Sim, vi as duas intervenções dele e não vi esse "sal grosso neles todos", mas gostava que me dissesses o que tanto adoraste. Só porque disse a palavra vergonha umas 20 vezes não me impressiona pessoalmente, por exemplo. E falar de um governo enorme e dos impostos altos e do estado da saúde não é uma exclusividade. Referiu o suicídio na polícia, mais uma vez da nacionalidade, e o que ganham os ex-combatentes e quem recebe apoios sociais, tudo bem, mas para "sal grosso" falta ainda pedalar um pouco, a meu ver.
Dizeres que não meteu sal é, no fundo, reconhecer que o homem não é nada do perigo que anunciavam. Aliás, basta ver os temas em que tocou. Muitas das coisas de que falou foram ditas por outros partidos, sobretudo PSD, CDS e IL (governo grande, saúde em cacos, esquadras fechadas, corrupção, etc.). Em relação à nacionalidade nem o PS aceita o que o Livre quer por isso nem aí pode ser considerado um grande radical. Lá deu a estocada nos subsidios (unica marca distintiva) e, simultaneamente, puxou pelos militares (pensões baixas) e pelos polícias (suicidios), que são base de apoio mas nada de especial. Daí a ser o Mussolini que anunciavam é tudo uma alucinação. Até acho é que o Ventura enquanto lá estiver pode ser um tampão para coisas bem piores.
A forma como falou é que penso que o distingue dos outros que disseram o mesmo que ele. Linguagem simples, clara, sem palavras difíceis, sem se engasgar. Desse ponto de vista (oratória) o gajo é muito bom. Tomara o Rio ter metade do gás que tem o Ventura. A IL com um tipo com esta capacidade de oratória rapidamente teria meia dúzia de deputados.
Se o continuarem a ignorar, ostracizar, gozar e a tentar diminuir é uma vantagem para ele. É ele contra o mundo e o gajo adora (o Octávio Machado teve aqui um grande papel
)