Já vi o programa.
Minha opinião:
Como em muitas outras situações os “investidores” tentaram ganhar dinheiro e por azar perderam.
Foram pouco precavidos ao contraírem empréstimos para uma “aposta”.
Independentemente de acharmos que deviam assumir as suas ações e o resultado das mesmas, na minha opinião nunca deveria ter sido permitido contrair empréstimos numa instituição para compra de ações dessa mesma instituição.
Isso basicamente foi o mecanismo manhoso que deu merda.
Parece claro que o banco usou off-shores para deter ações próprias com empréstimos do banco que não foram pagos - o que ajudou a afundar mais a situação claro.
Mas na altura toda a banca foi incompetente ao dar empréstimos - para comprar ações - a gajos como o berardo onde o único colateral eram as próprias ações.
Também vi. Os lesados do bcp
terão alcançado uma escala
menor do que os do BES.
Mas,
a posteriori do programa,
meditei: se virmos bem a
vigarice não podia ser mais
clara! Então, não é
que a
substância da transacção não era
emprestarem-nos dinheiro, ficarem com ele,
e nós ficarmos a dever-lho e termos de o pagar!!!?É que este negócio é tão ardiloso, se não mais,
do que o perpetrado pelo Champallimaud
quando comprou o Sottomayor com
um cheque sobre o banco, mas
sem cobertura, pelo que
o banco não teve
outro remédio
do que
emprestar-lhe o dinheiro
do próprio banco para que
o Champallimaud o comprasse!
O esquema foi o mesmo mas invertido.
O depositante, recebe um empréstimo
de que nem vê o dinheiro, que nem sai
do banco, que fica a dever sem o ter visto
e obrigado a pagá-lo!
É incrível. E ainda não tinha reflectido sobre
esta operação na singeleza da pura vigarice que é!