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Autor Tópico: Coronavirus  (Lida 349069 vezes)

kitano

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Re: Coronavirus
« Responder #4220 em: 2020-08-20 22:53:41 »
Sim...tornou-se um pouco fanático...
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

Automek

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Re: Coronavirus
« Responder #4221 em: 2020-08-21 07:31:03 »
Já não virão a tempo, p/poder recuperar o turismo do Algarve.... :-\

https://zap.aeiou.pt/portugal-sai-lista-negra-reino-unido-341826
Pensei que era Jul e Ago mas afinal Setembro até é o mês em que os ingleses mais visitam Portugal
https://eco.sapo.pt/2020/08/21/britanicos-com-via-verde-no-mes-que-mais-visitam-portugal/

kitano

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Re: Coronavirus
« Responder #4222 em: 2020-08-21 16:28:38 »
É quando começa a época de golfe
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

D. Antunes

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Re: Coronavirus
« Responder #4223 em: 2020-08-22 18:09:52 »
Este vírus é novo, mas não veio de Marte é uma evolução de outros coronavirus, acho estranho não serem divulgados estudos sobre outros coronavirus que ataquem primatas, para saber se assintomáticos contagiam, qual a carga viral para uma infecção, penso que os assintomáticos do outro coronavirus humano não são contagiosos.

É variável. Geralmente as infeçôes respiratórias baixas/pneumonias sao propagadas por sintomáticos. As altas/constipaçoes tb por assintomáticos. A Covid 19 é excepção. Por isso não foi contida, ao contrário da SARS.
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

ShakaZoulou7

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Re: Coronavirus
« Responder #4224 em: 2020-08-22 23:39:21 »
Um familiar que veio de Angola teve de pagar 100€ pelo teste á chegada dei-lhe a ideia de falsificar testes negativos e revender por metade do preço. Não encontro á venda como ainda não apareceram pessoas com oportunidade de negócio

ShakaZoulou7

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Re: Coronavirus
« Responder #4225 em: 2020-08-22 23:47:31 »
Este vírus é uma evolução do SARS, há uns tempos a OMS lançou um comunicado sobre a baixa probabilidade de contágio por assintomáticos entretanto descartada por estudo ser pouco fiável ou por pressões, já se ouvi que este vírus também ataca gatos, o que não há é falta de gatos para se estudar este vírus. Já vão 10 meses milhões gastos, grandes laboratórios e ainda se sabe tão pouco. Quem quer apostar que depois das primeiras campanhas de vacinação vai aparecer um estudo em como é necessário mais doses para a vacina ser eficaz

Smog

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wild and free

Reg

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Re: Coronavirus
« Responder #4227 em: 2020-08-23 00:35:28 »
o virus existe,
 10 vezes mais mortal gripe

as pessoas sao cobaias


por exemplo usar mascara  tem esperar vacina isso tem custo economia


sao escolhas

« Última modificação: 2020-08-23 00:35:48 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

ShakaZoulou7

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Re: Coronavirus
« Responder #4228 em: 2020-08-23 01:42:38 »
Acho estranho e sinto desapontamento por os países ocidentais seguirem o exemplo da China mas não o exemplo da Suécia, é compreensível a divulgação de de recomendações mas é estúpido restringir a liberdade das pessoas com leis pouco fundamentadas. Temos  de reutilizar o slogan do aborto. " O meu corpo as minhas regras." A estupidez está com proporções gigantes. Um exemplo pessoal apanhei um ferry à noite, vinha no deck exterior eu e mais um passageiro à volta de 5 metros de distância e entretanto vem um polícia acompanhado com outro funcionário ter connosco a pedir a identificação como já tinha feito aos restantes passageiros que não tinham a máscara e sem desinfectar as mãos. Para evitar a transmissão de vírus e bactérias o remédio e pôr dois gajos a transmitirem vírus e bactérias


kitano

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Re: Coronavirus
« Responder #4230 em: 2020-08-23 21:49:12 »
O Costa nunca se retratou em nada
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

kitano

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Re: Coronavirus
« Responder #4231 em: 2020-08-25 12:21:35 »
« Última modificação: 2020-08-25 12:21:55 por kitano »
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

Reg

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Re: Coronavirus
« Responder #4232 em: 2020-08-25 12:58:43 »
para irem orfanato serem enrabados

tudo isolar doenca que nem afecta quase nada criancas

coletivismo inutil

depois andam juntar mais 20 000 na festa do avante que sao velhotes do partido...

covidismo e igual socialismo
« Última modificação: 2020-08-25 13:39:49 por Reg »
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Counter Retail Trader

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Re: Coronavirus
« Responder #4233 em: 2020-08-25 13:37:10 »
mil vezes a ultima crise económica , mesmo com o Sócrates , os seus amigos e a banca...

Reg

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Re: Coronavirus
« Responder #4234 em: 2020-08-25 13:38:36 »
a ultima crise foi com passos

socrates deu sola
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Smog

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Re: Coronavirus
« Responder #4235 em: 2020-08-26 00:26:38 »
Está tudo descansado com o virus, números a correr bem e tal, fala-se da vacina e depois... volta-se á rotina antes-Covid com umas máscaras incomodas e está tudo resolvido. Parece um pesadelo do qual acordámos, vemos que é manhã e tudo está bem afinal.

Quando os surtos começarem a eclodir um pouco por todo o lado estranharemos. Quando as empresas falirem estranharemos. Pessoalmente estou tranquila.
wild and free

Reg

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Re: Coronavirus
« Responder #4236 em: 2020-08-26 05:06:33 »
eu nao estou

este seculo mal comecou

esta ser cubaismo em quase tudo

a vontade fazer experiencias e grande e nem estou falar virus e vacina...mas tambem sociais....economicas
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Counter Retail Trader

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Re: Coronavirus
« Responder #4237 em: 2020-08-26 09:28:06 »
Está tudo descansado com o virus, números a correr bem e tal, fala-se da vacina e depois... volta-se á rotina antes-Covid com umas máscaras incomodas e está tudo resolvido. Parece um pesadelo do qual acordámos, vemos que é manhã e tudo está bem afinal.

Quando os surtos começarem a eclodir um pouco por todo o lado estranharemos. Quando as empresas falirem estranharemos. Pessoalmente estou tranquila.

não estejas , o paradigma mudou. Jamais voltara ao normal , podes ambicionar semi normalidade , mas podes já riscar muita coisa.

vbm

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Re: Coronavirus
« Responder #4238 em: 2020-08-26 11:00:02 »
Recebido de um amigo:


De Tiago Tribolet de Abreu
Médico especialista em Medicina Interna e também a exercer funções em Cuidados Intensivos

O Tsunami-Covid

«Sempre houve outra solução.
E eles são os responsáveis pela estratégia escolhida.
Na hora de receber o mérito, logo se chegarão à frente.
Mas se for para arcar com culpas,
esfumar-se-ão como por magia»

25 ago 2020, 00:031

 

Podemos aceitar que é inevitável que o Tsunami passe por todos nós. E então o melhor será encaminhar as águas, forçando-as a passar por canais de drenagem, onde sabemos que causarão o menor dano, erguendo criteriosamente apenas algumas barreiras, para evitar que atinjam locais onde o estrago seria maior. Esta estratégia implica aceitar a inevitabilidade da passagem do Tsunami e do prejuízo que ele implica, muito embora o tentemos minimizar. E dura o tempo que o Tsunami demorar a atravessar o País. Será esta a estratégia de “achatar a curva e deixar criar a imunidade de grupo”. É a estratégia que foi seguida na Suécia.

Em alternativa, podemos decidir que “o Tsunami não passará!”. Então teremos de erguer uma enorme barreira ao longo de toda a nossa costa. Esse dique deverá ser muito forte e sem falhas. E teremos de o vigiar, de forma constante e atenta, ao longo de toda a costa, refazendo-o sistematicamente onde quer que ele abra rachas e deixe passar a água. Porque essa água que se escapa por entre as rachas irá provocar inundações aqui e ali, de forma não controlada, visto não haver outras barreiras atrás desse dique. Teremos, é claro, de manter tudo isto enquanto o Tsunami continuar a existir, demore o tempo que demorar. Será esta a estratégia de “esmagar a curva e chegar ao zero”. É a estratégia que tem sido seguida e procurada no nosso país.

A analogia Tsunami-Covid tem falhas, claro. Mas permite perceber facilmente os problemas de cada uma das estratégias.

Na primeira estratégia, aquela em que deixamos o Tsunami passar, apenas procurando controlar por onde o deixamos escorrer, e a que ritmo o faz, o problema é decidir os canais por onde conduzir a água, onde esta cause o menor dano. E a questão mais difícil ainda é aceitar esse dano, como necessário e inevitável.

Desde Março e Abril que sabemos muitas coisas relacionadas com os problemas que esta estratégia implica, e hoje sabemos ainda mais. Sabemos que quase metade das pessoas não tem sintomas e que mais de 90% não precisa sequer de ser internada. E sabemos que a mortalidade (provavelmente ~0,5%, de acordo com os dados do inquérito seroepidemiológico do Instituto Ricardo Jorge) ocorre quase sempre em indivíduos muito idosos e frágeis, com uma média de idades superior à esperança média de vida. Também sabemos que as crianças praticamente não têm doença quando infectadas, e que não há, no mundo inteiro, registo de professores infectados pelos seus alunos. É assim fácil perceber “os canais” por onde podemos deixar passar o Tsunami-Covid e obter a imunidade de grupo: deveríamos deixar abertas e em pleno funcionamento as creches, as escolas e as universidades, e permitir que todas as pessoas com menos de 70 anos prossigam com as suas actividades, organizando medidas de protecção especial para os mais idosos e frágeis (não deixando de respeitar a sua liberdade individual, permitindo que escolham que tipo de limitações querem para si próprios e que riscos estão dispostos a correr).

Na segunda estratégia, a do “não passará”, o problema são os custos de erguer e manter uma barreira total e sem falhas, bem como a dificuldade em monitorizar e corrigir constantemente as fendas e gerir as inundações que surgirão inevitavelmente. E a questão mais difícil ainda é o tempo muito mais prolongado (e desconhecido) durante o qual teremos de manter esta estratégia.

Os custos inerentes a esta segunda estratégia foram sempre evidentes e de previsão fácil, quase imediata. Logo no início, foram muitos os que tentaram chamar a atenção para a previsível queda do PIB, o aumento do desemprego, o encerramento de empresas, o aumento do défice e da dívida pública do Estado, a crise económica e financeira, o medo generalizado, as consequências de negligenciar as outras doenças e o aumento de novos casos de doença por ansiedade e depressão… nada disto é surpresa, tudo era esperado e foi avisado.

E ignorado.

A questão da duração da estratégia do “não passará” foi também um problema previamente anunciado. Com esta estratégia, poderemos ter à nossa frente muitos meses e anos de tudo isto. Porque, com a estratégia do “não passará”, é óbvio que a imunidade de grupo é impedida, é evitada. Não é surpresa que, também no inquérito seroepidemiológico do Instituto Ricardo Jorge, só 3% da população tenha anticorpos contra o SARS-CoV-2. Haver imunidade de grupo (com 40 a 60% da população com anticorpos) é que seria uma surpresa, que só poderia ocorrer se a estratégia falhasse (ou mudasse). Esta estratégia é toda ela baseada na promessa de uma vacina. Que não sabemos quando (nem se alguma vez) vem. Ou se será sequer eficaz. É uma aposta arriscada.

A escolha entre estas duas estratégias não foi assim apresentada ao povo português. O que foi exposto, inicialmente, foi a necessidade de aplicar medidas para achatar a curva, numa estratégia de intervenções que apenas reduziriam a velocidade de passagem do Tsunami-Covid, com o objectivo bem claro de não deixar que se ultrapassasse a capacidade do sistema de saúde português. Uma estratégia que permitiria a imunidade de grupo e que duraria só até esta ser atingida.

De forma insidiosa, o discurso oficial foi mudando. E evoluiu para a situação actual, em que o objectivo é ter um número sempre menor de “novos casos”, de internados e de mortos (até idealmente chegarem a zero), mantendo sempre as medidas, e equacionando até aumentá-las se os números subirem. Como esta estratégia não permite atingir a imunidade de grupo, a necessidade da sua manutenção, sem falhas nem fraquezas, tem sido repetidamente afirmada. Sempre, sempre, sempre, até haver uma vacina disponível e eficaz. Não existe é um horizonte temporal seguro de quando (ou se) isso irá acontecer.

Penso que não fomos informados desta escolha, entre uma e outra estratégia, simplesmente porque os nossos políticos conscientemente nunca a fizeram. Nunca foram capazes de assumir (ou compreender sequer) a escolha que estavam a fazer e de se responsabilizarem pelas suas consequências. No fundo, o discurso que vamos ouvindo de “a culpa não é minha” e “não havia outra solução”, na cabeça deles corresponde à realidade.

Mas não é verdade. Sempre houve outra solução. E eles são os responsáveis pela estratégia escolhida. Na hora de receber o mérito, rapidamente se chegarão à frente. Na hora de arcar com a culpa, esfumar-se-ão com habilidade mágica.

E é assim que nos encontramos numa situação de estarmos amarrados a uma estratégia de fazer e manter diques infinitos, de consequências maléficas extraordinárias, contra um Tsunami inevitável, que continua à nossa porta, e que lá permanecerá alguns anos.

 

Ugly bull

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Re: Coronavirus
« Responder #4239 em: 2020-08-26 11:41:52 »
Recebido de um amigo:


De Tiago Tribolet de Abreu
Médico especialista em Medicina Interna e também a exercer funções em Cuidados Intensivos

O Tsunami-Covid

«Sempre houve outra solução.
E eles são os responsáveis pela estratégia escolhida.
Na hora de receber o mérito, logo se chegarão à frente.
Mas se for para arcar com culpas,
esfumar-se-ão como por magia»

25 ago 2020, 00:031

 

Podemos aceitar que é inevitável que o Tsunami passe por todos nós. E então o melhor será encaminhar as águas, forçando-as a passar por canais de drenagem, onde sabemos que causarão o menor dano, erguendo criteriosamente apenas algumas barreiras, para evitar que atinjam locais onde o estrago seria maior. Esta estratégia implica aceitar a inevitabilidade da passagem do Tsunami e do prejuízo que ele implica, muito embora o tentemos minimizar. E dura o tempo que o Tsunami demorar a atravessar o País. Será esta a estratégia de “achatar a curva e deixar criar a imunidade de grupo”. É a estratégia que foi seguida na Suécia.

Em alternativa, podemos decidir que “o Tsunami não passará!”. Então teremos de erguer uma enorme barreira ao longo de toda a nossa costa. Esse dique deverá ser muito forte e sem falhas. E teremos de o vigiar, de forma constante e atenta, ao longo de toda a costa, refazendo-o sistematicamente onde quer que ele abra rachas e deixe passar a água. Porque essa água que se escapa por entre as rachas irá provocar inundações aqui e ali, de forma não controlada, visto não haver outras barreiras atrás desse dique. Teremos, é claro, de manter tudo isto enquanto o Tsunami continuar a existir, demore o tempo que demorar. Será esta a estratégia de “esmagar a curva e chegar ao zero”. É a estratégia que tem sido seguida e procurada no nosso país.

A analogia Tsunami-Covid tem falhas, claro. Mas permite perceber facilmente os problemas de cada uma das estratégias.

Na primeira estratégia, aquela em que deixamos o Tsunami passar, apenas procurando controlar por onde o deixamos escorrer, e a que ritmo o faz, o problema é decidir os canais por onde conduzir a água, onde esta cause o menor dano. E a questão mais difícil ainda é aceitar esse dano, como necessário e inevitável.

Desde Março e Abril que sabemos muitas coisas relacionadas com os problemas que esta estratégia implica, e hoje sabemos ainda mais. Sabemos que quase metade das pessoas não tem sintomas e que mais de 90% não precisa sequer de ser internada. E sabemos que a mortalidade (provavelmente ~0,5%, de acordo com os dados do inquérito seroepidemiológico do Instituto Ricardo Jorge) ocorre quase sempre em indivíduos muito idosos e frágeis, com uma média de idades superior à esperança média de vida. Também sabemos que as crianças praticamente não têm doença quando infectadas, e que não há, no mundo inteiro, registo de professores infectados pelos seus alunos. É assim fácil perceber “os canais” por onde podemos deixar passar o Tsunami-Covid e obter a imunidade de grupo: deveríamos deixar abertas e em pleno funcionamento as creches, as escolas e as universidades, e permitir que todas as pessoas com menos de 70 anos prossigam com as suas actividades, organizando medidas de protecção especial para os mais idosos e frágeis (não deixando de respeitar a sua liberdade individual, permitindo que escolham que tipo de limitações querem para si próprios e que riscos estão dispostos a correr).

Na segunda estratégia, a do “não passará”, o problema são os custos de erguer e manter uma barreira total e sem falhas, bem como a dificuldade em monitorizar e corrigir constantemente as fendas e gerir as inundações que surgirão inevitavelmente. E a questão mais difícil ainda é o tempo muito mais prolongado (e desconhecido) durante o qual teremos de manter esta estratégia.

Os custos inerentes a esta segunda estratégia foram sempre evidentes e de previsão fácil, quase imediata. Logo no início, foram muitos os que tentaram chamar a atenção para a previsível queda do PIB, o aumento do desemprego, o encerramento de empresas, o aumento do défice e da dívida pública do Estado, a crise económica e financeira, o medo generalizado, as consequências de negligenciar as outras doenças e o aumento de novos casos de doença por ansiedade e depressão… nada disto é surpresa, tudo era esperado e foi avisado.

E ignorado.

A questão da duração da estratégia do “não passará” foi também um problema previamente anunciado. Com esta estratégia, poderemos ter à nossa frente muitos meses e anos de tudo isto. Porque, com a estratégia do “não passará”, é óbvio que a imunidade de grupo é impedida, é evitada. Não é surpresa que, também no inquérito seroepidemiológico do Instituto Ricardo Jorge, só 3% da população tenha anticorpos contra o SARS-CoV-2. Haver imunidade de grupo (com 40 a 60% da população com anticorpos) é que seria uma surpresa, que só poderia ocorrer se a estratégia falhasse (ou mudasse). Esta estratégia é toda ela baseada na promessa de uma vacina. Que não sabemos quando (nem se alguma vez) vem. Ou se será sequer eficaz. É uma aposta arriscada.

A escolha entre estas duas estratégias não foi assim apresentada ao povo português. O que foi exposto, inicialmente, foi a necessidade de aplicar medidas para achatar a curva, numa estratégia de intervenções que apenas reduziriam a velocidade de passagem do Tsunami-Covid, com o objectivo bem claro de não deixar que se ultrapassasse a capacidade do sistema de saúde português. Uma estratégia que permitiria a imunidade de grupo e que duraria só até esta ser atingida.

De forma insidiosa, o discurso oficial foi mudando. E evoluiu para a situação actual, em que o objectivo é ter um número sempre menor de “novos casos”, de internados e de mortos (até idealmente chegarem a zero), mantendo sempre as medidas, e equacionando até aumentá-las se os números subirem. Como esta estratégia não permite atingir a imunidade de grupo, a necessidade da sua manutenção, sem falhas nem fraquezas, tem sido repetidamente afirmada. Sempre, sempre, sempre, até haver uma vacina disponível e eficaz. Não existe é um horizonte temporal seguro de quando (ou se) isso irá acontecer.

Penso que não fomos informados desta escolha, entre uma e outra estratégia, simplesmente porque os nossos políticos conscientemente nunca a fizeram. Nunca foram capazes de assumir (ou compreender sequer) a escolha que estavam a fazer e de se responsabilizarem pelas suas consequências. No fundo, o discurso que vamos ouvindo de “a culpa não é minha” e “não havia outra solução”, na cabeça deles corresponde à realidade.

Mas não é verdade. Sempre houve outra solução. E eles são os responsáveis pela estratégia escolhida. Na hora de receber o mérito, rapidamente se chegarão à frente. Na hora de arcar com a culpa, esfumar-se-ão com habilidade mágica.

E é assim que nos encontramos numa situação de estarmos amarrados a uma estratégia de fazer e manter diques infinitos, de consequências maléficas extraordinárias, contra um Tsunami inevitável, que continua à nossa porta, e que lá permanecerá alguns anos.

 


Concordo. A estrategia de achatar a curva, por forma a dar tempo ao sns de se adaptar, evoluiu para a estratégia dos casos zero. Os OCS, que se julgam grandes matemáticos e gostam de debitar números como se os percebessem e fossem a materialização da realidade, são responsáveis por todo este afa em torno da covid. 400 infecoes por dia é um cagagesimo. São 0,004% da população. Destes, 320 nem se vai dar conta que esteve infectado. 60 vai ter sintomas, tipo gripe. 20 vão precisar de internamento e destes, alguns vão parar à UCI. Qual a probabilidade de algum dos foristas ir parar à UCI? É um cagagesimo^-3.

Mas para os OCS é o fim do mundo. E como o barômetro dos políticos são os OCS, os políticos vão atrás. A actual métrica de avaliação do sucesso dos governos é o numero de casos de infecção. O meu é mais pequeno que o teu...

Por favor, não espalhem nos OCS que o numero de mutacoes geneticas que ocorrem diariamente no processo de divisão celular e com potencial de gerar tumores é da ordem dos trilhões. Todos os dias acordamos com uma pistola apontada à cabeça. Vale a pena sofrer por isso?