E quando as pessoas votam, estabelecem esse compromisso.
Isto merece ser destacado à parte porque é uma das piores coisas com que nos lavam o cérebro desde miúdos. Não há absolutamente nenhum contrato, escrito ou oral, que legitime as eleições nacionais.
Existe legitimidade num clube de futebol (os sócios aceitam os regulamentos), num condomínio (por força da propriedade de uma determinada fracção), num grupo de amigos que decidem votar por um restaurante (todos aceitam previamente que a escolha vai ser por voto).
Curiosamente as eleições públicas são as únicas, ÚNICAS, que não têm legitimidade, seja por via da propriedade, seja por via de regulamentos ACEITES, seja por regras oralmente acordadas.
Onde é que está, sequer, escrito que eu concordo com a constituição de Portugal ? Em parte alguma. Assumem isso só porque nasci aqui e depois dizem-me que posso votar. E com este exercício rebuscado (do direito ao voto) assumem que eu concordo com esse resultado eleitoral. Isto é para manter a populaça sob controle.
É bom não esquecer que se um partido propuser um escalão do IRS de 99% para rendimentos acima de 1M e esse partido ganhar, isso não se torna uma coisa moralmente aceitável só porque foi em "democracia".