Parece interessante, prometedor e auspicioso, podendo mesmo estar em causa a «credibilidade externa do país que tanto custou a recuperar»:
«Sarmento e o orçamento: Costa aprovou 2,5 mil milhões de despesa (metade depois de se demitir)
Tomás Guimarães
8 Maio, 2024
8 Maio, 2024
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António Cotrim / LUSA
O ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento.
Tudo ficou fora do orçamento do Governo do PS. 960 milhões foram aprovados já depois das eleições, acusa o ministro das Finanças. PS vai pedir audição urgente para obrigar Sarmento a explicar os valores.
Já depois da sua demissão do cargo primeiro-ministro, António Costa aprovou mais de mil milhões de euros (1080 milhões) de despesas extraordinárias que não estavam no orçamento para este ano, acusa o novo ministro das Finanças.
“Destes, 960 milhões foram já depois das legislativas“, disse ainda Miranda Sarmento, em conferência da Associação de Instituições de Crédito Especializado.
E acrescenta: “Já depois da demissão do primeiro-ministro, o governo aprovou despesas sem cabimento de 1,2 mil milhões“.
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No total, terão sido cerca de 2,5 mil milhões de despesa não orçamentada deixada pelo Executivo socialista. Sarmento desconstruiu o valor.
“Se somarmos estas três parcelas — 1.080 milhões de despesas extraordinárias, 240 milhões da reserva provisional e 1.200 milhões de resoluções do Conselho de Ministros, estamos a falar de 2,5 mil milhões de euros“, disse.
“O Executivo anterior não foi claro nem transparente quanto à situação orçamental do país e aprovou um conjunto de medidas de despesas e compromissos que não estavam no orçamento e que agravam as contas públicas, mesmo depois da eleição do primeiro-ministro e até depois das eleições do dia 10 de Março”, atirou.
Além disso, segundo o novo ministro, o governo de Costa usou metade do dinheiro que “normalmente é usado a partir do verão”: a reserva provisional de cerca de 500 milhões de euros.
Esta não é a primeira — nem segunda — vez que Joaquim Miranda Sarmento se queixa de a pasta das Finanças de Fernando Medina ter deixado as contas públicas “bastante pior do que o Governo queria anunciar como um grande resultado orçamental”. A situação financeira é “diferente daquela que tinha sido anunciada”.
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Depois de olhar para as medidas do Governo anterior, o novo Governo já tinha avançado que 16 milhões de euros que deviam ter sido pagos no OE2023 terão de ser incluídos no novo Orçamento.
O PS vai pedir uma audição urgente de Miranda Sarmento para este explicar as afirmações sobre a execução orçamental.
“Estas afirmações estão a pôr em causa a credibilidade externa do país que tanto custou a recuperar e isso é inaceitável“, afirma fonte oficial do grupo parlamentar socialista.
Tomás Guimarães, ZAP //»
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