Num país cuja ciência de investir
é construir três autoestradas
Porto-Lisboa e pagar prémio
de seguros para fixar juros,
quando estes se aprestam
a diminuir,
é um país que melhora de saúde,
assim que cessa de investir!
Acresce que, se de tal contração
de gastos desperdiçados,
começa a pagar
o que deve,
augura-se que em breve,
será visitado por novos
emprestadores
de dinheiro,
que servilmente se apressarão
a convencê-lo a gastar à tripa forra
em obras e desobras sem utilidade nenhuma
para de novo cair nas garras dos poderes usurários.
Assim se governa em Portugal.
Todos, menos nós!