INFLACAO !

[5555]

As pandemias tendem a ser estruturalmente deflacionarias, com efeitos que persistem decadas.

....que achas deste video, deixado pelo Kaspov ??

https://www.youtube.com/watch?v=BDQJw5FqgY4&feature=emb_title

[vbm]

Impressionante!

[Kin2010]

Mas pode haver inflacção desta vez. Para já, ela está a ver-se nos produtos de higiene e aí até é enorme. Uma caixa de 50 máscaras sociais subiu de 4 para 46 euros, informaram-me na Wells do Continente.

Mas e produtos alimentares? Não estará já a haver alguma inflacção?

E há duas coisas, pelo menos, em que ela vai aparecer seguramente: os bilhetes de avião vão ter que subir devido ao distanciamento obrigatório a bordo, já avisaram as companhias. Será a única forma de as companhias ganharem alguma coisa num vôo. E um raciocínio semelhante aplica-se aos jantares em restaurantes.

[Reg]

pelo menos lixivia ainda e barata!  desinfeta na mesma

restaurantes vendem para fora   nao tem problema dos avioes!

passam ser mais  take away  as pessoas vao menos restaurantes  de qualquer maneira..... 


os avioes vamos ter sangria   

[Kin2010]

pelo menos lixivia ainda e barata!  desinfeta na mesma

restaurantes vendem para fora   nao tem problema dos avioes!

passam ser mais  take away  as pessoas vao menos restaurantes  de qualquer maneira..... 


os avioes vamos ter sangria

O que eu queria dizer é que os restaurantes, quando estiverem abertos para se jantar lá dentro, vão ter que receber menos gente e logo vão provavelmente subir os preços.

[vbm]

Mas pode haver inflacção desta vez. Para já, ela está a ver-se nos produtos de higiene e aí até é enorme. Uma caixa de 50 máscaras sociais subiu de 4 para 46 euros, informaram-me na Wells do Continente.

Mas e produtos alimentares? Não estará já a haver alguma inflacção?

E há duas coisas, pelo menos, em que ela vai aparecer seguramente: os bilhetes de avião vão ter que subir devido ao distanciamento obrigatório a bordo, já avisaram as companhias. Será a única forma de as companhias ganharem alguma coisa num vôo. E um raciocínio semelhante aplica-se aos jantares em restaurantes.

Bóptimo! Melhora-se a qualidade,
do ar, da comida, do bem-estar e bom-viver.

[Elder]

As pessoas vão adiar consumo e isso gera sempre deflação.

Wuhan saiu do lockdown à 15 dias e os restaurantes e centros comerciais continuam vazios.

[vbm]

Há mais perversões no 'consumo' de Verão.

Por exemplo, Portugal sem dinheiro,
tinha um passatempo habitual e notável
de poupança: de papo-pró-ar-ao-sol-na-praia.

Ora a polícia prepara-se para o impedir,
requerendo senhas de entrada
até à lotação esgotada.

Novo mercado negro: senhas de praia!

[iamfredericorocha]

As pessoas vão adiar consumo e isso gera sempre deflação.

Wuhan saiu do lockdown à 15 dias e os restaurantes e centros comerciais continuam vazios.

Não é essa a noção que tenho até por notícias como estas:

"Hermès Makes US$2.7 Million In Sales After A Flagship Store in China Reopens"

https://hk.asiatatler.com/style/post-covid-19-herm%C3%A8s-earns-2-7-million-in-sales-on-reopening-day-china-guangzhou-flagship-store

[Mystery]

Inflaçao é uma **consequencia** de (procura, escassez, ...), nao uma **causa**

o que conta é o bolo total (price mix), podemos ter inflacao nuns activos e deflacao em outros

[D. Antunes]

Até porque os serviços que deixarem de ter procura deverão ter um peso menor no cabaz.

O que interessa o preço das viagens de avião, dos cruzeiros, das discotecas e dos ginásios se já não são compradas?

[vbm]

-:) Ora aí está! Coisas que acontecem
quando o consumo vira assintomático
dos padrões expectáveis -:).

Por exemplo, deixar de ir ao futebol!

[vbm]

Recebi este artigo de opinião de um amigo.
Sobre a inflação e a recuperação pós-pandemia.
É mais complexo do que imaginar isto, aquilo ou aqueloutro...

Mas dólar, euro, ouro, comércio mundial interligar-se-ão sempre
e nem minúsculas economias expostas como a nossa
escaparão às correntes de fundo, antes
seremos levados por elas:


Anne Krueger 27 de Agosto de 2020 às 14:00
Opinião Economistas
O regresso da repressão financeira?

A maioria dos observadores económicos reconhece que não será possível retomar o crescimento "normal" até que a pandemia esteja sob controlo. Mas mesmo quando esse dia maravilhoso chegar, a sustentabilidade económica vai exigir que se resolva o problema do endividamento elevado.

A dívida dos Estados Unidos em relação ao PIB aumentou drasticamente durante a Grande Recessão de 2008-09 e continuou a subir depois disso, passando de 62% em 2007 para 90% em 2010. Em 2019, havia atingido os 106%, e o Congressional Budget Office (CBO) alertava que os fundos da Segurança Social e do Medicare estariam esgotados em 2028. Muitos economistas defenderam que um rácio dívida/PIB de 100% já era preocupantemente elevado e que o aumento de impostos que seria necessário no futuro para reduzir esse rácio seria enorme. 

 
Depois veio a covid-19. Perante os confinamentos e o colapso da atividade económica, os governos de todo o mundo aprovaram grandes gastos adicionais, sabendo que as receitas deveriam cair. Depois de ter antecipado um défice orçamental de 1 bilião de dólares antes da pandemia, o CBO aumentou a sua estimativa para o défice no ano fiscal de 2020 (que termina em setembro) em 2,2 biliões adicionais, e mais 600 mil milhões em 2021. De acordo com a Comissão para um Orçamento Responsável, isso equivale a 17,9% do PIB em 2020 e a 9,9% em 2021. Tendo em conta a realidade atual, a dívida deve atingir os 108% do PIB no próximo ano.
 

Isto significa que, no espaço de apenas sete meses, o rácio da dívida dos EUA já ultrapassou o nível acumulado durante os dois anos da Grande Recessão, e isso sem contabilizar os projetos de lei sobre gastos adicionais que o Congresso ainda terá de aprovar. É consensual que esses gastos são justificados, dadas as circunstâncias terríveis e sem precedentes da pandemia. No entanto, os legisladores devem reconhecer que é urgente avançar com medidas para reduzir o endividamento assim que o vírus esteja sob controlo.

 
Alguns economistas defenderam que, neste ambiente de inflação e juros baixos, não devemos preocupar-nos com o tamanho da dívida, e que os défices deveriam aumentar ainda mais para financiar infraestrutura e outros gastos enquanto os custos de financiamento são tão baixos. Mas não há garantia de que as condições financeiras de hoje vão manter-se indefinidamente. Pelo contrário, se os investidores começarem a pensar que os aumentos esperados da dívida exigirão taxas de juro mais altas para induzir as pessoas a mantê-la, não comprarão voluntariamente nova dívida com os juros baixos de hoje.

 
Em qualquer economia avançada, a perspetiva de que o governo não consiga refinanciar a sua dívida para cobrir os gastos é simplesmente inaceitável. Mas, ainda que a redução dos défices orçamentais atuais e futuros (e até mesmo a obtenção de um excedente) seja a solução óbvia para o problema, também tende a ser a solução mais difícil em termos políticos.

 
Isto implica que haverá uma forte tentação de reduzir a dívida através de medidas conhecidas como "repressão financeira". As autoridades poderiam tentar cortar os custos do serviço da dívida limitando as taxas de juro que as instituições financeiras - incluindo bancos e fundos de pensões - podem pagar.
 

Um teto para os juros permite que os governos vendam e refinanciem obrigações soberanas com taxas mais baixas, porque os aforradores não conseguem obter retornos melhores noutro sítio. Os governos até colocaram limites nos juros que os credores podem cobrar, resultando no racionamento do crédito entre potenciais mutuários.

Quando foi usada no passado, a repressão financeira funcionou, reduzindo o rácio dívida/PIB dos EUA depois da Segunda Guerra Mundial de 116% em 1945 para 66,2% em 1955 (e posteriormente). Além disso, Carmen M. Reinhart, agora economista-chefe do Banco Mundial, e Maria Belen Sbrancia do Fundo Monetário Internacional estimaram que, entre 1946 e 1955, os EUA liquidaram dívidas no valor de 5,7% do PIB por ano através da repressão financeira.

 
Esta redução gradual foi possível porque os tetos dos juros eram inferiores à taxa de inflação, resultando num retorno real negativo para os credores nesse período. Reinhart e Sbrancia estimam que, se as taxas de juro reais fossem positivas, a dívida federal dos Estados Unidos em 1955 teria sido de 141,4% do PIB. Essa diferença de 75 pontos reflete o valor que a dívida do governo teria aumentado se o governo não tivesse recorrido à repressão financeira.

 
Ainda assim, os analistas concluíram, desde então, de forma mais ou menos unânime, que a repressão financeira reduziu o crescimento do PIB e foi prejudicial à economia. A repressão financeira desvia a poupança privada do investimento privado para títulos do governo – e é geralmente acompanhada por um aumento da inflação devido ao excesso de procura à taxa de juro controlada. Por esses motivos, é quase sempre acompanhado por um crescimento relativamente mais lento. Só nos anos 1980 é que se permitiu que as taxas de juro fossem determinadas pelos mercados.

 
Ainda que a pandemia justifique um grande défice orçamental, os políticos e o público têm de ter noção que é preciso resolver o problema do endividamento perigosamente elevado assim que a crise abrandar. Caso contrário, o nexo de inflação elevada e crescimento lento que acompanha a repressão financeira poderá sufocar a recuperação.

 
Uma possibilidade seria o Congresso aprovar disposições para aumentos de impostos futuros ou definir um calendário de subidas construído em torno do imposto sobre o carbono, IVA ou uma sobretaxa para o imposto sobre os rendimentos. Isso poderia entrar em vigor sempre que o desemprego caísse abaixo de um nível pré-determinado e poderia ser reforçado à medida que a economia ganhasse força.

 
A maioria dos observadores económicos reconhece que não será possível retomar o crescimento "normal" até que a pandemia esteja sob controlo. Mas mesmo quando esse dia maravilhoso chegar, a sustentabilidade económica vai exigir que se resolva o problema do endividamento elevado.

 
Anne O. Krueger, antiga economista-chefe do Banco Mundial e antiga vice-diretora do Fundo Monetário Internacional, é professora de Economia Internacional na Escola de Estudos Internacionais Avançados da Universidade Johns Hopkins e membro do Centro para o Desenvolvimento Internacional, da Universidade de Stanford.



Copyright: Project Syndicate, 2020.
www.project-syndicate.org
Tradução: Rita Faria

[Camarada Neo-Liberal]

consultem as entrevistas ao lacy hunt, o perigo q eu imaginava de inflacao para ja nao existe

ate pode ser ao contrario

[vbm]

Não sei macroeconomia de capitais e investimento
suficiente para não ser disparatado...

Mas, na ignorância, interrogo-me: se a dívida
americana andar por uma taxa média de juro
de 1.5%, se o Tesouro se endividar de fresco
a 3.0%, as obrigações em Bolsa não tenderão
a cair para metade!? Ora seria uma ocasião
excelente para o Tesouro emitir dólares a
pagar o que deve e endividar-se em metade
do que paga pelo dobro do juro, continuando
com o mesmo peso de juros periódicos a pagar,
e maior capacidade de endividamento público
para necessidades acrescidas.

Como digo, pouco sei de macroeconomia
tributária e pública; não vi-ouvi o lacy hunt
nem percebo bem a anne krueger... mas
talvez esta autocontenção do que se deve
e paga de juros, - pelo menos aparente... -,
não tenha nada de inflacionário! Mas deve
ser um disparate, e o dislate, escapa-me.

[D. Antunes]

consultem as entrevistas ao lacy hunt, o perigo q eu imaginava de inflacao para ja nao existe

ate pode ser ao contrario

Sem inflação, os mercados só poderão ir bem para sul.

[vbm]

Li a entrevista do Lacy Hunt. Terei de a 'digerir'.
Mas gostei do seu enunciado-lema de economia real:
«The production function is one of the most
fundamental relationships in all of economic»

[vbm]

Valia a pena, editar aqui o texto
da entrevista. Guardei-o no Word.
Se o Fórum achar bem, transcrevo-a.

[Visitante]

Secular Inflation

After enjoying a long period of deflationary conditions, the global economy is being pushed by a wide range of forces toward a new and more difficult equilibrium. Surges in demand that used to be accommodated by expansions in supply will now lead more frequently to higher prices.

https://www.project-syndicate.org/commentary/secular-inflation-new-structural-sources-inflationary-pressure-by-michael-spence-2022-10

[Reg]

a parte gira e alinhamento da inflacao a nivel global

e claro argentina ja anda nos 70% inflacao

mas no geral  hoje dia ja  nao ha paises seguros de inflacao

bancos centrais conseguiram!!!