA inaugurou no final de 2009, no centro histórico de Cascais, o denominado Museu Português da Arma. Instalado provisoriamente num edifício alugado junto à esquadra da PSP, o museu foi montado com uma subvenção negociada logo em 2005 entre o município e a nóvel associação. O objectivo essencial do protocolo então celebrado consistia na "preservação do património nacional de armaria, sua classificação e apresentação pública".

Alterado em 2009 com um reforço de verba, o documento previa a entrega à associação um subsídio "até ao montante máximo de 145.000 euros", a pagar após entrega da "documentação comprovativa das despesas efectuadas" com a criação do museu. Na sequência da realização dos trabalhos necessários à exibição do seu espólio de armas de fogo, cedido por alguns dos seus 15 sócios licenciados como coleccionadores e por entidades policiais e militares, a APCA apresentou os respectivos comprovativos de despesa à autarquia, com vista ao seu reembolso. A acompanhar as duas facturas, uma de 100.000 euros e outra de 45.000 euros (com IVA), emitidas em nome da associação pela empresa por si contratada (Esquinas & Normas), foram entregues os descritivos com os valores dos trabalhos feitos e equipamentos adquiridos. Perante essas facturas, a Câmara pagou os 145.000 euros - não se apercebendo de que havia nos descritivos grandes diferenças entre os valores atribuídos a certos trabalhos e aqueles que constavam de outras facturas antes apresentadas e depois substituídas pelas que foram pagas. As primeiras, da mesma empresa, datavam do fim de 2008, altura em que a firma ainda nem tinha sido registada.

Facturas falsas

As contas da Esquinas & Normas revelam porém que a empresa, criada no início de 2009 pela desenhadora de interiores Maria Carlos, uma companheira de lides políticas e profissionais de Raul Esteves, mostram vendas num total muito inferior aos 145.000 euros facturados à APCA e pagos pelo município. No total, declarou às Finanças, até ao fim de 2010, uma facturação que ronda os 115.000 euros. E a gerente, e única proprietária, disse ao PÚBLICO, por escrito, que foi esse valor, 115.000 euros, que associação lhe pagou.

Perante a discrepância entre o que consta das facturas e o que diz ter recebido, Maria Carlos respondeu que tinha devolvido à associação, através de uma nota de crédito, o valor de 25.103 euros mais IVA, o que corresponde, por arredondamento, aos 30.000 euros que faltam nas suas contas. A ser assim, e embora não se perceba a razão de terem sido facturados 145.000 euros em vez de 115.000, Raul Esteves teria de ter devolvido à Câmara os 30.000 indevidamente recebidos. Nos termos do artº 256 do Código Penal comete o crime de falsificação quem, com intenção de obter benefício ilegítimo, "fizer constar falsamente de documento ou de qualquer dos seus componentes facto juridicamente relevante".

Sucede, todavia, que na documentação arquivada na Câmara de Cascais não há qualquer referência à devolução de tal montante. E mais: Raul Esteves, que este mês passou das Varas Criminais de Lisboa para a Relação do Porto, confirmou ao PÚBLICO, também por escrito, que a "APCA recebeu da Câmara de Cascais 145.000 euros e pagou [à Esquinas & Normas] 115.000 euros (...) sendo o valor não gasto, conforme acordado com a Câmara de Cascais, utilizado no museu definitivo".

Ou seja, o presidente da associação diz que o município foi conivente com uma manobra destinada a entregar à associação mais 30.000 euros do que aquilo que gastou, aceitando comprovativos que sabia serem falsos. Solicitado anteontem a comentar esta acusação, o presidente da autarquia, o social-democrata Carlos Carreiras, nada respondeu.Consultas secretas

A firma Esquinas & Normas, que o próprio presidente da APCA disse ter sido criada "sobretudo para fazer o museu" e que não fez mais nada pelo menos até ao fim de 2010, foi contratada sem que se conheça qualquer consulta a outras empresas. Raul Esteves afirma, contudo, que foram auscultadas outras firmas para fazer o trabalho e explica quem é que tratou dessa prospecção: "A consulta ao mercado efectuada desde 2004/2005 foi coordenada pela empresa acima referida" - precisamente a Esquinas & Normas à qual o trabalho foi adjudicado.

O magistrado salienta também que a proprietária desta empresa já tinha feito um estudo prévio para o museu em 2004 (antes da criação da associação), através de uma outra empresa de que era sócia, e que foi a "relação de confiança existente e a informação classificada já transmitida" que levou a direcção da associação a adjudicar-lhe o trabalho. Concretizando, Raul Esteves escreve mesmo que "as rigorosas condições de confidencialidade", a que obedece "por força de lei" a criação de um museu de armas de fogo, determinaram que o trabalho fosse "entregue aos mesmos técnicos que iniciaram os estudos" anos antes.

Solicitado a facultar ao PÚBLICO o orçamento apresentado pela empresa antes da adjudicação, o juiz responde apenas: "A especificidade própria do museu e a sua finalidade - exposição de armas de fogo - obrigavam à criação de elevadas condições de segurança, não só físicas como electrónicas, que não serão divulgadas".

O museu funcionou desde Outubro de 2009 na Travessa do Poço Novo, tendo sido encerrado em Junho por ter terminado o contrato de arrendamento do espaço. A Câmara de Cascais decidiu, por unanimidade, na passada segunda-feira, ceder à APCA uma parte do Forte dos Oitavos, uma fortaleza do século XVII classificada como Imóvel de Interesse Público, para ali ser instalada a sede da associação e o seu museu.

Um juiz que "sempre quis mudar o mundo"
Com 51 anos, o juiz Raul Esteves assume-se como alguém que "sempre quis mudar o mundo", sendo essa a sua principal explicação para ter pedido ao Conselho Superior da Magistratura (CSM), em Maio de 2008, uma licença sem vencimento de longa duração.

O seu principal objectivo, afirma, era o de participar na criação do Movimento Mérito e Sociedade (MMS), partido do qual se tornou logo presidente do Conselho Geral e da Mesa do Congresso e que entretanto desapareceu. Pouco depois passou a trabalhar como administrador de várias empresas imobiliárias e do sector automóvel (grupo Parquic) do vice-presidente do MMS, Francisco Oliveira.

No partido liderou a lista de Coimbra às legislativas de 2009, tendo como número três Maria Carlos, que já tinha contratado para a APCA e levou depois para as Aldeias SOS (ver outros textos). Paralelamente ao grupo Parquic inscreveu-se na Ordem dos Advogados e criou uma firma de polimento de automóveis (Specialdream) de que se manteve como gerente durante mais de um ano após o seu reingresso na magistratura, em Maio de 2011, apesar de a lei o proibir. Esteves disse ao PÚBLICO que quando retomou o lugar de juiz renunciou a todos os cargos nas empresas - então à beira da falência e nas quais diz que, sobretudo, "trabalhava para o partido" - e que foi o seu advogado que se atrasou a registar esse facto.

No caso da Specialdream, a renúnica só foi registada depois de o PÚBLICO ter confrontado o CSM, através do juiz José Manuel Duro, com essa situação. Esteves foi um dos 225 juízes que em 1999 criaram o Movimento Justiça e Democracia de que foi depois presidente. Este movimento tem estado na origem de todas as listas vencedoras das eleições para o CSM e para a Associação Sindical dos Juízes Portugueses.

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Gestão polémica na Aldeias de Crianças SOS Portugal
16.09.2012 - 16:36 Por José António Cerejo

 A actuação do juiz Raul Esteves como presidente da Aldeias de Crianças SOS Portugal - uma instituição criada em 1964, que tem ao seu cuidado 122 crianças e jovens em vários pontos do país - tem sido objecto de forte polémica.

Em causa está sobretudo a contratação de funcionários que lhe são próximos e práticas de gestão que levaram uma das vogais da direcção, que não quis falar ao PÚBLICO, a demitir-se no início deste ano. Eleito no início de 2011 numa lista onde foi incluído por sugestão do juiz desembargador José Manuel Duro, que preside à Assembleia Geral, Raul Esteves contratou logo em Maio uma sua amiga, que acabara de se licenciar em direito, como assesora jurídica da associação. A nova assessora, que meses depois entrou para o quadro, era precisamente a licenciada Maria Carlos, dona da empresa que fez as obras do museu de uma outra associação presidida por Raul Esteves.

Confrontado com o facto de esta jurista ter sido candidata à Assembleia da República, em 2009, numa lista do Movimento Mérito e Sociedade encabeçada por ele próprio, e também com o facto de ela ter trabalhado com ele em várias empresas de que era administrador, Esteves recusou a ideia de se tratar de favorecimento pessoal. Numa primeira conversa admitiu que estas "coincidências" fossem difíceis de compreender. "Sempre fui naïf", obervou. Mais tarde, por escrito, justificou a contratação de Maria Carlos com as suas "capacidades, zelo, profissionalismo e dedicação".

Sendo embora o mais notório, este caso está longe de ser o único a suscitar dúvidas, no que respeita à contratação de pessoas com ligações ao presidente da associação e à sua vice-presidente, a antiga directora distrital da Segurança social de Lisboa, Rosa Maria Araújo. Controversa foi igualmente a decisão de pagar uma indemnização de 65.000 euros, a que acresceu a entrega de um automóvel com um valor superior a 10.000 euros, ao antigo director-geral da associação, na sequência de uma rescisão de contrato de trabalho por mútuo acordo. A indemnização corresponde a dois meses e meio de salário por ano de trabalho, ao contrário do mês habitualmente pago pela instituição nestes casos, e foi justificada com uma alegada "extinção do posto de trabalho" para que o ex-director recebesse o subsídio de desemprego. Na verdade, tratou-se de uma rescisão amigável, até porque o ex-director recusou a proposta de um outro lugar na associação, com o mesmo salário, e as suas funções passaram logo a ser desempenhadas por outra pessoa contratada como "secretário-geral".

Questionado sobre se este procedimento configuraria uma fraude à Segurança Social, Esteves começou por dizer que "sim e não", sustentando que tinha havido uma efectiva "extinção do posto de trabalho" e que esta foi a única forma de evitar maiores prejuízos para a associação, caso o ex-director viesse a pô-la em tribunal. Mais tarde, precisou: "Refuto veementemente a insinuação de "fraude"" - insistindo em que o posto de trabalho foi extinto.

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Re:A Justiça que temos
« Responder #3 em: 2012-09-17 12:34:04 »
Basicamente o Estado não deveria dar dinheiro a associações, por muito bons que os motivos pareçam.
 
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re:A Justiça que temos
« Responder #4 em: 2012-09-17 14:15:08 »
Basicamente o Estado não deveria dar dinheiro a associações, por muito bons que os motivos pareçam.


Com os sistemas de controlo interno, e externo, que existem só por muita sorte é que as verbas são aplicadas naquilo que se publicita.
Jim Chanos: "We Are In The Golden Age of Fraud".

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Re:A Justiça que temos
« Responder #5 em: 2012-09-17 14:24:04 »
É melhor o princípio de não dar, tornando desnecessário qualquer controlo.
 
As associações que encontrem na sociedade civil os fundos de que necessitam, obtidos voluntariamente das pessoas.
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Re:A Justiça que temos
« Responder #6 em: 2012-09-17 14:24:41 »
Não vejo problema no Estado colocar dinheiro nas aldeias SOS, até porque fazem um trabalho social.
Agora nessa associação não deveria ir nem um tusto.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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