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Autor Tópico: Rendimento Básico Incondicional  (Lida 8248 vezes)

Reg

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Re: Rendimento Básico Incondicional
« Responder #20 em: 2017-01-03 14:10:00 »
america latina era so revoluçoes  e contra revoluçoes  no final toma la ditadura militar

tipo primeira republica portugal e salazar foi la posto pelos militares


primeira republica era coco... 16 anos houve sete parlamentos, oito presidentes da República, 45 governos, 40 chefias de governo
« Última modificação: 2017-01-03 14:15:18 por Reg »
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Incognitus

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Re: Rendimento Básico Incondicional
« Responder #21 em: 2017-01-03 14:18:00 »
Há um equivoco qq.
Pelo menos no Chile que eu saiba os diplomados de Chicago que advogavam, privatizações, mercados livres, fim do assistencialismo, não tentaram criar uma comunidade autónoma cuja ideologia se propagasse pelo exemplo e demonstração da eficácia. Derrubaram um governo democraticamente eleito e implantaram um ditadura baseada no terror que prendeu e torturou quem não pensava como eles.
Parece que não tem muitas lições a dar no que respeita a tolerância e anti-monopolismo ideológico.

É mesmo uma falha tua.

Se a base for uma coisa muito livre, então as comunidades restritas podem diminuir a liberdade.

Se a base for uma coisa muito restrita, então as comunidades restritas não têm forma de aumentar a liberdade.

Existe uma diferença significativa.

De resto o Chile parece um bocado mau exemplo, pois de seguida bateu economicamente praticamente todos ou mesmo todos os países circundantes. As privatizações, mercados livres, fim do assistencialismo, etc, funcionaram aparentemente bem.

Outra coisa, mesmo tendo prendido e torturado, fizeram-no em quantidades significativamente inferiores a regimes muito menos criticados, como o Cubano ou praticamente qualquer alternativa comunista. E com melhores resultados económicos e para a população em geral.
« Última modificação: 2017-01-03 14:20:08 por Incognitus »
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Automek

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Re: Rendimento Básico Incondicional
« Responder #22 em: 2017-01-03 14:31:55 »
Um imposto negativo (=subsídio) sobre todas as pessoas singulares pode de facto simplificar a burocracia estadual de protecção a desempregados, reformados e inactivos, mas não vejo que se distinga, quanto aos empregados, de uma forma do género da diminuição da taxa social única. Porque, o empregador no momento de contratar qualquer cidadão sabe perfeitamente que o salário que oferece é o que acrescenta ao do imposto negativo o que o inclina a fixar-se num nível remuneratório que já absorve e tem em consideração o respectivo subsídio.
Não me parece vbm. O objectivo do imposto negativo do Friedman era providenciar um rendimento básico a todos, seja o warren buffet ou o sem abrigo que vive na rua (e de um montante que não seja confortável para viver). Tem a grande vantagem de ser extremamente simples, como referiste antes.

O facto de ser para todos faz com que o patrão não tenha qualquer vantagem em fazer contas usando esse imposto negativo. Todos começam do mesmo patamar (que não é zero mas sim X = imposto negativo).

De resto, este tipo de imposto negativo permite corrigir a brutal injustiça que existe quando temos RSI + abono + refeições gratuitas + banco alimentar + passe gratuito + consultas gratuitas + medicamentos descontados + renda subsidiada + apoio livros e material escolar + tarifa social da luz e água + etc.
São tantas as porcarias isoladas, sempre baseadas no IRS, que facilmente uma pessoa sem fazer nada fica igual a outra que trabalha 40 horas por semana.
« Última modificação: 2017-01-03 14:32:53 por Automek »

Zenith

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Re: Rendimento Básico Incondicional
« Responder #23 em: 2017-01-03 15:33:21 »
O Pinochet foi democratimente eleito?
Houve manifestações de massas a exigir demissão de Allende que tivessem mostrado ao Pinochet o imperativo de derrubar um governo que tinha defraudado os eleitores?
Nas imagens que há do golpe, o que se vê é um bombardeamento pela força aérea do palácio presidencial onde o Allende estava sozinho com umas 30 pessoas (e não se rendeu), e a seguir não houve propriamente uma invasão das ruas de Santiago pela população em júbilo a agradecer o Pinochet por ter acabado com o  pesadelo Allende.
O que se seguiu foi um regime de terror, onde se juntavam os "subsersivos" nos estádio de futebol e os considerados mais perigosos executados. Segundo a reconstituição ao Vitor Jara num desses estádio começaram  por partir as mãos para nunca mais voltar a tocar guitarra e  depois balearam com 44 balas. Um grande exemplo da liberdade de escolha!!
Quanto ao desenvolvimento do Chile, o PIB só em 1987 voltou aos níveis de 73 e mesmo em 1990 o consumo per capita continuava 10% abaixo do de 1970. Acresce que apesar da furia privatizadora o Pinochet não privatizou as minas de cobre (nacionalizadas pelo Allende) e parece que foi isso que lhe valeu no crise do peso. Claro que os neo-liberais dizem que foi essa falha que retardou crescimento essa falha ate 1990  ;D
E o Chile continua a ser o país mais desigual da OCDE.

Zenith

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Re: Rendimento Básico Incondicional
« Responder #24 em: 2017-01-03 15:37:46 »
De resto parece-me a mesma coisa que o imposto negativo do Friedman. Se o limiar do Friedman fosse fixado em 560€ um desempregado iria receber esse valor ad-eternum se não procurasse ou nunca arranjasse emprego. Se procurar e arranjar emprego muito perto do final do 1º ano ou já no 2º teria esse subsídio durante 2 anos (embora depois no 3º já pagasse impostos).
Deixem ver o que dá.
O principio é o mesmo mas o Friedman defendia isso para todos. Ora, se o objectivo é depois alargar isto a todos os desempregados, continua a ser uma tremenda injustiça. Se o objectivo é alargar a todos, empregados e desempregados, então é uma experiência que apenas recolhe conclusões sobre um dos grupos. Não parece ser uma grande experiência.

O Friedman em vida assistiu ao teste das suas teorias ao nível de um país (sem grande sucesso nos 1ºs 15 anos), agora postumamente vão testar a sua ideia do imposto negativo. Da primeira vez foi preciso meter pessoas na prisão para que os mercados fossem livres, pelo menos desta vez a experiência deverá ser mais pacifica (a não ser que comecem a prender pessoas tipo Automek que apresentam desvios perigosos relativamente à ortodoxia Friedmaniana  ;D)
??? Conta lá melhor esta história.

Eu percebi que era uma experiência. Bem, houve um general que implantou uma ditadura para testar as ideias do Friedman a uma escala nacional, mas os finlandeses ainda devem ser da escola antiga em que uma experiência é uma emulação da realidade global mas numa escala reduzida  ;D
« Última modificação: 2017-01-03 15:57:16 por Zenith »

vbm

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Re: Rendimento Básico Incondicional
« Responder #25 em: 2017-01-03 15:39:39 »
Se o rendimento básico incondicional substituir as regalias todas que enumeraste: «RSI + abono + refeições gratuitas + banco alimentar + passe gratuito + consultas gratuitas + medicamentos descontados + renda subsidiada + apoio livros e material escolar + tarifa social da luz e água + etc.», dar-se-á que

  • O RBI absorve o RSI+ abono;
  • as refeições passam a ser pagas;
  • os alimentos bancados pela beneficência, também;
  • o passe, idem;
  • a renda passa o inquilino a pagá-la;
  • os remédios, o doente;
  • os livros e cadernos de escola dos filhos, os pais pagam-os
  • a luz, a água e o etc., também

e eu pergunto, - caso o RBI dê para isso tudo -,
será necessário que os patrões paguem salários
aos que só trabalharão para se distrair?

Ou será, que acabará o salariato
e todos passam a sócios do que quer
se empreenda, e tudo reverte cooperativa?

Hum...
« Última modificação: 2017-01-03 15:44:04 por vbm »

Reg

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Re: Rendimento Básico Incondicional
« Responder #26 em: 2017-01-03 15:49:05 »
O Pinochet foi democratimente eleito?
Houve manifestações de massas a exigir demissão de Allende que tivessem mostrado ao Pinochet o imperativo de derrubar um governo que tinha defraudado os eleitores?
Nas imagens que há do golpe, o que se vê é um bombardeamento pela força aérea do palácio presidencial onde o Allende estava sozinho com umas 30 pessoas (e não se rendeu), e a seguir não houve propriamente uma invasão das ruas de Santiago pela população em júbilo a agradecer o Pinochet por ter acabado com o  pesadelo Allende.
O que se seguiu foi um regime de terror, onde se juntavam os "subsersivos" nos estádio de futebol e os considerados mais perigosos executados. Segundo a reconstituição ao Vitor Jara num desses estádio começaram  por partir as mãos para nunca mais voltar a tocar guitarra e  depois balearam com 44 balas. Um grande exemplo da liberdade de escolha!!
Quanto ao desenvolvimento do Chile, o PIB só em 1987 voltou aos níveis de 73 e mesmo em 1990 o consumo per capita continuava 10% abaixo do de 1970. Acresce que apesar da furia privatizadora o Pinochet não privatizou as minas de cobre (nacionalizadas pelo Allende) e parece que foi isso que lhe valeu no crise do peso. Claro que os neo-liberais dizem que foi essa falha que retardou crescimento essa falha ate 1990  ;D
E o Chile continua a ser o país mais desigual da OCDE.


http://expresso.sapo.pt/sociedade/salario-minimo-mais-baixo-do-que-em-1974=f865546

pelo visto...por ca e igual




os comunistas deram tudo e depois veio crise  ainda perderam foi mais....

nunca mais  chegaram niveis de 1975... nem nivel da ditadura  do prec

pela logica de ter maior pib  poder compra a gastar o que nao se tem
entao comunistas e socrates sao maiores  e mario soares e e pior de todos
« Última modificação: 2017-01-03 16:27:54 por Reg »
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Re: Rendimento Básico Incondicional
« Responder #27 em: 2017-01-03 16:14:24 »
Zenith, ditador e liberalismo é o mesmo que chamar alguém de sportinguista benfiquista.  ;D

Reg

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Re: Rendimento Básico Incondicional
« Responder #28 em: 2017-01-03 16:21:04 »
ditadura e uma lotaria

na china ditadura comunista  meteu comunismo na gaveta hoje sao ditadura  laranja

os ditadores fazem o querem  desde que regime os  va apoiar
« Última modificação: 2017-01-03 16:26:26 por Reg »
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Re: Rendimento Básico Incondicional
« Responder #29 em: 2017-01-03 16:31:51 »
Zenith, ditador e liberalismo é o mesmo que chamar alguém de sportinguista benfiquista.  ;D


Houve uma altura em que pareciam dar-se bem  ;D

http://kingsreview.co.uk/wp-content/uploads/2016/09/fredman-pinochet.jpg

Incognitus

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Re: Rendimento Básico Incondicional
« Responder #30 em: 2017-01-03 16:39:50 »
Uma coisa que parece garantida é que quanto mais livres forem os mercados, mais desiguais serão os rendimentos.

Um mercado mais livre potencia uma grande criação de riqueza. Aqueles que mais acumularem riqueza dentro dessa grande criação de riqueza vão ficar extremamente ricos. Simultaneamente, existirá uma fatia da população que não produz praticamente nada para os outros. Esses formarão uma base de zero ou próxima, logo a desigualdade será essencialmente uma função da criação e acumulação de riqueza.

"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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vbm

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Re: Rendimento Básico Incondicional
« Responder #31 em: 2017-01-03 19:15:59 »
Só que--- é preciso ver,

os 'mercados' não existem no éter,
operam num meio que lhes é exógeno:
- homens, instituições, geografia, ritmo
dia e noite. Logo, isso os condiciona
e tanto os consente quanto se lhes opõem.

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Re: Rendimento Básico Incondicional
« Responder #32 em: 2017-01-03 20:14:09 »
Só que--- é preciso ver,

os 'mercados' não existem no éter,
operam num meio que lhes é exógeno:
- homens, instituições, geografia, ritmo
dia e noite. Logo, isso os condiciona
e tanto os consente quanto se lhes opõem.

Certamente, e regras são necessárias. Mas as pessoas oporem-se por princípio a mercados livres é o mesmo que se oporem a uma parte significativa da liberdade de terceiros.
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Re: Rendimento Básico Incondicional
« Responder #33 em: 2017-01-03 20:31:33 »
Concordo. Mas
é por isso que
a disciplina deixou
de ser designada
como Economia
e adoptou a adjectivação
de Economia Política.

D. Antunes

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Re: Rendimento Básico Incondicional
« Responder #34 em: 2017-06-24 10:50:29 »
Northern pilot
Finland tests a new form of welfare

An experiment on the effect of offering the unemployed an unconditional basic income

JUHA JARVINEN, an unemployed young father in a village near Jurva, in western Finland, brims with ideas for earning a living. He has just agreed to paint the roofs of two neighbours’ houses. His old business, making decorative window frames, went bust a few years ago. Having paid off debts, he recently registered another, to produce videos for clients.

Mr Jarvinen says that for six years he hoped to start a new business but it was impossible. The family got by on his wife’s wages as a nurse, plus unemployment and child benefits. He had a few job offers from local businesses, which are mainly in forestry, furniture and metalwork. But anything less than a permanent, well-paid post made no sense, since it would jeopardise his welfare payments. To re-enroll for benefits later would be painfully slow.

Mr Jarvinen’s luck turned in January, when he was picked at random from Finland’s unemployed (10% of the workforce) to take part in a two-year pilot study to see how getting a basic income, rather than jobless benefits, might affect incentives in the labour market. He gets €560 ($624) a month unconditionally, so he can add to his earnings without losing any of it.

If Mr Jarvinen is making progress, it is too soon to draw overall conclusions. Kela, Finland’s national welfare body, which runs the pilot, will not contact participants directly before 2019, lest that influences outcomes. Instead it monitors remotely, using national registers of family incomes, taxes paid and more. (Anonymised data will be made available to researchers.)

Some lessons are emerging. Olli Kangas, who helped to design the study and now runs it for Kela, says the process is far harder to implement than expected: “a nightmare”. He decries politicians who blow hot and cold, yet insist the study must be wrapped up before an election in 2019. He calls them “small boys with toy cars, who become bored and move on”. Finnish politics is intricate: the Centre party, Greens and a far-left party back the study. So does a libertarian wing of the conservatives, hoping to pare the welfare state. Sceptics include traditional conservatives, many Social Democrats and big unions.

Such unions, with (mostly male) members in permanent jobs in heavy industry, manage unemployment funds and do not want to lose control, so they dislike the idea of a basic income, says Mr Kangas. In contrast the idea appeals to those who represent part-time service staff, such as (mostly female) cleaners or retail workers. He says surveys show the wider public wavering: 70% like the idea of the grant in theory, but that drops to 35% when respondents are told that income taxes—already high—would have to rise to pay for it.

The study’s design faced constraints. The constitution ordains equality for all, so getting permission to afford some welfare recipients special treatment was difficult. That limitation, and a budget of only €20m (plus diverted welfare funds that would have otherwise gone to the recipients), restricted the sample size to just 2,000 people. Mr Kangas frets that might prove too small to be statistically robust. And it limits the questions the study can investigate.

He would like to try similar grants on those with low-income jobs, to see if such recipients choose to work less, for example NOTA-1. It would also have been instructive—if expensive and politically difficult—to give grants to residents of entire towns to see how local economies are affectedNOTA 2. The timescale is another limitation. Kate McFarland, of the Basic Income Earth Network, which has promoted the idea of basic incomes since the 1980s, says a two-year study is too short to learn how the psychology of beneficiaries changes.

Whatever its flaws, the pilot is a good example of the Finnish penchant for social experiments. Participants will be followed for ten years to identify long-term effects. International interest in the pilot programme has been intense. This month television crews from South Korea and Sweden have been queuing up to see Mr Kangas; he regularly lectures abroad and advises others on similar studies. Just getting started counts as a success, he says. “This is trial and error, and the door is now open for better experiments.”

NOTA 1: Em princípio, um desempregado pode ficar relutante em aceitar um emprego se perder o subsídio ou se mais tarde for difícil e moroso obter de novo apoios sociais. Por isso, o esquema pode ter algum sucesso nos desempregados. Além disso, como este esquema é temporário, reduz-se a segurança de um subsídio ilimitado e logo haverá menor desistência em procurar um emprego.
Nos empregados com salários baixos (que não entraram neste estudo), uma vez que é uma medida temporária, seria muito similar ao subsídio de desemprego. Se fosse uma medida ilimitada, seria tentador deixar o emprego, para quem não gosta do seu trabalho (ou de trabalhar) e não seja muito gastador.

NOTA 2: usar este esquema para todos os habitantes de uma vila, mas pago pelos impostos locais seria bem interessante.
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

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Re: Rendimento Básico Incondicional
« Responder #35 em: 2017-06-24 18:22:32 »
Revolução industrial 4.0
Elon Musk (Tesla Motors), a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e a Finlândia partilham a apologia do rendimento básico incondicional ou universal.

http://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/colunistas/cristina-casalinho/detalhe/revolucao-industrial-40?ref=HP_Destaquesopiniao6

Counter Retail Trader

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Re: Rendimento Básico Incondicional
« Responder #36 em: 2017-06-24 21:19:28 »
Zenith, ditador e liberalismo é o mesmo que chamar alguém de sportinguista benfiquista.  ;D

Por acaso cada vez mais tenho a mesma visao que o reparo do Zenith.
Pelos comentarios e conversas que vejo de malta liberal , aquilo de liberal ou de livre nao tem nada......ate muito pelo contrario.

Outro dado curioso é que nao parece ser malta pobre.....

Reg

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Re: Rendimento Básico Incondicional
« Responder #37 em: 2017-06-24 22:30:03 »
Uma coisa que parece garantida é que quanto mais livres forem os mercados, mais desiguais serão os rendimentos.

Um mercado mais livre potencia uma grande criação de riqueza. Aqueles que mais acumularem riqueza dentro dessa grande criação de riqueza vão ficar extremamente ricos. Simultaneamente, existirá uma fatia da população que não produz praticamente nada para os outros. Esses formarão uma base de zero ou próxima, logo a desigualdade será essencialmente uma função da criação e acumulação de riqueza.

realidade e  mercado mais livre 

 deram mundo as novas potencias mundiais

os outros  mercado mais  fechado perderam corrida
« Última modificação: 2017-06-24 22:40:29 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

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Re: Rendimento Básico Incondicional
« Responder #38 em: 2017-07-04 20:12:36 »
Citar
Um português precisa de 783 euros para ter um nível de vida digno

Estudo sobre o Rendimento Adequado em Portugal mostra ainda que família com um filho menor deveria auferir cerca de 1.800 euros. Analistas concluem que "há uma clara subestimação dos valores da pobreza"
 
2017-07-04 17:11    Trabalho. (Reuters)
 
Um indivíduo em idade ativa a viver sozinho deveria ganhar, por mês, 783 euros para ter um nível de vida digno e um casal com um filho menor deveria auferir cerca de 1.800 euros, revela um estudo apresentado esta terça-feira.

As conclusões são do estudo “Rendimento Adequado em Portugal (raP) – Quanto é necessário para uma pessoa viver com dignidade em Portugal?”, que resulta de uma parceria entre várias universidades, entre as quais a de Lisboa e a Católica, e a Rede Europeia Anti-Pobreza, e que demonstra que o limiar da pobreza em Portugal está subestimado.

Os valores de rendimento estimados neste estudo para que cada um dos agregados familiares viva com dignidade são superiores aos 422 euros mensais definidos em 2014 como limiar da pobreza ou aos 439 euros de 2017.

O estudo teve, primeiramente, em consideração o mês de dezembro de 2014 como mês de referência dos orçamentos construídos, para depois os atualizar a preços de abril de 2017.

Exemplos

Olhando para os valores atualizados de 2017, o estudo revela que um individuo com 65 anos ou mais a residir só, deveria ganhar 634 euros, enquanto um casal em que ambos têm 65 anos ou mais deveria auferir 1.007 euros mensais.

Já um individuo em idade ativa, ou seja dos 18 aos 64 anos, a residir só, precisa de pelo menos 783 euros para viver com dignidade, enquanto se for um casal em que ambos estão em idade ativa, o valor deveria subir para os 1.299 euros.

Uma família monoparental com um filho menor de idade precisa de 1.374 euros mensais. Já um casal de indivíduos em idade ativa com um filho menor de idade (12 anos) deveria poder receber por mês 1.796 euros.

Se o caso for o de um casal em idade ativa com dois filhos menores de idade (2 e 12 anos), então o valor mensal aumenta para os 2.271 euros, baixando para os 1.816 euros no caso de um casal em idade ativa com um filho maior de idade (26 anos).

Conclusões

Em declarações à agência Lusa, o coordenador do trabalho de investigação, José Pereirinha, admitiu que o conjunto de investigadores já esperava que os valores do estudo fossem superiores ao que é o limiar de pobreza do Eurostat, o valor usado para “tudo o que são medidas de avaliação políticas ou atualização políticas”.


Estes resultados sugerem que o uso deste limiar de pobreza subestima a medição da incidência da pobreza em Portugal, se considerarmos, como referência para este cálculo, o valor do rendimento necessário para obter um nível de vida digno”, lê-se nas conclusões do estudo.


Há uma clara subestimação dos valores da pobreza e há uma subestimação também dos valores, dos mínimos sociais que estão fixados, do salário mínimo, dos mínimos sociais da proteção social”, apontou José Pereirinha.

Crianças custam mais

O responsável admitiu que a investigação não fez cálculos para descobrir o número real de pobres em Portugal porque se entendeu ser mais importante “comparar os limiares de pobreza com este valor de rendimento adequado”, mostrando que os valores atuais são baixos.

Por outro lado, o investigador salientou que o estudo traz outra importante conclusão: “as crianças têm um custo superior àquilo que se convenciona habitualmente” nas escalas de equivalência, ou seja, o peso que as crianças têm no cálculo das prestações sociais que dependem da composição familiar.


Quando o RSI [Rendimento Social de Inserção] é determinado em função do número de adultos equivalentes no agregado, faz-se isso usando a escala da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico]”, exemplificou José Pereirinha.

Apontou que a investigação revelou que as escalas de equivalência demonstradas neste estudo são diferentes das da OCDE porque “têm um custo implícito que é superior àquele que as escalas da OCDE estão a admitir”.

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