Então eu explico. Em cada ramo de actividade
tens três graus de empresa: i) intra-marginal;
ii) média; iii) marginal. Estas últimas só
subsistem no mercado se a sua oferta
for indispensável para o total
da procura, i.e., vendas
efectivas.
Se um surto de iniciativa do sector médio,
encetar um acréscimo de oferta, ainda
que sacrificando o lucro unitário,
embaratecendo o preço-venda,
o lucro da empresa marginal
esfuma-se e o salário
pago arruína o patrão.
Logo, fecha.
Por sua vez, a empresa intra-marginal,
às tantas chateia-se com os médios produtores,
atrevidos, a ganhar quotas de mercado, e arruína-os,
em campanhas de descontos, para de seguida os absorver
por módica ou interessante compensação indemnizatória;
assim consolidando a sua posição monopolista,
que lhe permitirá, se o quiser, melhorar
qualidade, pagar mais aos seus
quadros e engenheiros e, até,
patrocinar obras d'arte
ou o que bem lhe
aprouver!