Historicamente, a lista incluiu candidatos bem mais insólitos: quando chegaram à América, os espanhois achavam que os astecas eram descendentes das tribos perdidas. Também houve quem acreditou que os citas, nômades ao estilo mongol que atemorizavam as estepes entre o Ponto e o Mar Cáspio, seriam judeus. E até alguns historiadores japoneses chegaram a cogitar se hábitos nacionais não teriam vindo das tribos perdidas.
A maioria dos historiadores acredita que as tribos simplesmente perderam a identidade, e que muitos se refugiaram em Judá. Jerusalém parece ter crescido cinco vezes de tamanho logo após a conquista. O historiador britânico Tudor Parfit, da Universidade de Londres, que estudou por décadas povos clamando ser descendentes das tribos perdidas, diz que sua sobrevivência "é, de fato, um mito".
Que fim levaram os outros israelitas? Não faltam candidatos: na Índia, há os judeus de Bene Israel (filhos de Israel). Na Etiópia, Beta Israel (casa de Israel). Ambos têm o fenótipo de sua região, parecendo-se com indianos e negros.
A historiadora britânica Shalva Weil acredita que eles sejam descendentes de tribos perdidas, e alguns rabinos tendem a concordar, ligando os etíopes à tribo de Dan. Ambos passaram por testes genéticos que indicaram uma possível ligação com judeus. Mas, em ambos os casos, bem posterior à diáspora, não mais de 1600 anos para os etíopes e 1050 para os indianos.