Já não tenho muita competência para seguir nuances de política monetária e financeira. Lembro-me que os professores acentuavam que a taxa de juro nunca era um elemento actuante na determinação do crescimento económico, sim, apenas a perspectiva de lucros pela procura previsível de mercado. A TIR, a eficiência marginal do capital, essa sim o estímulo dinâmico de crescimento; o juro, apenas o mini-travão de rendabilidade, aliás atenuado pela benesse fiscal de diminuição do imposto sobre o lucro, atenuante do próprio juro. Tudo bem, assim é. Mas uma coisa é certa: dinheiro que de todo não valha por si, nunca pode constituir uma reserva de valor, pelo que mal rebente a crise, toca a comprar barato algo de valor!
eu tive um professor de cálculo financeiro que dizia que o valor em divida não poderia ser superior ao valor inicial... tinha trabalhado no BdP. Portanto, os professores são teoricos que ainda se baseiam nas teorias economicas de keynes e smith.
o beneficio economico dos juros é o imposto que não é pago, portanto se o imposto for de 20% e ebit for de 100, o RL sao 80 e o accionista teve o capital empregue. o que está a acontecer hoje em dia é hilariante, as empresas estão a contrair dívida e a pagar dividendos, partindo do principio que o Fcf é igual ao rl. e vamos ás 4 hipoteses
1- a empresa financia-se com capitais proprios tem 80 u.m. de rl.
2- a empresa financia.se e tem juros de 20, ent o RL sao 64 u.m.
3- a empresa financia-se com capitais proprios e distribui o rl aos accionistas então o accionista recebe net 57.6 u.m,
4 -a empresa financia.se e tem juros de 20, ent o RL sao 64 u.m. distribui o rl aos accionistas então o accionista recebe net 46.08 u.m,
digamos que a empresa tem uma redução do imposto de 4 unidades monetarias quando pede dinheiro, mas o accionista perde 11.5 unidades.
no caso da empresa distribuir o dinheiro o accionista tem uma carga fiscal sobre o net de 40 e tal%.
obviamente que um dia temos de pagar os impostos sobre os rendimentos, aqui entra o segredos do juro composto, no final pagamos mais, mas estamos, e ai sim, a financiar com os "impostos diferidos". está será sempre a melhor forma de alocação de capital. também digo que a amortização dos aft tem o mesmo beneficio que os juros. não há empresas esgotadas, e não há accionistas interessados em empresas que não tenham onde gastar o dinheiro, quando a empresa não tem onde gastar o dinheiro é um sinal de definhamento. então prefiro sempre que compre as acções(ultima opção de alocação de capital) ou que invistam na empresa ou externamente. a recompra é o "unico" instrumento em que o accionista capitaliza o capital, porque no ano seguite há menos acções logo o mesmo lucro dá mais a cada um, teoricamente neste caso o proprietario de uma acções pode ficar dona da empresa. as recompras podem valorizar a cotação com o aumento da procura. agora recomprar com dívida é roubar o accionista.