Esta história do Tridion sobre os
grafitis é muito boa porque entende-se como uma situação concreta lhe causa uma série de trabalho. É transparente. Vê-se ali o esforço.
Pelo contrário, nos impostos, para alguém receber um apoio qualquer, esse esforço é oculto.
O Tridion vai trabalhar 5 dias por semana quando provavelmente 4 chegariam para ganhar o mesmo se os impostos fossem mais baixos. No 5º dia o Tridion levanta-se de madrugada, provavelmente ajuda os filhos, vai deixa-los à escola, perde tempo nos transportes, passa 7 ou 8 horas por dia a trabalhar, sai do trabalho, vai buscar os filhos, regressa a casa com mais uma dose de transportes ou trânsito, e está com a família à noite, se tudo correr bem.
O Tridion não está algemado, nem anda um gajo de chicote atrás dele, mas é o mesmo. Alguém decide que o Tridion tem de fazer isto à 6a feira para o autorizarem a ganhar dinheiro de 2ª a 5ª feira, porque há alguém para quem o Tridion terá de trabalhar, alguém que o Tridion não conhece, alguém a quem o Tridion não pode recusar a ajuda, alguém que o Tridion não pode, sequer, avaliar se é merecedor da sua ajuda, alguém que nunca irá agradecer ao Tridion o esforço que fez.
Podem revestir isto de palavras bonitas como solidariedade, igualdade, etc. mas o Tridion é escravo de alguém, isto se não quiser morrer à fome e deixar a sua família morrer à fome. Não está autorizado a ganhar a sua vida sem ter de sustentar mais alguém, que não ele e a sua família. Isto é IMORAL por ser compulsivo. Qualquer troca na sociedade deve ser voluntária.