Quem acabou de apoiar Trump foi o neo-nazi David Duke, "Knight of the Klu Klux Klan". Duke negou o Holocausto em público, é um anti-semita convicto e determinado desde há dezenas de anos, e também se farta de bramar contra a imigração hispânica e contra os negros. O Trump, ainda que não tenha defendido em público todas as coisas que o Duke tem defendido, lá no seu íntimo conhece as ideias do Duke muito bem, e até aposto que as apoia na generalidade, embora não o possa dizer em público. O Trump quer avançar essas ideias "gradualmente", numa "slippery slope", sem ser chumbado logo pelo eleitorado, por isso é que não as pode declarar todas já. O Duke apoia o Trump por isso mesmo, porque quer que este, se eleito, vá gradualmente movendo as "fronteiras do discurso que é permitido" mais para a extrema-direita, até as ideias neonazis poderem ser novamente debatidas e aceites. O plano é esse. É isso que une os dois.
Se o Trump ganhar a eleição, o mundo civilizado entra numa crise moral e existencial, provavelmente irreversível.