O que a estatística diz é que nos 120 minutos Portugal teve um remate enquadrado com baliza (o do golo) e a Croácia não teve nenhum.
Uma equipa com tecnicistas como Modric e Rakitic que nos 3 jogos anteriores deve ter conseguido sempre um mínimo de 4 ou 5 remates enquadrados, não ter conseguido nenhum em 120 minutos mostra que a retracção não foi apenas portuguesa e por isso o jogo foi chato. Se houvesse uma equipa a atacar avassaladoramente enquanto outra defendia heroicamente o jogo até seria interessante, mas não foi isso que aconteceu.
Basta comparar os nºs dos remates com a média de todos os jogos realizados até aqui (e euro 2016 não tem sido propriamente uma mostra de festival ofensivo) para ver que nenhuma das equipas quis arriscar.
Quanto ao facto do que poderia ter sido golo e não foi, se o tal Vida fosse um cabeceador exímio (e pelos vistos não o é) teria conseguido pelo menos um golo mas também se o Pepe se tivesse elevado mais 2cm cabeceava a bola na horizontal e era golo, se no um-dois entre J. Mario e Renato este tivesse conseguido enquadrar remate talvez fosse golo, se o Nani ainda tivesse a elasticidade dos 20 anos e conseguisse o pontapé de bicicleta seria um golo fabuloso.
Não sei como está a ser a reacção na Croácia, mas se fosse em Portugal, com uma equipa que na fase de grupos tinha deslumbrado aliando talento individual a um jogo colectivo exìmio e depois saisse da prova logo no 1º jogo a eliminar, por não ter conseguido enquadrar (em 120') um remate com a baliza, teriamos um linchamento opinatório.
O minimizar o risco poderia ter dado no contrario.
e deu só que foi para o lado da Croácia
Ambas as equipas quiseram minimizar risco, desta vez quem se lixou com essa táctica foi a Croácia