A probabilidade de um filho pobre ser pobre e de um rico ser rico terá vários tipos de origens:
* O ambiente em que ambos se desenvolvem.
* Os contactos a que cada um tem acesso.
* Uma componente genética.
* Etc
No meio disso tudo não é claro que existam muitos pontos onde as regras -- que se pretendem iguais para todos -- possam fazer grande intervenção. Os ambientes comuns providenciados pelo Estado, escolas, já serão iguais para todos (excepto na medida em que os próprios os deterioram).
E diga-se que para isto não há grande solução.
O estado, ao proporcionar ensino gratuito, bem como manuais e materiais gratuitos, refeições gratuitas, abonos, saude gratuita, apoios sociais de diversa ordem na luz, água, etc. já está a actuar naquilo que pode.
Além disso, hoje já se vai mais longe com aulas de substituição, aulas de apoio, planos de recuperações, ensino profissional, etc.
Agora não se pode proibir o rico de meter o filho na escola privada, não proporcionando ao pobre a convivência de ambos, de pagar ao filho um mestrado ou um mba, de lhe emprestar dinheiro para iniciar um negócio, de o apresentar aos amigos que, provavelmente, têm mais poder de decisão em empresas do que os amigos do pai pobre, de lhe oferecer uma casa ou um carro, aliviando-o desse custo mensal, etc.
Já nem vou para a parte genética por ser tão discutível e já ter dado páginas e páginas de discussão.
Eu gostava que o Visitante apresentasse propostas concretas para serem debatidas porque isto de falar em erradicação da pobreza é muito vago.