Mais gajos do contra, negacionistas que querem brilhar mas com altos complexos e traumas de infancia e cheios de frustracoes kk
Na página de abertura da Aliança Pela Saúde de Portugal (APSP) pode ler-se “voltámos”. Quatro meses depois dos “médicos pela verdade” terem suspendido a sua actividade, e encerrado o site e as páginas em redes sociais, vários profissionais integram agora o novo movimento.
O nome de Margarida Oliveira, a médica “pela verdade” que ficou conhecida por ter recomendado publicamente a recusa da vacina contra a covid-19, e que acabou por ser suspensa pela Ordem dos Médicos, surge também agora na página do movimento, mas Diogo Cabrita garante que não está directamente associada ao APSP.
Recorde-se que, já na altura, as mensagens de carácter negacionista face à pandemia de covid-19 levaram à abertura de, pelo menos, seis processos disciplinares, culminando com a extinção do grupo que, num comunicado, deixou todavia clara a intenção de retomar a actividade.
“A nossa vontade e a nossa determinação em divulgar ciência e em expor alternativas continuam vivas e irão seguir em frente (...) Vamos suspender a nossa página e o nosso site até que sejamos todos livres de novo”, lia-se.
Diogo Cabrita afirma que, ao contrário dos Médicos pela Verdade, o movimento não pretende constituir-se como associação oficial, e que não será tanto uma estrutura organizada, mas um grupo de debate.
Certo é que o regresso, sob comando do cirurgião no Hospital dos Covões, que chegou a afirmar que “um infectado de coronavírus sem sintomas não é um doente”, fez-se anunciar com estrondo, durante o fim-de-semana, num gigante cartaz anti-vacina para a covid-19 em pleno centro de Lisboa, no Campo Pequeno.
Questionado pelo NOVO acerca do financiamento da iniciativa, o médico esclareceu que foi o próprio a pagar: “Paguei-o eu. Nós não somos propriamente pessoas pobres. E se me apetecer gastar com coisas destas eu faço-o. Numa próxima acção será outro a custear”.
Confrontado ainda com a possibilidade desta nova exposição pública voltar a desencadear queixas junto da Ordem dos Médicos, o Presidente da APSP desvalorizou: “Não tenho nenhum problema com isso. Aquilo (os processos em curso) não tem sustentação nenhuma e vão acabar como os processos do disparate”.
Quanto à propaganda, dirigida aos pais - e que associa a vacinação ao tratamento das crianças como cobaias - não terá sido bem vista pela Câmara Municipal de Lisboa que, no entanto, “nada pode fazer” para inviabilizar a colocação do cartaz, ou retirá-lo.
Ao NOVO, fonte da autarquia explicou que o entendimento da Comissão Nacional de Eleições (CNE) é de que este tipo de mensagem é equiparada à propaganda política e que, como tal, dispensa o licenciamento camarário.
* Notícia actualizada com as declarações de Diogo Cabrita, médico e Presidente da APSP