as fronteiras quando estao frente olhos a malta nao olha
e fazer israel o que e na verdade
uma fronteira entre civilizacoes
sem muros...
uma fronteira em israel todo e a fronteira
azar dos judeus e nao pegarem com russos...
pegam com irao e arabia saudita....turcos...e ocidente que fazem muros...e tem montes guerras por causa dos muros...
Fronteiras, muros, vedações. Liberdade de circulação, segurança, migrações, invasões. Estados e nações, soberania e globalização. As coisas são sempre mais antigas e mais complicadas do que parecem
Por que Ásia e Europa são continentes diferentes se ficam juntos?
europa e muro
e nao continente existe nas cabeca das pessoas
fazeram muro nos urais!
geograficamente, a Europa e a Ásia formam um continente
isto e muro esta frente toda gente mas nimguem ve....
muro existe nas cabecas das pessoas
Todos os anos, o governo dos EUA publicava milhares de mapas. Era porventura o maior editor de mapas do mundo. A responsabilidade de representar as fronteiras políticas internacionais recaía sobre o Gabinete do Geógrafo.
Devido a esta missão, o gabinete exercia considerável influência sobre ramos poderosos do país, incluindo o Departamento da Defesa e a CIA. O gabinete detinha a derradeira autoridade de representar o alinhamento das fronteiras políticas do mundo no que dizia respeito às políticas oficiais norte-americanas e, por sua vez, ajudou a moldar a forma como os outros países viam os EUA. Isso também implicava que, entre as cerca de 325 fronteiras terrestres reconhecidas pelos EUA, as dúvidas cartográficas mais difíceis recaíssem sobre os ombros de Hodgson e dos seus colegas geógrafos. A resolução destes dilemas exigia o rigor de um topógrafo e a abordagem metódica de um investigador. A expressão utilizada para definir esta tarefa é “recuperar fronteiras”, explica Dave Linthicum, que se reformou recentemente após mais de três décadas de trabalho como cartógrafo para a CIA e para o Gabinete do Geógrafo. “Não andamos a traçar linhas ao sabor da nossa imaginação. Andamos a recuperar as fronteiras nos locais onde estas foram marcadas em 1870, em 1910, ou seja lá quando for, naqueles mapas e traçados antigos.”
Hoje, Dave e os seus contemporâneos passam boa parte do seu tempo a examinar imagens de alta definição captadas por satélite. Em comparação, Robert Hodgson, antigo fuzileiro, iniciou a sua carreira a “caçar mapas” para o Departamento de Estado enquanto esteve destacado na Alemanha entre 1951 e 1957. A caça de mapas significava andar de um lado para o outro de automóvel, revolvendo arquivos cheios de mapas bafientos e verificando, fisicamente, a localização de cidades e marcos geográficos.
Nos primeiros tempos da guerra fria, um erro cartográfico poderia ter consequências cataclísmicas: aviões norte-americanos podiam ser enviados para bombardear a cidade errada ou até o país errado, se a localização no mapa estivesse apenas alguns quilómetros desviada ou se o topónimo fosse escrito de forma ligeiramente diferente.
Dave Linthicum percebe bem a facilidade com que se pode cometer um erro. Há uma década foi incumbido de traçar a fronteira entre a Nicarágua e a Costa Rica, acompanhando o rio San Juan até ao mar das Caraíbas. Marcou a fronteira ao longo de uma antiga via fluvial, e não do curso actual do rio, atribuindo erroneamente alguns quilómetros quadrados de uma ilha à Nicarágua. O Google Maps adoptou a sua fronteira e, pouco depois, a Nicarágua enviou soldados para ocupar a ilha.
isto tem tudo dar porcaria
“Às vezes, quando trabalhava com os meus colegas, inquiríamo-nos sobre o motivo pelo qual estávamos a perder tanto tempo com este minúsculo [segmento de fronteira] e depois, duas semanas mais tarde, aquele sítio minúsculo passava a ser muito relevante ou extremamente importante”, diz Dave.
Infelizmente para Robert Hodgson, o conjunto de problemas geopolíticos e fronteiriços surgidos sob a forma do Aerograma A-1245 representava um dos mais difíceis do mundo, um “pesadelo cartográfico”, nas palavras de outro geógrafo. Tratava-se da disputa sobre Caxemira.
Ao bater da meia-noite do dia 15 de Agosto de 1947, a Índia e o Paquistão conquistaram a independência. A violência eclodiu quando milhões de pessoas assustadas tentaram transpor as novas fronteiras para se juntarem aos praticantes da sua religião. O conflito mais sangrento aconteceu no Punjab, o coração agrícola do subcontinente. No meio do caos, o número de mortos poderá ter sido superior a dois milhões de pessoas.
Nos termos do plano de Mountbatten, um reino montanhoso a norte do Punjab, oficialmente conhecido como Principado de Jammu e Caxemira, tinha um dilema próprio para resolver. Embora a população fosse esmagadoramente muçulmana, Caxemira era governada por um marajá hindu e foi-lhe dada a possibilidade de escolher o país ao qual se juntaria. Semanas após a independência, porém, milícias de homens das tribos pashtun, com o apoio do incipiente exército do Paquistão, começaram a avançar em direcção ao palácio do marajá em Srinagar para reclamar Caxemira para o Paquistão. O marajá entrou em pânico e assinou um Instrumento de Adesão à Índia. A Índia reagiu com o envio de transportes aéreos e travou as milícias. Semanas mais tarde, os novos países estavam em guerra.
Havia, porém, outro grande problema com a linha de cessar-fogo de Caxemira: ela não separava por completo a Índia e o Paquistão. Em vez disso, num ponto de coordenadas, designado NJ9842 durante o processo de demarcação, a linha parava abruptamente a quase 60 quilómetros da fronteira com a China. Esta linha sem fim é única na geografia mundial.
Com efeito, enquanto a humanidade se esforçar por dividir o nosso planeta em polígonos bem delineados, algumas dessas linhas estão destinadas a ser contestadas e homens como Abdul Bilal e “Bull” Kumar serão destacados para combater por elas. A geografia dita os seus próprios termos.