Bem durante muito tempo muitos países periféricos e mais pobres pensavam que não era cada um por si, e que o projeto europeu era para ajudar a haver convergência e que um dia teriamos todos uma riqueza idêntica... :)
P.S: Como se Portugal (mais ou menos mafioso), a Grécia (mafiosa) e o Sul de Itália mafioso algum dia tivessem hipoteses de lá chegar. 8)
Compreendo, pensamento desejante!
E, porque frustado, até se percebe
a lógica tendencial mafiosa.
Contudo, o defeito institucional,
esteve embutido no sistema
desde o princípio,
maio 45,
há 75 anos, confirmado
em 57, alargado à ex-EFTA,
e agora contestado pelo UK.
Em Bretton Woods, a proposta
da moeda
Bancor, de Keynes,
no reequilíbrio monetário das balanças
de pagamento, através do livre comércio
foi vetada pelos EUA que impôs o padrão-dólar
indexado ao ouro. Como isto, apesar de tudo,
era ainda prudente, a partir de 1971, desligaram-se
do ouro e em 1973, o comércio desregulou-se
pela resistência monopolista da OPEP.
Na Europa, pelas boas intenções do pós-guerra
e no entendimento monopolista dos produtores
do carvão e do aço, a CEE constitui-se em 57,
e ao cabo de uma dúzia anos absorveu a zona
do
free trade da EFTA, com a adesão do
UK à CEE.
Porém, a grande machadada ao desenvolvimento
igualitário dos países, deu-se nos anos 90, em que
se impuseram baias à desgarrada concorrência
cambial dos países (o
«crawling peg» das divisas)
de modo a discipliná-los à entrada facultativa
na moeda única, o
Euro. Tudo bem, até podia
ser, mas sem quaisquer transferências orçamentais,
das balanças excedentárias para as deficitárias,
sem a variável cambial, o endividamento era
autoestrada para a insolvência e subordinação.
Aparentemente, a Alemanha prepara-se para
um enorme fortalecimento relativo no seio
da UE, o que até irá provavelmente redundar
numa capacidade unilateral de subsidiar
outros Estados Membros, caso a União
não se desmembre, entretanto…
A
vol d'oiseau, em panorama histórico,
sempre a Alemanha e a França se digladiaram
por imperar em Itália, Roma. A ver vamos, como
irá ser agora. A Inglaterra, sempre foi equidistante
nesse duelo político, com a sua costela saxónica
em Hannover, e o seu ideário político-democrático
parlamentar que precedeu em cem anos
a Revolução Francesa de 1789.