Eu tenderia a concordar contigo, mas tenho reservas devido a duas coisas:
Primeiro, porque a reacção lógica (e primeira) do Livre/Joacine teria sido argumentar que desconheciam os prazos (e até aproveitarem para ampliar a indignação dos pequenos partidos por não poderem estar nessas reuniões). Perante ataques tão violentos sobre incompetência em falhar o prazo de uma bandeira de campanha, nunca se defenderam com isso, o que é estranho.
Em segundo lugar por causa disto:
O Parlamento não informou a deputada única do Livre sobre o "acordo de cavalheiros" estabelecido na anterior legislatura que fixa um prazo de poucos dias para entregar projetos para serem debatidos com iniciativas do mesmo tema em plenário.
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"Há um acordo de cavalheiros de que o prazo é até à sexta-feira seguinte à reunião da conferência de líderes. Isto foi uma das regras que constam de um memorando aprovado na legislatura anterior e que consta de uma das súmulas, através do grupo de trabalho para o efeito [liderado pelo socialista Jorge Lacão].
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"Ela [deputada única do Livre, Joacine Moreira] não tem assento na conferência de líderes, mas o seu 'staff' tem obrigação de conhecer o regimento e estas regras.
Dá a impressão que acordo de cavalheiros é uma coisa verbal, informal. Mas a existência de um memorando pode (ou não) mudar a perspectiva. Desconheço se esses memorandos com os acordos de cavalheiros (ou lá como queiram chamar) fazer parte das regras oficiais que devem ser conhecidas pelos assessores.