Olá, Visitante. Por favor entre ou registe-se se ainda não for membro.

Entrar com nome de utilizador, password e duração da sessão
 

Autor Tópico: Politicamente correcto  (Lida 127835 vezes)

Counter Retail Trader

  • Visitante
Re: Politicamente correcto
« Responder #1140 em: 2020-06-10 15:59:03 »
existe uma empresa do credito ao comsumo que adora preemcher quotas e é um plus la demtro pertemcer a esse segmemto.
Falo de homosexuais (homem ou mulher) e cor de pele mais escura , seja afro descemdemte ou moremo tropical .
Messa mesma empresa tamvem é um plus ser se magro ou vomito.

Se isto mao é discrimimação..., atemção que mao é de agora , ja ha varios amos que fazem isto.

Ah... o ser se casado , com filhos e querer fazer so o horario mormal previsto de travalho tamvem mao é vem visto.
« Última modificação: 2020-06-10 16:00:03 por Pedro Arnaldo da Rocha »

JohnyRobaz

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1205
    • Ver Perfil
Re: Politicamente correcto
« Responder #1141 em: 2020-06-10 16:23:56 »
Robaz, também não é aceitável corrigir injustiças com outras injustiças.

Para não me meter na questão dos negros e ciganos, falemos em homens brancos vs mulheres brancas.

Sabendo a composição rapazes / raparigas nos cursos de engenharia civil / electrotécnica, etc., assim como a composição homens / mulheres em profisões como electricistas, metalomecânicos, etc. é inaceitável que os moderados aprovem legislação que exige paridade nos conselhos de administração de empresas do PSI 20 como a REN ou a Mota Engil.

Se pensarmos no mundo real quem deverão ser esses administradores ? Pessoas com uma carreira na área, digamos com 20 anos de experiência. Penso que é um pressuposto razoável.
Então, se há 20 anos os recém licenciados eram 80/20 entre rapazes e raparigas, aquilo que se assume é que ao fim de 20 anos o grupo dos mais competentes serão também 80/20 (a não ser que as mulheres sejam extraordinariamente mais competentes do que os homens, ao ponto de fazer passar isto para 50/50 ao fim de 20 anos).

Então, como é que agora queremos 50/50 de homens mulheres ? Qual é a tua opinião sobre isto Robaz ? Isto foi aprovado por moderados. Gostavas de um dia na tua empresa seres preterido, não por alguém mais competente que tu, mas por alguém menos competente mas que calha a ter uma vagina para cumprir uma qualquer quota (legal ou determinada pelo politicamente correcto) ?

Realço o facto de hoje já teres trocos para o peditório.

Quanto à lei da paridade, tenho ideia que se trata de empresas públicas ou administração pública, onde não me parece que actualmente haja menos mulheres licenciadas que homens, nem menos capacitadas.

Acho, por princípio, que usar quotas não é a solução para o problema (muito menos em empresas privadas), mas é uma solução, que sendo boa ou má, não vejo ser rebatida com uma alternativa, mas apenas com uma crítica, como se o bom fosse ficar tudo na mesma.

Falas das engenharias, como se os gestores das empresas de engenharia fossem sempre engenheiros (que bom seria), mas podemos ir ver quem são os CEO's do grupo Luz Saude, da BIAL, ou mesmo administradores de hospitais públicos e outras empresas da área da saúde, ou mesmo os professores universitários de medicina, farmácia, etc. e ver se são mulheres. Não são, pelo menos nos 2 primeiros não são, nos outros não consegui confirmar, mas do que conheço, quem manda, em geral, são homens. Aí já não interessa a percentagem dos sexos nos cursos universitários?
Quando são mulheres a mandar, e sem querer tirar-lhes mérito que terão certamente, é porque herdaram dos seus pais homens o poder (Paula Amorim, Claudia Azevedo, a quem o irmão cedeu o lugar, filhas do PQP, etc).

O que acho realmente injusto é saber-se que existe este problema e simplesmente achar que está tudo bem e deve ficar tudo na mesma.

Automek

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30976
    • Ver Perfil
Re: Politicamente correcto
« Responder #1142 em: 2020-06-10 16:45:23 »
Penso que não adianta avançar na discussão quando tu não consegues admitir, preto no branco, que é uma injustiça ter quotas 50/50 na administração de empresas em que, por força da actividade que desenvolvem, os quadros intermédios e superiores são maioritariamente masculinos. Sem partir desse pressuposto básico, não há discussão possível sobre soluções ou sugestões. Note-se que estou a falar de maiorias e não de "também há mulheres". Eu não vou avançar mais nisto porque gosto de ter os pressupostos definidos numa discussão e aqui não os vejo determinados.

JohnyRobaz

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1205
    • Ver Perfil
Re: Politicamente correcto
« Responder #1143 em: 2020-06-10 16:50:51 »
Penso que não adianta avançar na discussão quando tu não consegues admitir, preto no branco, que é uma injustiça ter quotas 50/50 na administração de empresas em que, por força da actividade que desenvolvem, os quadros intermédios e superiores são maioritariamente masculinos. Sem partir desse pressuposto básico, não há discussão possível sobre soluções ou sugestões. Note-se que estou a falar de maiorias e não de "também há mulheres". Eu não vou avançar mais nisto porque gosto de ter os pressupostos definidos numa discussão e aqui não os vejo determinados.

Eu deixei claro que não me identifico com quotas, e que foi a única solução para o problema que vi, não vejo alternativas. Contrapus também o teu exemplo com empresas da área da saúde e farmácia, e tu respondes isto. Quais é que são os pressupostos? Não queres discutir não discutas, ponto final, não precisas de inventar desculpas.

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13771
    • Ver Perfil
Re: Politicamente correcto
« Responder #1144 em: 2020-06-10 16:51:30 »
São pressupostos quânticos! Lol

Automek

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30976
    • Ver Perfil
Re: Politicamente correcto
« Responder #1145 em: 2020-06-10 17:05:57 »
Penso que não adianta avançar na discussão quando tu não consegues admitir, preto no branco, que é uma injustiça ter quotas 50/50 na administração de empresas em que, por força da actividade que desenvolvem, os quadros intermédios e superiores são maioritariamente masculinos. Sem partir desse pressuposto básico, não há discussão possível sobre soluções ou sugestões. Note-se que estou a falar de maiorias e não de "também há mulheres". Eu não vou avançar mais nisto porque gosto de ter os pressupostos definidos numa discussão e aqui não os vejo determinados.

Eu deixei claro que não me identifico com quotas, e que foi a única solução para o problema que vi, não vejo alternativas. Contrapus também o teu exemplo com empresas da área da saúde e farmácia, e tu respondes isto. Quais é que são os pressupostos? Não queres discutir não discutas, ponto final, não precisas de inventar desculpas.
Saúde e farmácia, ao contrário de engenharia, não podes ver a composição de alunos nos cursos para tirar conclusões. A razão é simples.

Em engenharia a saida mais comum é para empresas por isso a composição dos alunos é um bom proxy para aquilo que devem ser os conselhos de administração daí a 20 anos.

Em farmácia a saida é para farmácias, empresas e investigação (privada, publica e universidades).
Em medicina a saida é para sobretudo para a carreira médica, alguma investigação (privada, publica e universidades) e algumas empresas.
Ou seja, os números iniciais de recém licenciados não dizem nada. Tinham de ser todos detalhados para saber quem é que vai para empresas, se são mais homens ou mulheres.

É sabido, por exemplo, que as mulheres são maioritárias na investigação, na carreira de docente universitária, na profissão de médico e nas farmácias, o que dá indícios que a proporção de homens/mulheres no curso é depois alterada anormalmente (para o lado dos homens) naqueles que escolhem as empresas.

Counter Retail Trader

  • Visitante
Re: Politicamente correcto
« Responder #1146 em: 2020-06-10 17:26:04 »
a mulher é mil vezes mais agressiva e sem regras ou sem olhar a meios para atimgir um fim que o homem, mo meio empresarial.

JohnyRobaz

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1205
    • Ver Perfil
Re: Politicamente correcto
« Responder #1147 em: 2020-06-10 19:54:56 »
Penso que não adianta avançar na discussão quando tu não consegues admitir, preto no branco, que é uma injustiça ter quotas 50/50 na administração de empresas em que, por força da actividade que desenvolvem, os quadros intermédios e superiores são maioritariamente masculinos. Sem partir desse pressuposto básico, não há discussão possível sobre soluções ou sugestões. Note-se que estou a falar de maiorias e não de "também há mulheres". Eu não vou avançar mais nisto porque gosto de ter os pressupostos definidos numa discussão e aqui não os vejo determinados.

Eu deixei claro que não me identifico com quotas, e que foi a única solução para o problema que vi, não vejo alternativas. Contrapus também o teu exemplo com empresas da área da saúde e farmácia, e tu respondes isto. Quais é que são os pressupostos? Não queres discutir não discutas, ponto final, não precisas de inventar desculpas.
Saúde e farmácia, ao contrário de engenharia, não podes ver a composição de alunos nos cursos para tirar conclusões. A razão é simples.

Em engenharia a saida mais comum é para empresas por isso a composição dos alunos é um bom proxy para aquilo que devem ser os conselhos de administração daí a 20 anos.

Em farmácia a saida é para farmácias, empresas e investigação (privada, publica e universidades).
Em medicina a saida é para sobretudo para a carreira médica, alguma investigação (privada, publica e universidades) e algumas empresas.
Ou seja, os números iniciais de recém licenciados não dizem nada. Tinham de ser todos detalhados para saber quem é que vai para empresas, se são mais homens ou mulheres.

É sabido, por exemplo, que as mulheres são maioritárias na investigação, na carreira de docente universitária, na profissão de médico e nas farmácias, o que dá indícios que a proporção de homens/mulheres no curso é depois alterada anormalmente (para o lado dos homens) naqueles que escolhem as empresas.

Automek, os hospitais privados e públicos têm direcções e administrações (Luz Saude, por exemplo), os grupos farmaceuticos também, os laboratórios também (BIAL, por exemplo). Depois, não percebo bem onde vais buscar esses dados para chegar a essas conclusões sobre quem vai mais para empresas ou para os balcões das farmácias.

E nas faculdades de economia, gestão (tudo para empresas), direito (os super juízes são.... homens, claro! os grandes advogados são homens, claro. Na política, começam agora a representar-se mais mulheres, finalmente). No jornalismo, os cargos de direcção são quase generalizadamente homens, já a população académica do meio... Enfim, são muitos os exemplos.

Portanto agora a sério. Achas mesmo que a sociedade não está nem um bocadinho inclinada para que entre um homem e uma mulher, com as mesmas capacidades e currículos, a escolha para cargos de poder recaia tendencialmente para o Homem? Achas que as coisas, como estão, estão justas para as mulheres, para não falar das minorias étnico-raciais?

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13771
    • Ver Perfil
Re: Politicamente correcto
« Responder #1148 em: 2020-06-10 21:49:52 »
Quando o género das mulheres não se diferenciar do dos homens,
como se há de respeitar as minorias feminis e viris
que apreciem e prefiram géneros
diferenciados para se
acoplarem!?

Automek

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30976
    • Ver Perfil
Re: Politicamente correcto
« Responder #1149 em: 2020-06-10 21:58:06 »
Vou dar outro exemplo real. Numa univ publica, cujo mestrado é mais de 70% rapazes, os alunos organizam-se em grupos de diferentes interesses. Esses grupos promovem diversas actividades e têm um pequeno budget atribuido pela faculdade para essas actividades.
Assisti de perto, num desses grupos, ao recrutamento (que é feito por uma espécie de direcção do grupo).

Aquilo é engraçado de ver porque é bastante profissional, com vários níveis de entrevistas, testes de conhecimento, etc. Os putos levam a coisa bastante a sério e têm mesmo um código de conduta, não escrito, em que declinam entrevistar quando o candidato é alguém com quem se dão muito bem. Além disso, os candidatos finais são entrevistados por vários elementos, isto tudo para evitar favorecimentos. E cunhas nem vale a pena tentar. Eu assisti à coisa e posso dizer que tomaramos nós que o país fosse assim.

Problema: além da composição do mestrado ser 70/30, este grupo, apesar de ser muito procurado, devido ao tema atrai ainda menos raparigas do que os 30%. Contudo, a faculdade exige quotas 50/50 para dar o financiamento aos grupos.

Solução: têm de recusar rapazes bastante motivados e potencialmente bons para o grupo, enquanto que as raparigas que se candidatam entram todas, algumas (para não dizer muitas) bem piores do que os rapazes recusados.

No final, como não têm mulheres suficientes, pedem a outras colegas (que não têm o mínimo interesse no grupo) para dar apenas o nome e, assim, completar as quotas. As miúdas lá fazem o favor e pronto, problema resolvido. Há miúdas inscritas num magote de grupos, nos quais não têm puto de interesse, só por causa disto. E assim se fica bem na foto da paridade: cometendo uma tremenda injustiça.
« Última modificação: 2020-06-10 22:00:17 por Automek »

JohnyRobaz

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1205
    • Ver Perfil
Re: Politicamente correcto
« Responder #1150 em: 2020-06-11 00:20:50 »
Vou dar outro exemplo real. Numa univ publica, cujo mestrado é mais de 70% rapazes, os alunos organizam-se em grupos de diferentes interesses. Esses grupos promovem diversas actividades e têm um pequeno budget atribuido pela faculdade para essas actividades.
Assisti de perto, num desses grupos, ao recrutamento (que é feito por uma espécie de direcção do grupo).

Aquilo é engraçado de ver porque é bastante profissional, com vários níveis de entrevistas, testes de conhecimento, etc. Os putos levam a coisa bastante a sério e têm mesmo um código de conduta, não escrito, em que declinam entrevistar quando o candidato é alguém com quem se dão muito bem. Além disso, os candidatos finais são entrevistados por vários elementos, isto tudo para evitar favorecimentos. E cunhas nem vale a pena tentar. Eu assisti à coisa e posso dizer que tomaramos nós que o país fosse assim.

Problema: além da composição do mestrado ser 70/30, este grupo, apesar de ser muito procurado, devido ao tema atrai ainda menos raparigas do que os 30%. Contudo, a faculdade exige quotas 50/50 para dar o financiamento aos grupos.

Solução: têm de recusar rapazes bastante motivados e potencialmente bons para o grupo, enquanto que as raparigas que se candidatam entram todas, algumas (para não dizer muitas) bem piores do que os rapazes recusados.

No final, como não têm mulheres suficientes, pedem a outras colegas (que não têm o mínimo interesse no grupo) para dar apenas o nome e, assim, completar as quotas. As miúdas lá fazem o favor e pronto, problema resolvido. Há miúdas inscritas num magote de grupos, nos quais não têm puto de interesse, só por causa disto. E assim se fica bem na foto da paridade: cometendo uma tremenda injustiça.

Automek, o problema é tu reduzires um problema tão abrangente e geral como a desigualdade de género, que existe, a partir de um caso que não é apenas injusto, mas estúpido, e com isso desvalorizar um problema que existe na sociedade. Volto a frisar que não simpatizo com quotas, e acho-as absurdas em certos contextos, como esse que referiste. Infelizmente, e por mim falo, as mulheres não se sentem atraídas pelas engenharias, preferem as ciências da educação, a saúde, etc (perceber os motivos por trás destas "preferências" também dava pano para mangas, mas não vou entrar por aí). Mas o problema é que não é só em empresas ou faculdades de engenharia que se verifica uma tremenda desigualdade na ocupação dos cargos de topo. Essa é a realidade. Uma realidade que está mal, a meu ver, só isso.

Reg

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13317
    • Ver Perfil
Re: Politicamente correcto
« Responder #1151 em: 2020-06-11 00:24:05 »
sao coisas dao nas vistas

metem   quotas


a malta arranja pessoas so servem para fazer corpo presente

nas empresas secalhar vao buscar os familiares encher quotas
« Última modificação: 2020-06-11 00:27:14 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

JohnyRobaz

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1205
    • Ver Perfil
Re: Politicamente correcto
« Responder #1152 em: 2020-06-11 00:48:54 »
Pelo que sei não há quotas nas empresas privadas, creio que houve uma proposta de 33,3% mas não creio que tenha sido aprovada.

Reg

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13317
    • Ver Perfil
Re: Politicamente correcto
« Responder #1153 em: 2020-06-11 08:50:35 »
nas publicas e contrario tem ir buscar homens para encher chouricos

https://eco.sapo.pt/2019/11/12/ha-empresas-publicas-com-mulheres-a-mais-na-administracao-lei-obriga-a-mudar/

O objetivo da nova lei da paridade é combater a fraca representação feminina em cargos de topo. Mas em 15% das empresas públicas o número de mulheres é superior à quota legal. Vão ter de mudar.

São entidades do setor da saúde e algumas das áreas das artes, fundamentalmente, ou seja, áreas onde as mulheres estão, em geral, francamente sobrerrepresentadas“

É o caso do Centro Hospitalar de Leiria, em que o conselho de administração é composto por um homem — o presidente — e três outros membros, todos mulheres. Ou seja, há apenas 25% de homens.








« Última modificação: 2020-06-11 08:57:32 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

Automek

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30976
    • Ver Perfil
Re: Politicamente correcto
« Responder #1154 em: 2020-06-11 08:52:35 »
Infelizmente, e por mim falo, as mulheres não se sentem atraídas pelas engenharias, preferem as ciências da educação, a saúde, etc (perceber os motivos por trás destas "preferências" também dava pano para mangas, mas não vou entrar por aí). Mas o problema é que não é só em empresas ou faculdades de engenharia que se verifica uma tremenda desigualdade na ocupação dos cargos de topo. Essa é a realidade. Uma realidade que está mal, a meu ver, só isso.
A discussão tem mesmo de ir por aí e vai desembocar em coisas que uns (os liberais clássicos) consideram escolhas livres e outros (progressistas) consideram escolhas impostas pela sociedade.
Para não falar no abstracto dou exemplos:
- Porque é que 95% dos professores primários são mulheres ? Os rapazes não podem ir para o curso ?
- Porque é que a maioria dos mecânicos e vendedores de automóveis são homens ? As mulheres não podem escolher essas profissões ?
- Porque é que a maioria das concelhias e distritais dos partidos são compostas por homens (até o Livre não conseguiu arranjar 25 mulheres para a composição paritária dos 50 elementos da assembleia). As mulheres não se podem inscrever na política ?

A partir daqui a discussão vai parar a construções sociais desde a infância, ao heteropatriarcado, à família, à maternidade (um factor biológico importante e bastante ignorado), aos filhos, a consequência disto na disponibilidade para longas horas e/ou viagens, na apetencia pelo risco, na acumulação e propriedade do capital, etc.

Como os liberais acreditam que a escolha é livre e os progressistas acreditam que a escolha não é livre porque é imposta pela sociedade, a discussão nunca vai dar a lado nenhum. É uma discussão que já tem 8 anos aqui no forum e já vinha do outro forum anterior.

jeab

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 9270
    • Ver Perfil
Re: Politicamente correcto
« Responder #1155 em: 2020-06-11 08:56:32 »

Impor uma mulher para um emprego por obrigatoriedade de quota, não porque o mereça, é descriminação de género e é inconstitucional.  Só existe porque o tribunal constitucional não existe ( o que existe são um conjunto de tachos, que deram o nome de Tribunal Constitucional, mas que produzem ZERO )
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
O verdadeiro homem inteligente é aquele que parece ser um idiota na frente de um idiota que parece ser inteligente!

Automek

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30976
    • Ver Perfil
Re: Politicamente correcto
« Responder #1156 em: 2020-06-11 08:59:48 »
nas publicas e contrario tem ir buscar homens para encher  chorica

https://eco.sapo.pt/2019/11/12/ha-empresas-publicas-com-mulheres-a-mais-na-administracao-lei-obriga-a-mudar/

O objetivo da nova lei da paridade é combater a fraca representação feminina em cargos de topo. Mas em 15% das empresas públicas o número de mulheres é superior à quota legal. Vão ter de mudar.

São entidades do setor da saúde e algumas das áreas das artes, fundamentalmente, ou seja, áreas onde as mulheres estão, em geral, francamente sobrerrepresentadas“

A IL nas eleições trollou o sistema nas listas em Portalegre. Apresentou uma lista só com mulheres, sabendo que ia ser recusada pelo TC e depois fez um comunicado.
Legislativas. Lista da Iniciativa Liberal para o círculo de Portalegre recusada por ter só mulheres
 
Isto é uma forma de sensibilizar as próprias mulheres que as quotas, tal como esse exemplo que deixaste das empresas públicas, também podem ser prejudicadas por leis que as querem beneficiar.

Thunder

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 2009
    • Ver Perfil
Re: Politicamente correcto
« Responder #1157 em: 2020-06-11 09:08:33 »
Infelizmente, e por mim falo, as mulheres não se sentem atraídas pelas engenharias, preferem as ciências da educação, a saúde, etc (perceber os motivos por trás destas "preferências" também dava pano para mangas, mas não vou entrar por aí). Mas o problema é que não é só em empresas ou faculdades de engenharia que se verifica uma tremenda desigualdade na ocupação dos cargos de topo. Essa é a realidade. Uma realidade que está mal, a meu ver, só isso.
A discussão tem mesmo de ir por aí e vai desembocar em coisas que uns (os liberais clássicos) consideram escolhas livres e outros (progressistas) consideram escolhas impostas pela sociedade.
Para não falar no abstracto dou exemplos:
- Porque é que 95% dos professores primários são mulheres ? Os rapazes não podem ir para o curso ?
- Porque é que a maioria dos mecânicos e vendedores de automóveis são homens ? As mulheres não podem escolher essas profissões ?
- Porque é que a maioria das concelhias e distritais dos partidos são compostas por homens (até o Livre não conseguiu arranjar 25 mulheres para a composição paritária dos 50 elementos da assembleia). As mulheres não se podem inscrever na política ?

A partir daqui a discussão vai parar a construções sociais desde a infância, ao heteropatriarcado, à família, à maternidade (um factor biológico importante e bastante ignorado), aos filhos, a consequência disto na disponibilidade para longas horas e/ou viagens, na apetencia pelo risco, na acumulação e propriedade do capital, etc.

Como os liberais acreditam que a escolha é livre e os progressistas acreditam que a escolha não é livre porque é imposta pela sociedade, a discussão nunca vai dar a lado nenhum. É uma discussão que já tem 8 anos aqui no forum e já vinha do outro forum anterior.

Diria mais: a questão vai desaguar na visão "Blank Slate" da brigada mais histérica das ciências sociais, muitas vezes acompanhada da incapacidade de admitir que há diferenças fisiológicas entre homens e mulheres.
A maneira como estes grupos respondem a investigações que contrariem a hipótese "Blank Slate" é de bradar aos céus. Raia a crença religiosa.
Nullius in Verba
Divide et Impera
Não há almoços grátis
Facts do not cease to exist because they are ignored
Bulls make money, bears make money.... pigs get slaughtered

Thunder

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 2009
    • Ver Perfil
Re: Politicamente correcto
« Responder #1158 em: 2020-06-11 09:27:10 »
Black Lives Matter supporters compile a list of 50 UK ‘racist statues’ they want pulling down as Sadiq Khan calls for ALL London's slave trader landmarks to be removed

Qualquer dia vão querer deitar abaixo todos os castelos e palácios por terem sido financiados pelo colonialismo branco e racista dos portugueses no mundo inteiro. Podemos começar pelos Jerónimos.

Se é para ir desenterrar coisas com mais de 100 anos ...
Será que os professores revolucionários e progressistas e os escritores (de livros e artigos) que inspiram esse pessoal também vão querer analisar e instruir os alunos e a população sobre como no pós Guerra Civil dos EUA, já com a abolição da escravatura em curso, o Partido Democrata teve um papel bem nefasto em bloquear os direitos adquiridos por negros e ex-escravos nos estados do sul? Como bloquear o direito de voto, bem como na prática instituíram um sistema de segregação agressiva?

E se é para derrubar momentos construídos com mão de obra escrava, ou que celebrem opressores, as empresas de demolição vão ter muito trabalhinho pela frente.

Mas há um detalhe que escapa as pessoas e é fundamental: vamos admitir que sim que é para derrubar. Tal terá que ser decido por algo que represente a população, como uma legislação emitida pelos deputados, ou por referendo. Não é uma turba histérica que irá decidir tais matérias. Porque se é para ser assim, é "bar aberto" ... depois não se queixem se a coisa descambar e ficar descontrolada.
Este pessoal mostra vezes e vezes sem conta que não tem o mínimo de respeito pelo estado de direito; depois andam a rasgar as vestes em nome da democracia e da liberdade.
« Última modificação: 2020-06-11 09:30:20 por Thunder »
Nullius in Verba
Divide et Impera
Não há almoços grátis
Facts do not cease to exist because they are ignored
Bulls make money, bears make money.... pigs get slaughtered

JohnyRobaz

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1205
    • Ver Perfil
Re: Politicamente correcto
« Responder #1159 em: 2020-06-11 10:27:48 »
Infelizmente, e por mim falo, as mulheres não se sentem atraídas pelas engenharias, preferem as ciências da educação, a saúde, etc (perceber os motivos por trás destas "preferências" também dava pano para mangas, mas não vou entrar por aí). Mas o problema é que não é só em empresas ou faculdades de engenharia que se verifica uma tremenda desigualdade na ocupação dos cargos de topo. Essa é a realidade. Uma realidade que está mal, a meu ver, só isso.
A discussão tem mesmo de ir por aí e vai desembocar em coisas que uns (os liberais clássicos) consideram escolhas livres e outros (progressistas) consideram escolhas impostas pela sociedade.
Para não falar no abstracto dou exemplos:
- Porque é que 95% dos professores primários são mulheres ? Os rapazes não podem ir para o curso ?
- Porque é que a maioria dos mecânicos e vendedores de automóveis são homens ? As mulheres não podem escolher essas profissões ?
- Porque é que a maioria das concelhias e distritais dos partidos são compostas por homens (até o Livre não conseguiu arranjar 25 mulheres para a composição paritária dos 50 elementos da assembleia). As mulheres não se podem inscrever na política ?

A partir daqui a discussão vai parar a construções sociais desde a infância, ao heteropatriarcado, à família, à maternidade (um factor biológico importante e bastante ignorado), aos filhos, a consequência disto na disponibilidade para longas horas e/ou viagens, na apetencia pelo risco, na acumulação e propriedade do capital, etc.

Como os liberais acreditam que a escolha é livre e os progressistas acreditam que a escolha não é livre porque é imposta pela sociedade, a discussão nunca vai dar a lado nenhum. É uma discussão que já tem 8 anos aqui no forum e já vinha do outro forum anterior.

Por isso é que não queria entrar por aí, porque mesmo considerando todos os factores físicos e familiares associados à mulher e ao homem,  porque é que tradicionalmente o médico (quem manda) é homem, e a enfermeira (que deve obedecer ao médico) é mulher? A nível de exigência física, até diria que o trabalho de enfermeiro é mais pesado, e a nível de disponibilidade familiar, se não estão ela por ela, a coisa até deve ser pior para o enfermeiro. Achas que é um instinto sofredor da mulher que a levou historicamente a "preferir" ser enfermeira?
Alargando o espectro, e comparando então agora áreas: saúde vs. engenharia. O trabalho em engenharia é fisicamente menos exigente que o trabalho em saúde (principalmente se compararmos engenheiros de projecto ou de planeamento com trabalhos de médicos e enfermeiros), e a nível de turnos, no que afecta a vida familiar, nem se fala. Porque é que então as mulheres "preferem" a saúde às engenharias?

Atenção, eu não tenciono defender quotas de 50% 50% em todos os cursos universitários, isso seria uma aberração, mas gosto de reflectir nas coisas, e isto é um assunto que implica deixar ideologias de lado e perceber as coisas num contexto histórico em que as mulheres sempre foram relegadas para um papel nulo (nem trabalhar, ficar a cuidar dos filhos como dona de casa) ou secundário, ou assistencialista, ou de cuidadora, e nunca de liderança. Isto é a realidade, e é uma realidade injusta para as mulheres que ambicionem ser líderes, pois para além de terem que trabalhar o mesmo que os homens para lá chegar, têm esta barreira "invisível" pela frente. O começo é admitir isto. Só depois disso se pode pensar em soluções para o problema de forma abrangente.