Quando as coisas pioram, não há nada melhor que subir os bónus para levantar a moral ...
Barclays: Lucros caem 32%, 12 mil postos de trabalho vão ser eliminados e CEO anuncia aumento de 10% dos bónus
No mesmo dia em que anuncia que os lucros do banco caíram 32% em 2013 e 12 mil postos de trabalho serão eliminados, Antony Jenkins revela também que os bónus vão aumentar em 10% para um total de 2,38 mil milhões de libras.
"No Barclays acreditamos no pagamento por desempenho e na remuneração competitiva. Garantir que temos as pessoas certas nos sítios certos a servir os nossos clientes de forma eficiente, num ambiente global altamente competitivo, é vital para gerar um retorno sustentável para os nossos accionistas." Foi desta forma que o presidente executivo do banco britânico justificou a decisão de aumentar os bónus num ano em que os lucros caíram e o banco vai despedir milhares de trabalhadores. A decisão já gerou duras críticas por parte de um dos maiores sindicatos britânicos.
O banco vai pagar 2,4 mil milhões de libras (cerca de 2,88 mil milhões de euros) de bónus, mais 10% do que em 2012. Deste montante, 1,6 mil milhões de libras (face a 1,4 mil milhões de libras no ano anterior) destinam-se à banca de investimento que registou prejuízos no quarto trimestre de 2013 e viu os lucros caírem 37% no conjunto do ano.
Os lucros do banco britânico caíram de 7 mil milhões de libras (cerca de 8,42 mil milhões de euros), em 2012, para 5,2 mil milhões de libras (cerca de 6,2 mil milhões de euros).
Banco pode cortar até 12 mil postos de trabalho em 2013
Antony Jenkins, que gere o banco desde Agosto de 2012, anunciou também que o Barclays pretende despedir entre 10 mil e 12 mil pessoas este ano. Sete mil destes cortes ocorrerão no Reino Unido e metade das pessoas já terão sido notificadas, avança o britânico "The Guardian".
Os restantes despedimentos ocorrerão em todas as geografias em que o banco está presente e em todas as áreas de negócio, mas até ao momento o Barclays ainda não detalhou onde e como serão realizados.
O CEO do banco pretende com esta decisão reduzir os custos da instituição em 1,7 mil milhões de libras (2,04 mil milhões de euros) até 2015.
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